02/01/2015

9.326.(2jan2015.13.31') Conhecer a história da China...Guerra do Ópio entre a China e a Grã-Bretanha

A história é essencial para percebermos o hoje...
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A maioria do povo consumia...dependentes...A colonização era mais fácil...
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Como vai acabar esta história de 2 sistemas contraditóRIOS?
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Rota da Seda
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Divisas
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Caxemira
AbRIL2019
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3jul2017

Os dois territórios disputados por China e Índia que estremecem as relações entre os dois gigantes

São dois gigantes da Ásia, dois vizinhos com as maiores populações do planeta e duas das maiores economias do mundo. Mas unidos em uma relação complicada.
A história da China e da Índia é caracterizada por várias disputas territoriais que resultaram em três conflitos militares: em 1962, 1967 e 1987.
Apesar de as duas potências asiáticas terem conseguido restaurar e ampliar laços diplomáticos e econômicos, elas mantêm uma relação que parece cada vez mais complicada.
China e Índia estão separadas pela cordilheira do Himalaia e compartilham fronteiras com Nepal e Butão.
 Mapa da região
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-40443826
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 2feVER2019
Luís Lorvão é embaixador em SINgapura
e postou:
 "Celebrações do 2º centenário da fundação de Singapura; Exposição "Raffles in Southeast Asia", até 28 Abril, no Asian Civilisations Museum (ACM); Fernão de Magalhães no ACM; O que diziam os Mapas em 1513 e 1554; A Roménia na Presidência 2019 da União Europeia. 28-2Fev."
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 https://www.facebook.com/luis.lorvao/videos/pcb.2305682133000085/2305677179667247/?type=3&theater
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Clement Onn, Curador do ACM, Grande Amigo de Portugal, Estudioso de Arte Sacra e que esteve profundamente envolvido na pretérita exposição "Christianity in Asia".

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2305678536333778&set=pcb.2305682133000085&type=3&theater
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 https://www.uhpress.hawaii.edu/title/christianity-in-asia-sacred-art-and-visual-splendour/?fbclid=IwAR2t_y5mCDVkmbJ2uwy1LRc8HZoV-jZseY5LOOORKaETOP26gSo01F-KNlQ
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milhões com fome/feudalismo/rural
30seTEMbro2019

70 Anos da Revolução Comunista na China: como país pobre e rural se tornou potência mundial em 4 décadas

 Homem com fantasia e maquiagem típicas da China

Quando Mao Tsé Tung (ou Zedong) chegou ao poder em 1949, a China estava dominada pela pobreza e devastada pela guerra.
Nesta terça-feira (1º), quando se completam 70 anos do triunfo dos comunistas, o país está radicalmente diferente: é uma potência mundial de primeira grandeza e aspira chegar ao topo da economia global.
Mas seu "milagre econômico", único na história, não se deve necessariamente ao "Grande Timoneiro", mas a uma campanha impulsionada por outro líder comunista, Deng Xiaoping.
A chamada "Reforma e Abertura" conseguiu tirar 740 milhões de pessoas da pobreza, segundo dados oficiais.
Sob a ideia de um "socialismo com traços chineses", Xiaoping rompeu com o status quo e implementou uma série de reformas econômicas, centradas na agricultura, num ambiente liberal para o setor privado, na modernização da indústria e na abertura da China para o comércio exterior.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49877017
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set2018
China reuniu com quase todos os país de África
a planear o futuro
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China é especialmente activa no BRIC
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PCP contra a privatização da EDP e da REN
PSD.CDS contra o estado e privatiza para o estado chinês
PCP em cordialidades com o PCC
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As drogas d' aghora
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Os talibans do Afeganistão...China faz fronteira...
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seTEMbro2018
Nos últimos anos a China bateu o recorde mundial
de eliminação da pobreza...Estava no feudalismo...200 milhões deixaram de ser pobres...
Em contraponto, o país dirigido pelo PCC, criou 100 milhões de capitalistas...
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lançou projecto de acabar com mais 100 milhões de pobres
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2018
a importância da China na paz entre as Coreias
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Macau
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4jun1989...
 ...urge ter memória...Praça Tianamen - Pequim...manifestações reprimidas...versão oficial (200 mortos) e versões ocidentais (milhares)...
https://www.facebook.com/aiportugal/photos/a.123065757712783.16563.122344957784863/985682018117815/?type=1&theater
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04 de Junho de 1989: Massacre de Tiananmen na China



A 4 de junho de 1989, a China encerrou de forma brutal o protesto em massa por liberdade e democracia, na Praça da Paz Celestial (Tiananmen). A violência militar teve um saldo de 3,6 mil mortos e 60 mil feridos, aproximadamente.
Era uma noite quente quando os tanques cercaram a Praça da Paz Celestial, em Pequim. Foram apagadas as luzes  da praça e iniciou-se a violência.
Cerca de 40 mil soldados haviam sido chamados do norte do país, depois do batalhão estacionado na capital se ter negado a cumprir as ordens para acabar com a manifestação pacífica por liberdade e democracia, promovida durante seis semanas na praça central. Já os soldados do interior da Mongólia, com os seus experientes oficiais que haviam lutado no Vietname, não conheciam estes escrúpulos.
Os tanques invadiram a praça e atropelaram os manifestantes. Até hoje, não se sabe o número exato de mortos, calculado entre 2 e 5 mil pessoas. Também estudantes que tentaram ajudar os feridos foram mortos.
Os protestos tiveram início seis semanas antes, após a morte do chefe do partido, Hu Yaobang. No dia 18 de Abril, milhares de universitários  dirigiram-se em protesto para a praça central da capital chinesa. Eles reivindicavam a democratização do Partido Comunista e o combate à corrupção.
No dia 26 de Abril, o jornal Renmin Ribao, órgão oficial do governo em Pequim, criticou de forma severa o movimento estudantil e anunciou medidas repressivas no seu editorial. Ignorando a advertência, outros milhares de estudantes de 40 universidades do país deslocaram-se até a praça. Também os jornalistas se solidarizaram com o movimento e, pela primeira vez, promoveram uma manifestação exigindo liberdade de imprensa.
Nos primeiros dias do mês de Maio, entretanto, ficava clara a cisão dentro da cúpula política. Enquanto o chefe do partido, Zhao Ziyang, mostrava compreensão em relação às reivindicações estudantis, o primeiro-ministro, Li Peng, e Deng Xiaoping defendiam a linha-dura.
A 13 de Maio, os universitários reunidos na praça iniciaram a greve de fome, alguns inclusive recusavam-se a beber água. Li Peng  decretou no dia 20 de Maio a lei marcial. Pouco depois, Zhao Ziyang foi deposto, selando a vitória da linha-dura do governo chinês.
A cisão começava a delinear-se também entre os manifestantes. Os mais radicais negavam-se a seguir a sugestão feita pela Aliança Universitária de Pequim, de encerrar a manifestação. No dia 29, artistas chegaram a elaborar uma estátua de espuma em homenagem à democracia, de 10 metros de altura, em plena Praça da Paz Celestial.
Na noite de 4 para 5 de Junho, os tanques e camiões com soldados avançaram sem piedade sobre os milhares de estudantes. A temida guerra civil como consequência do massacre acabou por não acontecer. O movimento pela democracia foi sufocado em sangue e a imprensa subjugada ao controlo estatal.
 Fontes:DW
wikipedia(imagens)


T01 19233951.jpg
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/06/04-de-junho-de-1989-massacre-de.html?spref=fb&fbclid=IwAR3O0G7Co8rJyQBhChOEGHAVWcBFuquoKKTOjAuX95BQJz7iS1s4nI3e4yo

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21seTEMbro1949
Criada a República Popular da China
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01 de Outubro de 1949: Mao Tse Tung proclama a República Popular da China.

... no dia 1 de Outubro de 1949, reuniram-se na Praça Tiananmen  meio milhão de pessoas para ouvir da boca do líder da Revolução Chinesa, Mao Tsé-Tung (ou Mao Zedong), a proclamação solene da fundação da República Popular da China.
Anteriormente, de 21 a 30 de Setembro de 1949, realizara-se a I Sessão Plenária da Conferência Consultiva do Povo Chinês, e nela participaram representantes dos diversos partidos, grupos e círculos sociais e democratas sem filiação partidária. Naquela ocasião foi elaborado o Programa Comum, que desempenhou a função da Constituição Provisória, e elegeu-se o Conselho de Governo da República Popular da China, com Mao Tsé-Tung como presidente e Zhou Enlai como primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores. 

A proclamação foi o clímax da guerra entre as forças guerrilheiras de Mao e as tropas do líder nacionalista Chiang Kai-Shek, que estava a ser apoiado com dinheiro e armas pelo governo norte-americano de Harry Truman. A perda da China, a maior nação da Ásia e a maior população da Terra, significou para os desígnios dos Estados Unidos do pós-guerra um contundente golpe. 

Um episódio que marca a história da Revolução Chinesa foi a chamada Longa Marcha (Outubro de 1934 - Outubro de 1935), façanha épica do movimento maoísta a pavimentar mais tarde a vitória contra o movimento Kuomintang de Chiang Kai-Shek. Combatendo, ao mesmo tempo em que se retirava, o Exército Vermelho - cuja base social era o campesinato, sob o comando militar de Chu Teh - conseguiu protagonizar momentos extraordinários quando, por exemplo, atravessou o caudaloso rio Wu em jangadas de bambu, derrubando as defesas inimigas na outra margem. Ou, ainda, a incrível passagem pela ponte pênsil estendida sobre o rio Datong, quando um punhado de homens armados de granadas, equilibrando-se como podiam, transpuseram-na, asseguraram a sua posse, permitindo que a marcha seguisse em frente. 
Estima-se que o Exército Vermelho, nesta retirada, chegou próximo das fronteiras do Tibete, percorrendo 10 mil quilómetros a pé pelo interior da China em busca de um refúgio permanente. No trajecto, dizimados pela fome, pela doença, pelos combates e escaramuças, apenas uns 8 ou 9 mil guerrilheiros, dos 80 mil que partiram de Kiangsi, sobreviveram. Alcançaram Yenam, a capital da província de Shensi, no remoto noroeste do país, em farrapos, meio mortos-vivos. A região semidesértica junto à Mongólia interior estava protegida pela Muralha da China, servindo como um santuário ideal, distanciada o bastante para manter os maoístas a salvo dos ataques do Kuomintang. 

Durante a longa guerra, Mao definiu as famosas regras essenciais da guerrilha, entre as quais se destacam: íntima ligação entre a população e os guerrilheiros, retirada diante do inimigo superior em força.
A Revolução tornou a China independente, abriu caminho para a construção do socialismo, enfrentou complexos e angustiantes problemas económicos e sociais e retomou o processo de unificação do país. Traduziu-se, por outro lado, num salto civilizacional para o povo chinês. O triunfo da Revolução em 1 de Outubro de 1949 teve por cenário uma China retrógrada, uma das sociedades mais pobres e atrasadas do mundo de então, semi - feudal, semi - colonial, dependente e submissa às potências imperialistas. 

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Mao Tsé-Tung proclama a criação da República Popular da China em 1949


Sobreviventes da Longa Marcha https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/01-de-outubro-de-1949-mao-tse-tung.html
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10 de Setembro de 1368: Tem início a Dinastia Ming

Na noite de 10 de Setembro de 1368, o imperador Shun-ti é advertido da chegada de um grupo de insurgentes. Ele deixa apressadamente o seu palácio de Pequim e refugia-se na Mongólia com os seus filhos e os seus tesouros. Esta penosa fuga põe fim à dinastia mongol dos Yuan, fundada um século antes por Kublai Khan , um neto de Gengis Khan. Ela inaugura uma nova dinastia, propriamente chinesa, a dinastia Ming.

A dinastia mongol dos Yuan deixou-se levar, numa quinzena de anos, pela acção de uma seita budista, o Lótus Branco, numa região meridional de Cantão. Esta seita milenarista anunciava o advento do Messias budista, o Meitreya, que libertaria a China dos mongóis. Entre os chefes insurgentes que se sublevaram o mais hábil era Tchou Yuan-tchang.

Este antigo bonzo, filho de um trabalhador agrícola, predomina sobre os seus rivais e submete a China Central ao seu controlo. Instala a capital em Nanquim. Finalmente, avança sobre Pequim à frente das suas tropas em perseguição dos Yuan. Funda a prestigiosa dinastia dos Ming que se pretendia genuinamente chinesa e não de origem estrangeira como a precedente.

Durante os trinta anos que lhe restaria viver, Tchou Yuan-tchang, que se tornou Hongwu, empenha-se em restaurar os valores da China tradicional, superando o interregno mongol. Cerca-se de conselheiros budistas porém confere proeminência aos letrados confucionistas que pregam a moral da temperança. Como a sua própria temperança tinha limites, houve ocasião de mandar executar alguns dos seus conselheiros e letrados.

Após o efémero reinado do seu filho mais velho, coube ao seu filho mais novo, Yongle, a proeza de levar ao apogeu a dinastia Ming e o império chinês.

Nascido em 1360, Yongle assume o trono em 1403. Em 21 anos de reinado, leva a China a uma dimensão que jamais havia atingido anteriormente. É assim que o novo ‘‘Filho do Céu’’ – cognome dos imperadores chineses – restabelece a hegemonia da China sobre o Annam (Vietname actual), que se estenderia por muitos anos. Chega a arrecadar por um tempo impostos do Japão.



Em virtude da sua preocupação em melhor vigiar as fronteiras setentrionais e a Mongólia, transfere em 1421 a capital de Nanquim para Pequim. Esta grande cidade do norte havia sido no século precedente a residência dos imperadores mongóis.

Na sua nova capital, Yongle empreende grandes obras. Embeleza a antiga residência imperial, concebendo uma sucessão de palácios e de jardins sumptuosos. Esse conjunto monumental recebeu o nome de ‘‘Cidade Violeta-Púrpura Proibida’’, em chinês Tseu-kin-tcheng. O seu nome fazia alusão à cor teórica da estrela polar que está no centro do mundo celestial como a Cidade Proibida estava no centro do mundo terrestre, segundo o historiador René Grousset em História da China.

Em matéria cultural, o imperador, ele mesmo budista, ordenou compilar todos os textos da escola neo-confuciana. Em 1416, decide que eles constituiriam doravante a base do ensino escolar.

Yongle não se deteve apenas nisso. Para consolidar o seu império e desenvolver o comércio com outros países, organizou extraordinárias expedições marítimas que, no final das contas, não surtiram muito efeito.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Retrato do Imperador Hongwu

Retrato do Imperador  Yongle
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/10-de-setembro-de-1368-tem-inicio.html
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Mao..."revolução cultural"...o bando dos 4
 9seTEMbro1976...morreu Mao Tse-Tung...1 dos que são considerados comunistas e que fazem uma carga negativa imensa ao PCP e outros Partidos Comunistas...De qualquer modo urge saber a história da China...
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09 de Setembro de 1976: Morre Mao Tsé-Tung, militar, ideólogo e político chinês

Militar, poeta, ideólogo e político chinês, Mao Tsé-Tung - ou Mao Zedong, considerado por muitos como a versão do nome mais correta - nasceu a 26 de dezembro de 1893, numa família camponesa do interior da China. As posses da sua família permitiram-lhe frequentar um curso para professor primário, o que o fez deslocar-se para meios urbanos onde a vida política era muito intensa. Após o termo da Primeira Guerra Mundial e sob a forte influência das notícias e das novas ideias provenientes da Rússia revolucionária, adere ao marxismo e torna-se um dos membros do pequeno grupo de ativistas que funda o Partido Comunista da China, em 1923, assumindo de pronto funções de direção.
Após alguns anos de entendimento com o Kuomintang, irrompe o conflito entre aquele partido e os comunistas chineses. Contrariando as teses dos seus camaradas, que, fiéis à letra dos escritos de Marx e orientados pelo exemplo soviético, criam que a revolução só seria possível nas cidades e sob a liderança do proletariado (que na China tinha um peso social e económico mínimo), Mao transfere a luta para os campos, organizando os camponeses e formando um exército que irá sustentar uma luta implacável, extremamente dura e prolongada, contra as forças do governo da república chinesa. A sorte da luta obrigá-lo-á a deslocar as suas forças para o interior, numa Longa Marcha de milhares de quilómetros, sempre sob a pressão dos seus adversários, que o forçam a travar inúmeros combates. Mao vence com dificuldade as hesitações dos seus próprios camaradas de partido e consegue estabelecer um governo soviético no interior (Yenan, 1935), daí partindo ao contra-ataque.
A guerra civil prolongar-se-á até 1949, sendo unicamente interrompida pela invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, que obriga os contendores a entenderem-se, apesar das desconfianças mútuas, para enfrentar o inimigo comum. Em outubro daquele ano, Mao entra na capital e proclama a República Democrática da China, na qual assumirá funções da mais alta importância, quer na direção do Estado quer na chefia do partido. Os governos e o partido sob a sua orientação põem em prática políticas de desenvolvimento económico acelerado e, no plano externo, propõem políticas de luta anti-imperialista que desagradam quer à URSS quer a meios políticos internos, o que leva à eclosão de vários conflitos no interior do país (a Revolução Cultural radicaliza a vida política, nela procurando Mao neutralizar elementos tidos por conservadores e seguidores de políticas burguesas tendentes à restauração do capitalismo) e com o seu aliado histórico soviético (a divergência sino-soviética a respeito das características da revolução e a luta contra o capitalismo e o imperialismo não só coloca os dois países em conflito público e aberto como cinde o movimento comunista internacional).
Nos últimos anos da sua vida (morre a 9 de setembro de 1976), dominado pela doença, parece ter perdido muita da sua autoridade efetiva, embora continuasse nominalmente detentor do poder (trata-se, no entanto, de uma fase ainda envolta nas brumas da polémica e da especulação). Registe-se ainda que Mao, além de poeta de estilo clássico, é autor de uma vasta produção escrita, de carácter político, ideológico e de doutrina militar, em tom ora polémico ora didático, que são o reflexo e a expressão da sua luta e das suas ideias.

Como referenciar este artigo:
Mao Tsé-Tung. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. 
wikipedia (imagens)



Mao Tse-tung proclama a fundação da República Popular da China em 1 de Outubro de 1949 em Pequim
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/09-de-setembro-de-1976-morre-mao-tse.html
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O desastre econômico e social provocado pelo Grande Salto para Frente (o projeto de desenvolvimento experimentado pela China entre os anos de 1958 e 1960) gerou conflitos internos de grandes proporções no PCCh, abrindo caminho par... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/china-comunista-3-o-livro-vermelho-de-mao-e-a-revolucao-cultural.htm?cmpid=copiaecola
O desastre econômico e social provocado pelo Grande Salto para Frente (o projeto de desenvolvimento experimentado pela China entre os anos de 1958 e 1960) gerou conflitos internos de grandes proporções no PCCh, abrindo caminho par... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/china-comunista-3-o-livro-vermelho-de-mao-e-a-revolucao-cultural.htm?cmpid=copiaecola
O desastre econômico e social provocado pelo Grande Salto para Frente (o projeto de desenvolvimento experimentado pela China entre os anos de 1958 e 1960) gerou conflitos internos de grandes proporções no PCCh, abrindo caminho par... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/china-comunista-3-o-livro-vermelho-de-mao-e-a-revolucao-cultural.htm?cmpid=copiaecola
 https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/china-comunista-3-o-livro-vermelho-de-mao-e-a-revolucao-cultural.htm
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 https://politicaedireito.org/br/mao-tse-tung-o-poeta-cruel/
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Frases de Mao...Livro Vermelho

«Constitui tarefa muito árdua assegurar um vida melhor às várias centenas de milhões de chineses e fazer do nosso país, econômica e culturalmente atrasado, um pais próspero, poderoso e com alto nível de cultura» (TUNG, 1972, p. 5).



«A revolução é uma insurreição, é um ato de violencia pelo qual uma classe derruba outra» (TUNG, 1972, p. 13).



«Para se concluir a consolidação definitiva, é necessario [...] realizar uma luta revolucionaria e uma educação socialistas constantes e árduas, quer na frente política que na frente ideológica» (TUNG, 1972, p. 30).



«A nossa tarefa atual é reforçar o aparelho de Estado o povo sobretudo o exército popular, a polícia popular e os tribunais populares a fim de consolidar a defesa nacional e proteger os interesses do povo» (TUNG, 1972, p. 40). [Obras Escolhidas, Tomo IV. Sobre a ditadura democrática popular, em 30 de junho de 1949].



«A ditadura democrática popular implica dois métodos. Com relação aos inimigos usa o método ditatorial [...]. Com relação ao povo, ela não usa o método da compulsão, mas sim o da democracia, quer dizer, há que deixá-lo participar nas atividades políticas, sem compeli-lo a fazer isso ou aquilo, mas antes empregando o método da democracia, educando-o e persuadindo-o» (TUNG, 1972, p. 45-46).
«O nosso Governo Popular é um governo que representa genuinamente os interesses do povo, um governo que serve ao povo» (TUNG, 1972, p. 50-51).



«O principio de usar métodos distintos para resolver contradições distintas é um principio que os marxistas-leninistas devem usar rigorosamente» (TUNG, 1972, p.55).



«A única via para resolver as questões de natureza ideológica ou as controvérsias no seio do povo é o uso do método democrático, da discussão, da crítica, persuasão e educação, e nunca o uso de métodos de coerção ou repressão» (TUNG, 1972, p. 56).



«Para poder dedicar-se com eficacia à produção e ao estudo, e a fim de ordenar de forma correta a sua vida, o povo exige que o seu governo e os responsáveis pela produção e pelas organizações de cultura e educação formulem disposições administrativas adequadas com caráter obrigatório. O bom senso diz que a manutenção da ordem pública seria impossível sem tais disposições. As disposições administrativas e o método de persuasão e educação completam-se mutuamente na resolução das contradições existentes no seio do povo» (TUNG, 1972, p. 56-57).



«Pode, portanto, dizer-se que a política é a guerra sem derramamento de sangue, e a guerra, política sangrenta» (TUNG, 1972, p. 64).



«As revoluções e as guerras revolucionarias são inevitáveis numa sociedade de classes» (TUNG, 1972, p. 65).



«O poder político nasce do fuzil» (TUNG, 1972, p. 66).



«A tarefa central e a forma suprema da revolução é a conquista do poder político pelas armas, é a solução desse problema pela guerra» (TUNG, 1972, p. 67).



«O exército é o principal componente do Estado. Todo aquele que quiser conquistar e manter o poder de Estado deverá possuir um forte exército» (TUNG, 1972, p. 68).



«As armas e o Partido Comunista Russo criaram o socialismo» (TUNG, 1972, p. 68).



«Pela força das armas a classe operaria e as massas trabalhadoras podem derrotar a burguesia e os senhores de terras que estão, ambos, armados. Nesse sentido é correto dizer-se que só com as armas se pode transformar o mundo» (TUNG, 1972, p. 68).



«Quando a sociedade humana avançar até o ponto em que as classes e os Estados desapareçam, não haverá mais guerras, nem contra-revolucionarias nem revolucionarias, nem injustas nem justas será a era da paz eterna para a humanidade» (TUNG, 1972, p. 69).



«Para combater o inimigo, nós formulamos, no decorrer dum longo período, o conceito seguinte: estrategicamente, desprezar todos os inimigos e, taticamente, tê-los em muito boa conta» (TUNG, 1972, p. 86).



«O nosso principio é o seguinte: o Partido comanda o fuzil, e jamais permitiremos que o fuzil comande o Partido» (TUNG, 1972, p. 113).



«Nunca devemos fingir que conhecemos aquilo que não conhecemos, ‘nem ter vergonha, de consultar os nossos subordinados’, pelo contrario, devemos escutar cuidadosamente os pontos de vista dos quadros e escalões inferiores» (TUNG, 1972, p. 120).



«No plano orgânico, é necessário assegurar uma democracia sob direção centralizada» (TUNG, 1972, p. 127).



«O essencial é, naturalmente, dar uma educação ideológica obre a linha de massas, devendo-se, ao mesmo tempo, ensinar a esses camaradas muito dos métodos concretos de trabalho» (TUNG, 1972, p. 134-135). “Conversa com os redatores do Diario Xansi-Sueiyuam” (2 de abril de 1948), Obras Escolhidas Tomo IV.



«Enquanto as massas não estão conscientes e desejosas, toda especie de trabalho que requerer a sua participação resulta em mera formalidade e termina num fracasso» (TUNG, 1972, p. 136-137)



«O autoritarismo é errôneo, seja em que tipo de trabalho for, porque ultrapassa o nível de consciência política das massas e viola o principio da ação voluntaria destas» (TUNG, 1972, p.139).



«As armas são um fator importante na Guerra, mas não são o fator decisivo. É o homem, e não as coisas, quem constitui o fator decisivo» (TUNG, 1972, p.152-153).



«A educação ideológica é a chave que importa dominar na realização da unidade do conjunto do Partido com vistas às grandes lutas política» (TUNG, 1972, p. 155).



«Todos os departamentos e organizações devem assumir as suas responsabilidades de trabalho ideológico e político. Isso se aplica tanto ao Partido Comunista, como à Liga da Juventude [...] e em especial, aos diretores e professores dos estabelecimentos de ensino» (TUNG, 1972, p. 156-157).



«O que conta realmente no mundo é ser consciente; é nesse sentido que se esforça particularmente o Partido Comunista» (TUNG, 1972, p. 162).



«Os comunistas devem usar o método democrática de persuasão e educação na sua atividade entre o povo trabalhador, sendo absolutamente inadmissível que adotem uma atitude autoritária ou meios de coerção» (TUNG, 1972, p. 166).



«XVI. A EDUCAÇÃO E A INSTRUÇÃO MILITAR. A nossa política, no domínio da educação, deve permitir que todos os que a recebam se desenvolvam moral, intelectual e fisicamente, e se convertam em trabalhadores cultos e de consciencia socialista» (TUNG, 1972, p. 180).



«Os incontáveis fenômenos do mundo exterior objetivo refletem-se no cérebro humano através dos cinco órgãos dos sentidos vista, ouvido, olfato, gosto e tato; assim se constitui, no início, o conhecimento sensível. Quando esses dados sensíveis se acumulam suficientemente, produz-se um salto pelo qual eles se transformam em conhecimento racional, quer dizer, idéias. Eis aí um processo no conhecimento. Trata-se da primeira etapa do processo global do conhecimento, a etapa que vai da materia objetiva ao espírito subjetivo, da existencia às ideias» (TUNG, 1972, p. 225).



«Todos os conhecimentos autênticos resultam da experiencia direta» (TUNG, 1972, p. 227).



«Nada é mais cômodo no mundo que a atitude idealista e metafísica, na medida em que permite que se afirme seja o quer for sem se ter em conta a realidade objetiva e sem se submeter ao controle desta» (TUNG, 1972, p. 230).



«No interior de toda a coisa ou fenômeno há contradições, daí o seu movimento e desenvolvimento» (TUNG, 1972, p. 231).



«A filosofia marxista considera que a lei da unidade dos contrários é a lei fundamental do universo. [...] Para cada coisa ou fenômeno concreto, a unidade dos contrários é condicional, temporaria, transitoria e, portanto relativa, enquanto que a luta dos contrários é absoluta» (TUNG, 1972, p. 232-233).



«A unilateralidade significa pensar em termos absolutos, quer dizer, é encarar os problemas de maneira metafísica» (TUNG, 1972, p. 239).



«Ao mesmo tempo em que reconhecemos que no decurso do desenvolvimento geral da historia o material determina o espiritual, o ser social determina a consciencia social, nós reconhecemos e devemos reconhecer a ação que, em contrapartida, o espiritual exerce sobre o material, a consciencia social sobre o ser social, a superestrutura sobre a base econômica. Isso não é contrariar o materialismo, pelo contrario, é evitar cair no materialismo mecanicista, é perseverar firmemente no materialismo dialético» (TUNG, 1972, p. 241).



«O Estado popular protege o povo. É somente depois que o povo passa a dispor dum tal Estado que ele pode, por métodos democráticos, educar-se e reformar-se à escala nacional, e com a participação de todos, desembaraçar-se da influencia dos reacionarios do interior e do estrangeiro» (TUNG, 1972, p. 271).



«No seio do povo, a democracia é correlativa ao centralismo e a liberdade é correlativa à disciplina. [...] Sob tal sistema, o povo goza duma ampla democracia e liberdade mas, ao mesmo tempo, ele deve manter-se dentro dos limites da disciplina socialista» (TUNG, 1972, p. 276).



«Capitulo XXVII. A CRÍTICA E A AUTOCRÍTICA. O partido Comunista não teme a crítica porque nós somos marxistas, temos a verdade do nosso lado» (TUNG, 1972, p. 280).



«Com respeito às falhas pessoais, desde que não estejam relacionadas com erros políticos ou de organização, não se torna necessário criticá-las demasiadamente, pois, de contrário, os camaradas em causa ficarão perdidos, sem saber o que fazer» (TUNG, 1972, p. 286). [In: Sobre a eliminação das concepções errôneas no seio do Partido (Dezembro de 1929). Obras Escolhidas, Tomo I.



«Um comunista deve preocupar-se mais com o Partido e as massas do que com qualquer individuo» (TUNG, 1972, p. 291).



«As mulheres chinesas constituem uma grande reserva de força de trabalho. Essa reserva deve ser aproveitada na luta pela construção dum país socialista» (TUNG, 1972, p. 323).



«O nosso objetivo é garantir que a literatura e a arte se integrem como parte componente no conjunto da máquina da revolução, que funcionem como uma arma poderosa para unir e educar o povo, para atacar e destruir o inimigo, e que ajudem o povo a combater o inimigo com um mesmo sentimento e uma mesma vontade» (TUNG, 1972, p. 326).
 http://todopoderaoindividuo.blogspot.com/2011/05/o-livro-vermelho-mao-tse-tung-1893-1976.html
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a versão albanesa que teve muitos seguidores em Portugal
 Enver Hoxha
 https://www.marxists.org/portugues/hoxha/1978/imperialismo/cap18_01.htm
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 Mao Tse Tung foi um estadista chinês, nasceu na cidade de Hunan, em 1893, nasceu no seio de uma família de trabalhadores rurais. Onde viveu sua infância a educação escolar só era considerada útil na medida em que pudesse ser aplicada a tarefas como levar registros e a outras próprias à produção agrícola. Assim sendo, Mao Tse Tung abandonou os estudos ao treze anos para dedicar-se totalmente ao trabalho na granja da família.
Contudo, o jovem Mao deixou a casa paterna e entrou na escola de magistério em Changshga, onde teve seus primeiros contatos com o pensamento ocidental. Mais tarde, alistou-se no exército nacionalista, onde serviu durante meio ano e, em seguida, voltou a Changsha e foi nomeado diretor de uma escola primária. Tempos depois, trabalhou na universidade de Pequim como bibliotecário auxiliar e leu, entre outros, Bakunin e Kropoktin, além de ter tido contato com dois homens chave da que haveria de ser a revolução socialista chinesa: Chen Dixiu e Li Dazhao.
No dia 4 de maio de 1919, estourou em Pequim a revolta estudantil contra o Japão, situação na qual Mao Tse tung tomou parte ativa. Em 1921, participou da criação do Partido Comunista e, dois anos mais tarde, quando o PC formou uma aliança com o Partido Nacionalista, Mao ficou responsável pela organização. De volta a sua cidade natal, entendeu que o sofrimento dos camponeses era a força que deveria promover a mudança social naquele país, idéia que expressou um de seus textos chamado Pesquisa sobre o movimento campesino em Hunan.
Contudo, a aliança com os nacionalistas foi quebrada os comunistas e suas instituições foram dizimados e a rebelião campesina foi reprimida. Mao e um grande número de camponeses fugiram para a região montanhosa de Jiangxi, local do qual dirigiu uma série de guerrilhas contra Jiang Jieshi, chefe de seus antigos aliados. O exército vermelho, nome dado às milícias do partido comunista, conseguiu ocupar várias regiões do país.
Em 1930, a primeira esposa de Mao foi assassinada pelos nacionalistas. Depois disto, Mao contraiu matrimônio com He Zizhen. No ano seguinte, foi proclamada a nova República Soviética da China, da qual Mao foi eleito presidente, e desafiou o comitê do seu partido a abandonar a burocracia da política urbana e centralizar sua atenção nos camponeses.
Mesmo perante as vitórias de Mao na primeira época da guerra civil, em 1934, Jiang Jieshi, conseguiu cercar as tropas do exército vermelho, fato que fez Mao empreender o que ficou conhecido como a Longa Marcha desde Jiangxi até o noroeste da China. No entanto, o Japão tinha invadido o norte do país, fato que motivou nova aliança entre comunistas e nacionalistas para enfrentar o inimigo comum.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a guerra civil foi retomada, com a vitória progressiva dos comunistas. No dia 1º de outubro de 1949, foi proclamada oficialmente a República Oficial da China, com Mao Tse Tung como presidente. No início, o modelo soviético foi seguido, mas com o passar do tempo, foram sendo introduzidas importantes mudanças como, por exemplo, dar mais importância à agricultura do que a indústria pesada.
A partir de 1959, Mao deixou o cargo de presidente da China, mas manteve a presidência do partido. Desde este cargo promoveu uma campanha de educação socialista, na qual destacou a participação popular massiva como única forma de conseguir um verdadeiro socialismo. Durante este período, conhecido como Revolução Cultural Proletária, Mao conseguiu desarticular e, logo em seguida, reorganizar o partido graças à participação da juventude, através da Guarda Vermelha. Sua filosofia política como estadista ficou refletida em seu livro de citações "O livro vermelho".

Arquivado em: Biografias, China
 https://www.infoescola.com/biografias/mao-tse-tung/
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20 de Outubro de 1935: A Grande Marcha liderada por Mao Tsé-tung é concluída

Epopeia histórica de cerca de 10 mil quilómetros, empreendida pelo exército vermelho comunista chinês entre  Outubro de 1934 e  Outubro de 1935.

Desde 1927 que o Partido Comunista Chinês, em expansão e cada vez mais afastado do modelo soviético, havia entrado em conflito com o líder Guomindang (ou Kuomintang) Chiang Kai-shek. Desprovidos de um exército na verdadeira  acepção da palavra, os comunistas, acossados pelas tropas modernas e prestigiadas de Chiang Khai-shek, foram obrigados a entrar na clandestinidade e a procurar refúgio nas montanhas do Sul da China onde organizaram diversas células de intervenção local.



Em 1930, apesar das condições em que sobrevivia, o Partido proclamou, nestas montanhas, a 1.ª República Comunista Chinesa. A  reacção do Kuomintang não se fez esperar; os comunistas foram cercados, encurralados e ameaçados de extermínio. É neste contexto que os seus líderes decidem abandonar este refúgio, onde se destacavam as bases da província de Jiangxi e juntar-se a um núcleo do Partido entretanto constituído no Norte da China, em Shensi (ou Shaanxi), próximo da fronteira com a União Soviética.

Em  Outubro de 1934 mais de 100 mil homens iniciam um enorme e penoso êxodo. Em  Janeiro, a marcha foi interrompida em Zunyi (Tsun-i) para a realização de uma conferência onde Mao Zedong (Mao Tsé-Tung) se confirmou como líder incontestado do Partido. A retirada prosseguiu depois, sempre sob condições dramáticas: desde logo, o terreno, extremamente difícil, e as más condições climatéricas complicavam o avanço; por outro lado, os ataques das forças de Chiang Kai-shek, agravados pela fome e pela doença que grassavam entre os comunistas, provocaram baixas consideráveis. Calcula-se que dos 100 mil que começaram a marcha, apenas cerca de 10 mil a terão concluído (de qualquer modo, os números avançados pelos estudiosos são muito variáveis, havendo quem aponte que a marcha começou com cerca de 140 mil homens, terminando apenas com cerca de 40 mil). Até chegarem a Shensi os homens da Longa Marcha contornaram a China pelo Tibete, Koukor e Kansu.

Aquilo que foi uma retirada forçada converteu-se numa verdadeira vitória moral, num feito tornado épico, um verdadeiro tónico na luta que conduziu o Partido Comunista ao poder.

Exactamente um ano depois do início da Longa Marcha, Mao Tsé-tung chega à província de Shensi, no noroeste da China, em 20 de Outubro de 1935, com cerca de dez mil sobreviventes e instala o quartel general do Partido Comunista. A épica luta contra as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek durou 368 dias e cobriu 10 mil quilómetros.


À chegada a Shensi foi proclamada a 2.ª República Comunista da China; em 1949, Mao e os seus tenentes Lin Biao (Lin Piao), Zu De (Chu Teh), Zhou Enlai (Chou En-lai) e Deng Xiaoping (Teng Hsiao-p'ing) eram senhores de toda a China.
Grande Marcha. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagem)
Arquivo: Long-march.jpg
Um dirigente comunista chinês fala aos sobreviventes da Grande Marcha



 https://www.youtube.com/watch?v=pXQsGSZC99U
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/20-de-outubro-de-1935-grande-marcha.html?fbclid=IwAR2OhSfC-edhGLWFfiOoMFB9O0wFzNTvIZD2VjI38PZUj6f85GfnEBScCfw
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Taiwan
7noVEM2015

Taiwan, a ilha 'rebelde' que segue desafiando o poderoso 'dragão chinês'

 
Reuters
Sorrindo, Xi Jinping e Ma Ying-Jeou, trocam um aperto de mãos no início de um histórico encontro em Singapura, o primeiro reunindo os líderes de China e Taiwan em mais de 60 anos. Mas em nenhum momento se referem um ao outro como "presidente".
Afinal, tanto Jinping quanto Ying-Jeou acreditam estar à frente do legítimo governo chinês.
Confuso? Esse é apenas o princípio de uma história de desavenças que sugere a continuidade, de certa forma, da Guerra Civil Chinesa, encerrada em 1950. Um conflito que resultou em um doloroso e controverso processo de ruptura, com a criação de duas Chinas.
Uma, a República Popular da China, comandada pelo Partido Comunista e hoje a segunda maior economia do mundo.

Guerra civil

A outra, a República da China, mais conhecida como Taiwan, nome da ilha de 36 mil metros quadrados, separada do território inimigo por um estreito de apenas 130 km de largura.
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151107_taiwan_desafia_china_fd
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Tibete

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 28ab2008

A batalha do mantra: a China e os recursos naturais do Tibete




Fonte: cnn.com
O Tibete nunca esteve tão em evidência. Os protestos que se seguiram à passagem da tocha olímpica em várias cidades do mundo chamaram a atenção pela luta dos tibetanos por um país independente. Para entender esta disputa é preciso voltar no tempo e passar por uma complexa e polêmica história, que envolve guerras, religião, re-encarnações e – não surpreendentemente- interesses comerciais por recursos naturais.
Há cerca de 2000 atrás, toda a região onde hoje é o Tibete, Nepal, Butão, parte do sul da China, parte do norte da Índia e Paquistão era então um conjunto de reinos feudais, atormentado por invasões, disputas entre reinos rivais e guerras religiosas. Registros indicam que o budismo chegou à região do Tibete por volta do ano 750 d.C. Entre os séculos XIII e XIV, a região esteve sob o controle dos mongóis, comandados pelo famoso Gengis Khan. Os mongóis dividiram o Tibete em regiões administrativas, entregues à vice-reis tibetanos. Sucessivos governos rivais se passaram, enfraquecendo a unidade tibetana. Aproveitando este enfraquecimento, a dinastia Ming que reinava na China, invadiu e conquistou alguns territórios tibetanos nas fronteiras. Concomitantemente, o budismo crescia e se espalhava pela região, e em 1575 o imperador mongol Altan Khan determina a conversão das nações mongóis ao budismo.
No Tibete, em 1355, nasce Tsongkhapa, conhecido como um dos grandes reformadores do budismo tibetano, adotando novos ensinamentos, textos didáticos e fundando monastérios. Na escola tibetana de budismo, os Lamas são os maiores líderes espirituais. O primeiro Lama, Gedun Drupa (1391-1474), era um discípulo de Tsongkhapa. Os Lamas seguintes são reconhecidos como re-encarnações de Lamas falecidos. O atual Lama, Tenzin Gyatso, conhecido como Dalai Lama (“Oceano de Sabedoria”), é o 14º Lama da linhagem tibetana e foi reconhecido aos dois anos de idade.
Desde 1642 os Lamas também desempenhavam a função de líderes políticos do Tibete. Em 1645, o quinto Lama promoveu a re-unificação do Tibete e a capital foi movida para Lhasa. Em 1706, o Tibete foi novamente invadido pelos mongóis, o sexto Lama morre em uma viagem à China e o sétimo Lama foi reconhecido dois anos depois. O poder foi gradualmente restituído ao Tibete e em 1751 o sétimo Lama estabeleceu um conselho de ministros para administrar o governo tibetano. Em 1895, o décimo terceiro Lama assumiu o poder político do Tibete durante um período turbulento, onde a Rússia czarista e a Índia britânica disputavam a hegemonia da região, culminando com a invasão britânica ao Tibete em 1904 e a posterior invasão chinesa em 1909.
Em 1911, a dinastia reinante na China foi derrubada e os tibetanos aproveitaram esta oportunidade para expulsar as forças chinesas do Tibete. O 13º Dalai Lama, que estava em exílio na Índia voltou para o Tibete e iniciou um processo de modernização do país com o apoio da Inglaterra. Com a sua morte em 1933, o Tibete passou por um governo transitório até que o 14º e atual Lama foi reconhecido em 1937.
Em 1949, a recém criada República Popular da China, comunista e incomodada pela influência britânica na região, anuncia seus planos de anexar o Tibete ao seu território, alegando que ele sempre havia lhe pertencido e que era preciso libertar o Tibete dos invasores estrangeiros. Em 1950 o exército chinês inicia a ocupação do Tibete, forçando a fuga do Dalai Lama, então com 16 anos, para a Índia. Ele retorna posteriormente a Lhasa e, após fracassadas tentativas de retomada por milícias tibetanas, busca asilo político em definitivo, estabelecendo um governo tibetano na cidade de Dharamsala, no norte da Índia. Calcula-se que nos anos que se seguiram à ocupação chinesa cerca de 1 milhão de tibetanos morreram, perseguidos, assassinados, torturados ou presos. Hoje existem cerca de 130 mil refugiados tibetanos no mundo, a maioria na Índia e Nepal (foto).
Entre 1960 e 1965, a questão foi discutida diversas vezes por painéis da ONU, sem que a soberania do Tibete fosse restaurada. A China comunista endureceu suas políticas internas, fechou-se ao mundo ocidental durante o período da Guerra Fria e iniciou diversos projetos de ocupação do território tibetano. Desde a ocupação chinesa, o governo tibetano no exílio busca um diálogo com o governo chinês e em 1985 o Dalai Lama apresentou um Plano de Paz de Cinco Pontos: a designação do Tibet como uma zona de paz, o fim da transferência em massa de chineses para o Tibet, a restauração dos direitos humanos fundamentais e das liberdades democráticas, e o abandono pela China do uso do Tibet na produção de armas nucleares e como depósito de lixo atômico. Conhecida como Terceira Via, esta proposta não exige a independência do Tibete, mas pede que seja respeitado o direito à livre expressão e religião, hoje negados pelo governo chinês.
Sob pressão internacional, é até possível que a China possa no futuro abrir concessões sobre os direitos do povo tibetano. Mas é muito pouco provável que ela conceda uma independência ao Tibete. Uma razão simples? Recursos naturais. A região do Tibete tem 2,5 milhões de km2, área um pouco maior do que os estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás juntos e é muito rica em recursos naturais, de madeira a minérios, e tem um enorme potencial hidrelétrico.
Estima-se que em 1959 o Tibete tinha cerca de 25,2 milhões de hectares de florestas. Em 1985, esta área havia sido reduzida para 13,5 milhões de ha. Hoje o Tibete tem a maior extensão de florestas do território chinês, cobrindo cerca de sete milhões de ha e avaliadas em dois bilhões de metros cúbicos de madeira. Considerando-se que grande parte das reservas de madeira em território chinês já foram exauridas, a reserva tibetana tem um valor ainda maior para uma China ávida por madeira.
A região contém partes de dois hotspots de biodiversidade e são reconhecidas cerca de 530 espécies de pássaros em 57 famílias (próximo de 70% das que ocorrem em toda a China), além de cerca de 5700 espécies de plantas superiores, várias endêmicas do platô tibetano. Só de rododendros (foto), são cerca de 400 espécies, mais da metade das espécies conhecidas no mundo. Em 1995 eram reconhecidas 81 espécies de animais ameaçadas de extinção na região do Tibete, incluindo 39 espécies de mamíferos, 37 de aves, quatro de anfíbios e um réptil. A situação hoje não melhorou, 54 espécies vegetais estão ameaçadas e a região abriga as últimas populações de alguns dos mamíferos mais ameaçados do mundo, como o antílope tibetano (Pantholops hodgsonii).
Mas são nos recursos minerais e hidrelétricos que se entende a importância estratégica do Tibete para a China. A mineração em larga escala na região do Tibete pelos chineses começou no final da década de 1960, como forma de suprir as indústrias com matérias primas. Sete dos 15 principais minerais da China devem se esgotar nos próximos 10 anos, forçando um aumento na extração das reservas destes minerais no Tibete. Metade das reservas mundiais de urânio de alta qualidade do mundo estão nas montanhas ao redor da capital Lhasa e o Tibete tem 40% das reservas de minério de ferro da China, além de grandes reservas de carvão mineral, ouro, chumbo, bórax e petróleo.
Em fevereiro de 2007, as autoridades chinesas anunciaram com grande pompa a descoberta desde 1999 de mais de 600 novas jazidas de cobre, minério de ferro, chumbo e minério de zinco no platô tibetano. Estudos preliminares estimam reservas de 30 a 40 milhões de toneladas de cobre, 40 milhões de toneladas de chumbo e zinco e uma enorme quantidade de minério de ferro. A produção de cobre na China deve aumentar em 30% com estas descobertas. Hoje, cerca de 90% das reservas de minério de ferro da China são de baixa qualidade, mas as descobertas no platô tibetano apontam minério de alta qualidade. Especialistas estimam que as reservas minerais no Tibete valham, no mínimo, 82 bilhões de dólares. Reservas promissoras de petróleo também foram encontradas na região. Alguns geólogos chegam a dizer que o Tibete talvez tenha a última e maior reserva de petróleo do continente. A extração já ocorre e dutos já escoam a produção de gás e óleo no platô tibetano.
O histórico de total desrespeito à legislação ambiental pelo setor mineral chinês é repleto de exemplos e a China detém os recordes mundiais de mortes de mineiros em suas minas. É sabido também que a maioria das concessões não elaboram estudos de impacto ambiental e nem tratamento de dejetos e sub-produtos da mineração. Os que ousam protestar contra este cenário são censurados e “desaparecem”. Em Junho de 2007, centenas de tibetanos protestaram contra a exploração da montanha Yala, uma das nove montanhas consideradas sagradas pelos budistas. O que se seguiu foi o desaparecimento de vários dos manifestantes. Um bom exemplo de como funciona a liberdade de expressão na China.
O uso do Tibete como depósito de lixo tóxico, incluindo lixo nuclear, pela China também é uma questão ambiental que atrai cada vez mais a atenção de outros países. Em 1984, a China já oferecia receber e estocar no Tibete lixo radioativo de outros países ao preço de 1500 dólares por quilo. O platô tibetano também é local de instalações nucleares secretas chinesas. Com vizinhos detentores de bombas nucleares (Índia e Paquistão), a China transferiu alguns de suas bases de lançamento de mísseis nucleares para o território tibetano. O primeiro míssil nuclear chegou em 1971 e há 10 anos, acreditava-se que a China tinha 17 estações secretas de radar, 14 bases aéreas, oito bases de mísseis no Tibete. A militarização da fronteira disputada com a Índia também ocorreu. A relação entre os dois países nunca foi boa e a China não se conforma com o fato da Índia ter dado asilo político ao Dalai Lama e ter permitido a instalação de um governo provisório em Dharamsala. Em 2005, China e Índia chegaram a assinar um protocolo onde a China reconhecia a posse de algumas regiões pela Índia, e esta reconhecia a soberania chinesa no Tibete. Ainda hoje são freqüentes as incursões do exército chinês dentro das regiões de Ladakh e Sikkim em território indiano, gerando uma tensão na fronteira.
A lista de acusações sobre o desrespeito ambiental pelos chineses no Tibete é longa e passa ainda pela sobre-pesca em lagos considerados sagrados pelos budistas, contaminação de corpos d´água, substituição de vegetação nativa por pastagens e posterior desertificação de áreas, e a super-utilização e degradação de pastagens nativas. Para garantir a ocupação do território, a China estabeleceu ainda um programa de incentivo de migrações de chineses para o platô tibetano, bancando a construção de estradas e ferrovias, permitindo o relaxamento do controle de migração (rigoroso em outras áreas), facilitando a instalação de empreendimentos privados e concedendo subsídios aos migrantes. A China concluiu a construção da ferrovia Gormo-Lhasa, a um custo de 6,2 bilhões de dólares, a fim de permitir os escoamento de recursos naturais do platô tibetano para a China e encorajar a migração de chineses para o Tibete.
Mas são os recursos hídricos que talvez melhor expliquem o porquê da China nem pensar em independência da região. O Tibete concentra as nascentes de vários dos mais importantes rios da Ásia, incluindo o Brahmaputra, Indus, Mekong, Yangtsé e Rio Amarelo. Estes rios fluem por países como China, Índia, Paquistão, Nepal, Butão, Bangladesh, Burma, Tailândia, Laos, Vietnã e Camboja. A disponibilidade de água doce no Tibete coloca-o entre os maiores depósitos do mundo e é cerca de 40 mil vezes maior do que as reservas em território chinês. A região de Amdo, onde se originam os dois maiores rios da China (Yangtsé e Amarelo) concentra metade da população chinesa e dois terços de suas plantações. O desperdício de água associado ao mau uso da irrigação tem gerado problemas que chamam a atenção do governo de Pequim. Projetos que incluem o desvio de rios, a abertura de longos canais e a transferência de água entre bacias existem e alguns estão sendo colocados em prática. A falta de água é uma questão crônica na China e entre as 640 maiores cidades chinesas, 300 experimentam racionamento de água e em 100 a falta de água pode ser considerada severa.
As nascentes e o relevo acentuado do Tibete, com os rios correndo em profundas gargantas, gera um potencial gigantesco para a geração de energia elétrica – coisa da ordem de algumas dezenas de Itaipus – essencial para manter o crescimento econômico da China. Cerca de dois terços do potencial hidrelétrico da China estão dentro ou imediatamente ao redor do Tibete e existem dezenas de projetos de construção de usinas hidrelétricas. A construção de barragens alteraria o fluxo destes rios e também a quantidade de sedimentos à jusante, fator essencial para a agricultura de vários países, como Índia e Bangladesh, que experimentam os regimes de monções. Mais barulho com os vizinhos.
Diante destes fatos, fica claro que a questão além de envolver direitos humanos, passa obrigatoriamente pela posse e utilização de recursos naturais. É a batalha do mantra. E resta saber até onde o princípio budista da ahimsa (não-violência) aguentará a sanha chinesa. De qualquer forma, algumas Olimpíadas ainda serão necessárias antes que o gigante chinês se curve aos monges tibetanos.
* Enrico Bernard é biólogo, não é budista, visitou recentemente Dharamsala, sede do governo tibetano no exílio, e defende o boicote aos produtos chineses.
https://www.oeco.org.br/colunas/colunistas-convidados/16821-oeco-27219/
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Hong Kong
29seTEMbro2019

Os jovens de Hong Kong que prometem ofuscar a celebração dos 70 anos da Revolução Comunista da China


A mochila de Charlie W. pesa, mas ali há pouco espaço para livros. Máscara anti-gás, luvas, capacete, óculos de natação e de esqui —são parte do uniforme que o estudante de 18 anos carrega a cada nova manifestação, "19 até agora", conta com precisão. Há quatro meses a rotina de Hong Kong vem sendo alterada por protestos em defesa de direitos civis e políticos que desafiam o poder central de Beijing.
"Chegamos num ponto sem saída, se não lutarmos agora, não haverá garantia de nenhum direito civil no futuro", afirma Charlie W., estudante de Ciências da Universidade Chinesa de Hong Kong, um dos bastiões do pensamento anti-comunista. 

A rebelião nas ruas de Hong Kong ofusca e foge ao controle do ambiente político que Beijing havia preparado para este 1º de outubro, quando será comemorado os 70 anos da revolução comunista que deu origem à República Popular da China. Carregado de simbolismos, o Partido Comunista chinês e seu líder Xi Jinping querem mostrar ao mundo a façanha da construção da segunda maior potência econômica global, "a poderosa nação" nas palavras de Xi.
No entanto, a promessa do "sonho chinês" de uma nação economicamente forte e próspera não convence a maioria dos hongkonguenses, em especial os jovens, que são maioria nos protestos.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49853863
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aGOSTO/seTEMbro2019
Tds os dias há notícias de violência... jornalistas e comentadores nas TV's dizem que são manifestantes...
Há manifestações sem violência e aí mbem...
Mas aquela destruição, quase tds os dias, de lojas, carros, metro, aeroporto acho que é terrorismo!
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 o negócio das drogas tem uma longa história e tb de crimes internacionais...Os governos servem os lucros dos grandes capitalistas que fazem guerras se necessário!!!...É bom recordar este ÓPIO: 29jan1841...Inglaterra quis: "impor à China a importação do ópio proveniente da Índia, lucrativo comércio nas mãos da Companhia das Índias Orientais inglesa."
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29 de Janeiro de 1841: Uma frota inglesa ocupa a ilha de Hong Kong

Uma poderosa frota inglesa ocupa a ilha de Hong Kong em 29 de Janeiro de 1841. O objetcivo era o de impor à China a importação do ópio proveniente da Índia, lucrativo comércio nas mãos da Companhia das Índias Orientais inglesa. A partir daí, uma verdadeira guerra do ópio estabeleceu-se entre os dois países a partir de 1839, ocasião em que o governo chinês decidiu erradicar o flagelo. O governo da Inglaterra resolve então dispor das suas forças armadas para sustentar interesses privados no comércio da droga. 

Ainda não tendo completado o segundo ano do seu reinado, a rainha Vitória, em 1839, recebeu uma extraordinária carta vinda da China. A missiva tinha como remetente Lin Zexu, o comissário imperial de Cantão, encarregado de combater o contrabando do ópio nas costas chinesas. Lin apelou para que o trono britânico interviesse junto aos seus súbditos que comerciavam com o oriente no sentido de coibir o tráfico que intensificava o vício entre os súbditos do imperador. 
Ele queria evitar que a China fosse tomada pelo"fumo bárbaro", efeito do ópio que os ingleses traziam nos seus barcos das suas plantações na Índia para vender nos portos do Império Celestial. 

Em resposta, a rainha Vitória argumentou que pouco poderia fazer, pois o seu reino defendia o livre-comércio. Além disso, o ópio era consumido pelos ingleses como láudano e os seus efeitos não eram tão devastadores. 


O Império Britânico, já no século XVIII, estendia a sua presença nos quatro cantos do planeta. A Companhia das Índias Orientais recebeu do governo inglês em 1773 a exclusividade na venda de ópio e, em 1793, a de fabrico. A comercialização desse produto no interior da Inglaterra era proibida e os infractores punidos severamente. Contudo, no estrangeiro a venda era permitida. 


Eram evidentes os prejuízos económicos e morais do consumo de ópio pelos chineses. Um ditado popular à época advertia que “a continuar o ópio, chegará o tempo em que na China não haverá um soldado capaz de enfrentar um inimigo. Nem dinheiro para manter um exército". 

O crescimento sem limite do uso da droga levou o governo imperial chinês a proibir o narcotráfico. Os ingleses não respeitaram a proibição. No início do século XIX  os narcotraficantes ingleses já contrabandeavam para a China cerca de quatro mil caixas de ópio por ano, número que subiu para mais de 40 mil entre os anos de 1821 a 1851. A partir de 1820, passaram a usar como porto seguro dos seus desembarques as condições naturais excepcionais da baía de Hong Kong.


Em 1839 o governo chinês da Dinastia Qing ordenou a queima do ópio encontrado em Guangzhou, onde se situa Hong Kong. O ópio queimado publicamente na praia de Humen consumiu 20 mil caixas. A represália inglesa não demorou. Era a primeira Guerra do Ópio contra a China, desencadeada para garantir o tráfico do ópio. 


A superioridade bélica permitiu que tropas britânicas ocupassem em 1841 parte da ilha de Hong Kong, de onde se expandiram, ameaçando inclusive Nanquim. Em 24 de Agosto de 1842 a dinastia Qing foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, concedendo à Inglaterra o domínio da ilha de Hong Kong. 

Na história chinesa este é considerado o “primeiro tratado desigual” que tiveram de assinar com a Inglaterra. O sentimento nacional foi ferido e o episódio, jamais esquecido. Os livros tratam-no como “uma ferida no coração do povo chinês”. 

A Guerra do Ópio (1839-1841) constituiu-se numa das mais infames guerras da história moderna. Os chineses não somente foram obrigados a aceitar a importação do ópio como também a suspender a legislação que afectasse o consumo. Durante quase um século, inalar o "veneno infiltrado", como disse Lin Zexu, passou a ser uma espécie de segunda natureza do povo chinês, quase inteiramente drogado pelo colonialismo. 

Nada disso, porém, maculou a imagem da rainha Vitória, admirada pelo alto padrão moral que exigia da corte, a ponto de vitorianismo confundir-se, ao longo do século XIX, com o moralismo e o puritanismo. 
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Vista da Ilha de Hong Kong a partir de Kowloon em 1840.
Juncosob bom.jpg
Juncos chineses sob forte bombardeio inglês durante a malfadada Guerra do Ópio, Litografia britânica de 1843.

O consumo de ópio pelos chineses
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/29-de-janeiro-de-1841-uma-frota-inglesa.html?fbclid=IwAR2ZMKWnWa-AzpDk1X7ZrVQYCLkXte8J0-QEfUFB_QreK8bZy8LttjuPGy0
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O último imperador
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trailer do filme de Bertolucci
 "Esta história arrebatadora da vida de Pu Yi (John Lone), o último imperador da China, segue o reinado tumultuado do líder. Depois de ser capturado pelo Exército Vermelho como um criminoso de guerra em 1950, Pu Yi , na prisão, se recorda de sua infância. Ele se lembra de sua juventude pródiga na Cidade Proibida, onde lhe foi proporcionado todo o luxo, mas, infelizmente, protegido do mundo exterior e da complexa situação política que o cercava."
 https://www.youtube.com/watch?v=YoXh3Utn5xw
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13 de Fevereiro de 1912: O Último Imperador da China abdica do poder

No dia 13 de Fevereiro de 1912, o último imperador da China, Pu Yi, com apenas 6 anos, foi obrigado a abdicar sob forte pressão do presidente do conselho do governo imperial, Yuan Shih-kai. O acto  concretizou-se quando a sua mãe leu ao soberano o édito de abdicação. A imperatriz da China tinha morrido em Pequim.  O seu sobrinho-neto, Pu Yi assumira o trono com apenas 3 anos de idade. 
  
Desde o Outono do ano anterior, dois governos coexistiam na China: o republicano, liderado por Sun Yat-sen em Nanquim, e o governo imperial em Pequim. A abdicação de Pu Yi marcou o fim do regime imperial e instaurou definitivamente a república chinesa. A dinastia Qing, que dominara o país desde 1664, estava extinta.

Em 1911, havia eclodido uma insurreição republicana no sul da China, perto de Cantão. A revolta constituiu o fim de um domínio de dois séculos e meio da dinastia Qing (Manchu). Os chineses exigiam a criação de uma assembleia constituinte, instigados por Sun Yat-sen, fundador do Kuomitang, partido conservador que até hoje governa Taiwan. Sun regressou ao país e proclamou a república a 1 de Janeiro de 1912. 
Quando Sun Yat-Sen assumiu o poder, recebeu das potências ocidentais promessas de apoio financeiro e militar. Como elas não se concretizaram, percorreu o mundo em busca de assistência que nunca chegou. A indiferença dos governos ocidentais pelo reformismo de Sun marcou-o profundamente.

O último imperador teve de sair da Cidade Proibida e iniciar uma verdadeira odisseia. Na década de 1930, foi utilizado como fantoche pelos japoneses no comando de um novo país no norte do território chinês, na Manchúria. 
Em 1949, Pu Yi viu chegar a revolução e todos os símbolos relacionados com o passado imperial sofrerem intensa rejeição. O ex-monarca, que faleceu em Pequim em 17 de Outubro de 1967, estava condenado a pagar pelo luxo e ostentação, condenadas pelos artífices do socialismo chinês. O último dos imperadores tinha vindo ao mundo precisamente numa época em que o planeta começava a passar por grandes transformações. 

O filme O Último Imperador, do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, conta esta história. A produção venceu nove Óscares em 1988, nas categorias de melhor filme, melhor realizador, melhor fotografia, melhor direcção  artística, melhor guarda roupa, melhor montagem, melhor banda sonora, melhor som e melhor guião adaptado.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
File:Aisin-Gioro Puyi 01.jpg
Pu Yi em 1934
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/02/13-de-fevereiro-de-1912-o-ultimo.html?fbclid=IwAR1HzRpSNx4Pbyfz7SxokLDX0LYz0ZouBPUD_1sZVP84-GK5ey-i9VrKN_Q
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29dez1911...Sun Yat-sen é o 1.º presidente da República da China
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3jan1839
Via
https://www.facebook.com/historiadigital/photos/a.290073491065559.66857.157087761030800/592715344134704/
No dia 03 de janeiro de 1839, começa a Guerra do Ópio entre a China e a Grã-Bretanha. A causa do conflito foi a exportação ilícita de ópio à China pela Inglaterra.

Na imagem, juncos chineses sob bombardeio britânico durante a guerra (litografia britânica do 1843).
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GUERRA DO ÓPIO

18 de Março de 1839: A China proíbe a importação de ópio facto que conduzirá à Guerra do Ópio

No dia 18 de Março de 1839, o imperador da China proíbe a importação de ópio de organizações estrangeiras e anuncia a pena de morte aos infractores. Principais atingidos, os britânicos, iniciam a Guerra do Ópio.

Entre 1811 e 1821, o volume anual de importação de ópio na China aproximava-se de 4,5 mil pacotes de 15 quilos cada (67,5 toneladas). Esta quantidade quadruplicou até 1835 e, quatro anos mais tarde, o país importava 450 toneladas, ou seja, um grama para cada um dos 450 milhões de habitantes da China na época.


A Companhia Britânica das Índias Orientais mantinha intenso comércio com os chineses, comprando chá e vendendo o ópio trazido da Índia. A droga chegou a representar a metade das exportações britânicas para a China. O primeiro decreto que  proibia o consumo de ópio datou de 1800, mas nunca chegou a ser respeitado.

Em 1839, a droga ameaçava seriamente não só as finanças do país, como também a saúde dos soldados. A corrupção grassava. Em 18 de Março, o imperador lançou um novo decreto, com um forte apelo à população.


Através de um panfleto, o governo advertiu sobre o consumo de ópio. As firmas estrangeiras foram cercadas pelos militares, que em poucos dias apreenderam e queimaram mais de 20 mil caixas da droga na cidade de Cantão.

Principal atingido pela proibição, o Reino Unido decretou guerra contra a China no dia 3 de Novembro de 1839. Nesta primeira Guerra do Ópio, em 1840, a Inglaterra enviou uma frota militar à Ásia e ocupou Xangai.

As previsões confirmaram-se e os soldados, corroídos pela dependência, estavam incapacitados de defender a China. Restou o apelo aos camponeses. O imperador  incitou-os a atacar os invasores com enxadas e lanças. A única vantagem dos chineses contra os bem armados britânicos era a superioridade numérica. Mesmo assim, perderam a guerra.

Derrotada, a China assinou o Tratado de Nanquim, em 1842, pelo qual foi forçada a abrir cinco portos para o comércio e ceder Hong Kong aos britânicos (a colónia só foi devolvida à administração chinesa em 1997). A paz, no entanto, não foi duradoura. A segunda Guerra do Ópio começaria em 1856.
Fontes: DW
wikipedia (imagens)

O consumo de ópio
 
Depósitos de ópio da Companhia das Índias Orientais na Índia
Ficheiro:英國在印度的鴉片儲存庫.PNG
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/03/18-de-marco-de-1839-china-proibe.html?spref=fb&fbclid=IwAR1nVVk2ZFJR_xJlDTogSxNAQHwT2Ql_BTrzGn9wjlokUULF80rf3C0-5hk
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Via
http://www.suapesquisa.com/historia/guerra_do_opio.htm
O que foi
A Guerra do Ópio, também conhecida como Guerra Anglo-Chinesa, foi um conflito armado ocorrido em território chinês, em meados do século XIX, entre a Grã-Bretanha e a China. Ocorreram dois conflitos: A Primeira Guerra do Ópio (entre os anos de 1839 e 1842) e a Segunda Guerra do Ópio (entre 1856 e 1860).
Contexto histórico
A Guerra do Ópio aconteceu dentro do contexto do Imperialismo e Neocolonialismo da segunda metade do século XIX. Nações europeias, principalmente a Inglaterra, conquistaram e impuseram seus interesses econômicos, políticos e culturais aos povos e países da Ásia, África e Oceania.
Causas da Primeira Guerra do Ópio (1839 a 1842)
No início do século XIX, as nações europeias só tinham autorização do governo chinês para fazer comércio através do porto de Cantão. O governo chinês também proibia os europeus de comercializarem seus produtos diretamente com os consumidores chineses. Havia intermediários (funcionários públicos) que estabeleciam cotas de produtos e preços a serem cobrados.
A Grã-Bretanha, em plena Segunda Revolução Industrial, buscava avidamente mercados consumidores para seus produtos industrializados, porém as medidas protecionistas chinesas dificultavam o acesso dos britânicos ao amplo mercado consumidor chinês.
Como não conseguiam ampliar o comércio de mercadorias com os chineses, os ingleses passaram a vender ópio, de forma ilegal, para a população da China como forma de ampliar os lucros. O ópio, cultivado na Índia (colônia britânica) era viciante e fazia muito mal a saúde. Em pouco tempo, os ingleses estavam vendendo toneladas de ópio na China, tornando o vício uma epidemia. O governo chinês chegou a enviar uma carta para a rainha Vitória I da Inglaterra protestando contra este verdadeira tráfico de drogas mantido pelos ingleses.
Mesmo com os protestos do governo chinês, os ingleses continuaram a vender ópio na China. Em 1839, como forma de protesto, o governo chinês ordenou a destruição de um carregamento de ópio inglês. O governo britânico considerou o ataque uma grande afronta aos seus interesses comerciais e ordenou a invasão armada à China, dando início a Primeira Guerra do Ópio.
Os britânicos invadiram e dominaram a China. A guerra terminou com a derrota chinesa em 1842.
O tratado de Nanquim
Após a guerra, a Inglaterra impôs o Tratado de Nanquim aos chineses, com as seguintes obrigações:
- A China teve que abrir cinco portos ao livre comércio;
- Os ingleses passaram a ter privilégios no comércio com a China;
- A China teve que pagar indenização de guerra à Inglaterra;
- A China teve que ceder a posse da ilha de Hong Kong aos britânicos (a ilha foi possessão britânica até 1997).

A Segunda Guerra do Ópio (1856 a 1860)
Foi uma continuação da Primeira Guerra do Ópio, porém a Inglaterra contou com a França e a Irlanda como aliadas contra os chineses.
O conflito armado começou logo após funcionários chineses revistarem um navio britânico. Como os chineses já não estavam respeitando algumas cláusulas do Tratado de Nanquim, os britânicos resolveram atacar novamente a China que saiu derrotada mais uma vez. Os ingleses e franceses impuseram o Tratado de Tianjin a derrotada China.
Tratado de Tianjin
- Dez portos chineses deveriam permanecer abertos ao comércio internacional;
- Liberdade para os estrangeiros de viajar e fazer comércio na China;
- Garantia de liberdade religiosa aos cristãos em território chinês;
- A China deveria pagar pesadas indenizações de guerra à Inglaterra e França.
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29 de Agosto de 1842: O Tratado de Nanquim encerra a primeira Guerra do Ópio entre chineses e britânicos

No dia 29 de Agosto de 1842, o Tratado de Nanquim pôs fim à primeira Guerra do Ópio entre a China e a Grã - Bretanha. Algumas décadas antes, em 1793, o grande imperador Qianlong havia rejeitado as tentativas britânicas de aumentar o comércio com o Império do Meio.

Os mercadores da Companhia Inglesa das Índias Orientais e o governo de Londres receberam muito mal a indisposição do imperador em encontrá-los. Não deixaram de difundir fortemente em toda a Europa o desprezo que lhes inspirava essa China, outrora tão elogiada, hoje arcaica, imóvel, voltada para si mesma.

O seu despeito era ainda maior visto que continuavam a comprar à China o chá que os britânicos consumiam bastante, bem como muitos outros produtos de luxo – porcelanas, pedrarias e sedas.

Para tentar equilibrar uma balança comercial pesadamente deficitária, a Companhia das Índias pôs em acção um “comércio triangular” tão pouco recomendável quanto era o tráfico de escravos. A companhia desenvolveu nas Índias a cultura do pavot – toda planta papaverácea do género Papaver, agrupando diversas espécies que produzem flores indo da papoila (Papaver rhoeas) ao pavot a ópio (Papaver somniferum) — e de modo totalmente ilegal, inicia os chineses no consumo do ópio.

As vendas ilegais de ópio na China passaram de 100 toneladas para 2.000 toneladas em 1838.

Em 1839, o novo governador de Cantão, exasperado, manda apreender e queimar 20 mil caixas de ópio. Em resposta, os ingleses bombardeiam Cantão enquanto uma esquadra sobe o rio Yangzi Jiang  obrigando o imperador Daoguang a capitular.

Esta “diplomacia através dos canhões” desembocou no Tratado de Nanquim pelo qual os vencedores ganharam o direito de comercializar livremente em cinco portos chineses. A Grã - Bretanha obtém, a ilha de Hong Kong na foz do rio das Pérolas e a riquíssima região de Cantão.

Cúmulo da humilhação, o imperador teve de conceder um privilégio de extra-territorialidade aos britânicos e pagar-lhes 21 milhões de libras esterlinas. Os franceses e norte-americanos apressaram-se em exigir vantagens equivalentes.

A humilhação sofrida pelos chineses com o Tratado de Nanquim está na origem dos levantamentos populares contra a dinastia manchu dos Qing, o mais notável deles a insurreição de Taiping.
Fontes: Opera Mundi
Blogue Estórias da História
wikipedia (imagens)
Assinatura do Tratado de Nanquim
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/29-de-agosto-de-1842-o-tratado-de.html
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08 de Outubro de 1856: Tem início a Segunda Guerra do Ópio

A Segunda Guerra do Ópio, conflito armado entre Reino Unido e França contra a dinastia Qing, da China, teve início em 8 de Outubro de 1856.

Num esforço para expandir os seus territórios na China, o Reino Unido pediu às autoridades Qing para renegociar, em 1854, o Tratado de Nanquim Osm, para exercer o livre comércio em toda a China, legalizar a venda do ópio, suprimir a pirataria, regular o tráfego de trabalhadores semiescravos e permitir ao embaixador britânico residir em Pequim.


A guerra que se instalou pode ser vista como continuação da Primeira Guerra do Ópio (1839-1842). Em 8 de Outubro de 1856, oficiais dos Qing abordaram o Arrow, navio chinês registado em Hong Kong, na posse dos britânicos, suspeito de pirataria e contrabando. Doze chineses foram presos. Oficiais britânicos em Cantão pediram a libertação dos navegantes afirmando que o navio estava protegido pelo Tratado de Nanquim. Insistiram que os soldados Qing haviam insultado sua bandeira. 


Apesar de estar às voltas com a Rebelião da Índia, os britânicos responderam ao incidente do Arrow em 1857, atacando Guangzhou a partir do rio das Pérolas.

A França,  Estados Unidos e Rússia receberam convites para juntar-se ao Reino Unido. Paris juntou-se à ação britânica contra a China, provocada pela execução do missionário padre Auguste Chapdelaine, na provincia de Guangxi. Os outros dois países mantiveram-se à margem.

A armada britânica, comandada por lorde Elgin, e a francesa, do almirante Gros, ocuparam Guangzhou no final de 1857. Formou-se um comité e o governador da província, Bo-gui, permaneceu no seu posto a fim de “manter a ordem” em nome dos invasores.


A coligação  dirigiu-se para o norte a fim de tomar os fortes de Taku, em Maio de 1858. Em Junho, a primeira parte da guerra concluiu-se com o Tratado de Tianjin, firmado também pela Rússia e pelos Estados Unidos, que em conjunto com o Reino Unido e a França teriam direito a instalar legações diplomáticas em Pequim. Além disso, dez novos portos seriam abertos ao comércio internacional, todos os navios estrangeiros passariam a ter direito de navegar pelo rio Amarelo, entre outras condições.


Em 26 de Setembro de 1860, uma força anglo-francesa chegou a Pequim, tomando a cidade em 6 de Outubro. O imperador Xianfeng nomeou o seu irmão e fugiu para o Palácio de Verão, situado em Chengde. 


O Tratado de Tianjin foi estendido e ratificado pelo irmão do imperador, príncipe Gong, na Convenção de Pequim de 18 de Outubro de 1860, enquanto as potências ocidentais ocupavam Pequim e era incendiado o Antigo Palácio de Verão. Assim terminou a Segunda Guerra do Ópio.

Fontes: Opera Mundi

wikipedia (imagens)



Ly-ee-moon, uma das embarcações que realizava o comércio do ópio


O cerco ao Palácio de Verão
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/08-de-outubro-de-1856-tem-inicio.html
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07 de Setembro de 1901: Termina a revolta dos Boxers na China

A Rebelião Boxer (1898–1900), movimento contra os estrangeiros na China, culminou com uma encarniçada rebelião contra os ocidentais e a influência do Ocidente. No final do século XIX, as potências ocidentais e o Japão já tinham criado e estabelecido amplos interesses na China. A guerra do Ópio (1839 –42), que a Grã - Bretanha havia provocado, obrigou a China a outorgar concessões comerciais e reconhecer o princípio da extraterritorialidade.

As concessões à Grã-Bretanha foram logo seguidas por similares concessões à França, Alemanha e Rússia. O regime da dinastia Ching, já debilitado pelas invasões europeias, ficou ainda mais enfraquecido pela vitória do Japão na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894 –95) e a subsequente partilha da China em zonas de influência estrangeiras.

O imperador ching, Kuan-hsu, tentou opor-se à ameaça imperialista adoptando modernas reformas administrativas e educacionais. Isso, porém, provocou a oposição conservadora e os esforços foram frustrados pela imperadora-viúva, Tz'u Hsi, que deu preferência a uma derradeira tentativa de afastar a influência estrangeira por meio do apoio à resistência armada.


A imperadora tacitamente encorajou uma sociedade secreta anti estrangeira denominada I Ho Ch'uan [punhos honrados e harmoniosos], ou Boxers em inglês. Não demorou para que os Boxers se tornassem poderosos e já no final de 1899 tornaram-se ameaçadores. Ocorreram ataques violentos contra os estrangeiros e os chineses cristãos, particularmente nas províncias de Zhili, Shanxi e Shandong, na Manchúria e na Mongólia Interior.  

Nessas regiões, as estações de comboio, símbolo visível do estrangeiro, eram mais movimentadas. Os cristãos chineses, especialmente os católicos romanos, fieis à religião dos estrangeiros, eram mais numerosos. Lá também se encontrava a maioria dos arrendamentos rurais adquiridos pelas potências europeias.


Em Junho de 1900, os Boxers, cerca de 140 mil homens liderados pelos partidários da Guerra na corte, ocuparam Pequim e durante oito semanas sitiaram os estrangeiros e os chineses cristãos. Os governadores provinciais no sudeste da China desobedeceram à declaração de guerra da corte e garantiram forças policiais de protecção aos interesses estrangeiros, o que limitou a área de conflito ao norte da China.

O cerco foi rompido em Agosto por uma força internacional constituída de tropas britânicas, francesas, russas, americanas, alemãs e japonesas. O avanço dessas tropas para o norte pôs fim à rebelião dos Boxers.

As potências ocidentais e o Japão concordaram – em grande parte graças às pressões dos Estados Unidos em “preservar a integridade territorial e administrativa chinesa” e em virtude da rivalidade entre as potências – a não levar adiante a divisão da China.

Mesmo assim, a China foi compelida em 1901 a pagar uma pesada indemnização, a modificar tratados comerciais para favorecer as nações estrangeiras e a permitir a presença de tropas estrangeiras em Pequim. A China emergiu da Rebelião Boxer com uma dívida fortemente aumentada que a tornou, com efeito, uma nação subjugada.

Em 7 de Setembro de 1901, a Rebelião Boxer na China teve oficialmente fim com a assinatura do Protocolo de Pequim (Paz de Pequim).
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)


A captura do portão sul de Tianjin

 
Página de assinaturas do Protocolo Boxer
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PROBLEMAS AMBIENTAIS
13SET2016

5 problemas ambientais da China que você não conhecia


Das melancias “explosivas” às secas severas e tempestades de areia, conheça cinco problemas ambientais que assolam a 2ª maior economia do mundo




 https://exame.abril.com.br/mundo/5-problemas-ambientais-da-china-que-voce-nao-conhecia/
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