08/01/2015

9.359.(8jan2015.7.33') Palacete Bernardino Lopes de Oliveira

Na reunião de câmara de 26jan2015
questionei
Presidente da Câmara diz que é só o 1º andar!
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A CDU alertou, alertou...
Felizmente não houve ninguém a sofrer com 1 edifício que ameaçava ruir...e ruiu em parte...
Houve estruturação de parte...
Mas agora há esta boa notícia... 
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Via Região de Cister
23noVEMbro2017
escrito pelo José Eduardo Oliveira

O Palacete Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça, é uma casa oitocentista, que foi propriedade de Bernardino Lopes de Oliveira. Este ilustre alcobacense, que chegou a ser presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, esteve também ligado à construção do Hospital de Alcobaça quando era provedor da Misericórdia da vila. 
A exemplo de muitos outros portugueses emigrou para o Brasil à procura de melhores condições de vida, tendo ali feito fortuna. Regressou mais tarde a Portugal, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da sua terra natal. Foi justamente no contexto do seu regresso a Alcobaça que edificou o Palacete Bernardino Lopes de Oliveira. 
Em vida do seu proprietário esteve instalado no edifício o Consulado do Brasil em Alcobaça e no rés do chão funcionou também um Museu Zoológico pessoal, constituído a partir da coleção de aves da fauna brasileira e portuguesa, e uma coleção de frades em barro de produção portuense. Faleceu em 1907 e está sepultado em Alcobaça. 
Em sessão de Câmara de Alcobaça de 1 de junho de 1908 foi dado o nome de Rua Bernardino Lopes de Oliveira à Antiga Rua da Tapada ou dos Freixos, que era uma estrada arborizada que precedia as primeiras casas da vila, cuja entrada se fazia pela Rua da Porta de Fora. O Palacete foi herdado pelos seus familiares. 
Saltando no tempo – mais ao menos para 1950 –, visitei acompanhado pelo meu pai algumas salas do palacete onde estavam expostas as coleções já referidas, que nunca mais esqueci. Fomos recebidos pelo senhor Américo de Oliveira, ao tempo já com idade avançada. Anos mais tarde vim a saber que Américo de Oliveira tinha tido ação relevante na implantação da República, estando já no dia 4 de outubro de 1910, na Rotunda ao lado de Machado dos Santos, que ao admitir o eventual falhanço do golpe, o incentivou, permanecendo ambos lado a lado até à vitória se consumar. 
A ação de Américo de Oliveira foi objeto de várias homenagens, nomeadamente do ministro António José de Almeida, que em atos públicos frisou ser este um dos mais heroicos combatentes da Revolução, ao qual a História haveria de fazer justiça. 
Voltando ao palacete há que referir que tem planta retangular, composta de três pisos na fachada principal e quatro na posterior, com cobertura homogénea em telhados de duas águas, com trapeiras e claraboia. A casa possui molduras e tetos decorados com estuque composto pela sucessão de vários frisos, principalmente de temática vegetalista, e por molduras geométricas. Tem ainda um torreão da fachada posterior, com jardim de inverno, salão de fumo e terraço. 
Em 1995 foi adquirido por D. Maria do Carmo Lameiras e Adão Lameiras, que fizeram obras de adaptação a turismo de habitação. No exterior, mantém a traça original respeitando os elementos arquitetónicos da época.
Em 1995 foi adquirido por D. Maria do Carmo Lameiras e Adão Lameiras, que fizeram obras de adaptação a turismo de habitação. No exterior, mantém a traça original respeitando os elementos arquitetónicos da época.
A coleção de aves embalsamadas da fauna brasileira e portuguesa foi oferecida pela família Lameiras à ADEPA, que, em nossa opinião, tem demorado demasiado tempo a dar-lhe a devida exposição. Sabemos que já está fotografada, em parte, para efeitos de identificação e futura execução de um catálogo, mas continua “escondida” da exposição que merece. São cerca de 100 exemplares conforme nos confirmou o presidente da Direção da ADEPA, Luís Peres Pereira.
Esperemos que a nova direção da ADEPA consiga dar os passos que faltam para vermos expostas estas relíquias do Museu Zoológico do velho palacete fundado por Bernardino Lopes de Oliveira. A bem da cultura alcobacense.
http://www.regiaodecister.pt/opiniao/edificios-com-historia-palacete-bernardino-lopes-de-oliveira
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prediocostaveiga.jpg
http://www.regiaodecister.pt/pt/noticias/edificio-costa-veiga-demolido-em-alcobaca


O 1.º andar do Palácio do Visconde Costa Veiga, na Rua Frei Fortunato, em Alcobaça, deverá começar a ser demolido nas próximas semanas. 
O presidente da Câmara, Paulo Inácio, disse ao REGIÃO DE CISTER que os últimos projetos de demolição já estão a ser analisados.
A degradação a que chegou o edifício, ao longo das últimas décadas, está a pôr em causa a segurança pública. “Há muito tempo que alertamos os proprietários para o perigo”, salienta Paulo Inácio, acrescentando que “está tudo a resolver-se da melhor maneira”.
Após acordo com a última família a residir no edifício, o imóvel ficou devoluto de pessoas e bens.
Embora não esteja classificado, o Palácio do Visconde Costa Veiga apresenta-se de grande simbolismo para Alcobaça. Em 1863, alojaram-se neste solar o Rei D. Luís I e a Rainha D. Maria Pia. Esteve também aqui instalado o Asilo da Infância Desvalida e a sede do Ginásio.
O edifício principal está rodeado por construções de apoio às actividades agrícolas, das quais se destacam os tanques de águas e minas de captação.