08/01/2015

9.360.(8jan2015.7.44') José Viana

Nasceu a 6dez1922
e morreu a 8jan2003
***
José Maria Viana Dionísio
***
Grande actor

José Viana 

Lisboa Grande Noite

https://www.youtube.com/watch?v=38hrbpYhXH0
***

José Viana canta o "Samba de uma Nota Só"

https://www.youtube.com/watch?v=RjT871dD244
***
Via
jose-viana
http://fundacaodomluis.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=401&catid=92
José Viana é pouco conhecido como pintor:
JOSE VIANA 750x250
*
P1400979 370x208
*
P1400924 370x208
*
José Viana (1922-2003), mais conhecido como homem de teatro (actor, cenógrafo, figurinista, realizador) foi igualmente um pintor de mérito que, não obstante revelar-se tardiamente ao grande público, recebeu consagração compatível com a qualidade do seu trabalho pictórico. Figurativo de orientação neo-realista, a sua obra espraia-se por um conjunto de representações das quais sobressai o traço solidário do humanista de mão dada com uma constante reflexão sobre o país onde lhe coube viver, cujos fantasmas exorcisou no palco através do humor e na tela elegendo a mulher como tema preferencial.
Dele dirá David Mourão Ferreira: "Homem de cultura (no sentido que os latinos antigos davam à inflexão), ele levou para o teatro, para a pintura, para o desenho a arte subtilmente imperiosa de ser popular." Urbano Tavares Rodrigues chama-lhe "pintor genial, caricaturista, improvisador e senhor de maravilhosos coloridos". E António Valdemar realça na sua pintura "o desafio consigo mesmo, perante símbolos e mitos em que se confrontam o real e o onírico."
***
Via
http://digitalblue.blogs.sapo.pt/414794.html
***
Via DN
abril de 2010
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1540318&seccao=Teatro
O espólio do actor e pintor, que inclui escritos inéditos, pinturas inacabadas, esboços e uma biblioteca pessoal, está ainda por inventariar e catalogar, segundo afirmou a filha do actor, Maria Viana.
José Viana, que morreu em 2003, com 80 anos de iadade, foi ontem recordado nos Recreios da Amadora com uma actuação de Maria Viana. Estiveram presentes na cerimónia o realizador Lauro António, que exibiu um filme sobre o pintor, e Carlos Casimiro, da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, à qual o actor esteve ligado.
Nos Recreios da Amadora está ainda patente, até dia 25 de Abril, uma exposição com cerca de vinte quadros de José Viana, todos eles à venda. As obras de arte, que abrangem diferentes fases artísticas do pintor, reunindo retratos e também paisagens, estarão à venda por decisão da família e os preços variam entre os 2500 e os dez mil euros, declarou Maria Viana.
De acordo com a mesma, o espólio artístico e pessoal de José Viana, ainda na posse da família, está por inventariar e estudar com mais profundidade. "Há uma biblioteca pequena, mas muito importante sobre teatro", exemplares de revistas e jornais em que José Viana publicou os primeiros desenhos, poemas e quadros inacabados, esboços, estudos, o cavalete onde pintava, referiu Maria Viana.
A filha do actor revelou ainda que há pelo menos 12 canções, com letra e música de José Viana, inéditas, ainda por publicar, e uma série de escritos sobre revistas à portuguesa e teatro. "Há tanta coisa ainda por fazer. Podem ser reeditados os seus êxitos de revista gravados para a Valentim de Carvalho ao longo de vinte anos", sublinhou ainda a filha do pintor e consagrado actor português.
***
Via
http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/6206.html

*
Canta Zé Cacilheiro
https://www.youtube.com/watch?v=rhjLfsioG4w
José Viana canta o seu grande êxito no Teatro de Revista - Zé Cacilheiro.
Realização de Vítor Marceneiro -VDM para Lisboa no Guinness (ver detalhes)
Autores: César de Oliveira
***
No dia da sua morte
Via Lusa e Público

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/jose-viana-um-homem-de-multiplos-talentos-273032
"Um dos maiores vultos da sua geração". É assim que o actor Francisco Nicholson começa por homenagear José Viana. Escolhendo algumas das áreas em que notorizou o artista, Nicholson fala no "excelente actor, sobretudo de revista, e também no excelente pintor", "é toda uma geração" que foi para o actor "uma referência e agora está a desaparecer, aos poucos".

Raul Solnado deixa alguns momentos dos 60 anos de amizade com José Viana, iniciada antes de dar os primeiros passos no teatro. "Foi ele quem me trouxe para o teatro", sublinha Solnado, contando que se conheceram no teatro amador em 1946 e que, seis anos mais tarde, participaram no espectáculo "Sol da meia-noite", no cabaré Maxime, que "revolucionou os espectáculos da noite".

"José Viana marcou o teatro português como actor e autor, através da sua inteligência e cultura que pôs ao serviço do teatro revista e não só", acrescentou. 

O realizador Lauro António, autor de um livro sobre a vida de José Viana, criado a propósito dos 50 anos da sua carreira e de um vídeo-documentário para ser apresentado em 1997, intitulado "José Viana - 50 anos de carreira", lembrou o "homem de múltiplos talentos" que "teve um papel inesquecível na cultura portuguesa".

José Viana "começa e acaba ligada à pintura, já que começou por trabalhar como desenhador na Bertrand, e mais recentemente, já com 80 anos, dedicava-se sobretudo à pintura".

Lauro António considerou que o artista "era um grande símbolo da cidade de Lisboa, onde nasceu e dedicou toda a sua vida, nomeadamente em composições de personagens típicas, como foi o caso do Zé Cacilheiro, uma rábula admirável".

O cenógrafo Mário Alberto Cabral lembra o amigo e colega José Viana como um homem "muito inteligente, que revelou grande talento em tudo o que fazia", "um dos monstros do teatro de revista, tal como Raul Solnado, Jacinto Ramos e Henrique Viana".

"Ele era um homem de múltiplos talentos, não só como desenhador, pintor e actor, mas também como escritor de peças de teatro, e também músico", realçou Mário Alberto, observando que são desconhecidas outras facetas do artista, como o canto e a dança. 

"Ele foi várias vezes campeão de 'swing'", afirmou, recordando que há cinquenta anos "era um dos três habituais campeões deste estilo de dança, a par do Manuel Cigano e do Manecas Chófer".

José Viana morre vítima de acidente

José Viana morreu hoje quando uma carrinha embateu por trás na viatura em que o actor e a mulher viajavam, pondo-se de seguida em fuga, de acordo com fonte da Brigada de Trânsito (BT) da GNR.

A mesma fonte revelou que os tripulantes da carrinha foram já identificados e ouvidos pelas autoridades, seguindo agora o assunto para tribunal.

A colisão aconteceu ao quilómetro 13 da A5 (auto-estrada de Cascais). Após o embate, que imobilizou a viatura, ambos ficaram inconscientes e foram transportados de ambulância para o Hospital S. Francisco Xavier, tendo José Viana sido registado como "ferido grave".

Dora Leal, mulher de José Viana, fracturou algumas costelas, mas teve logo alta. Já o artista não sobreviveria aos ferimentos acabando por morrer esta madrugada.

No cumprimento de uma formalidade, o seu corpo será submetido a autópsia, exame que deverá ser efectuado amanhã. Por este motivo a data do funeral ainda não foi definida.
*
http://www.cmjornal.xl.pt/cultura/detalhe/morreu-o-actor-jose-viana.html
MORREU O ACTOR JOSÉ VIANA O actor e pintor José Viana faleceu na madrugada de ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, na sequência de um acidente de viação, seguido de fuga, ocorrido no passado domingo à noite na auto-estrada de Cascais (A5). O acidente deu-se às 19h25, ao km13 da A5, junto a Monsanto, onde uma carrinha mista colidiu violentamente com a viatura onde seguia o artista, de 80 anos, e a mulher, a actriz Dora Leal. Os ocupantes puseram-se em fuga, a pé, abandonando a carrinha no local. A Brigada de Trânsito da GNR já identificou o proprietário da carrinha, desconhecendo-se, no entanto, se o indivíduo dirigia o veículo na altura do acidente. As autoridades estão ainda a efectuar exames periciais, após os quais o caso seguirá para tribunal. José Viana e Dora Leal foram socorridos pelos Bombeiros de Oeiras e de Carcavelos e deram entrada no Hospital de S. Francisco Xavier pelas 20h15. Ontem de madrugada, o actor acabou por sucumbir às lesões sofridas, estando a autópsia marcada para hoje. Dora Leal sofreu também algumas fracturas, mas teve alta ontem. HOMEM DOS SETE OFÍCIOS José Viana começou por desenhar e depois por pintar. Chegou a ser cenógrafo, encenador, autor, cantor,compositor, mas foi como actor que se tornou mais conhecido, sobretudo no teatro de revista e, posteriormente, na televisão. Este verdadeiro “homem dos sete ofícios” nasceu em Lisboa a 6 de Dezembro de 1922 e frequentou a Escola Industrial Machado de Castro, no Curso de Serralheiro Mecânico, que nunca veio a terminar. Contudo, aperfeiçoou a arte de desenhar, o que lhe permitiu começar desde os 13 anos a colaborar para o jornal "O Senhor Doutor", o suplemento de "O Século", e a fazer capas para o "Papagaio". O primeiro emprego que arranjou foi como retocador de gravura na Casa Bertrand & Irmãos. Ainda como pintor, em 1947, integrou a 2.ª Exposição Geral de Artes Plásticas, organizada pelo Movimento de União Democrática, onde a polícia do regime ditatorial lhe confiscou alguns quadros. O actor/pintor ficaria ainda conhecido pela sua faceta política, que descobriu através do jornal “Avante”, que o levou a filiar-se no PCP. Conforme recordou o realizador Lauro António, esta opção “nunca foi compreendida pela maioria”. No final dos anos 40 começou a fazer cenários para os espectáculos de teatro amador na Sociedade Guilherme Cossoul. Em 1951, com 29 anos, estreou-se no Coliseu com a revista "Lisboa é Coisa Boa!". Em seguida, passou pelo Parque Mayer (teatros Variedades, Maria Vitória) e pelos palcos do Avenida, Monumental e Maxime, antes de fazer uma digressão pelas então colónias portuguesas de S. Tomé, Moçambique e Angola. Regressou ao Parque Mayer em 1988 com uma revista de sua autoria, "Festa no Parque", na qual assinou igualmente as melodias e a encenação. Nos anos 50 casou-se com a actriz brasileira Jujú Baptista, de quem teve uma filha, a hoje cantora de jazz Maria Viana, e fixou residência em Angola, dedicando-se à pintura e expondo em Benguela, Lobito e Luanda. Em 1957, voltou a Portugal e participou nas emissões pioneiras da RTP, canal onde viria a ter o seu próprio programa, "Ora Viva", em 1987. Passou ainda pelo Teatro Gerifalto e ingressou no Teatro ABC, onde procurou rejuvenescer a revista. Depois de 1959, iniciou um novo período de recolhimento, durante o qual voltou a dedicar-se à pintura. Entretanto, ainda na década de 60 voltou a casar-se, desta vez com Dora Leal, de quem teve duas filhas (Maria Raquel e Madalena Leal). É também em meados da década de 60 que José Viana atinge o auge da sua carreira, na empresa de Guiseppe Bastos e Vasco Morgado, então no Maria Vitória, onde participou em rábulas como "Zero, Zero, Zero - Ordem para Matar", "Esperteza Saloia" e "Cala-te Boca". Mais recentemente, voltou ao pequeno ecrã, fazendo algumas aparições no programa "Grande Noite", de Filipe La Féria. O cinema português tem também a marca de José Viana, que é lembrado sobretudo nos papéis que desempenhou nas fitas "O Recado" (1972), de José Fonseca e Costa, "A Fuga" (1976), de Luís Filipe Rocha, "A Ilha" (1990), de Joaquim Leitão, e "O Fim do Mundo" (1992), de João Mário Grilo. ”TENACIDADE E CORAGEM” “É uma grande perda para a cultura portuguesa”, afirmou o realizador Lauro António, que em 1997 lançou a biografia “José Viana - 50 anos de carreira. O cineasta descreve-o como “um homem generoso, dono de muita tenacidade e coragem, características que foi demonstrando ao longo da vida”, acrescentando que será sempre “um símbolo do teatro de revista e de Lisboa, pelas inúmeras personagens míticas que criou, como o Zé Cacilheiro”. ”DEVO-LHE O SER ACTOR” “Lamento muito a perda de José Viana mas é com enorme prazer que falo de um grande homem e de um grande amigo... há mais de 60 anos”, recordou o actor Raul Solnado. “A ele devo a minha carreira de actor porque me convidou para fazer o meu primeiro espectáculo profissional. Chamava-se ‘Sol da Meia Noite’”, lembrou. “Era um homem com grande cultura e inteligência e é pena que tenha morrido esquecido e sem a glória que merecia”. HOMENAGEM O actor Nuno Miguel Henriques dedica na próxima segunda-feira a apresentação do espectáculo “Um Poder Chamado Palavra”, a realizar no Auditório da Biblioteca Museu República e Resistência, em Lisboa, ao actor José Viana. A entrada é livre. O apoio às novas gerações de actores sempre foi uma faceta bem conhecida de José Viana. Neste caso concreto, o falecido actor foi um dos grandes impulsionadores da carreira de Nuno Miguel Henriques, que encontrou na arte feita no palco a melhor maneira de homenagear e recordar o saudoso artista.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cultura/detalhe/morreu-o-actor-jose-viana.html
***