27/01/2015

9.485.(27jan2015.7.44') Plano Marshall...Urge ter memória: 1953 perdão à Alemanha

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5jun1947
Plano Marshall

É anunciado o Plano Marshall

No dia  5 de Junho de 1947, o secretário de Estado dos EUA, George Marshall, anunciou a ajuda à Europa do pós-guerra. O ponto central do Plano Marshall era a reconstrução da economia e o combate à fome e à pobreza.
As rações de pão, de uma fina fatia por dia, eram constrangedoras, anunciava o jornal londrino News Chronicle, a partir do Estado alemão da Renânia do Norte-Vestefália. Sindicatos da capital estadual, Düsseldorf, advertiam para distúrbios.
Havia protestos e greves não só na zona britânica da Alemanha então dividida, mas também na região ocupada pelos norte-americanos. A catástrofe de fome ameaçava afundar grande parte da Alemanha numa crise, em meados de 1947.
Também por causa do Inverno, que havia sido especialmente rigoroso, a imprensa apresentava  manchetes, diariamente, sobre famintos. As cidades maiores, como Berlim e Hamburgo, anunciavam o colapso das suas reservas económicas  e morais.
Na região industrial do Ruhr, no oeste da Alemanha, zona ocupada pelo Reino Unido,  lorde Francis A. Pakenham observava a miséria pessoalmente. Ele disse ao ministro da Agricultura, Heinrich Lübke, que mais tarde se tornou presidente da Alemanha: "O senhor sabe que os marinheiros estão aí para o transporte de cereais, os navios estão aí e os famintos também. O que falta são as pessoas certas no lugar certo, com o poder na mão".
Um homem no posto certo em Washington usou este poder: George Catlett Marshall, ex-responsável pela maquinaria de guerra dos Estados Unidos e então secretário de Estado. Com um discurso memorável, no dia 5 de Junho de 1947, na Universidade de Harvard, em Nova Iorque, ele delineou a política de estabilização e fortalecimento das forças de resistência económica e politica dos países da Europa Ocidental.
"A política dos Estados Unidos não é dirigida contra um país ou uma ideologia", esclareceu Marshall, "mas contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos." E acrescentou: "Quem tentar bloquear a reconstrução de outros países não pode esperar ajuda". Ele  referia-se  ao bloco comunista do Leste Europeu.
 A partir daí, a ajuda financiada pelo Plano Marshall não aconteceu apenas na Alemanha. Até 1952, outros países europeus ocidentais necessitados receberam adubo, matérias-primas, combustíveis, máquinas e medicamentos no valor aproximado de 13 biliões de dólares.

Fontes: DW
wikipedia (imagens)
Mapa da Europa que mostra os países que receberam ajuda do Plano Marshall. As colunas azuis mostram a quantidade total relativa de ajuda por país


George Marshall
https://www.youtube.com/watch?v=ruABExgx5KE
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/06/05-de-junho-de-1947-e-anunciado-o-plano.html
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Via público

http://www.publico.pt/economia/jornal/milagre-economico-alemao-teve-ajuda-de-perdao-de-divida-26150375
Em 1953, a delegação alemã assina o acordo que lhe perdoaria parte da dívida e lhe atribuiria juros favoráveis para pagar o restante. Hoje, a Alemanha é a principal credora de países como a Grécia ou Portugal e é contrária a um perdão dessa dívida
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1953
Via dinheiro vivo
Há 60 anos, a 27 de fevereiro de 1953, 20 países, entre eles Grécia, Irlanda e Espanha, decidiram perdoar mais de 60% da dívida da Alemanha (República Federal ou Alemanha ocidental). O tratado, assinado em Londres, foi determinante para o país se tornar numa grande potência económica mundial e num importante aliado dos Estados Unidos durante as décadas da Guerra Fria contra a antiga União Soviética.
O perdão da dívida, que na prática foi uma extensão e reforço das ajudas financeiras diretas do Plano Marshall, liderado pelos Estados Unidos, permitiu aos alemães reduzirem substancialmente o fardo da dívida contraída antes e depois da Segunda Guerra Mundial.
Segundo uma análise de Éric Toussaint, historiador e presidente do Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo, "a dívida antes da guerra ascendia a 22,6 mil milhões de marcos, incluindo juros. A dívida do pós- guerra foi estimada em 16,2 mil milhões. No acordo assinado em Londres a 27 de fevereiro de 1953 estes montantes foram reduzidos para 7,5 mil milhões e 7 mil milhões respetivamente. Isto equivale a uma redução de 62,6%", explica o perito.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Macro/interior.aspx?content_id=3763585
Acordo de Londres foi assinado a 27 de fevereiro de 1957. Depois das ajudas do Plano Marshall veio o haircut. Grécia e Irlanda ajudaram

Faz 60 anos que a Alemanha teve perdão de dívida pública de 62%