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Via Wikipédia
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas
- Vários-Fala do Homem Nascido (Orfeu, 1972)
- (LP, 1972)
- Folclore (LP, Orfeu, 1973) SB-1066
- As Duas Faces de Tonicha (LP, Zip-Zip, 1974)
- Canções de Abril (conjunto e coros) (LP, Discófilo, 1975)
- Conjunto e Coros (Lp, Orfeu, 1975)
- Cantigas do meu País (LP, Orfeu, 1975)
- As Duas Faces de Tonicha (LP, Orfeu, 1975)
- Cantigas Populares (LP, Orfeu, 1976) SB-1088
- Cantigas Duma Terra À Beira Mar (LP, Polygram, 1977)
- Ela Por Ela (LP, Polygram, 1980) - reeditado em 1996
- Foliada Portuguesa (LP, Polygram, 1983)
- Regresso (CD, Polygram, 1993)
- Canções d' Aquém e D'Além Tejo (CD, Polygram, 1995)
- Mulher (CD, Polygram, 1997)
- Canções Para Os Meus Netos (CD, Universal, 2008)
- Cantos da Vida - Colecção Vida (CD, Farol, 2008)
Letras via
http://tonicha-clube-de-fas.blogspot.pt/p/tonicha-letras.html
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Canção da Amizade
https://www.youtube.com/watch?v=fMhzL32mAxg
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https://www.youtube.com/watch?v=Nkg-L5Yurvw
1980
CHAMAR-TE MEU AMOR
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Popular - Arranjo: Pedro Osório)
Dizer que tudo em ti é movimento
e que há corças nas selvas em redor
do amor que às vezes faço em pensamento
ou do que eu penso quando faço amor.
Dizer que em tudo escuto a tua voz
no mar no vento na boca das searas
o maior amor do mundo somos nós
cobrindo a solidão de pedras raras.
Dizer tudo o que eu digo nunca basta
pois para ti não chegam as palavras
meu amor é uma expressão que já está gasta
mas tem sempre um aroma de ervas bravas.
É por ti tudo o que faço e digo e chamo
por ti eu tudo invento e tudo esqueço
dou tudo o que há em mim quando te amo
mas nem sei meu amor se te conheço.
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É TARDE MEU AMOR
https://www.youtube.com/watch?v=L4-Uzk8Iy9kAUTORES: JOAQUIM PESSOA / PEDRO SÓ
ORQUESTRAÇÃO: CORREIA MARTINS
POLYDOR, 1978
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1978
CANÇÃO DA AMIZADE
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Carlos Mendes)
(Orquestração: Pedro Osório)
Não vou falar, nesta canção de azar ou sorte
Mas da razão que a gente tem de ser mais forte.
Uma canção é quase sempre uma viagem
É um navio subindo o rio da coragem.
Falo do amor, como uma rosa ou uma estrada
Rasgando a noite em direcção à madrugada
Trago na boca um canto aberto à claridade
Que é sempre pouca esta palavra liberdade
Liberdade, liberdade, liberdade
Meu coração, é como um pássaro poisado
Nas tuas mãos ó meu irmão desesperado
Canta comigo uma canção que seja nossa
Que a gente deve dizer tanto quanto possa.
Não estamos sós trago na voz uma mensagem
Com que este povo diz verdade e diz coragem
Quero dizer que sei de cor a tua dor
Pois a cantar a gente sofre e faz amor.
Por isso faço esta canção ó meu amigo
E a razão porque hoje canto é estar contigo
Mas não te dou nem um centavo de saudade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade.
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1980
CANÇÃO DA CORAGEM
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Carlos Mendes)
Nem que a morte me soltasse
todas as velas no sangue
deixaria a minha casa
como se fosse culpada
Nem que a morte me soltasse
todas as velas no sangue
Nem que morte me dissesse:
"Virás de noite comigo..."
eu trairia um amigo
Nem que a morte me levasse
Nem que a morte me dissesse
Nem que vida me fugisse
Nem que morte me fechasse
todas as portas do sonho
deixaria de cantar
Nem que a morte me calasse
Nem que a morte me fechasse
todas as portas do sonho
Nem que a morte acontecesse
bem por dentro dos meus olhos
eu deixaria de viver
todo o amor de joelhos
Nem que a morte me acontecesse
ou me amor, me cegasse
Ai nem que a morte viesse
como só vem a tristeza
eu me dava por vencida
Nem que a morte me doesse
Ai que nem a morte viesse
como só vem a tristeza
E se a morte violentasse
as paredes do meu peito
meu coração lá estaria
como uma rosa de esperança
como um pássaro de sangue
ou uma bala perdida.
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1980
CANÇÃO DO AMOR PERDIDO
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Carlos Mendes)
Era o deserto em que eu te percorria
e te inventava
eram pedaços de um dia
em que a alegria morria
quando a saudade voltava
Nas minhas mãos te acendia
quando o dia se apagava.
Eras tu meu amor e eu sabia
adivinhava
e o silêncio que eu trazia
era sede que nascia
e nunca mais acabava
Quando o amor nos despia
é que a noite começava.
Era o meu cabelo à solta
as tuas mãos no meu peito
eram beijos de revolta
num tempo quase desfeito.
Eram dois corpos em flor
rosas da cor do meu espanto
quando o desejo era tanto
que só restava esta dor.
Meu amor
Era o deserto em que eu te percorria
e te inventava.
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https://www.youtube.com/watch?v=1JbTk2-ucTY&list=PLA5POxN5kj2Y3Jdk4d4cJPUffzrdwyzPO&index=7
1980
CANÇÃO DA ALEGRIA
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Tozé Brito)
Há um pássaro que voa
Sobre as janelas do dia
Fugiu do meu peito
Poisou no meu leito
E fez
Um ninho de alegria.
Alegria que nasceu
De uma rosa quase pura
Meu amor dormindo
Nesta noite abrindo
Em flor
A minha ternura.
Tenho sede de viver
Tenho a vida à minha espera
Sou uma rosa a crescer
No azul da primavera.
Tenho sede de viver
De fazer amor contigo
Quantas vezes eu quiser
Amante, amor e amigo.
Há palavras que regressam
Como um beijo à minha boca
Para possuir-te
Para pertencer-te
A noite
Será sempre pouca.
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1977
VINHO NOVO
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Popular - Arranjo: J. Libório)
Vinho novo, vinho novo
És o sangue das videiras
Tu és a sede do povo
És um cacho de canseiras.
Quando as uvas ao calor
São doces como as cantigas
O vinho é como o amor
No peito das raparigas.
De manhã, de manhãzinha
Cantam os bagos na dorna
E o sol bebe na vinha
O sumo que alguém entorna.
Pisa o vinho, meu amor
O sangue que pões na mesa
Com o vinho e o suor
Se faz o pão da pobreza.
Já pisei o vinho novo
Meu amor, no mês de Agosto
A hora sabe-me a povo
E a mãos sabem-me a mosto.
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1980
MARIA DA CONCEIÇÃO
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Pedro Osório)
Maria da Conceição
faça sol e chuva não
tens que trabalhar no campo
com teu pai com teu irmão
tens que trabalhar no campo
tens que trabalhar no campo
faça sol e chuva não.
E um arado no teu peito
e uma foice em tua mão
ceifa ceifa vai ceifando
ceifa ceifa vai ceifando
Maria da Conceição.
Já o sol nasce no monte
e a monte passa o ganhão
poisa um pássaro na fonte
e um amor no coração
põe-se o sol no horizonte
tu voltas de novo ao monte
Maria da Conceição.
Um chapéu de trigo loiro
e um lenço bordado à mão
cobres a seara de oiro
cobres a seara de oiro
Maria da Conceição.
Maria da Conceição
faça sol e chuva não
tens que trabalhar no campo
com teu pai com teu irmão
tens que trabalhar no campo
tens que trabalhar no campo
faça sol e chuva não.
Toda a vida te disseram
tens que lutar pelo pão
ceifa ceifa vai ceifando
ceifa ceifa vai ceifando
Maria da Conceição.
Já o sol nasce no monte
e a monte passa o ganhão
poisa um pássaro na fonte
e um amor no coração
põe-se o sol no horizonte
tu voltas de novo ao monte
Maria da Conceição.
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