08/03/2015

9.697.(8mar2015.7.7') Tonicha e Joaquim Pessoa

Nasceu a 8mar1946
***
Via Wikipédia
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas
  • Vários-Fala do Homem Nascido (Orfeu, 1972)
  • (LP, 1972)
  • Folclore (LP, Orfeu, 1973) SB-1066
  • As Duas Faces de Tonicha (LP, Zip-Zip, 1974)
  • Canções de Abril (conjunto e coros) (LP, Discófilo, 1975)
  • Conjunto e Coros (Lp, Orfeu, 1975)
  • Cantigas do meu País (LP, Orfeu, 1975)
  • As Duas Faces de Tonicha (LP, Orfeu, 1975)
  • Cantigas Populares (LP, Orfeu, 1976) SB-1088
  • Cantigas Duma Terra À Beira Mar (LP, Polygram, 1977)
  • Ela Por Ela (LP, Polygram, 1980) - reeditado em 1996
  • Foliada Portuguesa (LP, Polygram, 1983)
  • Regresso (CD, Polygram, 1993)
  • Canções d' Aquém e D'Além Tejo (CD, Polygram, 1995)
  • Mulher (CD, Polygram, 1997)
  • Canções Para Os Meus Netos (CD, Universal, 2008)
  • Cantos da Vida - Colecção Vida (CD, Farol, 2008)
***
VI Festival Internacional da Canção Popular
Letras via
http://tonicha-clube-de-fas.blogspot.pt/p/tonicha-letras.html
**
Festival da Eurovisão
**

**Vozes de Trabalho, 2010

Canção da Amizade
https://www.youtube.com/watch?v=fMhzL32mAxg
***
https://www.youtube.com/watch?v=Nkg-L5Yurvw
1980
CHAMAR-TE MEU AMOR 
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Popular - Arranjo: Pedro Osório)

Dizer que tudo em ti é movimento 
e que há corças nas selvas em redor 
do amor que às vezes faço em pensamento 
ou do que eu penso quando faço amor. 
Dizer que em tudo escuto a tua voz 
no mar no vento na boca das searas 
o maior amor do mundo somos nós 
cobrindo a solidão de pedras raras. 
Dizer tudo o que eu digo nunca basta 
pois para ti não chegam as palavras 
meu amor é uma expressão que já está gasta 
mas tem sempre um aroma de ervas bravas. 
É por ti tudo o que faço e digo e chamo 
por ti eu tudo invento e tudo esqueço 
dou tudo o que há em mim quando te amo 
mas nem sei meu amor se te conheço.
**

É TARDE MEU AMOR

https://www.youtube.com/watch?v=L4-Uzk8Iy9k
AUTORES: JOAQUIM PESSOA / PEDRO SÓ
ORQUESTRAÇÃO: CORREIA MARTINS
POLYDOR, 1978
**
1978
CANÇÃO DA AMIZADE
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Carlos Mendes)
(Orquestração: Pedro Osório)

Não vou falar, nesta canção de azar ou sorte
Mas da razão que a gente tem de ser mais forte.
Uma canção é quase sempre uma viagem
É um navio subindo o rio da coragem.
Falo do amor, como uma rosa ou uma estrada
Rasgando a noite em direcção à madrugada
Trago na boca um canto aberto à claridade
Que é sempre pouca esta palavra liberdade
Liberdade, liberdade, liberdade
Meu coração, é como um pássaro poisado
Nas tuas mãos ó meu irmão desesperado
Canta comigo uma canção que seja nossa
Que a gente deve dizer tanto quanto possa.
Não estamos sós trago na voz uma mensagem
Com que este povo diz verdade e diz coragem
Quero dizer que sei de cor a tua dor
Pois a cantar a gente sofre e faz amor.
Por isso faço esta canção ó meu amigo
E a razão porque hoje canto é estar contigo
Mas não te dou nem um centavo de saudade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade.
**
1980
CANÇÃO DA CORAGEM 
(Letra: Joaquim Pessoa) 
(Música: Carlos Mendes)

Nem que a morte me soltasse 
todas as velas no sangue 
deixaria a minha casa 
como se fosse culpada 
Nem que a morte me soltasse 
todas as velas no sangue 
Nem que morte me dissesse: 
"Virás de noite comigo..." 
eu trairia um amigo 
Nem que a morte me levasse 
Nem que a morte me dissesse 
Nem que vida me fugisse 
Nem que morte me fechasse 
todas as portas do sonho 
deixaria de cantar 
Nem que a morte me calasse 
Nem que a morte me fechasse 
todas as portas do sonho 
Nem que a morte acontecesse 
bem por dentro dos meus olhos 
eu deixaria de viver 
todo o amor de joelhos 
Nem que a morte me acontecesse 
ou me amor, me cegasse 
Ai nem que a morte viesse 
como só vem a tristeza 
eu me dava por vencida 
Nem que a morte me doesse 
Ai que nem a morte viesse 
como só vem a tristeza 
E se a morte violentasse 
as paredes do meu peito 
meu coração lá estaria 
como uma rosa de esperança 
como um pássaro de sangue 
ou uma bala perdida.
**
1980
CANÇÃO DO AMOR PERDIDO 
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Carlos Mendes) 

Era o deserto em que eu te percorria 
e te inventava 
eram pedaços de um dia 
em que a alegria morria 
quando a saudade voltava 
Nas minhas mãos te acendia 
quando o dia se apagava. 
Eras tu meu amor e eu sabia 
adivinhava 
e o silêncio que eu trazia 
era sede que nascia 
e nunca mais acabava 
Quando o amor nos despia 
é que a noite começava. 
Era o meu cabelo à solta 
as tuas mãos no meu peito 
eram beijos de revolta 
num tempo quase desfeito. 
Eram dois corpos em flor 
rosas da cor do meu espanto 
quando o desejo era tanto 
que só restava esta dor. 
Meu amor 
Era o deserto em que eu te percorria 
e te inventava.
**
https://www.youtube.com/watch?v=1JbTk2-ucTY&list=PLA5POxN5kj2Y3Jdk4d4cJPUffzrdwyzPO&index=7
1980
CANÇÃO DA ALEGRIA 
(Letra: Joaquim Pessoa) 
(Música: Tozé Brito) 

Há um pássaro que voa 
Sobre as janelas do dia 
Fugiu do meu peito 
Poisou no meu leito 
E fez 
Um ninho de alegria. 
Alegria que nasceu 
De uma rosa quase pura 
Meu amor dormindo 
Nesta noite abrindo 
Em flor 
A minha ternura. 
Tenho sede de viver 
Tenho a vida à minha espera 
Sou uma rosa a crescer 
No azul da primavera. 
Tenho sede de viver 
De fazer amor contigo 
Quantas vezes eu quiser 
Amante, amor e amigo. 
Há palavras que regressam 
Como um beijo à minha boca 
Para possuir-te 
Para pertencer-te 
A noite 
Será sempre pouca.
**
1977
VINHO NOVO
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Popular - Arranjo: J. Libório)

Vinho novo, vinho novo
És o sangue das videiras
Tu és a sede do povo
És um cacho de canseiras.
Quando as uvas ao calor
São doces como as cantigas
O vinho é como o amor
No peito das raparigas.
De manhã, de manhãzinha
Cantam os bagos na dorna
E o sol bebe na vinha 
O sumo que alguém entorna.
Pisa o vinho, meu amor
O sangue que pões na mesa
Com o vinho e o suor
Se faz o pão da pobreza.
Já pisei o vinho novo
Meu amor, no mês de Agosto
A hora sabe-me a povo
E a mãos sabem-me a mosto.
**
1980
MARIA DA CONCEIÇÃO
(Letra: Joaquim Pessoa)
(Música: Pedro Osório)

Maria da Conceição
faça sol e chuva não
tens que trabalhar no campo
com teu pai com teu irmão
tens que trabalhar no campo
tens que trabalhar no campo
faça sol e chuva não.
E um arado no teu peito
e uma foice em tua mão
ceifa ceifa vai ceifando
ceifa ceifa vai ceifando
Maria da Conceição.
Já o sol nasce no monte
e a monte passa o ganhão
poisa um pássaro na fonte
e um amor no coração
põe-se o sol no horizonte
tu voltas de novo ao monte
Maria da Conceição.
Um chapéu de trigo loiro
e um lenço bordado à mão
cobres a seara de oiro
cobres a seara de oiro
Maria da Conceição.
Maria da Conceição
faça sol e chuva não
tens que trabalhar no campo
com teu pai com teu irmão
tens que trabalhar no campo
tens que trabalhar no campo
faça sol e chuva não.
Toda a vida te disseram
tens que lutar pelo pão
ceifa ceifa vai ceifando
ceifa ceifa vai ceifando
Maria da Conceição.
Já o sol nasce no monte
e a monte passa o ganhão
poisa um pássaro na fonte
e um amor no coração
põe-se o sol no horizonte
tu voltas de novo ao monte
Maria da Conceição.
**