23/03/2015

9.767.(23mar2015.8.8') Ruy Cinatti...meteorologista...Dia Mundial da Metereologia

Nasceu a 8mar1915
e morreu a 12out1986
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23março é DM da Metereologia
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biografia
 Entre 1943 e 1945 desempenhou o cargo de meteorologista aeronáutico da Pan American Airways

Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes
http://www.truca.pt/ouro/biografias1/ruy_cinatti.html

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Via

http://poetasportuguesesecxx.wikispaces.com/Ruy+Cinatti

Timor


Os vínculos portugueses 


Meu irmão, meu irmão branco, 
De cor, como eu também 
Aceita a minha aliança. 
Bebe o meu sangue no teu. 

Se te sentires timorense, 
Bebe o teu sangue no meu. 

Lenço enrolado nas mãos, 
Apertadas, pele na palma. 
Não a quero maculado. 
Quero-lhe mais que á minha alma. 

É penhor de uma aliança. 
Quero-lhe mais que á minha alma. 

Tenho o meu coração preso 
A um símbolo desfraldado; 
Um desenho atribuído, 
Pelas minhas mãos hasteado. 

Não piso a sombra de um símbolo 
Pelas minhas mãos hasteado. 

No Tatal – Mai – Lau aprendo 
Alturas que ninguém viu 
Na terra de português. 
Hasteei-lhe uma bandeira. 

Timor deu a volta ao mundo. 
Hasteei nele a bandeira. 






Quem pode impedir a Primavera


Quem pode impedir a Primavera

Se as árvores se vão cobrir de flores
E o homem se sentiu sorrir à Vida?
Quem pode impedir a surda guerra
Que vai nos campos deslocando as pedras
- Mudas comparsas no ritmo das estações -
E da terra inerte ergueu milhares de lanças
Que a tremer avançam, cintilantes, para o limite
Em que a luz aquosa se derrama
Como um mar infinito onde o arado
Abre caminho misterioso à seiva inquieta!
Quem pode impedir a Primavera
Se estamos em Maio e uma ternura
Nos faz abrir a porta aos viandantes
E o amor se abriga em cada um dos nossos gestos.
Quem?...
Se os sonhos maus do Inverno dão lugar à Primavera!

***
Via Citador
in 'Antologia Poética'

Teus Olhos

Teus olhos, Honorine, cruzaram oceanos,
longamente tristes, sequiosos,
como flor aberta nas sombras em busca do Sol.
Vieram com o vento e com as ondas,
através dos campos e bosques da beira-mar.
Vieram até mim, estudante triste,
dum país do Sul. 
**
 in 'O Livro do Nómada Meu Amigo'

Memória Amada

    Para Alain Fournier

Vinham de longe em bandos. Acorriam
Jubilosos. Fantasias
De parques pluviosos
E, descendo,
Os patos bravos lançados
Entre juncos, salgueiros e veados.
Tarde,
Muito tarde, uns olhos tais
Haviam de aparecer, sobressaltados
Entre enigmas e um floco de cabelos
Osculado pelo vento. Alegorias...
Do agora ou nunca e do momento
Definido. Trégua impensada,
Insuspeita, no perfume alado
Da página dobrada e abandonada
Dum livro interrompido. Sinto a dor fina,
Finamente atravessada e suave,
- Quase saudade. 
**
in “Obra Poética” 

Quando o Amor Morrer Dentro de Ti

Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram. 
***
Via Susana Duarte

http://terradencanto.blogspot.pt/2015/03/quando-o-amor-morrer.html

Quando o amor morrer



Quando o amor morrer dentro de ti,

Caminha para o alto onde haja espaço,

E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o noturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços,
A Deus e aos sonhos que gelaram.