19/04/2015

9.952.(19ab2015.12.12') Neste dia...19abril...vou rELEVAR: UM+34.avÔ, Charles Darwin, Octávio Paz, Pierre Curie e a poesia de Joaquim Pessoa

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2020
4A/34D/AVÔ
O meu neto Sebastião tem desenhos espantosos... O cartoon d’ OnTEM foi mui diVERtido...Ele e a mãe...O MIolo das paLAVRAS...
 
 https://www.facebook.com/photo?fbid=10219827936760300&set=a.10210772205372675
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2019
III-IIIIV-AVÔ
 é muitaa mensAGEm para responder
no ano passado não consegui chegar a mil
vamos ver este ano
*
o rave4 continua na reVISÃO
e não estou a gostar da falta de compromisso
e não atendimento da chamada
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2018
 enaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa tantaaaaaaaaaaa SIMpatiaaaaaaaaaaa...Vou tentar responder a tds 1 a 1...se não conseguir chegar a ti/si um dias destes critica-me e conVERsamos...gRRacias...aquel'abRReijinhoooooooooooooooo de gratidão para as facebookianas e aquel'abRRaaaaaaAÇÃO para eles...
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2017
UM+34.avÔ
O que vimos
O que descobrimos
 O que há para ver
O que há para descobRIR
O que há para senTIR
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2016
34.avô
7.33.7"
neste instante
parei
observando o verde
                          da hortelã
rodeando o vermelho
                                dos cravinhos
rePAREI
            nas andorinhas
                                a dançarem em frente à minha janela.varanda
e tb pensei que urge coloRIR
                          o cinzento do céu
                                              deste dia
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2018...memórias deste dia:
acordos ps.psd: VOLTAMOS AO MESMO de há 44 anos???!!!...municipalização e 20/27...PCP discorda!!!
"ao longo de décadas têm sido determinadas pela política de direita e feito convergir PS, PSD e CDS."
"reduz o montante global de fundos disponíveis, particularmente para a agricultura e para as políticas de coesão, aprofunda a transferência dos fundos comunitários para os grupos económicos, adopta uma maior financeirização e centralização da aplicação dos fundos."
"Durante quatro décadas foi pela mão destes partidos que se privilegiou a desconcentração enquanto instrumento de fuga à regionalização – sempre adiada por PS e PSD -, e que se agravaram as condições de financiamento das autarquias com a revisão dos regimes legais e o seu posterior incumprimento."
"Denominar de descentralização o processo de transferência de competências para as autarquias locais é uma falácia."Para o PCP é inaceitável que direitos fundamentais como os direitos à segurança social, à saúde, à educação e à cultura fiquem dependentes e condicionados pelas possibilidades financeiras de cada autarquia pondo em causa a sua efectiva garantia.

O acordo hoje firmado representa um passo na reconfiguração do Estado ao arrepio da Constituição (inscrita em parte no Guião para a Reforma do Estado do governo PSD/CDS aprovada em Conselho de Ministros em 2014), contrária aos interesses da população e atentatória da assumpção pelo Estado de funções cuja dimensão universal e pública só este pode garantir a partir de políticas nacionais e que, pela sua natureza, não podem encontrar resposta séria no emparcelamento territorial que da concretização deste acordo resultaria.
6. O PCP sublinha que foi a convergência de PS, PSD e CDS, expressa na política imposta por sucessivos governos que conduziu o País a uma grave situação no plano económico e social. Uma convergência em torno de uma política que agravou a dependência externa, degradou o aparelho produtivo, fragilizou os direitos dos trabalhadores, privatizou empresas e recursos estratégicos, endividou o País, concentrou riqueza e poder nas mãos do grande capital. Uma convergência que trouxe problemas em vez de soluções para o País.
Com o acordo agora subscrito, é essa convergência - em sim mesma contrária a muitas das medidas positivas que foram possíveis de adoptar nos últimos anos - que fica uma vez mais exposta e que constitui uma ameaça ao desenvolvimento, ao progresso e à soberania nacional.
 http://www.pcp.pt/sobre-acordo-do-governo-do-ps-com-psd-celebrado-entre-rui-rio-antonio-costa-em-materia-de?fbclid=IwAR1MFUhQZ46N9Ps2U6Ig6l3Z2S3JcLfx0bLvoYTvG7hxRutN541VpbOfa9c
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 Os tadinhos dos bancos têm de ser ajudados às centenOas
 https://www.facebook.com/abrilabrilpt/photos/a.228040880941401/418561248556029/?type=3&theater
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 Ai as privatizações...
 https://www.facebook.com/abrilabrilpt/photos/a.228040880941401/418561331889354/?type=3&theater
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 8 mil crianças presas por Israel!!!
 https://www.facebook.com/watch/?v=1073305646091569
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 o barrete das armas químicas no dia 7/4/2018 em Goutha/Duma...começa a chegar a verdade...crianças que foram apanhadas na encenação dos "capacetes brancos"...médicos do hospital contam como foi...pais...TUDO ENCENAÇÃO...entretanto os "ocidentais/democráticos" continuam a ter provas provadas...
 https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2056536124373943&id=960198530674380&__xts__[0]=68.ARAYeKxUR5bk4TtmmDxnwgBV-Hww_V3j-zxeqDJQ8w830t7w1FClZrOL_sccH8ZQe8KzKHnzNdP3i66EofS_gN9kW-EQYdkkhfGpA-5JKxa3nvg6fcls6J0IXeVqLDlrnYDBesApTobs6wKKB-JFyy_DOCKQWFQ-Fgg5tU8ZRncq6HfojRpzT2ow6rgFZ7DL5Jb49wYBYoydR1TzV1nWpMxA8igzsAaI6NQzO2tq84oY3IUj_jgQ_nH9m6qN_dmpRj6vxpou3b2BGy6hP-cPymX8AjwPhVAw9q7LeZhRF_dz2kUcN6lr0k7LT9y2RIdrSWiw5rrN4P-HAiDzNcUasdo5-y5AshbN8JqPeryt5Ul9mg&__tn__=C-R
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2017
 12.44.21"...Após reunião de câmara visita à obra do Parque Verde...
by mim
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10211463847103286&set=pcb.10211463848223314&type=3&theater
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2016
s.MARtinho by Fernanda Matias
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1587634361564941&set=gm.10154219189843969&type=3&theater
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2014
GisELA Mendonça postou:
 E por este quase imperdoável atraso, coisas de 'correio antigo'... 'nós' vimos desejar-te Vida Longa e Feliz, nesse interior que tanto motiva e revoluciona, âmago cintilante dentro de um Homem maior, impulso, garra e estímulo de que o mundo tanto necessita! Sabes o quanto significas, não percas jamais essa força solar! Muitos Parabéns, R*
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203020340182999&set=p.10203020340182999&type=3&theater
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JPaulo postou:
 RR, um ser humano fabuloso, fez 63 anos e juntou 2 meninas lindas.
(estava gorDÃO)
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=709483582408482&set=a.269575573065954&type=3&theater
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 O FACE tem esta coisa extª de nos lembrar quem faz anos hj... A VOSSA SIMPATIA foi imensa...Peço desculpa Se falhei alguma resposta d' agradecimento...ao longo dos 63 anos vou proCURAR estar numa boa convosco...aquel'abRReijinhooooooooooo para elas e aquel'abRRação para eles!!!
 https://www.facebook.com/motherearth.ir/photos/a.360809353952294/460617300638165/?type=3&theater
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 a BB bela baía hj...bravíssimaaaaaaa...SMartºdo Porto..d'ALCOBAÇA que vos abRRaça..FF's Festas Felizes!!!
by Rui Tomás Correia
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=694294137300584&set=a.299044960158839&type=3&theater
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 As boas iniciativas são para ser divulgadas...
SIGA e se for para ti ou se for bom para alguém partilha e avança!
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=906841186008812&set=a.306207359405534&type=3&theater
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2011
 Ontem, foi de facto 1 bela jornada. Tomei uma banhoca no mar, joguei raquetada e convivi todo o dia com a minha magnífica filha de 11 anos.namorei. vi o filme em 3D "O RIO". estive com a outra magnífica filha...tantos e tantas a darem-me energia+,como diz a marta m: BEM HAJAM!!!!!
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cRISTINA fRANCO

¨´`'*°.FELIZ PÁSCOA.°*¨´`'*°.
Para todos os meus amigos e amigas, que são os doces sem açúcar que adoçam a minha vida nos momentos mais amargos e nas horas mais ácidas que toda a gente tem, uma quadra festiva, alegre e cheia de renovada esperança num mundo melhor e numa sociedade mais humana para todos nós.
Abraço-vos com muita amizade e com muito afecto :)*

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2023360061866&set=p.2023360061866&type=3&theater
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hj (amanhã tb) é Dia Mundial da Bicicleta
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2012/07/588330julho20121226-2272012de-novo.html
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1506...Início do massacre dos cristãos-novos de Lisboa...Urge ter memória e saber história...
"Desde os alvores da nacionalidade, sempre existiram minorias étnicas e religiosas em Portugal. Judeus e mouros e, mais tarde, ciganos, constituem os contingentes mais expressivos. Os primeiros antecedem provavelmente as invasões dos segundos, tendo gozado muitas vezes de proteção e favorecimento régios, mercê das suas fortunas e atividades mercantis, e até da sua preponderância cultural. Inseridos num Portugal agropecuário e piscatório, dedicar-se-ão aos ofícios ou a actividades liberais (ciência, medicina, farmácia...) e gradualmente ao comércio e à finança, onde não conheciam grande concorrência.Ao longo da Idade Média, habitaram preferencialmente - de acordo com as suas ocupações profissionais - nas maiores aglomerações urbanas do País, em bairros próprios (judiarias; mourarias no caso dos árabes ou mouros, menos numerosos), praticando o seu culto, falando o seu idioma e mantendo as suas tradições ancestrais. Diplomaticamente, mantinham fidelidade à Coroa, a ela se subordinando. À parte alguns incidentes, principalmente motivados por questões religiosas, a sua vida no Reino não correu nunca grandes riscos de ser posta em causa.Tal acontecerá somente em finais do século XV, quando a sua posição social, económica e política está consolidada, mantendo uma relação quase simbiótica com o Portugal das Descobertas.


 Na verdade, após a sua expulsão de Espanha por parte dos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando de Aragão) em 1492, muitos dos judeus que aí não se quiseram converter à força atravessaram a fronteira e instalaram-se no nosso País. Terão sido cerca de 60 000. D. João II, influenciado por judeus influentes na Corte (Mestre Vizinho, por exemplo, e talvez pelo rabi-mor peninsular, Isaac Aboab), acolhe-os, tanto mais que aqueles preferiram refugiar-se em Portugal a serem escravizados em Marrocos, para onde teriam de ir de barco, o que não conseguiam obter. D. João II impõe-lhes o pagamento de 8 cruzados para cá permanecerem, a pagar sob pena da servilidade ou da expulsão. Pretendia-se a fixação de operários especializados que faltavam em Portugal. Falecido D. João II, sucede-lhe D. Manuel, monarca que se revelou tolerante para os judeus que não podiam pagar.Este monarca está, todavia, conotado com as páginas mais tristes do Judaísmo em Portugal. Em Março de 1497, em troca da mão da princesa D. Isabel, filha dos Reis Católicos, como cláusula contratual de casamento, é imposta a expulsão de Portugal da comunidade judaica através de uma lei que entra em vigor nesse mesmo ano. Mas, habilmente, D. Manuel, para impedir uma saída tão numerosa de gentes do nosso País, envolvido na gesta ultramarina, decreta o batismo forçado de mouros e judeus no prazo de dez meses. Caso não o aceitassem, teriam que abandonar o País. Os menores de 14 anos seriam entregues a cristãos.Esta medida visava o reforço do poder real. Os judeus eram um bloco fechado detentor de certos privilégios e leis favoráveis no seio da sociedade civil. Torná-los legalmente iguais era uma medida que agradava à maioria da população. Há também a demonstração de uma útil tolerância por parte do monarca. Este, porém, mandará fechar os portos do País para impedir a sangria judaica: muitos, não querendo ser cristãos, suicidam-se, por vezes com as suas famílias. Perto de 20 000 ficaram retidos em Lisboa.A partir desta conversão forçada, passarão a chamar-se cristãos-novos, tendo um prazo de 20 anos para abandonar os costumes judaicos e se cristianizarem exemplarmente. Mas, clandestinamente ou não, grande parte dos cristãos-novos mantiveram os seus hábitos ancestrais. Em 1499 um alvará régio proíbe a saída do País aos cristãos-novos. Todavia, não lhes era limitada a ascensão a cargos políticos ou administrativos. Ao mesmo tempo, poder-se-iam casar com cristãos-velhos.

Apesar de uma certa liberdade de consciência (não poderiam ser interrogados acerca da sua crença) e de alguma protecção régia, a situação assumiu contornos dramáticos na fatídica Páscoa de 1506. Levantaram-se motins populares contra os cristãos-novos, tendo a população sido instigada pelos frades dominicanos. São perseguidos e exterminados cerca de 2000, acabando nas fogueiras do Rossio. A desconfiança e a insegurança dos cristãos-novos, se nunca desaparecera, antes aumentava agora, obrigando-os a procurar outras paragens. O que desencadeou os motins populares?

A historiografia situa o início da matança no Convento de São Domingos de Lisboa, no dia 19 de Abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenómeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias - um milagre.

Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que esse milagre era apenas o reflexo de uma luz, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.

A partir daí, os judeus da cidade que anteriormente já eram vistos com desconfiança tornaram-se o bode expiatório da seca, da fome e da peste: três dias de massacre se sucederam, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os "hereges".

A corte encontrava-se em Abrantes - onde se instalara para fugir à peste - quando o massacre começou. D. Manuel I tinha-se posto a caminho de Beja, para visitar a mãe. Terá sido avisado dos acontecimentos em Avis, logo mandando magistrados para tentar pôr fim ao banho de sangue. Entretanto, mesmo as poucas autoridades presentes foram postas em causa e, em alguns casos, obrigadas a fugir. Manuel I penalizou os envolvidos, confiscando-lhes os bens, e os dominicanos instigadores foram condenados à morte por enforcamento. Há também indícios de que o referido Convento de São Domingos (da Baixa) teria sido fechado durante oito anos e sabe-se que os representantes da cidade de Lisboa foram expulsos do Conselho da Coroa (equivalente ao actual Conselho de Estado), onde tinham assento desde 1385, quando o rei D. João I lhes concedeu esse privilégio pelo seu apoio à sua campanha pela conquista do Trono português.


Em 1536, D. João III manda instalar o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) em Portugal, dentro de uma atmosfera de fanatismo religioso que reconhecia nos cristãos-novos a causa de todos os males de que padecia o País. D. João III, de certa forma, orquestrou todo este ambiente de fundamentalismo cristão, temendo os ventos da Reforma que varriam a Europa. Também houve instigações de grandes famílias terratenentes, interessadas em derrubar a burguesia mercantil através da Inquisição e da perseguição aos cristãos-novos (conotados com os grupos de mercadores e financeiros), no intuito de refazerem as suas grandes fortunas gastas em aventuras militares em Marrocos e de reconquistar as hierarquias da nação.Sob o espetro da Inquisição, nunca mais os cristãos-novos, maioritariamente judeus, tiveram no reino tranquilidade. Continuaram, clandestinamente, a fugir para os Países Baixos, Constantinopla, Norte de África, Salónica (Grécia), Itália e Brasil, mantendo laços secretos e apoiando os cristãos-novos portugueses. A maioria das 1500 vítimas da Inquisição portuguesa eram também cristãos-novos, tal como uma boa parte dos seus 25 000 processos até à sua extinção. No nosso País, o Santo Ofício, por exemplo, influirá no desaparecimento dos ofícios nas regiões de Trás-os-Montes e Beiras, onde os judeus eram os dinamizadores da produção de têxteis, sedas e lanifícios. Para além do confisco de bens, os cristãos-novos serão também vítimas dos atestados de "limpeza de sangue" nas candidaturas a cargos públicos, militares ou da Igreja, o que os afastava por possuírem confirmação inquisitorial.O século XVII pouco traz de melhor aos cristãos-novos apesar da "primavera" de D. João IV e do apoio do Pe. António Vieira. O apoio financeiro e político dos cristãos-novos à Restauração (através das conexões judaicas de origem portuguesa na Europa) ter-lhes-á permitido uma certa ascensão social e algumas liberdades e garantias, iniciando-se o ressurgimento dos grupos mercantis onde aqueles prosperavam. Com a morte de D. João IV, porém, recomeça o pesadelo inquisitorial e as perseguições contra os cristãos-novos. O Marquês de Pombal, em 1773, porá fim a este clima de instabilidade entre os cristãos-novos, acabando com as perseguições e cerceando duramente as atividades do Santo Ofício, desde logo ao eliminar os atestados de "limpeza de sangue". Os cristãos-novos perdem o estigma da culpabilização pela ruindade do mundo, a par do domínio da burguesia, eliminando-se as estruturas do Antigo Regime. Assim, transforma-se a Inquisição em tribunal de Estado, acabando com a encenação daquela instituição clerical contra os cristãos-novos que lentamente assumirão o seu Judaísmo.Pedro Nunes (matemático), Abraão Usque (editor e tradutor), Garcia de Orta (médico e naturalista), António José da Silva (dramaturgo que morreu na fogueira inquisitorial um pouco antes das medidas de Pombal), Ribeiro Sanches (médico), Baruch Espinosa (filósofo) e Rodrigues Lobo (poeta) são alguns dos cristãos-novos portugueses com dimensão histórica e cultural, herdeiros de um potencial intelectual e científico avançado em relação àquilo que o nosso país produzia em termos de pensamento, técnicas, artes e letras. Muitas obras e indivíduos se perderam nas teias da Inquisição, apenas por terem nascido cristãos-novos. Calcula-se hoje, por outro lado, que boa parte das vítimas do Holocausto nazi descendiam de cristãos-novos portugueses fugidos nos séculos XVI e XVII."
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2014/12/930529dez20141313-massacres-historicos.html
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 1648...1.º confronto da Batalha de Guararapes...Portugal a controlar o nordeste do Brasil contra Holanda...
"Ficaram conhecidos pelo nome de Batalha dos Guararapes  os dois enfrentamentos decisivos entre as forças portuguesas e holandesas pelo controle de boa parte da região nordeste do Brasil. Ocorridas em Abril de 1648 e Fevereiro de 1649, as duas batalhas foram responsáveis pelo fim da ocupação holandesa e a consolidação da soberania portuguesa na área. O nome dos dois episódios faz referência ao local onde ocorreram, o morro dos Guararapes, localizado na actual Jaboatão dos Guararapes, parte do Grande Recife.

A presença holandesa no Brasil foi na verdade parte de um projecto global da Holanda, cujo objectivo era estabelecer as suas duas Companhias das Índias (Ocidentais e Orientais) nas colónias portuguesas. Com a unificação das coroas ibéricas, Portugal envolve-se nas disputas entre Holanda e Espanha, e como elo mais fraco, torna-se um atractivo para as ambições dos capitalistas holandeses. De facto, ao mesmo tempo em que estão no nordeste, os holandeses ocupam o Gana, Angola, os territórios do Golfo da Guiné (actuais Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe), Ceilão e Indonésia. O único posto onde a ocupação não foi bem sucedida foi Macau, na China. No nordeste, o atractivo era a cana-de-açúcar.

Assim, estes territórios todos tiveram que ser reconquistados ou acabaram definitivamente em mãos holandesas. A investida portuguesa reuniu comandantes europeus e combatentes luso-brasileiros, negros e indígenas, que utilizaram o factor surpresa e o conhecimento do território como armas principais, já que eles sofriam constantemente com a desvantagem numérica e bélica.

Em 1648, os holandeses estavam ameaçados nas suas posições, e para reverter a situação, decidem conquistar a região do Cabo, em Pernambuco, indo pelo Recife. Para isso, precisariam atravessar a Estrada da Batalha, onde ficava o morro dos Guararapes.

É exactamente ali que os patriotas (portugueses) preparam uma emboscada. Mais de dois mil combatentes liderados por Francisco Barreto de Menezes vencem os holandeses, em número superior, comandados por Siegmund von Schkoppe, a 19 de Abril de 1648. É a primeira Batalha de Guararapes.

No dia 19 de Fevereiro de 1649, estas duas forças voltam a enfrentar-se no mesmo local, na chamada segunda Batalha de Guararapes. Novamente, apesar da vantagem, os holandeses saem derrotados, além de perderem o seu comandante, Johan van den Brinken.

As derrotas sofridas pelos holandeses obrigariam, seis anos mais tarde, a que eles abandonassem o Brasil. Dentro da historiografia brasileira, Guararapes é celebrada como o momento em que os habitantes da América portuguesa ajudaram a moldar aquilo que se tornaria a identidade brasileira, pois, pela primeira vez, os principais grupos étnicos do futuro país  uniram-se  para não permitir a fragmentação do território."
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2014/06/brasil.html
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 1824...morreu Lord Byron...1vivaaa à sua obra: "A amizade é o amor sem asas."
"Quem ama mente."
"Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la."
 http://uniralcobaca.blogspot.pt/2015/01/944322jan2015722-lord-byron.html
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1882...morreu Charles Darwin...1 vivaaaaaaaaa à sua obra...que bela exposição esteve em Oeiras...No extraordinário Parque dos Poetas..."O HOMEM QUE OUSA DESPERDIÇAR UMA HORA
NÃO DESCOBRIU O VALOR DA VIDA."
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/04/hj-e-dia-de-charles-darwindai-que-aqui.html
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1896...Manuel Bandeira: "Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas acções, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar..."
"ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não."
 http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/04/789524abril2014717-manuel-bandeira.html
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1906...morreu Pierre Curie...1 vivaaaaaa à sua obra: "Foi muito interessante e, realmente os fenómenos que vimos pareciam inexplicáveis como truques, mesas com quatro pernas suspensas, movimentos de objectos até a certa distância, mãos que beliscam ou acariciam a pessoa, aparições luminosas. Tudo num local preparado por nós, com um pequeno número de espectadores, todos conhecidos nossos e sem qualquer possível cúmplice. O único truque possível é o que poderia resultar da extraordinária facilidade da médium como mágica. Mas, como explicar o fenómeno quando se está segurando as mãos e os pés dela e quando a luz é suficiente para se ver tudo que acontece?"
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/05/800512maio2014717-marie-curie.html
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19??...Ana Margarida de Carvalho...“Só sabemos dos outros o que compreendemos de nós próprios”
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2017/03/ana-margarida-de-carvalho.html
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1998...morreu Octávio Paz...1 vivaaaaaaaaaaa à sua obra: "O Dia
De que céu caído,
oh insólito,
imóvel solitário na onda do tempo?
És a duração,
o tempo que amadurece
num instante enorme, diáfano:
flecha no ar,
branco embelezado
e espaço já sem memória de flecha.
Dia feito de tempo e de vazio:
desabitas-me, apagas
meu nome e o que sou,
enchendo-me de ti: luz, nada.
E flutuo, já sem mim, pura existência."

 http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/04/786819abril20142h-da-tarde-hj-e-dia-de.html
***
e a poesia de Joaquim Pessoa:
Joaquim Pessoa para começar bem o dia 19 d'abriLIBERDADE2014
"Faço e refaço o que tenho a fazer. E interrogo-me, censuro-me, elogio-me, ofereço-me oportunidades. Nem sempre o resultado é o que eu gostaria que fosse. Nem sempre, sequer, há resultado. Também nem sempre sou o que as pessoas esperam de mim ou o que as pessoas de mim reclamam. Bato-me pelas ideias. bato-me pelas obras, bato-me simplesmente. Aquilo que acontece depois não quer saber de mim, não me conhece, não pode reconhecer-me.
Esta realidade tem fome. Alimenta-se de mim, está cansada dos sonhos, apetece-lhe surpresa, é indiferente às harmonias, mastiga devagar a felicidade, que ainda vai no adro. Repara, com que facilidade caminhamos, amamos, sofremos, e nos vamos depois embora!"

em "Ano Comum"
*

in OS DIAS DA SERPENTE (Moraes Ed., 1981), in 125 POEMAS - ANTOLOGIA POÉTICA (Litexa, 1982)

NOITE BRANCA

Por detrás da fechadura existe o circo
e o lugar comum é agora a nossa cama.
Os ouvidos do mar, a trança dos incêndios, tudo ali
se move. Pressinto filigranas e anjos desajeitados
com uma presença obscura e obstinada.
Aguentar-me só é a ordem que não desejo cumprir.
Fico surpreendido esperando a manhã amendoada
vendo que em vez do sol surgem crianças
bandos de crianças vindas de planetas distantes
que abriram as portas do céu com mãos colegiais
cheirando a sabonete e com uma alegria
cheia de coelhinhos brancos,
e olham para Rute a minha meiga Rute
como se quisessem trocá-la com a lua
envolvendo-a em sorrisos próximos e ágeis
antes do primeiro gesto.

Agora estou a caminho de domingo de manhã,
o único passageiro afastado da janela,
desinteressado por cães e borboletas.
Toda a noite sonhei com beijos e uma tempestade,
atravessei por uma ponte por cima de peixes tristes
e precisei de beber. Fiquei a olhar para mim e a humidade
caiu e abanou as árvores. Fumei longos cigarros
encostado à minha porta enrolando folhas lentas,
cresci para as casas ameaçando entrar por um país
cheio de salas de jantar, com toalhas brancas,
magnólias, e mãos, apenas mãos servindo às mesas
enquanto por corredores limpos uma dor latejava
e crescia indignada.

Em tudo o que busco,
há um pouco de mim e uma claridade
sem resposta. Ando
à procura de Deus
sob as pedras,
nas praias,
nos cartazes de propaganda,
nos restos de conversa,
nos filmes de espiões,
nos restaurantes,
nos becos,
nos livros,
nos amigos,
nas prateleiras,
nas latas de feijão,
nos beijos,
nas lutas de classes,
na imprensa,
nos olhos acocorados de alguns empregados de escritório,
nas fábricas,
nos frutos,
não sabendo o que fazer das mãos
que apresentam ainda cintilações de uma noite branca
onde as dúvidas poisam
como corvos.

Não sei se o que me basta,
me basta. É preciso ir até ao fundo.
Pela minha relação comigo passam todos os outros: eu
não abaterei nunca uma árvore com um verso,
não farei nunca um pão de uma metáfora,
não retirarei carvão da minha escrita,
não pescarei nenhum atum com a caneta.
Sei a cor dos meus versos, é verdade,
e faço um poema louco cheio de cerejeiras
no cimo das quais posso colocar um bando de melros
e matar os melros todos com dois tiros
ou com um simples risco sobre o verso
onde eu os tinha poisado.

Por vezes sinto que tenho frio e acredito nas coisas
pela maneira prolongada de as olhar. A surpresa
trago-a nos dentes e tem o sabor de uma carne rosa.
Detesto a minha culpa. E vejo-a
como se nunca lhe tirasse os olhos de cima.
O mar vem por aí às terças e às quintas
tirando partido de uma paz frágil, e também
me faz acreditar no ignorado local que fica
atrás de nenhuma porta,
onde se casam a ternura e o ódio
e às vezes acontece um pouco de felicidade inesperada
mas que sempre ali esteve e ali voltará a ficar
retida para sempre.

Que vou eu fazer
com as minhas mãos?

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Wallpaper: Animals white night moon
*

(LT)

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Dia 98.
Tudo dura o tempo que pode durar. E nada neste mundo se deve apenas aos sentidos. A vida interpreta-se como um texto, estar vivo é estar a caminho de alguma coisa, de algum tempo, de algum lugar. Que coisa, que tempo, que lugar? Em cada coração que bate, bate um outro coração, mas cada estrada que se abre divide ainda mais a floresta. Saber morrer é fazer da vida uma planície de onde possas observar a montanha, e onde possas confirmar que cada primavera é um tesouro tão precioso que, mesmo que o percas, voltarás a encontrá-lo. Depois, quando um dia subires a montanha, quando já não puderes chegar mais alto, não terás coragem para descer porque aquilo que te falta encontrar não estará aos teus pés. Nesse instante, saberás que não há eternidade nas coisas que podemos tocar.
in ANO COMUM, Litexa Editora

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imagem da web

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O PAÍS DO AMOR (excertos)
*
O país do amor não tem horizontes, nem sequer tem horas, o país
do amor não possui caminhos. Está-se lá apenas.
Onde estou, espero por ti e amo-te. Olho para ti e o meu olhar bei-
ja-te. Canto, e é a ti que canto.
E isso diz-me que, provavelmente, já te amo desde o tempo em
que as estrelas ainda não repetiam o teu nome.
*
in
O POETA ENAMORADO (Os Poemas de Amor)
Prefácio de Guilherme Antunes. A editar em breve poor
Editora Edições Esgotadas.
*
Katia Guerreiro canta esta especial poesia do JOAQUIM PESSOA

Talvez não saibas
Mas dormes nos meus dedos
De onde fazem ninhos as andorinhas
E crescem frutos ruivos e há segredos
Das mais pequenas coisas que são minhas
Talvez tu não conheças, mas existe
Um bosque de folhagem permanente
Aonde não te encontro e fico triste
Mas só de te buscar fico contente
Ao meu amor quem sabe se tu sabes
Sequer, se em ti existe, ou só demora
Ou são como as palavras essas aves
Que cantam o teu nome e a toda a hora
Sequer, se em ti existe, ou só demora
Ou são como as palavras essas aves
Que cantam o teu nome e a toda a hora
Talvez não saibas, mas digo que te amo
E construir o mar em nossa casa
Que é por ti que pergunto e por ti chamo
Se a noite estende em mim a sua asa
Talvez não compreendas, mas o vento
Anda a espalhar em ti os meus recados
E que há por do sol no pensamento
Quando os dias são azuis e perfumados
Oh meu amor quem sabe se tu sabes
Sequer, se em ti existe, ou só demora
Ou são como as palavras essas aves
Que cantam o teu nome e a toda a hora...
 https://www.youtube.com/watch?v=h1GORzSi6Kc