01/04/2016

3.344.(1ab2016.7.7') Angola

***
 LIVRO A RAINHA GINGA
 Este romance histórico narra a incrível e verdadeira história de dona Ana de Souza (1583-1663). Senhora de um reino poderoso nos vastos sertões da costa ocidental da África, dizimado e reconstruído vezes seguidas, ela exerceu seu poder com inteligência e originalidade. Astuta nas negociações políticas, a Rainha Ginga estabeleceu alianças diplomáticas com os holandeses, ao mesmo tempo em que comandava os seus exércitos contra outros reis africanos, e tropas luso-brasileiras. Ardilosa, vaidosa, adotou uma coleção de esposas (na realidade homens, vestidos como mulheres) e se casou várias vezes com chefes militares que desejava como aliados políticos. O renomado escritor José Eduardo Agualusa recupera a trajetória desta poderosa rainha, compondo uma história de amor, sexo e poder.
 https://www.travessa.com.br/a-rainha-ginga/artigo/cce82aa9-38f5-4f70-bbea-25038864b735

*

17 de Dezembro de 1663: Morre Nzinga Mbandi Ngola, a Rainha Ginga

Nzinga Mbandi Ngola mais conhecida como Rainha Ginga ou pelo nome de Dona Ana de Sousa, soberana dos reinos de Ndongo e de Matamba, sudoeste de África, morre na Matamba no dia 17 de Dezembro de 1663.  O seu título real no idioma quimbundo – Ngola – levou os portugueses a denominar a região de Angola.

Ela nasceu em 1582, na família do mani do Ndongo. O pai, Ngola Kiluangi, mantinha relações de paz armada com os portugueses de Luanda. A situação deteriorou-se após a sua morte, quando o filho e sucessor, Ngola Mbandi, assume o poder no Ndongo.

Naquela altura, os portugueses ampliaram consideravelmente o tráfico de escravos e empreenderam uma série de incursões para o interior do continente, na esperança de, além de capturarem pessoas, apoderarem-se das imensas reservas de prata. Mbandi lançou uma campanha militar contra os portugueses, tendo antes suprimido a resistência e a rivalidade dentro da família, assassinando o seu sobrinho.

Porém, a campanha militar fracassou. A sua tropa pouco disciplinada não conseguiu resistir à pressão do exército profissional do governador de Angola. A capital, Mbanza Cabana, caiu nas mãos dos portugueses, e a família foi aprisionada.

O novo governador procurava entendimento com o governante do Ndongo. A amizade com os aristocratas locais era condição indispensável para garantir o tráfico regular de escravos cada vez mais procurados para o trabalho nas plantações e nas minas do Brasil.

Em 1621, Nzinga foi enviada para negociar com os portugueses. Os portugueses ficaram impressionados com o sentido de auto-respeito e astúcia dela, além de outras virtudes. Quando o vice-rei lhe concedeu audiência, ela fez sinal a uma das suas damas para que se ajoelhasse e se fizesse de cadeira, sentou-se em cima das costas dela e permaneceu sentada até ao fim da audiência. Deste modo Nzinga mostrou que se considerava uma participante de pleno direito das negociações, e não um vassalo submisso de Portugal.

O acordo foi celebrado. Calculando que uma mulher tão inteligente e decidida poderia vir a ser uma aliada vantajosa, os portugueses convenceram-na a baptizar-se, tomando o nome de Ana em honra da esposa do governador português.

Em 1624, Mbandi morreu, em circunstâncias pouco claras. Nzinga, ao tornar-se a única governante, renunciou ao cristianismo e rompeu a união com os portugueses. Estava a cumprir a vontade dos seus súbditos, descontentes com o tráfico de escravos praticado pelos europeus.

Porém, o primeiro passo foi o envio de uma mensagem para o novo governador de Angola, Fernando de Sousa, exigindo que os portugueses evacuassem as fortalezas do interior. Emergia naquela altura a Companhia Holandesa das Índias Orientais. No Verão de 1624,os  seus navios haviam queimado seis barcos portugueses no porto de Luanda.

Paralelamente, Nzinga começou a preparar o seu exército que crescia com a adesão de escravos fugitivos  a quem prometia liberdade. Soube atrair para o seu lado as tribos vizinhas, hostis entre si. Em 1625, depois de impasse nas negociações, a guerra  tornou-se iminente. De tempos em tempos os portugueses, dada a ameaça da Holanda, tentavam um acordo com ela, com a condição de que reconhecesse a sua dependência da coroa portuguesa.  Ela ficou indignada com essa condição, declarando que só cederia se fosse vencida pelas armas.

No começo de 1626, os portugueses prepararam uma expedição militar bem apetrechada que expulsou Nzinga das ilhas do rio Kwanza. Consolidaram as suas posições no litoral, porém, sem ter conseguido derrotá-la.

Progredindo em direcção a nordeste do Kwanza, Ana conquistou as tribos locais e atraiu os jagas, um povo guerreiro de combatentes audazes, instalou-se, em 1630-1635, nas montanhas de Matamba, tendo criado uma unidade política forte e estável. Tratava-se de uma espécie de estado semi-feudal hierárquico, em que Nzinga tinha o direito de decidir sobre a vida dos seus súditos, mantendo-se o direito materno baseado na linha matrilinear, deixando a mulher em situação favorável na família e na sociedade.

Em Maio de 1641, os holandeses voltaram a aparecer ao largo de Luanda, tendo capturado uma caravana de vinte navios, além da própria cidade. Em seguida, apoderaram-se da fortaleza de São Felipe de Benguela. Nzinga soube aproveitar habilmente esta situação, tendo proposto aos holandeses unir os esforços para criar uma união dirigida contra os portugueses. Os holandeses mandaram um destacamento de 300 soldados que ficou sob o comando dela, que conseguiu estabelecer controlo de grande parte do litoral, rotas de comércio, inclusive o de escravos, e do interior do país.

 Em Agosto de 1648, chegou do Brasil Salvador Correia, designado novo governador, à frente de uma forte esquadra e um numeroso destacamento. Os portugueses apoderaram-se novamente de Luanda. Em 1656, o Conselho do Governador  voltou a exigir que Nzinga assinasse um acordo em que ela estaria obrigada a relançar a comercialização de escravos para os portugueses, pagar anualmente um tributo e jurar ser “amigo dos amigos e inimigo dos inimigos” dos portugueses.

O acordo, assinado por fim em Abril de 1657 dispunha que estava livre de pagar o tributo e Matamba seguia independente. A última batalha, bem sucedida, da rainha, já idosa, teve lugar no mesmo ano, contra os chefes dos jaga que sempre falhavam ao seu compromisso de não devastar Matamba.

Passou os últimos anos da sua vida em paz, tendo estabelecido relações comerciais com os portugueses e autorizado a cristianização do país. Nzinga Mbandi Ngola faleceu a 17 de Dezembro de 1663. Tinha aproximadamente 81 anos de idade.
Fontes:Opera Mundi
wikipedia (imagem)


Ilustração da rainha Nzinga em negociações de  paz com ogovernador português em Luanda em 1657
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/12/17-de-dezembro-de-1663-morre-nzinga.html?fbclid=IwAR0kpBobvl2fWY9rkDOkRn22k0LdwyIcruDJegimo7Deo6s-dvVYChZtdmk
***
14ab2016
https://www.publico.pt/mundo/noticia/cerco-a-angola-1728979
*
avante
A operação contra Angola
e a campanha contra o PCP

Está em curso uma grande operação contra a soberania e a unidade do Estado angolano que em Portugal é acompanhada duma campanha orquestrada contra aqueles que, como o PCP, a denunciam e não se submetem às intenções dos seus promotores.


O elemento mais invocado é o processo que pende sobre 17 cidadãos angolanos recentemente julgados e condenados pelo Tribunal Provincial de Luanda, que neste momento está pendente de recurso.

É significativo que os Estados Unidos – pela voz do seu Departamento de Estado – e a União Europeia – pela voz dos embaixadores dos seus países membro e da sua delegação acreditados em Angola – venham neste momento cínica e hipocritamente apontar as obrigações de Angola relativas ao respeito pelas liberdades e direitos humanos.

Reveladoras tomadas de posição dos EUA e da UE que assumem um carácter tão mais perverso e mistificador quando precisamente dirigidas à República de Angola. Recordemos... Não foram os Estados Unidos e as grandes potências ocidentais europeias que apoiaram o colonialismo fascista português e a sua guerra colonial contra os povos africanos, entre os quais o povo angolano? Não foram os Estados Unidos, com a colaboração das grandes potências ocidentais europeias, que apoiaram as constantes agressões do regime do apartheid da África do Sul contra o povo angolano e a sua recém-independente República Popular de Angola? Não foram os Estados Unidos, com a colaboração das grandes potências ocidentais europeias, que apoiaram a acção terrorista da UNITA (aliada do regime do apartheid sul-africano) contra o povo angolano? Não foram os Estados Unidos e as grandes potências ocidentais, hoje reunidas na União Europeia, dos maiores responsáveis pela imposição de décadas de guerra ao povo angolano, com o seu incomensurável rol de sofrimento e legado de destruição? E se não é, afinal, a defesa das liberdades e dos direitos humanos que preocupam os EUA e a UE, o que efectivamente os move relativamente a Angola?

Alguns interrogar-se-ão do porquê e da necessidade da colocação destas questões e sobre a importância e actualidade da sua resposta. No entanto, estas não são apenas questões fundamentais para a compreensão do passado recente de Angola, cujas sequelas ainda hoje perduram, e que alguns em Portugal tão afincadamente omitem e querem fazer esquecer. São questões igualmente essenciais para a compreensão da actual situação angolana e, neste contexto, das expressões que assume o (recorrente) «interesse» demonstrado pelos EUA e a UE (e, designadamente, pelas outrora potências coloniais europeias em África) relativamente a este vasto e rico país – um «interesse» que, afinal, não sendo novo, também não é original no quadro dos sinistros intuitos e estratégia do imperialismo para o continente africano.

É que hoje, tal como ontem, por diversas formas e a coberto de falsos pretextos, os Estados Unidos e a União Europeia têm levado a cabo consecutivas operações de desestabilização e intervenções militares – sendo responsáveis pelas mais brutais violações de liberdades e direitos, que pretensamente dizem querer defender. Uma constante acção de ingerência a que África, com os seus imensos e diversificados recursos, não está imune – aliás, como a história e a recente evolução da situação neste continente comprovam.

Ingerência e agressão

Recorde-se que o PCP tem denunciado a actual escalada de ingerência, inclusive com o recurso à agressão militar, em África, no quadro da actual ofensiva neocolonialista e recolonizadora levada a cabo pelo imperialismo neste continente – onde, aliás, é crescente a presença militar dos EUA (nomeadamente, com o AFRICOM) e de países da UE, com destaque para a França.

Estados soberanos africanos são vítimas de manobras de ingerência dos EUA, da UE e suas grandes potências que – tirando partido, fomentando e instrumentalizando reais problemas e contradições, incluindo fenómenos de corrupção – visam fragmentar a unidade interna desses estados e obstaculizar a sua soberania e independência nacionais, procurando assim impossibilitar caminhos de desenvolvimento autónomo e facilitar a imposição de um ainda maior domínio. Destas operações externas, eufemisticamente apelidadas de «mudança de regime» e infligidas contra diversos países do continente africano, têm resultado conflitos com trágicas e profundas consequências para os seus povos – de que a Líbia é gritante e dramático exemplo.

É tendo presente a história recente de Angola e a crescente acção do imperialismo no continente africano que as actuais manobras em torno de Angola não devem ser menosprezadas. Existem interesses e sectores que nunca se conformaram com as derrotas que sofreram neste país – desde a proclamação da República Popular de Angola à sua vitória sobre a intervenção e a ingerência do imperialismo e à conquista da paz – e que não desperdiçarão o momento oportuno para alcançar a sua revanche, considerem estar reunidas as condições para procurarem concretizar tal objectivo. Interesses externos e sectores da sociedade angolana que, não deixando de utilizar uma qualquer oportunidade para envolver cidadãos angolanos a partir de reais problemas e legítimos anseios, de facto agem com o intuito de os instrumentalizar para promover a desestabilização de Angola e, se possível, concretizar a sua tão almejada «mudança de regime».

É por isso que o PCP tem sublinhado que – ao contrário do que alguns perversamente pretendem e a que outros tão solicitamente se prestam – Portugal não deve (de novo) ser instrumento e servir de plataforma contra Angola. Os significativos e genuínos laços históricos e afectivos que unem o povo português ao povo angolano e Portugal a Angola não devem ser instrumentalizados por intensas e hipócritas campanhas mediáticas que, objectivamente, contribuem para «legitimar» obscuras operações contra Angola e os interesses e aspirações do seu povo. Uma posição do PCP que vem de longe – do tempo da luta comum do povo português e do povo angolano contra o fascismo e o colonialismo – e que o torna alvo das mais ferozes campanhas e vis calúnias, aliás, como acontece agora (e de novo) relativamente a Angola.

No entanto, para aqueles que não o tenham presente ou que desconheçam, recorda-se que o PCP foi alvo de similares campanhas e ataques caluniosos quando claramente se demarcou e denunciou: a primeira invasão do Iraque pelos EUA e seus aliados (1991); a agressão da NATO à Jugoslávia (1999); a ocupação do Afeganistão pelos EUA e a NATO (2001); a agressão dos EUA e seus aliados à Líbia (2011) e à Síria (2012); ou o golpe promovido pelos EUA e a UE na Ucrânia (2014) – entre outros exemplos de ingerência, operações de desestabilização, agressões que foram sistematicamente antecipadas e acompanhadas por amplas e intensas campanhas de condicionamento e formatação da opinião, como forma de ocultar os seus condenáveis objectivos e cruéis consequências.

Por ter assumido com firmeza a sua posição guiada por princípios e não ter claudicado perante as ignóbeis campanhas e ataques de que foi alvo, o PCP – ao contrário de outras forças políticas em Portugal – não está manchado, nem é responsável pelas brutais violações dos direitos humanos, das liberdades, da soberania e da democracia, pela barbárie que representaram essas ingerências e agressões e que hoje é bem visível na tragédia dos milhões de deslocados e refugiados. A realidade deu razão ao PCP e ao seu posicionamento ditado pelo respeito da soberania e independência nacional, dos direitos dos povos, dos direitos humanos, da igualdade entre os estados, da não ingerência nos assuntos internos dos outros estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais e da amizade e cooperação com todos os outros povos. Princípios que guiam igualmente a posição do PCP relativamente às relações de Portugal com Angola.


Dificuldades e problemas
de ontem e de hoje


O povo angolano conquistou a sua independência em 11 de Novembro de 1975, após uma longa e heróica luta de libertação nacional pelo fim do colonialismo do regime fascista português – luta que foi liderada pelo Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA). No entanto, desde a primeira hora, a República Popular de Angola foi alvo da agressão do imperialismo. Uma agressão que, como já foi sublinhado, foi protagonizada pelo regime do apartheid da África do Sul, pelos EUA, as grandes potências europeias e seus aliados regionais que, utilizando principalmente a UNITA, fomentaram uma guerra que só viria a terminar a 4 de Abril de 2002.

O povo angolano contou sempre com a solidariedade do PCP na sua longa luta pelo fim do colonialismo português, pelo fim da agressão do regime do apartheid da África do Sul, pelo fim da ingerência do imperialismo e da acção criminosa da UNITA, pela conquista da paz.

Há 14 anos Angola encetou o enorme desafio de reconstruir um país destruído e dilacerado por cerca de 40 anos de guerra. Nesta última década e meia, Angola deu passos significativos no processo de reconstrução nacional, no entanto continuam a colocar-se complexos problemas sociais e económicos, assim como a necessidade de enfrentar importantes contradições e sérios fenómenos negativos. O impacto da recente descida do preço do petróleo veio criar acrescidas dificuldades à concretização das perspectivas abertas ao desenvolvimento de Angola, colocando grandes exigências para ultrapassar os urgentes e difíceis problemas que daí decorrem.

É tendo em conta o difícil quadro que Angola actualmente enfrenta que, uma vez mais, se movimenta e converge o aglomerado de interesses externos e sectores da sociedade angolana que consideram estarem criadas as condições e chegado o momento de fomentar a desestabilização em Angola – tentando usar o «método» já desferido sobre outros países –, como forma de alcançar os seus antigos e almejados objectivos.

E se alguns conspiraram e procuram usar Portugal como plataforma contra Angola e o seu povo, o PCP – hoje, como antes – denuncia e rejeita tais operações e continua coerentemente a pugnar pelo respeito do direito do povo angolano à soberania, à independência, à integridade e unidade do seu Estado, ao desenvolvimento e ao progresso social, assim como a contribuir para o aprofundamento das relações de cooperação e de amizade entre Portugal e Angola, em prol dos interesses do povo português e do povo angolano.

Foi o povo angolano que conquistou a soberania, a independência, a paz e o caminho para a concretização dos seus direitos democráticos. Hoje, como antes, compete ao povo angolano, livre de pressões e ingerências externas, a superação dos problemas com que Angola se confronta.
***
7abril2016
avante
João Oliveira
Angola: solidariedade
e coerência

A rapidez com que se passa da discussão de um processo judicial em curso nos tribunais angolanos para considerações categóricas sobre Angola e o caminho que os angolanos devem fazer mostra bem o quadro em que é feita esta discussão.
Quem recorrentemente tem levado à Assembleia da República a discussão sobre Angola não tem qualquer preocupação com o povo angolano, as suas condições de vida, a sua liberdade ou o seu futuro. Pretende sim encontrar um pretexto que lhe permita retirar dividendos políticos imediatos instrumentalizando legítimos sentimentos de solidariedade com aquele povo, mesmo que para isso tenha de acompanhar (e alimentar) uma campanha que visa atingir o contrário das proclamações sobre liberdade e democracia com que se disfarça.


E se, pelo caminho, houver condições para apontar toda a artilharia ao PCP, tanto melhor. Não se espera sequer meia-dúzia de horas para que, a partir da comunicação social dominante ou das redes sociais, se esteja a atirar àquele que, para muitos, era afinal o alvo escondido sob o pretexto de Angola. Ou será que ninguém estranha que se tenha ocupado mais tempo a atacar a posição do PCP (em muitos casos sem sequer a conhecer ou deturpando os seus fundamentos) do que a escrutinar os argumentos daqueles que usam ora Rafael Marques ora Luaty Beirão para se guindarem a educadores do povo angolano, ditando aos angolanos o que o seu país é e o que dele devem fazer?


É óbvio que a maioria dos portugueses se identifica com os anseios do povo angolano de viver num país mais democrático, mais desenvolvido e com mais justiça social e, naturalmente, é solidária com essa luta do povo angolano. E a questão nem sequer é a da legitimidade e justeza dessas aspirações e reivindicações, que não se questionam onde quer que seja que os trabalhadores e os povos lutem para as alcançar. A questão é a de saber se essas justas aspirações e reivindicações são ou não instrumentalizadas conduzindo precisamente à sua negação. 

Manipulação e ocultação 


Em nome da liberdade, dos direitos humanos e da democracia fizeram-se as guerras ao Iraque e à Líbia, que serviram afinal para saquear e controlar as riquezas daqueles países, destruindo os seus estados e negando aos trabalhadores e aos povos desses países os mais elementares direitos. Em nome da liberdade, da democracia e da justiça social deram-se apoios e financiamento àqueles que se designava por «combatentes da liberdade», incluindo os que a partir da Síria, da Líbia ou do Iraque vieram a constituir com esse apoio o que hoje se designa por auto-proclamado Estado Islâmico (ou Daesh).


Em nome do combate à corrupção e à oligarquia e exigindo liberdade e democracia foram apoiados na Ucrânia os golpistas da Praça Maidan que conduziram os nazi-fascistas ao poder, mesmo quando já era claro que era essa a natureza das forças que dirigiam e que eram falsas as proclamações com que se dissimulavam.


Ninguém nega a justeza das aspirações e reivindicações de mais democracia, liberdade e justiça social mas também ninguém se atreverá a negar que elas foram instrumentalizadas para conduzir ao resultado exactamente oposto. 


Solidariedade ou instrumento? 


A solidariedade do PCP com os trabalhadores e o povo angolano exige que não deixemos Angola à mercê de quem quer fazer daquele país o mesmo que fez à Líbia ou ao Iraque, instrumentalizando legítimos anseios ou aspirações. A nossa solidariedade com os trabalhadores e os povos que lutam por mais democracia, liberdade e justiça social exige que recusemos acompanhar aqueles que, em nome desses valores, alimentam operações que conduzam à ingerência, à desestabilização externa e à guerra e à imposição de menos liberdade, menos democracia e menos justiça social.


Mesmo quando para alguns isso é difícil de compreender por que não bate certo com as operações mediáticas construídas a partir da propaganda determinada pelos centros do imperialismo. Ou será que ninguém estranha que as posições assumidas por BE e PS nos votos que apresentaram sobre Angola sejam convergentes com aquelas que foram assumidas pelo Departamento de Estado norte-americano e pela União Europeia?


Ao contrário de outros, que se posicionam como instrumentos de cada operação desencadeada pelo imperialismo para liquidar a soberania e submeter países às suas ordens, que têm as suas mãos sujas com o sofrimento, a morte e a devastação que atinge os povos desses países, que são também responsáveis pelos milhões de refugiados que resultam dessas agressões, o PCP afirmará sempre a sua defesa da liberdade, da democracia, dos direitos dos cidadãos e nunca será instrumento ao serviço das operações que querem fazer de Angola mais uma vítima, que queiram fazer de Angola uma nova Líbia.
***
1abril2016
Pela Comunicação Social
que consumo
 fico claramente a pender pelo lado dos jovens que lutam por mais democracia...
MAS
ao ler a informAÇÃO que vem do PCP, começo a compreender que há muito + para contar...
1.Ângelo Alves:
“Francisco Louçã sempre se entusiasmou demais quando se trata de atacar o PCP. Assim foi outra vez. Claramente sofre de incontinência anticomunista. 
Louçã serve bem os interesses daqueles que gostavam de ver o PCP acabrunhado a um canto, isolado do povo, sem peso político na sociedade, um partido comunista destruído, basicamente. Sempre o fez, e com notório prazer. E serve-se detudo, inclusive da ofensa histórica gratuita e petulante.
Mas neste caso Louçã e o seu Bloco vão ainda mais longe. Sabem que Portugal está a ser usado, por poderes imensamente maiores que o governo português, como uma plataforma de lançamento para a Europa da operação de desestabilização em Angola. Sabem que estão em causa processos conexos em vários países africanos visando "mudanças de regime" e uma recolonização do continente. E sabem quem está por detrás desses processos, e sabem bem dos planos que o AFRICOM tem para África. Sabem também o que aconteceu na Líbia e no Egipto e na Síria. Mas isso não lhes interessa nada. Insistem no objectivo principal: massacrar o PCP.
Ao fazê-lo, BE e Louçã fizeram uma escolha. E essa escolha, independentemente das críticas que possamos ter relativamente a questões da vida económica e política angolana, é clara: o BE e Louçã, na sua cegueira de atacar o PCP, estão objectivamente a convergir com as manobras, estratégias e objectivos do imperialismo para África. Infelizmente para um Partido que se diz de Esquerda não foi a primeira vez, assim foi também na Líbia e nessa altura o PCP também foi atacado por ser "amigo" de Kadhaffi."

2.
HÁ O SOROS e muita outra informação útil:
(...)
"O que vem a seguir eu recebi de pessoa amiga. Deve ser lido. A gravação de uma das reuniões por um agente da polícia angolana infiltrado, provavelmente a que tem o enlace abaixo, passou na TVI há dias.

E o que se diz de G. Soros é do amplo conhecimento público, tal como o é o triste papel do Bloco nos casos da Líbia, da Síria, da Ucrânia, bem como, obviamente, o reiterado ódio ao MPLA e a Angola, que, quiçá, talvez seja mais do que mero amor pela "democracia" abstrata.

O sr. Soros, pelos vistos, também está, de alguma forma, por trás desta "investigação" dos chamados Documentos (ou Papéis) Panamá. A sua Fundação Open Society (Sociedade Aberta) é uma das financiadoras.

Será possível que um dos homens mais corruptos e corruptores do Mundo esteja, agora, preocupado com a corrupção? Isso haveria de ser uma bela anedota!

«En outre, le fait que l'enquête de l’Organized Crime and Corruption Reporting Project soit foncièrement polarisée "contre" la Russie n’a rien de vraiment étonnant quand on regarde ses sponsors au bas de sa page Internet: la fondation Open Society du milliardaire George Soros (...) etl’USAID (..)».

As estranhas coincidências do caso “Luaty Beirão” com o Magnata George Soros, o principal financiador de golpes de estado e de partidos políticos por todo o mundo.
Começamos desde já por explicar, que não nos revemos no actual modelo de governação de José Eduardo dos Santos devido à corrupção, mas também não podendo esquecer que o MPLA e Jose Eduardo dos santos têm ganho as eleições angolanas, sendo estas supervisionadas por entidades estrangeiras, conferindo assim total legitimidade ao governo Angolano.
Nas eleições de 2012 O chefe da missão de observadores da União Africana que acompanhou as eleições, o antigo presidente cabo-verdiano Pedro Pires, considerou que a organização do escrutínio foi “satisfatória”.
Link sobre as eleições de 2012: https://www.publico.pt/…/eleicoes-decorreram-com-normalidad…
Assumimos também a nossa intransigente defesa pelos direitos humanos, quando se trata de direitos humanos reais, e não de um pretexto para uma intervenção militar, (Iraque, Libia, etc…) ou um qualquer golpe de estado, com o propósito de favorecer a elite imperialista como tão bem, e infelizmente o povo Africano conhece.
Agradecemos que, antes de começarem qualquer ataque, façam o favor de ler na íntegra. Tudo o que aqui expomos, é comprovado nos links que fornecemos.
Aceitamos todas as opiniões, no entanto tudo o que aqui iremos referir de seguida, é devidamente fundamentado, e sugerimos a todos a fazerem a vossa própria investigação. É uma regra fundamental numa altura em que todos já percebemos o quanto a comunicação social é manipuladora, começarmos sempre por pensar que, se a comunicação social nos bombardeia com uma ideia devemos sempre investigar por nós próprios para podermos discutir fundamentadamente.
A investigação que os administradores desta página (Acordar Portugal) efectuaram tem como único e simples objectivo mostrar a perspectiva real do que se passa com a situação em Angola, e dessa forma tentar entender o porquê da nossa comunicação social corporativa (e não só) estar tão empenhada em influenciar a opinião publica.
Em Angola o caso Luaty Beirão é nitidamente uma tentativa de GOLPE DE ESTADO financiado pelo magnata George Soros e pela CIA, com o objectivo único, não de fomentar mais e melhor democracia, mas sim para terem acesso às riquezas do país como o Petróleo e os diamantes, Causar uma nova “primavera Arabe” com consequências nefastas tal como temos vindo a conhecer, na líbia, síria, Iraque, etc…
1- George Soros.
Para se entender tudo, é preciso saber quem é George Soros..
George Soros é um magnata Húngaro-Americano que em 2012, era o 22º homem mais rico do mundo, com interesses em vários negócios, entre os quais Petróleo e Diamantes.
George Soros é reconhecido internacionalmente como um dos maiores financiadores de golpes em vários países da América Latina, Africa, Europa e Ásia foi por exemplo um dos principais financiadores dos grupos de extrema direita em Maidan na Ucrânia.
Link do financiamento do golpe de estado na Ucrânia: http://www.infowars.com/soros-admits-responsibility-for-co…/
George soros através das suas fundações (ONG´s) procura derrubar os governos africanos e aproveitar os recursos naturais, em nome da luta contra a “tirania e a corrupção.”
Link de extrema importância em ser lido:http://archive.larouchepac.com/node/6584/print
George Soros que fez muito da sua fortuna com a especulação financeira financiou o Syriza e o podemos, por forma a destabilizar ainda mais o Euro, e assim aumentar ainda mais a sua fortuna.
Link sobre o financiamento do Podemos e do syriza pelo George soros:
Aqui: http://www.burbuja.info/…/410464-syriza-grecia-financiada-g…
Ou aqui: https://danipirata80.wordpress.com/…/soros-detras-de-syriz…/
Link sobre reuniões entre funcionários de George Soros e funcionários do Syriza:http://hellasfrappe.blogspot.pt/…/busted-secret-meetings-be…
2 - Sobre Luaty Beirão.
A comunicação social tem feito enorme propaganda referindo de forma ligeira e manipuladora que Luaty Beirão e seus cúmplices, apenas eram meros contestadores do regime angolano e que eles simplesmente liam um livro.
À primeira partida, não parece ser motivo para as medidas tão “duras” por parte do governo Angolano. Mas nunca nos foi explicado qual o livro e o que se passava para além disso.
O livro de Gene Sharp é um manual de como derrubar governos e tem sido utilizado e disponibilizado pela CIA para causar o Caos das “primaveras árabes” o golpe de estado na Ucrânia, Libia Etc…
Em algumas dessas reuniões foi gravado por um agente das secretas, onde se falam de 100 milhões de dólares de financiamento exterior para preparar o golpe, vídeo esse que aqui deixamos o link: https://www.youtube.com/watch…
Video que explicam como funcionam os golpes segundo o próprio Gene Sharp:
https://www.youtube.com/watch?v=fVq82tW6LdU
Ex-agente duplo, explica como a CIA usa o livro de Gene Sharp para derrubar governos: http://www.sul21.com.br/…/ex-agente-duplo-conta-como-a-cia…/
Video de um “assassino Económico” da estratégia dos EUA em derrubar governos que não cedam aos interesses dos EUA:https://www.facebook.com/acordarpt/videos/559753680851649/
2- A projecção mediática deste caso tem sido principalmente por um jornal MAKA ANGOLA, propriedade do jornalista Rafael Marques, é oficialmente (ex) funcionário de George Soros.
Jornal este que tem sido subsidiado pela CIA, camuflada em Angola por uma ONG que existe em praticamente todos os países que têm sido alvo de golpes de estado com ingerência dos EUA.
Estranhamos o facto de o Esquerda.Net (canal de comunicação do Bloco de Esquerda) ter como referência informativa e reunir com o agente financiado por George soros e pela CIA em Angola, Rafael Marques.
Link sobre Rafael Marques: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rafael_Marques_(jornalista)
Link de noticia sobre o financiamento do Jornal: http://club-k.net/index.php…
Link sobre a ONG: https://en.wikipedia.org/w…/National_Endowment_for_Democracy
Noticia sobre a Russia ter expulso a ONG, por esta agir como base da CIA:http://www.globalresearch.ca/why-russia-shut-down-n…/5466119
Link sobre o papel da ONG financiar e apoiar a extrema direita Venezuela na tentativa de derrubar o governo bolivariano (recordamos que Venezuela é o maior produtor de Petroleo da America Latina: http://www.counterpunch.org/…/the-dirty-hand-of-the-nation…/
Link de noticia do Esquerda.Net re reunião do bloco com Rafael Marques:http://www.esquerda.net/…/rafael-marques-reuniu-com-o-bloco…
3- No caso do Bloco de esquerda, vamos deixar por pontos algumas dúvidas.
a) Porque motivo Bloco está tão interessado no caso de Luaty Beirão e por exemplo ignora completamente a situação em Espanha, (aqui mesmo ao nosso lado) em que por exemplo o Rapper Pablo Hásel foi condenado a 2 anos de prisão por simplesmente escrever e publicar na internet uma música?
Link da noticia da condenação do músico: http://www.diarioliberdade.org/…/47365-pablo-has%C3%A9l-con…
b) Desconhecerá o bloco de esquerda as ligações de Rafael Marques a George Soros, ao ponto de o ter como única fonte de informação em Angola, e reunir com o agente da CIA/Soros?
Link de reunião do bloco com Rafael Marques: http://www.esquerda.net/…/rafael-marques-reuniu-com-o-bloco…
Link: no Google que mostra que tudo o que o bloco noticia no seu site esquerda.nettem unicamente como fonte de informação Rafael Marques: https://www.google.pt/…
c) Desconhecerá o Bloco de Esquerda os encontros e relações de George Soros com o Syriza e o Podemos? Será assim tão mais fácil qualquer um de nós chegar a essa informação, e os dirigentes do bloco não?
d) Porque motivo a nível de internacional, o bloco está sempre do lado mais conveniente ou que interessa a George Soros?
1- O golpe de estado na Ucrânia financiado por George Soros, o bloco de esquerda afirmava que o problema da Ucrânia era uma oligarquia corrupta, subjugada à ingerência Russa, defendendo assim, inicialmente o golpe de Maidan, que após a sua concretização, o bloco parece que mudou de opinião. “do fim do mal estar feito…”
Ou como o bloco quis caracterizar “Do lado da Maidan: Foi um movimento popular, desafiante para todos os partidos por causa dos seus próprios métodos, que fez cair Ianukovitch: mais do que por causa da Europa, a Maidan mobilizou-se massivamente contra a “família” dominante, oligárquica e contra o curso cada vez mais repressivo e personalista do regime, temendo-se que uma integração dos projetos de Putin agrave estas derivas.”
Link da pagina esquerda.net: http://www.esquerda.net/…/ucr%C3%A2nia-nem-tropas-rus…/31598
2- A agressão militar à Líbia que o bloco votou favoravelmente com os votos de Marisa Matias, Rui Tavares e Miguel Portas e que mais uma vez o magnata George soros estava por de trás.
Link da acta da votação do bloco no PE:http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do…
Link de um artigo sobre o envolvimento de George soros na Libia:http://www.wnd.com/2011/03/278685/
Nota final:
Não pretendemos com isto acusar o bloco de esquerda de nada, apenas estamos a fazer uma constatação de estranhas coincidências, cada um faça a sua própria análise…
Para concluir, quem concordar com a intervenção militar no Iraque, na Libia, ou com o Golpe na Ucrânia por exemplo, então que defenda a tentativa de golpe de estado em Angola. Quem estiver contra estes golpes só pode estar contra. Pois os métodos são idênticos, pagos pelas mesmas agências, exactamente com os mesmo objectivos. Petróleo, Diamantes, Cerco a países não alinhados aos interesses imperialistas dos EUA.
E que se perceba de uma vez por todas, que os objectivos não são, nem nunca foram de lutar por mais ou melhor democracia, por mais ou melhor qualidade de vida dos Angolanos. Nunca um pais Africano subserviente aos interesses de outros de outros
países conseguiu efectivamente desenvolver-se, ou oferecer melhores condições de vida ao seu povo.

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/153e3888a00400d9?projector=1
***
28mar2016
Escritor José Agualusa à TSF
http://www.tsf.pt/internacional/interior/agualusa-diz-que-sentenca-foi-politica-e-um-erro-estrategico-do-mpla-5097756.html
***
1ab2016
Paulo Tojeira:
"O que se passa em Angola, é demasiado complexo! No “julgamento dos 17” temos vários lados a considerar: temos os tais “17 activistas”, a ponta do icebergue angolano da frente mundial inspirada pelo filósofo norte-americano Gene Sharp (teórico das chamadas “primaveras árabes”) e paga pelo império; temos o governo do MPLA, dominado pelos herdeiros da “burguesia compradora” do tempo colonial, escarranchada num poder corrupto; e temos o povo, que sofre.
O que está em causa em todo este processo, não é a defesa do direito de opinião e manifestação e dos direitos políticos, económicos, sociais em geral e do bem estar do povo angolano! O que está em causa é a “manobra seguinte”, orquestrada pelo império, para dominar este país e esta zona do globo, tal como aconteceu nos países árabes e não só. Tal como está acontecer na América Latina, com o exemplo presente do Brasil.
Uma "mudança de patrão" não beneficiaria o povo. Falta ao povo angolano um partido verdadeiramente revolucionário…

https://www.youtube.com/watch?v=fVq82tW6LdU
***
Assembleia da República
debate 29mar2016
Catarina Martins (BE) diz que Angola é uma ditadura...
1.º ministro lê comunicado do MNEstrangeiros
*
PCP com PSD e CDS contra BE
merece uma reflexão
***
30mar2016
PCP
(...)"Reafirmando a defesa do direito de opinião e manifestação e dos direitos políticos, económicos e sociais em geral, o PCP sublinha a importância do respeito da soberania da República de Angola, do direito do seu povo a decidir – livre de pressões e ingerências externas – o seu presente e futuro, incluindo da escolha do caminho para a superação dos reais problemas de Angola e a realização dos seus legítimos anseios.
Reiterando a defesa dos direitos e garantias dos cidadãos angolanos – não se pronunciando sobre as motivações dos cidadãos angolanos envolvidos neste processo, nem sobre a forma como as autoridades competentes angolanas intervieram no decurso deste –, o PCP reitera a sua consideração que cabe às autoridades judiciais angolanas o tratamento deste ou de outros processos que recaiam no seu âmbito, no quadro do normal funcionamento das suas instituições e de acordo com a sua ordem jurídico-constitucional.
Não esquecendo a longa guerra de subversão e agressão externa que foi imposta ao povo angolano e que tantos sofrimentos e destruição causou, o PCP não acompanha campanhas que, procurando envolver cidadãos angolanos em nome de uma legítima intervenção cívica e política, visam efectivamente pôr em causa o normal funcionamento das instituições angolanas e desestabilizar de novo a República de Angola, com a invocação de argumentos e pretextos já utilizados para justificar a ingerência externa exercida sobre outros países, nomeadamente no continente africano."
***
Jerónimo sobre a sua viagem a Angola em 2008
http://www.avante.pt/pt/1793/emfoco/24123/
***
DN
31mar2016
http://www.dn.pt/portugal/interior/psd-vota-contra-no-caso-luaty-beirao-e-uma-ingerencia-5102815.html?eg_sub=6302d6cd88&eg_cam=0645c8665dae2ac0036c42779ffa221d&eg_list=3
Líder parlamentar anunciou que bancada votará contra os votos de condenação 
propostos por PS e BE. E recorda posição do BE sobre Brasil
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, antecipou esta quinta-feira no 
Parlamento que a bancada social-democrata votará contra os votos de condenação
 propostos pelo PS e BE às penas de prisão aplicadas a 17 ativistas angolanos, 
incluindo o luso-angolano Luaty Beirão. Para Montenegro, "é uma ingerência".
Questionado sobre se se trata de um caso de direitos humanos, o líder da 
bancada do PSD recusou responder diretamente, por considerar que "isso é 
entrar na discussão do processo" - "que é coisa que não vamos fazer", 
sentenciou. Para acrescentar: "Não parece que seja útil ao país instrumentalizar
 o Parlamento para entrar em considerações com um processo que está em curso."
***

25 de Janeiro de 1576: Paulo Dias de Novais funda a cidade de Luanda

Em 11 de Fevereiro de 1575, chegou à Ilha das Cabras — a ilha de Luanda — a armada de Paulo Dias de Novais, composta de sete velas — «dois galeões, duas caravelas, dois patachos e uma galeota» — e cerca de 700 homens, dos quais, à volta de 350 eram homens de armas, no dizer de Lopes de Lima e conforme a «descrição» dirigida em 1592 a D. Filipe I, por Domingos d'Abreu de Brito — «descrição» essa que, a seguir, transcrevemos, do livro de Lopes de Lima «Ensaios sobre a statistica das "Possessões Portuguesas»—: «que a gente que este Governador levava erão tresentos e cincoenta homeês dos quaes erão a mayor parte delles chatins, çapateiros, e alfayates, e hus delles apeguarão em seus officios, outros per suas industrias se tornarão nas mesmas embarcações, e algua parte delles acabarão com misérias e necessidades per falta de mesinhas...»

A actual Luanda foi fundada a 25 de Janeiro de 1576, pelo capitão Paulo Dias de Novais, primeiro governador de Angola. Cedo se desenvolveu uma povoação para a qual se dirigiram vários comerciantes interessados no tráfego de escravos. Em 1605, apesar de não possuir qualquer fortificação ou feitoria, a povoação foi elevada a cidade. Em 1641, ficou sob o domínio dos holandeses, sendo recuperada, em 1648, sob o comando de Salvador Correia de Sá, que lhe atribuiu o nome de S. Paulo da Assunção de Luanda.
Nos séculos XVII e XVIII, foram construídas várias fortificações, como a Fortaleza do Morro de S. Miguel, a de São Pedro da Barra, o Forte de São Francisco do Penedo, o de N.ª S.ª da Guia e o de São António. Durante os séculos XVIII, XIX e XX, a urbe conheceu um grande desenvolvimento na arquitectura civil e religiosa de que são exemplo os palácios do antigo Governo-Geral, o Paço Episcopal e a Igreja do Carmo. Com o progresso da cidade, surgiu também a imprensa, aparecendo, em 1856, o primeiro órgão de comunicação, Aurora.


No século XX, foram criadas instituições públicas de relevo, como o Museu de Angola (1938), o Instituto Angolano de Educação e Serviços Sociais (1962) e os Estudos Gerais Universitários (1962), que foram substituídos pela Universidade, em 1968. Após a independência, em 1975, Luanda tornou-se a capital do país e conheceu um grande afluxo populacional, devido à guerra civil, acentuada no interior do país, provocada pela luta pelo poder entre os diversos partidos políticos de Angola. No início de 2002, com o fim da guerra civil, Luanda começou a recuperar o esplendor do passado.
Fontes: Kuribeka.com.sapo
Luanda. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
Wikipedia (Imagens)

Resultado de imagem para fundação da cidade de luanda

Ficheiro:Cadornega.jpg
Frontispício da "História geral das guerras angolanas" de António de Oliveira de Cadornega, escrito 
em 1680.

Paulo Dias de Novais
Ficheiro:Salvador Correia de Sa e Benevides.jpg
Salvador Correia de Sá e Benevides , Governador de Angola

Ficheiro:Cidade de São Paulo da Assumpção de Loanda.jpg
Vista de Luanda em 1755

Ficheiro:Luanda1883.jpg
Luanda em 1883
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/25-de-janeiro-de-1576-paulo-dias-de.html?fbclid=IwAR2s8nkCfC-BUue63d7c6AQ3tCy_L4LWmtpxAMeAbLdBKEeyRUB_SDGxnuE
***