***
18an2020
a extraordinária poesia da Gracinha...
é tempo de celebrar
a alegria de cada momento
com que vestes as vidas
da beleza que sempre descobres
nos caminhos por onde te moves
indiferente aos ruídos das águas
em cujos leitos colhes flores
nascidas do lodo das mágoas.
é tempo de celebrar
de transformar em ação
o fogo do canto das aves
nos ninhos do coração.
é tempo de celebrar
cada flor que a vida nos dá
celebremos…!
entreguei uma palavra ao vento
para que ta sussurre ao ouvido:
parabéns! por mais um ano vivido.
Muitas Felicidades! RR
***
12ouTUbro2019
sobre o chão outonecido
leve e fresca a vida
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*
Comentei assim: Tarda que o Estado valorize td o Claustro do Cardeal e td o espaço a sul do mosteiro: este que captaste, a envolvente à capela do desterro, a conduta de água potável, a levada, os fontanários, a envolvente ao celeiro, o jardim do obelisco...
***
10ouTUbro2019
a quietude do poente quente
sobre neblina fria
vencida que é da luz,
as janelas permeadas...
pela brisa harmonia
que vence os excessos do dia
sobre neblina fria
vencida que é da luz,
as janelas permeadas...
pela brisa harmonia
que vence os excessos do dia
Venda Nova, 2017
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2592087064168087&set=a.211013438942140&type=3&theater
Comentei: paisagem ÚNICA
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9ouTUbro2019
além da palavra
o terreno perfeito
onde a emoção lavra
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Comentei: que bELA postAGEM
***
7ouTUbro2019
ao longe a baía
enquanto o dia se vai
em colorida sinfonia
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*
Comentei: asSIM se faz primeira a segunda!!
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29seTEMbro2019
o céu mergulha no mar
sendo luz, as aves esperam
o silêncio de onde vieram
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Comentei: Par de bELAs imAGEns
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22seTEMbro2019
Das memórias de 2017
começo a ser outono, na curva do tempo
que vem buscar as tardes mornas,
convocar o arco íris nos dias vestidos de neblina...
quando a água se mistura ao pó.
**começo a ser outono, na curva do tempo
que vem buscar as tardes mornas,
convocar o arco íris nos dias vestidos de neblina...
quando a água se mistura ao pó.
começo a ser outono, primeiro por fora,
em cada dança me dispo,
sou pó, sou vento sou água, sou nada...
mas sou ainda, das aparências desnudada.
começo a ser outono, por dentro,
onde és presente e sou presença renovada,
silenciosa e serena na minha pequenez
rumo ao infinito, por excesso de ser
ou da sua presunção.
anna om, dois infinitos e meio
Foto: Mata do Vimeiro, Alcobaça
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Comentei: ReCORdar é viVER! EscreVIVES MARavILHAs!! E a mata do VImeiro é sítio especial!!!
em cada dança me dispo,
sou pó, sou vento sou água, sou nada...
mas sou ainda, das aparências desnudada.
começo a ser outono, por dentro,
onde és presente e sou presença renovada,
silenciosa e serena na minha pequenez
rumo ao infinito, por excesso de ser
ou da sua presunção.
anna om, dois infinitos e meio
Foto: Mata do Vimeiro, Alcobaça
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2554905224552938&set=a.211013438942140&type=3&theater
Comentei: ReCORdar é viVER! EscreVIVES MARavILHAs!! E a mata do VImeiro é sítio especial!!!
Vale Furado
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*
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2555679701142157&set=a.211013438942140&type=3&theater
Comentei: tRIO de porMAIORes
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14seTEMbro2019
Vale Furado
2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2539814072728720&set=pcb.2539815159395278&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2539814642728663&set=pcb.2539815159395278&type=3&theater
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13seTEMbro2019
São Martinho do Porto
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2539121656131295&set=pcb.2538117612898366&type=3&theater
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2538117449565049&set=pcb.2538117612898366&type=3&theater
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***
5dez2018
A Basho Matsuo
"Este caminho"
é o caminho
em cada aurora
o mesmo perfume
de onde nos chega?
de cada um e de todo o lado
graça silva
Nota: Basho, poeta japonês do século XVII
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2071970252846440&set=a.211013438942140&type=3&theater"Este caminho"
é o caminho
em cada aurora
o mesmo perfume
de onde nos chega?
de cada um e de todo o lado
graça silva
Nota: Basho, poeta japonês do século XVII
***
sobre a terra, um mar de nuvens,
peixes-lua tecem faces num feixe de luz.
o horizonte escorre vazio sobre os ecos
onde se dissipam voos.
peixes-lua tecem faces num feixe de luz.
o horizonte escorre vazio sobre os ecos
onde se dissipam voos.
o pássaro da alma colhe a fragrância das rosas
no lugar onde perdi os contornos do meu corpo.
no lugar onde perdi os contornos do meu corpo.
guardo-te na pele. no peito e no olhar, as páginas
onde escrevo a vida. para ti, guardo o riso e a
fragrância das rosas nas pétalas da boca.
onde escrevo a vida. para ti, guardo o riso e a
fragrância das rosas nas pétalas da boca.
anna om
há um lugar encantado
há um lugar encantado
pintado de todas as cores
onde os nossos sorrisos ecoam
junto de borboletas que voam
sobre flores
pintado de todas as cores
onde os nossos sorrisos ecoam
junto de borboletas que voam
sobre flores
corpos de mulher feitos árvore, cor-de-mármore
que abraçaste e com ternura afagaste
para agraciar as alseídes
que acordaste
que abraçaste e com ternura afagaste
para agraciar as alseídes
que acordaste
e há cabelos de ervas ao vento, das náiades
nos rápidos escorrentos,
sobre as pedras polidas pelo tempo
que apanhaste.
nos rápidos escorrentos,
sobre as pedras polidas pelo tempo
que apanhaste.
cascatas de água fresca que fixei
no corpo e nas pedras que me deste
enfeitadas com os teus beijos
que eu guardei
no corpo e nas pedras que me deste
enfeitadas com os teus beijos
que eu guardei
e nas asas de uma euplagia
que sorvia o mel de uma flor
entreguei uma mensagem
para que durante a viagem
a segredasse ao vento
que soprando a contento
a fizesse eterna no tempo e no amor.
que sorvia o mel de uma flor
entreguei uma mensagem
para que durante a viagem
a segredasse ao vento
que soprando a contento
a fizesse eterna no tempo e no amor.
anna om, dois infinitos e meio
amanheço
amanheço dentro do canto dos pássaros
e começo a improvisar a vida
escrita com ondas de luz
na elipse de cada dia
no horizonte a geografia húmida
olhos cintilantes e o marejar
de límpida epifania
inscrita no olhar
e começo a improvisar a vida
escrita com ondas de luz
na elipse de cada dia
no horizonte a geografia húmida
olhos cintilantes e o marejar
de límpida epifania
inscrita no olhar
acordam ritmos, silêncios, simetrias
por entre sons de sílabas
e números mágicos
que acendem os dias
por entre sons de sílabas
e números mágicos
que acendem os dias
e no orvalho dos corpos
a ternura dos passos
e abraços escondidos
na curvatura dos braços
a ternura dos passos
e abraços escondidos
na curvatura dos braços
deixei de ser ilha
tornei-me mar
tornei-me mar
anna om
leio-me
leio-te
num céu sentido
num tempo fora da História
momento inefável da memória
em que a intencionalidade
coincide com a verdade
além da fixidez e da superficialidade.
leio-te
num céu sentido
num tempo fora da História
momento inefável da memória
em que a intencionalidade
coincide com a verdade
além da fixidez e da superficialidade.
deste-me o silêncio
e eu guardei as palavras
apaguei as definições
escutei a música inebriante
brotante, do espelho dentro do espelho,
e afastei as ilusões.
e eu guardei as palavras
apaguei as definições
escutei a música inebriante
brotante, do espelho dentro do espelho,
e afastei as ilusões.
anna om
desenhando o sol de cada dia
na leda manhã a harmonia
desvendada na caligrafia das águas
e sob o olhar das fragas
num sopro de luz
cresce o alvorecer
mais um dia se cria
e se faz acontecer
na leda manhã a harmonia
desvendada na caligrafia das águas
e sob o olhar das fragas
num sopro de luz
cresce o alvorecer
mais um dia se cria
e se faz acontecer
graça silva
despertam florestas de pássaros
libertando-se do mar de sargaços
nas águas estagnadas dos dias
por onde navegam cansaços
libertando-se do mar de sargaços
nas águas estagnadas dos dias
por onde navegam cansaços
cansaços de forjados eufemismos
que turvam as águas cristalinas
sugadas por forças sibilinas
em labirintos de espuma
que turvam as águas cristalinas
sugadas por forças sibilinas
em labirintos de espuma
a espuma por onde escorre a verdade
que se vai diluindo no nada
restando o lodo da iniquidade
que se vai diluindo no nada
restando o lodo da iniquidade
e da iniquidade, da dor e do desencanto
há-de transformar-se o calor do pranto
no resgatar do belo e da justiça naufragada
há-de transformar-se o calor do pranto
no resgatar do belo e da justiça naufragada
graça silva
Recomeço
hoje
fechei a porta
e deixei entrar o silêncio
para me ouvir, para sentir,
para aceitar
pôr as coisas no lugar
fechei-a
para me proteger
para viver com calma
o fim de um ciclo
que agora reciclo
com os olhos na alma.
fechei-a
para me apanhar
os pedaços quebrados, estilhaçados,
e vi-me afastada de mim, onde vou!?
descentrada, perdida,
onde estou!?
fechei-a
para me procurar
nos labirintos
que tenho percorrido, vivido,
sem saber
do que me estava a perder,
quem sou!?
fechei-a
para me enxergar
nos nãos da vida
ferida
para me encontrar
no olhar
que me envolva e me devolva
o eu
refletida,
quem sou!?
hoje
fechei a porta
do ego frágil
que procura noutros egos
a sua razão de ser,
de existir e sentir e viver,
quem sou?
fechei-a
para me abraçar
para me agarrar
ao que ficou
ao que sou
para recomeçar,
o que mudou?
fechei-a
para me contemplar
e suportar
o meu olhar
para me ver mais perto de mim
sem vacilar
para regar o meu jardim
e assim
recomeçar.
e deixei entrar o silêncio
para me ouvir, para sentir,
para aceitar
pôr as coisas no lugar
fechei-a
para me proteger
para viver com calma
o fim de um ciclo
que agora reciclo
com os olhos na alma.
fechei-a
para me apanhar
os pedaços quebrados, estilhaçados,
e vi-me afastada de mim, onde vou!?
descentrada, perdida,
onde estou!?
fechei-a
para me procurar
nos labirintos
que tenho percorrido, vivido,
sem saber
do que me estava a perder,
quem sou!?
fechei-a
para me enxergar
nos nãos da vida
ferida
para me encontrar
no olhar
que me envolva e me devolva
o eu
refletida,
quem sou!?
hoje
fechei a porta
do ego frágil
que procura noutros egos
a sua razão de ser,
de existir e sentir e viver,
quem sou?
fechei-a
para me abraçar
para me agarrar
ao que ficou
ao que sou
para recomeçar,
o que mudou?
fechei-a
para me contemplar
e suportar
o meu olhar
para me ver mais perto de mim
sem vacilar
para regar o meu jardim
e assim
recomeçar.
graça silva
07.2014
sons rasgam o ar
expandindo-se em ondas de cor
as que a retina pode espelhar
mas também todo o esplendor
invisível ao nosso olhar
expandindo-se em ondas de cor
as que a retina pode espelhar
mas também todo o esplendor
invisível ao nosso olhar
o que é a cor? não podemos saber
só contemplar o que podemos ver
no caleidoscópio de luz
sob as pálpebras de cada ser
só contemplar o que podemos ver
no caleidoscópio de luz
sob as pálpebras de cada ser
e com esses fios de luz
desenhar o arco-íris e o por-vir
numa tonalidade tão bela
quanto profundo o sentir
desenhar o arco-íris e o por-vir
numa tonalidade tão bela
quanto profundo o sentir
no mundo-caleidoscópio, somos um
mar cintilante de ondas coloridas,
que, sofridas, se vão derramando
em todo o lado e em lugar nenhum
mar cintilante de ondas coloridas,
que, sofridas, se vão derramando
em todo o lado e em lugar nenhum
graça silva
lua
I
quarto crescente num céu de esperança
brilhas cada dia mais um pouco
nos braços de fogo a confiança
presente do Sol teu amante louco.
quarto crescente num céu de esperança
brilhas cada dia mais um pouco
nos braços de fogo a confiança
presente do Sol teu amante louco.
II
quarto mais do que crescente, cintilante
quase cheia grávida de luz
solevando-se a cada instante
em beleza serena que nos seduz.
quarto mais do que crescente, cintilante
quase cheia grávida de luz
solevando-se a cada instante
em beleza serena que nos seduz.
III
lua cheia, cheia de encanto
deusa dançando da bruma emergindo
eterno retorno de ser e de espanto
espelho ideal no tempo devindo.
lua cheia, cheia de encanto
deusa dançando da bruma emergindo
eterno retorno de ser e de espanto
espelho ideal no tempo devindo.
graça silva
lá fora a planura cinza-líquida, nublada
cá dentro, tinta líquida normalizada
vai dando forma às ideias identificados
sobre texturas brancas materializadas
cá dentro, tinta líquida normalizada
vai dando forma às ideias identificados
sobre texturas brancas materializadas
e cada papel ganha uma forma determinada
pelo papel de cada ser desenhada
na procura da homogeneidade almejada
pelo papel de cada ser desenhada
na procura da homogeneidade almejada
como pode a natureza
que tudo faz para diversificar
ser assim contrariada?
é da natureza social dos entes, dizem
ter de se com-formar
para um futuro comum re-criar
que tudo faz para diversificar
ser assim contrariada?
é da natureza social dos entes, dizem
ter de se com-formar
para um futuro comum re-criar
graça silva
***
7feVER2018
digo-te
não vás ainda
e tu sais sem nunca partir
da casa feita na pele
com as mãos famintas
tecida na urgência
do marejar de um perfume peculiar
com os dedos, misturados odores salgados
de água e flores salpicados
não vás ainda
e tu sais sem nunca partir
da casa feita na pele
com as mãos famintas
tecida na urgência
do marejar de um perfume peculiar
com os dedos, misturados odores salgados
de água e flores salpicados
digo-te
fica. como se pudesses partir
tu que me habitas a pele
e que cultivas o meu corpo
com o ritmo da luz
fica. como se pudesses partir
tu que me habitas a pele
e que cultivas o meu corpo
com o ritmo da luz
anna om, dois infinitos e meio
foto: castanheiros na mata do vimeiro, alcobaça.
foto: castanheiros na mata do vimeiro, alcobaça.
***
6feVER2018
sobre a terra fria
derrama-se o cálice
promessa de um novo dia
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1689394471104022&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
3feVER2018
a-cor-dar
é re-inventar
o sentido pré-sentido.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1687105257999610&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
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1feVER2018
se a densidade do tempo
se medisse pela resistência das árvores,
haveria dias com raízes de pedra.
se medisse pela resistência das árvores,
haveria dias com raízes de pedra.
premissas
foto da Serra dos Candeeiros
foto da Serra dos Candeeiros
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28jan2018
que palavra é esta,
que sopra no ouvido
sons de festa?
que sopra no ouvido
sons de festa?
Crepúsculo, Serra dos Candeeiros
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1680223275354475&set=pcb.1680223435354459&type=3&theater
***
25jan2018
com o silêncio nas asas
pousa o pássaro de fogo,
as moiras tecem o novo dia.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1676945912348878&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
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23jan2018
No mundo do descarte,
o mar permanece.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1675855619124574&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
21jan2018
quando acordo por dentro é uma árvore que vejo,
simples, paciente e serena na sua prece ao infinito,
uma metáfora de vida simples de perfeita beleza,
em que nada está no todo
que não esteja harmoniosamente em cada folha,
por mais complexa que seja a sua natureza.
GS
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1673382906038512&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
18jan2018
neste chão de fogo,
descansam as raízes
indiferentes à geometria dos braços-
barcos, no azul frio dos dias
vogando à bolina
num mar de cansaços
...
GS
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1669665676410235&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
13jan2018
num sopro de luz
cresce o alvorecer
mais um dia se cria
e se faz acontecer
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1664998416876961&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
9jan2018
caíram as máscaras,
olharam o âmago
e viram-se.
cada um tomou o seu lugar
e todos os lugares eram um.
GS
***
31dez2018
Feliz 2018. Saúde, paz e afeto!...
corre um rio
no meu corpo,
o rio de Heraclito.
são lágrimas do mundo
correndo sinuosas sobre as pedras.
no meu corpo,
o rio de Heraclito.
são lágrimas do mundo
correndo sinuosas sobre as pedras.
é tão cheio de pedras, o caminho para casa.
onde sou, existo e sinto os gritos.
onde sou, existo e sinto os gritos.
a casa é o lugar de todos os começos,
sobre as pedras e com os rios
podemos inventar o mar.
sobre as pedras e com os rios
podemos inventar o mar.
o mar de ondas da paz
primeiro no coração
depois na cabeça
e, pela natura lei,
escorre para a mão.
primeiro no coração
depois na cabeça
e, pela natura lei,
escorre para a mão.
a paz está nas nossas mãos, todos os dias.
GS
GS
***
ABRIU novo blogue:
Dois Infinitos e Meio
O poema é uma árvore. Ondulantes os versos bebem da vida. Nos braços, o infinito.
https://doisinfinitosemeio.wordpress.com/
*Epifania de Sísifo
São pesadas as pedras,
profunda a luz que
as ilumina.
profunda a luz que
as ilumina.
GS
hoje
Foto: Graça Silva
hoje, quero dizer-te,
que o tempo escorre no meu corpo nu,
e nuas estão todas as coisas
porque tudo o que vejo, vejo-o por dentro,
que o tempo escorre no meu corpo nu,
e nuas estão todas as coisas
porque tudo o que vejo, vejo-o por dentro,
nestes dias em que vivo dentro de mim e em mim me abrigo.
quero dizer-te,
que ouvi alto a minha vida profunda
e não quero escrever-te com palavras que te oprimam o peito,
quero abrir-te os lábios com versos que te sorriam por dentro.
que ouvi alto a minha vida profunda
e não quero escrever-te com palavras que te oprimam o peito,
quero abrir-te os lábios com versos que te sorriam por dentro.
dizer-te,
que a tua voz me amanhece e só as tuas mãos me vestem
no escorrer dos dias para o mar que é o nosso estar.
que a tua voz me amanhece e só as tuas mãos me vestem
no escorrer dos dias para o mar que é o nosso estar.
anna om
28jun2017
da beira mar me vem,
trazido por não sei que voo
que pousa na minha boca,
um beijo teu.
com o aroma que exala
essa flor-beijo cala
um ruído escuro de breu.
enquanto o horizonte
acende as velas
nas nossas mãos
abrem-se janelas
por onde voam perfeitas,
as aves.
meu amor ainda há
tempo.
na retina, ainda se
demora, suave, a luz.
anna om, dois infinitos e meio
***
18abril2017
nasceste-me ao entardecer
num vislumbre diáfano frente ao mar
e cada novo dia trouxe um novo aurores-Ser
e cada momento um novo despertar
num vislumbre diáfano frente ao mar
e cada novo dia trouxe um novo aurores-Ser
e cada momento um novo despertar
o sol nasce pela primeira vez
e pela primeira vez se vai deitar
as flores exalam o aroma da primeira flor
e o orvalho sobre as suas pétalas
do sol espelha o primeiro ardor,
e cada pássaro canta como o primeiro pássaro.
e pela primeira vez se vai deitar
as flores exalam o aroma da primeira flor
e o orvalho sobre as suas pétalas
do sol espelha o primeiro ardor,
e cada pássaro canta como o primeiro pássaro.
doce é o canto da chuva
no infinito do teu abraço
onde te tornaste sentimento
e és em mim, no teu espaço.
no infinito do teu abraço
onde te tornaste sentimento
e és em mim, no teu espaço.
anna om, dois infinitos e meio
foto: Água de Madeiros
foto: Água de Madeiros
***
22jan2017
talvez seja pouco, as palavras
que tenho para te oferecer.
quem sabe o que é uma palavra?
fio de luz com que teço o mundo
e ilumino as sombras deste rio profundo,
onde somos e existimos
com a música do verbo.
voo de aves para a verdade
que a noite rasga em claridade,
com a música nas asas
a música do sentido.
fogo que me crepita nos lábios
flores sonoras de significados,
inventados para ti
com a música da alma.
são tão pouco e são tão tanto
que às vezes, só cabem no silêncio.
anna om, dois infinitos e meio
Foto: saída do poço iniciático, Quinta da Regaleira-Sintra.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1309168665793273&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1188573911186083&set=a.195770117133139.46637.100001004569506&type=3&theater
*
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1188573911186083&set=a.195770117133139.46637.100001004569506&type=3&theater
foto do A.M.Catarino
como é professora de Filosofia
tem este interessante blogue onde é uma das autoras:
http://logosecb.blogspot.pt/
***
respigado do face dela
12jan2018
num sopro de luz
cresce o alvorecer
mais um dia se cria
e se faz acontecer
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1664998416876961&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
*
8jan2018
caíram as máscaras,
olharam o âmago
e viram-se.
cada um tomou o seu lugar
e todos os lugares eram um.
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*
21dez2017
Celebra-se hoje o solstício de inverno.
O inverno não é um velho (desculpe mestre Eugénio), embora tenha "a idade que o tempo tem".
O inverno depura, aperfeiçoa, renova e também tem as cores do arco-íris.
Ofereço-vos esta jovem flor nascida das folhas despidas por carvalhos e sobreiros e que tem a cor da intuição e da espiritualidade que tão bem expressa a simbologia desta época.🙏
GS
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=974525195924290&set=a.195770117133139.46637.100001004569506&type=3&theater
fotos tb são da Graça Silva
***
11seTEMbro2017
A Magia de Vale Furado
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`Comentei: Que espantoo
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tem poesia nos livros:
"A apresentação pública da Antologia “Fusão de Sentires” vai ter lugar no dia 12 de Novembro de 2016 (sábado), pelas 17 horas – no Hotel The literary Man, em Óbidos. Estão convidados.
Participo com os poemas "Amor de Si" e "Terra Minha".
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Terra Minha
Em ti, corpo gótico
ouço o eco dos bravos cavaleiros,
da tua memória
na origem épica da nossa história.
Em ti, ouço o som pagão da Natureza,
que espelhas em toda a beleza
pelo ubíquo vento, soprado devagar,
até se perder no azul do mar.
ouço o eco dos bravos cavaleiros,
da tua memória
na origem épica da nossa história.
Em ti, ouço o som pagão da Natureza,
que espelhas em toda a beleza
pelo ubíquo vento, soprado devagar,
até se perder no azul do mar.
Em ti corpo de poesia, respiro-te
na maresia, nos campos em flor
no teu corpo de terra, que,
ondulando de serra em serra,
vem até ao mar,
onde te deitas e vens sonhar.
na maresia, nos campos em flor
no teu corpo de terra, que,
ondulando de serra em serra,
vem até ao mar,
onde te deitas e vens sonhar.
Em ti renasço,
a cada dia, na alma das tuas gentes,
e bebo a minha essência, a harmonia
nos rios que te dão nome.
Em ti sacio a minha fome
de sonho, paixão e poesia.
a cada dia, na alma das tuas gentes,
e bebo a minha essência, a harmonia
nos rios que te dão nome.
Em ti sacio a minha fome
de sonho, paixão e poesia.
A ti corpo lar, em flor,
regresso para me encontrar,
nas tuas raízes.
As raízes do amor.
regresso para me encontrar,
nas tuas raízes.
As raízes do amor.
Em ti, no corpo teu
sacio a nostalgia,
comungando a cada dia
o Eterno Infinito que és tu.
Em ti, partilho o “agora”
como onda de música, sinfonia,
que aflora, do teu Ser
e ecoa das tuas fímbrias
pelo Tempo sem história.
sacio a nostalgia,
comungando a cada dia
o Eterno Infinito que és tu.
Em ti, partilho o “agora”
como onda de música, sinfonia,
que aflora, do teu Ser
e ecoa das tuas fímbrias
pelo Tempo sem história.
Ouço-te.
Sinto-te.
Sonho-te.
Regresso a mim, em ti.
Terra Minha.
Sinto-te.
Sonho-te.
Regresso a mim, em ti.
Terra Minha.
Graça Silva
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1109973105712831&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
26noVEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1259248930785247&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
transpomos o portal. atravesso-o como uma seta
rasgando o tempo à procura dos pedaços da alma.
re-encontro um tempo redondo onde escuto e sinto
os murmúrios das folhas vivas e o desvelar das
existências no infinito oceano de folhas mortas.
surpreende-nos a árvore da vida... das folhas se despe
e se oferece, numa cascata de luz que nos seduz,
como uma saudação de outra dimensão.
caminhas nas folhas...
apareces-me como num sonho de Akira kurosawa,
um sonho flutuante sobre os meandros dos rios
de folhas secas sob as árvores testemunhas de muitas vidas
e afundo-me nesse tempo vivido como quem mergulha
nas águas plácidas de um rito con-sentido,
no húmus onde a vida se metamorfoseia em folhas renascidas
que bebem a seiva da fonte e respiram o perfume dos dias.
anna om, dois infinitos e meio
***
24noVEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1256159831094157&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
olhar o silêncio,
a tentação de segurar
o infinito provisório.
GS
***
14noVEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1244407472269393&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Super Lua. Não podia deixar de a fotografar,
mesmo com a minha máquina de brincar. ;)
mesmo com a minha máquina de brincar. ;)
gosto de ti ó Lua brilhante
dançante, em círculos de ondas rarefeitos
ora te mostras ora te escondes
por entre nuvens de amores imperfeitos.
dançante, em círculos de ondas rarefeitos
ora te mostras ora te escondes
por entre nuvens de amores imperfeitos.
gosto de ti ó Lua desde que te vi
coisa em si no céu de emoções perfeitas
ora te mostras ora te escondes
desde que acordas até que te deitas.
coisa em si no céu de emoções perfeitas
ora te mostras ora te escondes
desde que acordas até que te deitas.
gosto de ti ó Lua misteriosa
quando silenciosa ouço o teu brilho
ora te mostras ora te escondes
na estrada de luz onde sulcas o trilho.
quando silenciosa ouço o teu brilho
ora te mostras ora te escondes
na estrada de luz onde sulcas o trilho.
que há contigo Lua que me encanta
e espanta na tua cupidez?
por que te escondes? De que te escondes?
mostra-te só mais uma vez.
e espanta na tua cupidez?
por que te escondes? De que te escondes?
mostra-te só mais uma vez.
Graça Silva
3noVEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1234995399877267&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
uma palavra nasce-me e invade-me,
como uma onda de folhas mortas numa tarde de outono.
a palavra nasce de uma folha-ferida de um outro outono,
quando os pés, mudos de espanto, correram
sobre o restolhar da maré de folhas secas.
como uma onda de folhas mortas numa tarde de outono.
a palavra nasce de uma folha-ferida de um outro outono,
quando os pés, mudos de espanto, correram
sobre o restolhar da maré de folhas secas.
os pés corriam sós.
o corpo ficou para trás, trespassado por um silêncio castanho.
surpreende-me a chuva de palavras que me atravessa,
como se eu fosse apenas vazio infinito, um borrão no espaço,
habitado apenas pelas forças e pelos ritmos.
como se eu fosse apenas vazio infinito, um borrão no espaço,
habitado apenas pelas forças e pelos ritmos.
visita-me o espanto e a lucidez, como um sonho físico
que caminha dentro das vidas. chego? não chego?
venho de longe. sou viajante no tempo. que hora é esta?
que caminha dentro das vidas. chego? não chego?
venho de longe. sou viajante no tempo. que hora é esta?
há um universo suspenso deste momento. que hora é esta?
sou corpo impressionista onde tudo acontece e se tece
num presente urgente. que hora é esta?
sou corpo impressionista onde tudo acontece e se tece
num presente urgente. que hora é esta?
anna om, dois infinitos e meio
1noVEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1228513273858813&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
visitas-me no limbo existencial
das auroras em que o vermelho-sol
se mostra e se esconde, nos trabalhos e nos dias,
como um oxímoro num mar paradoxal.
adivinho-te em cada toque de mãos
com que te escrevo e me encanto,
na voz insone das palavras,
e no sortilégio mágico com que te invento
e crio as palavras com que te canto.
sonho-te como se foras o primeiro sonho da terra,
ao som dos madrigais no despertar do dia,
e, mesmo nas noites de lábios interrompidos, dormes
nos meus sonhos, guardados pelo canto da cotovia.
anna om, dois infinitos e meio
"A foto é de S. Martinho tirada com o telemóvel"
***
31ouTUbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1227444990632308&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
novembro chega ao limiar da porta e o anticiclone continua por cá.
bailo, rodopio, folha ao vento
da vida - árvore me desapego,
e, para me transcender depois,
em cada volta me invento.
GS
***da vida - árvore me desapego,
e, para me transcender depois,
em cada volta me invento.
GS
25ouTUbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1221336541243153&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
outoneço, como uma ave cansada, pousada
no crepúsculo dos dias, minguados e talhados
a golpes de chuva, pela eternidade das coisas
que nos habitam além da humana medida. a vida,
no crepúsculo dos dias, minguados e talhados
a golpes de chuva, pela eternidade das coisas
que nos habitam além da humana medida. a vida,
acontece-nos como presença sem pertença.
de nada precisamos, por isso nos desfolhamos
e guardamos os nossos seres que permanecem
como sonhos de outono de infinita bem-querença.
de nada precisamos, por isso nos desfolhamos
e guardamos os nossos seres que permanecem
como sonhos de outono de infinita bem-querença.
somos corpos de terra, em espera...
no limiar de um novo dia, a chuva atravessa-nos
no limiar de um novo dia, a chuva atravessa-nos
mas aquece-nos a chama que nos fará renascer,
como o perfume da flor, mesmo depois de morrer.
como o perfume da flor, mesmo depois de morrer.
Anna Om, dois infinitos e meio
A foto é um crepúsculo em Vale Furado, Alcobaça
A foto é um crepúsculo em Vale Furado, Alcobaça
Aurora, 21.10.16
Quantas maneiras há, de renascer?
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1218394934870647&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
***
20ouTUbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1216710211705786&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
começo a ser outono, na curva do tempo
que vem buscar as tardes mornas,
convocar o arco íris nos dias vestidos de neblina
quando a água se mistura ao pó.
começo a ser outono, primeiro por fora,
em cada dança me dispo,
sou pó, sou vento, sou água, sou nada...
mas sou ainda, das aparências desnudada.
que vem buscar as tardes mornas,
convocar o arco íris nos dias vestidos de neblina
quando a água se mistura ao pó.
começo a ser outono, primeiro por fora,
em cada dança me dispo,
sou pó, sou vento, sou água, sou nada...
mas sou ainda, das aparências desnudada.
começo a ser outono, por dentro,
onde és presente e sou presença renovada,
silenciosa e serena na minha pequenez
rumo ao infinito, por excesso de ser
ou da sua presunção.
onde és presente e sou presença renovada,
silenciosa e serena na minha pequenez
rumo ao infinito, por excesso de ser
ou da sua presunção.
Anna Om, dois infinitos e meio
17ouTUbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1213682602008547&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
há palavras afundadas nos silêncios,
petrificadas em seixos de sal que cobrem
o fundo dos rios do meu corpo, como se
fossem coisas, e há coisas que entram
pelo silêncio e nele habitam, e por não
as saber nomear, o silêncio grita.
petrificadas em seixos de sal que cobrem
o fundo dos rios do meu corpo, como se
fossem coisas, e há coisas que entram
pelo silêncio e nele habitam, e por não
as saber nomear, o silêncio grita.
o silêncio grita palavras sem conserto,
destroçadas, pelas marés nas ondas rebentadas,
em gritos de espuma, a nossos pés.
destroçadas, pelas marés nas ondas rebentadas,
em gritos de espuma, a nossos pés.
e há murmúrios de palavras na poeira-neblina
que cai nas águas puras, tranquilas...
como se fossem a luz, no espelho infinito onde me revejo
e me conduz, nas ondas do silêncio onde te procuro,
porque a essência das palavras é senti-las.
que cai nas águas puras, tranquilas...
como se fossem a luz, no espelho infinito onde me revejo
e me conduz, nas ondas do silêncio onde te procuro,
porque a essência das palavras é senti-las.
sinto e guardo as palavras, inventadas,
que te ofereço como se fossem flores,
de maçãs maduras, saboreadas.
e o doce ondular do silêncio
com que me visto de palavras pre-sentidas,
inter-ditas, rabiscadas.
que te ofereço como se fossem flores,
de maçãs maduras, saboreadas.
e o doce ondular do silêncio
com que me visto de palavras pre-sentidas,
inter-ditas, rabiscadas.
Anna Om, dois infinitos e meio
Nascer da Lua no dia 15.outubro.2016
(Hoje, a chuva não nos deixa vê-la.)
(Hoje, a chuva não nos deixa vê-la.)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1212550525455088&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
lua nova
és e não és, substância infinita
forma perfeita caminhando incerta
luz na sombra, o universo habita
ausência presente que o sonho desperta.
GS
***és e não és, substância infinita
forma perfeita caminhando incerta
luz na sombra, o universo habita
ausência presente que o sonho desperta.
GS
2ouTUbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1200303520013122&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
caminho sobre as areias-prosa do mundo,
sobre emoções salgadas, encharcadas
em águas frescas e profundas, de sentimentos
urgentes, desconhecidos. sonho.
sobre emoções salgadas, encharcadas
em águas frescas e profundas, de sentimentos
urgentes, desconhecidos. sonho.
sinto o canto antigo nas ondas, o rebentar
das palavras fugidias, embrulhadas no infinito
vai-e-vem das marés, onde habitam
formas invisíveis com sabor a-mar.
das palavras fugidias, embrulhadas no infinito
vai-e-vem das marés, onde habitam
formas invisíveis com sabor a-mar.
caminho a sonhar-te. és rio doce
nas areias da praia, amante de gaia,
luz, num crepúsculo vibrante, sol-pôr,
onde aprendi a escrever e a ler o idioma
da natureza, com sotaque de a-mor.
nas areias da praia, amante de gaia,
luz, num crepúsculo vibrante, sol-pôr,
onde aprendi a escrever e a ler o idioma
da natureza, com sotaque de a-mor.
Anna Om, dois infinitos e meio
24seTEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1193288610714613&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
[99] és todo em ti mesmo, sol, e todo estás
solitário, distante. sou ser heliotrópio,
flor vigilante na penumbra-neblina à procura de ti.
solitário, distante. sou ser heliotrópio,
flor vigilante na penumbra-neblina à procura de ti.
deixa-me despir-te das sombras da madrugada
e abrir as minhas pétalas ao teu beijo solar, na alvorada.
e abrir as minhas pétalas ao teu beijo solar, na alvorada.
vem beber do meu cálice, beijar e fecundar de luz
a minha corola-boca, até que o dia nos devore.
deixa-me dançar, agora, no meu infinito bem-querer-te.
a minha corola-boca, até que o dia nos devore.
deixa-me dançar, agora, no meu infinito bem-querer-te.
Anna Om, dois infinitos e meio
17seTEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1187964307913710&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
escuta-me. caminho líquida
no infinito azul, com passos de espuma
nas sombras solinas,
no espelho-luz onde o sol declina
e olhos de água na brisa bolinam.
no infinito azul, com passos de espuma
nas sombras solinas,
no espelho-luz onde o sol declina
e olhos de água na brisa bolinam.
escuta-me, nos líquidos corcéis
de neptuno, no ritmo das marés-cinzéis
com que moldo as dolinas,
na bruma-eco, das colinas
nas areias onde pereço e me ofereço...
na água que te perfuma.
de neptuno, no ritmo das marés-cinzéis
com que moldo as dolinas,
na bruma-eco, das colinas
nas areias onde pereço e me ofereço...
na água que te perfuma.
escuta-me e sente, os segredos
trazidos pelo vento-na brisa, voo-de-borboletas,
que pára o tempo e te acaricia o corpo.
trazidos pelo vento-na brisa, voo-de-borboletas,
que pára o tempo e te acaricia o corpo.
Anna Om, dois infinitos e meio
11seTEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1182330658477075&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
mais um dia, um infinito a navegar
sem porto, na tempestade soprada
pelo vento norte, no meu corpo-mar.
sem porto, na tempestade soprada
pelo vento norte, no meu corpo-mar.
vem. sê timoneiro do meu corpo-barco,
perdido nas manhãs-marés sem rumo e sem cais,
calar os ais do vento que agita o meu corpo-alga
salgado, de lágrimas e de sonhos, fecundado.
perdido nas manhãs-marés sem rumo e sem cais,
calar os ais do vento que agita o meu corpo-alga
salgado, de lágrimas e de sonhos, fecundado.
vem navegar as ondas que te abraçam
no meu corpo-água. ser peixe-voador...
vem, quero dançar contigo a música
do nascer-do-sol.
no meu corpo-água. ser peixe-voador...
vem, quero dançar contigo a música
do nascer-do-sol.
Anna Om, dois infinitos e meio
10seTEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181512365225571&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Há dias em que o Céu se une à Terra, deixamo-nos possuir pela música dos corpos e o mundo fica uma ilha infinita.
***
7seTEMbro2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1179304882112986&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
A simplicidade e a beleza da vida são maravilhosas. Mas a ordem é sempre efémera e frágil porque o Universo é imprevisível e caótico. Ao criarmos ordem num lugar, criamos sempre desordem noutro.
***
25aGOSTO2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1168677866509021&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
nas asas de uma Euplagia (quadripunctaria)
que sorvia o mel de uma flor,
entreguei uma mensagem ...
para que durante a viagem,
a segredasse ao vento, que
soprando a contento, a fizesse eterna
no tempo... e no amor.
GS
*
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1168231969886944&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Depois do intenso mergulho em águas profundas, o emergir do Belo nas pequenas coisas.
***
19aGOSTO2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1163219537054854&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
voar é mergulhar.
ir é vir.
sorrir é falar,
calar é retorquir,
intuir é gritar.
argumentar é fluir...
GS
***
18aGOSTO2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1162533233790151&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
entrar nos labirintos do tempo, sem se deixar devorar.
alterar a sintaxe, procurar nas intermitências, rasgar
precedências, substituir coordenadas, inverter as passadas.
libertar. libertar-se. o pretérito é futuro e o futuro é pretérito.
GS
***
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a beleza das palavras,
no pensamento em devir,
e a luz do silêncio,
no fulgor do sentir.
GS
***
15aGOSTO2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1160007744042700&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
valor...
nada que possamos tocar,
nada que possamos perder,
nada que nos possam furtar,
nada que nos possam vender.
GS
***
10aGOSTO2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1155957191114422&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
leio-me,
leio-te
num céu, sentido, infinito...
num tempo fora da História
momento inefável da memória
em que a intencionalidade
coincide com a verdade
além da fixidez e da superficialidade.
leio-te
num céu, sentido, infinito...
num tempo fora da História
momento inefável da memória
em que a intencionalidade
coincide com a verdade
além da fixidez e da superficialidade.
deste-me o silêncio
e eu guardei as palavras
apaguei as definições
escutei a música, inebriante,
brotante, do espelho dentro do espelho,
e afastei as ilusões.
e eu guardei as palavras
apaguei as definições
escutei a música, inebriante,
brotante, do espelho dentro do espelho,
e afastei as ilusões.
Anna Om, dois infinitos e meio
7aGOSTO2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1153808524662622&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
há um calmo silêncio que me habita,
lá, onde o pensamento se exilou,
nos limites da palavra inaudita,
onde a música do mundo, despertou.
GS
*
a noite chegou,
veio cedo, implacável, em segredo.
no seu manto telúrico, bordada
trazia a luz arrancada
a um templo secreto
onde eu pintava de afeto
um claro céu de esperança.
a noite chegou.
veio cedo, implacável, em segredo.
no seu manto telúrico, bordada
trazia a luz arrancada
a um templo secreto
onde eu pintava de afeto
um claro céu de esperança.
a noite chegou.
488 dias
era uma eternidade, uma infinitude
entre o peso da realidade, vivida,
e a leveza do sonho, querido.
o horizonte púrpura, sufocava,
não deixava, espaço à existência
feita presença, reduzida ao devir da solitude.
era uma eternidade, uma infinitude
entre o peso da realidade, vivida,
e a leveza do sonho, querido.
o horizonte púrpura, sufocava,
não deixava, espaço à existência
feita presença, reduzida ao devir da solitude.
os olhos eram inverno puro.
bebia a vida em cada fôlego
procurando lembrar e ser quem era,
mas a vontade de mergulhar em ti,
era maior que a absoluta necessidade de regressar a mim.
respirei-te mais uma vez.
inalei a esperança com avidez.
Quem serei amanhã?
bebia a vida em cada fôlego
procurando lembrar e ser quem era,
mas a vontade de mergulhar em ti,
era maior que a absoluta necessidade de regressar a mim.
respirei-te mais uma vez.
inalei a esperança com avidez.
Quem serei amanhã?
Anna Om, dois infinitos e meio
5aGOSTO2016
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O nosso primeiro mestre de Filosofia é o olhar, para Ver; e as vozes dos mestres, não devem ser silenciadas. GS
***
1aGOSTO2016
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Há tempestades metafísicas que teremos forçosamente de atravessar, chegam precisamente quando têm de chegar. GS
***
28jul2016
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entre o céu e a terra
a leve existência
num vislumbre de infinito leito.
substantivos pulsam de afeto
conjugados num tempo
mais do que perfeito.
GS
***
26jul2016
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Reinício
Hoje,
fechei a porta…
e deixei entrar o silêncio,
para me ouvir, para sentir,
para aceitar…
pôr as coisas no lugar…
Hoje,
fechei a porta…
e deixei entrar o silêncio,
para me ouvir, para sentir,
para aceitar…
pôr as coisas no lugar…
Fechei-a
para me proteger…
para viver com calma,
o fim de um ciclo,
que agora reciclo,
com os olhos na alma.
para me proteger…
para viver com calma,
o fim de um ciclo,
que agora reciclo,
com os olhos na alma.
Fechei-a
para me apanhar…
os pedaços quebrados, estilhaçados,
e vi-me afastada de mim. Onde vou!?
Descentrada, perdida.
Onde estou!?
para me apanhar…
os pedaços quebrados, estilhaçados,
e vi-me afastada de mim. Onde vou!?
Descentrada, perdida.
Onde estou!?
Fechei-a
para me procurar
nos labirintos
que tenho percorrido, vivido,
sem saber,
do que me estava a perder.
Quem sou!?
para me procurar
nos labirintos
que tenho percorrido, vivido,
sem saber,
do que me estava a perder.
Quem sou!?
Fechei-a
para me enxergar
nos nãos da vida,
ferida…
para me encontrar
no olhar,
que me envolva e me devolva,
o Eu,
reflectida.
Quem sou!?
para me enxergar
nos nãos da vida,
ferida…
para me encontrar
no olhar,
que me envolva e me devolva,
o Eu,
reflectida.
Quem sou!?
Hoje,
fechei a porta…
do ego frágil
que procura noutros egos,
a sua razão de ser,
de existir e sentir e viver.
Quem sou?
fechei a porta…
do ego frágil
que procura noutros egos,
a sua razão de ser,
de existir e sentir e viver.
Quem sou?
Fechei-a
para me abraçar…
para me agarrar
ao que ficou,
ao que sou…
para recomeçar.
O que mudou?
para me abraçar…
para me agarrar
ao que ficou,
ao que sou…
para recomeçar.
O que mudou?
Fechei-a
para me contemplar…
e suportar
o meu olhar.
Para me ver mais perto de mim,
sem vacilar.
Para regar o meu jardim,
e, assim,
reiniciar.
para me contemplar…
e suportar
o meu olhar.
Para me ver mais perto de mim,
sem vacilar.
Para regar o meu jardim,
e, assim,
reiniciar.
Graça Silva
Num dia de julho de um ano qualquer
Num dia de julho de um ano qualquer
22jul2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1143244562385685&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
amanhecer
o ar lavado
o convite a um mergulho
nas águas profundas das emoções.
o ar lavado
o convite a um mergulho
nas águas profundas das emoções.
nuvens dançantes
criam cenários pintados de luz
ar água terra e fogo
perfeitamente conjugados
no verbo Ser.
criam cenários pintados de luz
ar água terra e fogo
perfeitamente conjugados
no verbo Ser.
a música do mundo faz-se ouvir
em cada pulsar
o Tempo divide-se no porvir
multiplica-se no verbo amar.
em cada pulsar
o Tempo divide-se no porvir
multiplica-se no verbo amar.
a brisa abraça-nos cada poro
num diálogo de sentidos
de Ser vivo
de sentir único.
num diálogo de sentidos
de Ser vivo
de sentir único.
20jul2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1142043169172491&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Lua
III
Lua cheia cheia de encanto
deusa dançando da bruma emergindo
Eterno Retorno de Ser e de espanto
espelho ideal no Tempo devindo.
***
19jul2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1141339965909478&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Lua
II
quarto mais que crescente cintilante
quase cheia grávida de luz
solevando-te a cada instante
em beleza serena que nos seduz.
***
18jul2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1140713689305439&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Lua
I
quarto crescente num céu de esperança
brilhas cada dia mais um pouco
nos braços de fogo a confiança
presente do Sol teu amante louco.
***
19jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1122464494463692&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Lua
gosto de ti ó Lua brilhante
dançante em círculos de ondas rarefeitos
ora te mostras ora te escondes
por entre nuvens de amores imperfeitos.
gosto de ti ó Lua desde que te vi
coisa em si no céu de emoções perfeitas
ora te mostras ora te escondes
desde que acordas até que te deitas.
gosto de ti ó Lua misteriosa
quando silenciosa ouço o teu brilho
ora te mostras ora te escondes
na estrada de luz onde sulcas o trilho.
que há contigo Lua que me encanta
e espanta na tua cupidez?
por que te escondes? por que te escondes?
mostra-te só mais uma vez.
***
17jun2016
S.Martinho do Porto
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1120854317958043&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Memórias de um poema
O Tempo é a densidade existencial vivida no momento presente, onde acontece a vida.
A vida é trágica porque é frágil e finita.
Intensidade é harmonia, construída, é força que permite sublimar e superar o trágico.
Duração é o momento vivido, subjetivamente, até ao infinito. É uma qualidade da vivência do tempo.
As relações humanas são um desafio à intensidade porque as nossas mentes são distraídas e flutuam do presente para o passado e para o futuro. Quanto mais tempo contam as relações, mais desafiantes.
A intensidade é paradoxalmente, suavidade, porque para viver intensamente o presente, é preciso harmonia e atenção, consciência desse presente partilhado.
Harmonia é a coerência pessoal, construída, entre o que se pensa, diz e faz.
*
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quero...
conversa afetuosa.
carícias na mão.
escutar atento.
entender a preocupação.
compreender sem palavras.
olhar de admiração.
fruir a vida.
rir sem explicação.
**
11jun2016
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Nuvens vestidas de arco íris
dançam no infinito.
**
10jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1116556898387785&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
é o dia
olha o dia que aí vem.
olha a vida que transborda.
é a plenitude.
olha o chão que te segura.
olha o gesto que perdura
e a paixão que encharca a gente,
põe os olhos em frente.
olha o chão que te segura.
fecha as portas.
**olha o dia que aí vem.
olha a vida que transborda.
é a plenitude.
olha o chão que te segura.
olha o gesto que perdura
e a paixão que encharca a gente,
põe os olhos em frente.
olha o chão que te segura.
fecha as portas.
olha a rua! olha a rua!
olha a vida que te ensina,
é a chama que te ilumina.
ouve o som que sai de cena.
sopra a pena! sopra a pena!
é o dia! é o dia!
olha a vida que te ensina,
é a chama que te ilumina.
ouve o som que sai de cena.
sopra a pena! sopra a pena!
é o dia! é o dia!
**
8jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1115360848507390&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Saudade é uma ausência que é presença.
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7jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1114707278572747&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
O Belo surpreende-nos em rios de paixão.
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5jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1113710282005780&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Abrir portas.
Criar harmonia.
Abraçar com o olhar.
Criar harmonia.
Abraçar com o olhar.
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3jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1112424732134335&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
A vida é trágica porque é frágil, instável, finita...mas é uma experiência no presente, um presente a partilhar. Em toda a parte é aqui e tudo é agora.
2jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1111727278870747&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Presença
Leva-me, leva-me,
devagarinho…
ilumina o caminho com o teu olhar,
pega-me apenas com o teu carinho,
leva-me para longe deste lugar.
Leva-me, leva-me,
devagarinho…
ilumina o caminho com o teu olhar,
pega-me apenas com o teu carinho,
leva-me para longe deste lugar.
Fica perto de mim,
em silêncio,
envolve-me na bruma do teu olor,
deixa-me viver a tua presença,
abraçar-te apenas com o meu amor.
em silêncio,
envolve-me na bruma do teu olor,
deixa-me viver a tua presença,
abraçar-te apenas com o meu amor.
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1jun2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1111088042268004&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Viver conscientemente no presente é uma ideia poderosa que precisa de ser praticada. A nossa atenção está sempre a flutuar para o passado ou para o futuro.
Sempre que recordamos uma experiência passada, recriamos e ficcionamos essa experiência, porque só temos acesso ao passado a partir do que somos hoje.
Como a nossa atenção é seletiva, se nos focarmos exageradamente no futuro, deixamos de ver o presente.
Sempre que recordamos uma experiência passada, recriamos e ficcionamos essa experiência, porque só temos acesso ao passado a partir do que somos hoje.
Como a nossa atenção é seletiva, se nos focarmos exageradamente no futuro, deixamos de ver o presente.
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31maio2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1110483168995158&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Estamos a perder a capacidade de apreciar as pequenas coisas. Vivemos a olhar para baixo, para o smartphone, deixando-nos instrumentalizar vivendo permanentemente "ocupados".
Sem tempo e disposição para olharmos as pequenas coisas, perdemos a arte e a filosofia, porque a arte e a filosofia são incompatíveis com a ocupação contínua.
**
26maio2016
Dor existencial
Dói-te a existência
e no teu sentir individual,
pensas que há algo errado,
não há.
A dor faz parte do viver,
É vital,
não é pessoal.
É preciso viver e compreender
a sua natureza,
até nos abandonar a tristeza,
aceitar o que não se pode mudar,
não é fraqueza.
e no teu sentir individual,
pensas que há algo errado,
não há.
A dor faz parte do viver,
É vital,
não é pessoal.
É preciso viver e compreender
a sua natureza,
até nos abandonar a tristeza,
aceitar o que não se pode mudar,
não é fraqueza.
Sente,
profundamente,
e deixa ir
a sorrir.
Treinar o desapego,
afasta o medo
de existir.
**
25maio2016
Paradoxalmente só há equilíbrio dinâmico. Consegues reconhecer-te no meio do Caos? Quem és tu em cada momento?
*
Como as nuvens somos únicos, com uma origem comum.
Vivemos os mesmos problemas em infinitas variantes.
Vivemos os mesmos problemas em infinitas variantes.
**
24mai2016
Buscar o que somos, olhando para o que somos no momento, é uma condição necessária ao autoconhecimento que pode ser perigosa e limitadora. Quando olhamos, estamos a "ver" um instantâneo no Tempo. Mas as pessoas estão sempre a mudar. Em cada interação, há um infinito de possibilidades.