04/11/2016

2.305.(4noVEMbro2016.17.17') Trump vence...Senado e Congresso é republicano...Outros candidatos presidenciais nos EUA...Eleições 2016

***
24mar2018
Boas lutas da juventude nos EUA...contra a venda louca de armas
Foto de Kellyn Hoffman.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10101656955110946&set=pcb.10101656955649866&type=3&theater
*
https://www.facebook.com/kellynhoffman/videos/pcb.10101656955649866/10101656954951266/?type=3&theater
*
http://www.latimes.com/nation/la-na-march-speeches-20180324-story.html
Six of the most powerful young speakers at March for Our Lives
http://www.latimes.com/nation/la-na-march-speeches-20180324-story.html
***
8fev2017
Lúcia ouviu-me ontem no TIRA.TEIMAS
e acha que não fui contundente
contra TRUMP
ódio.racismo.
faltou lembrar Hitler
acha que só falei nos perigos militares
O que eu disse na rádio:
EUA são sempre imperialismo independentemente do Presidente ser  1 dos Bush, Clinton, Obama ou Trump!
No meio das trumpalhadas...
O trump é popular quando anuncia redução de custos na NATO para a Europa pagar...
Obama matou e mandou matar e manteve todo o potencial de armas e ampliou bases militares por td o mundo, nomeadamente contra a Rússia em td os países ex-socialistas...
O trump é popular quando diz que vai criar emprego, baixar impostos...
***
Via Graça Silva
8fev2017
Filósofos
https://filosofiacritica.wordpress.com/2017/02/04/o-que-pode-um-filosofo-contra-trump/
***
Avante
9fev2017
http://avante.pt/pt/2254/internacional/144081/
"Sinclair Lewis disse uma vez que «quando o fascismo chegar à América virá enrolado na bandeira e com um crucifixo na mão». É esse o problema de tratar a política como um universo paralelo à luta de classes: o fascismo não chega necessariamente aos urros a proclamar-se fascista porque é uma solução dos mesmos capitalistas que dias antes andavam aos urros a proclamar-se donos da democracia. E quem andar distraído, convencido de que não há nada sob o sol mais democrático do que uma ditadura burguesa, arrisca-se a nem notar a diferença."
Trump é o capitalismo
LUSA
Image 22176


Longe vai o tempo em que «democracia» fazia as vezes de «capitalismo» no léxico político dominante. Quando, parafraseando Churchill, se repetia que «a democracia é a pior forma de governo, excepto todas as outras», absolvia-se o capitalismo de todos os crimes porque, ao contrário de «todos os outros», este sistema ao menos é democrático. A confusão, tão deliberada como astuta, foi rentável durante décadas mas na era de Trump não passa de uma anedota.

Enquanto correm rios de tinta sobre o risco do fascismo reerguer a monstruosa cabeça do outro lado do Atlântico, não sabemos ao certo se essa viragem já começou ou sequer como distingui-la quando a virmos. A velha confusão entre eleições pluripartidárias e exploração do trabalho assalariado está a dissolver-se insidiosamente num terceiro elemento, o fascismo, prova de que o capitalismo pode ter começado a abandonar definitivamente o casulo democrático. Afinal, o capitalismo não nasceu democrático e não há nenhuma razão para acreditar que morrerá democrático. À semelhança dos anos vinte e trinta, todas as aproximações ao fascismo no século XXI têm sido recebidas pelos «democratas» de turno ora com benevolência crítica, ora como apoio directo, mas ninguém trata a Hungria, os EUA ou a Ucrânia como «ditaduras».

Sinclair Lewis disse uma vez que «quando o fascismo chegar à América virá enrolado na bandeira e com um crucifixo na mão». É esse o problema de tratar a política como um universo paralelo à luta de classes: o fascismo não chega necessariamente aos urros a proclamar-se fascista porque é uma solução dos mesmos capitalistas que dias antes andavam aos urros a proclamar-se donos da democracia. E quem andar distraído, convencido de que não há nada sob o sol mais democrático do que uma ditadura burguesa, arrisca-se a nem notar a diferença. 

O ai dos vencidos 

As fricções entre diferentes sectores do grande capital estado-unidense são testemunho da profundidade desta crise estrutural do capitalismo que pode desembocar em fascismo, mas seria imprudente atribuir a Soros e aos seus correligionários a liderança da resistência a Trump. Pelo contrário, nas manifestações e vigílias que diariamente têm lugar, é notória a evolução de muitos trabalhadores «liberais» próximos do Partido Democrata para posições anti-capitalistas. Dos taxistas da cidade de Nova Iorque aos professores de Chicago, passando pela greve dos imigrantes iemenitas, emerge espontaneamente uma solidariedade de classe que une sob a mesma bandeira as solidariedades com a luta de todos os trabalhadores, dos negros, dos imigrantes, das mulheres, dos povos nativos ou das pessoas LGBT.

A evolução da resistência popular a Trump é ela própria encorajada pela ineficácia dos instrumentos institucionais controlados pelo Partido Democrata. Trump governa como um golpista e quando surge um obstáculo institucional, legal ou democrático, trata de removê-lo por decreto. Enquanto nos círculos da alt-right [direita alternativa] mais próximos de Trump a própria Constituição dos EUA surge crescentemente como um estorvo inconveniente, os democratas encenam o ai dos vencidos e pagam o ferro na balança.

Neste estado de coisas, para muitos jovens estado-unidenses o apelo do socialismo é descoberto com a força de guardião de todos os direitos democráticos conquistados ao capital ao longo de dois séculos.

*
26jan2017
http://www.avante.pt/pt/2252/internacional/143869/
Trump, a velocidade e a forma
«Posso contratar metade da classe trabalhadora para matar a outra metade». Século e meio depois do magnata nova-iorquino Jay Gould sintetizar assim a sua a fórmula para suprimir as greves dos trabalhadores ferroviários, a velha máxima recobra fôlego em Trump, ainda que abreviada, à guisa de tweet, para «Primeiro a América».
A primeira semana da nova administração, pródiga em desenvolvimentos rápidos como as «semanas em que décadas acontecem», como escreveu Lénine, inaugurou, não uma ruptura com as anteriores administrações, mas o aprofundamento e a aceleração do rumo traçado. É na esteira de Clinton, Bush e Obama que Trump anuncia o desmantelamento das funções sociais dos estados e do governo federal: Obama fez da saúde um negócio mais lucrativo para as seguradoras e mais dispendioso para os trabalhadores; ao retirar a famigerada lei do Afordable Care Act, também conhecida como Obamacare, Trump vem acelerar o processo. Após o peremptório e conveniente falhanço do Obamacare, será mais fácil impor à saúde as leis do mercado e da selva, deixando 20 milhões de estado-unidenses sem acesso à saúde. Se dúvidas sobre esta matéria restarem, recorde-se, por exemplo, os cortes orçamentais decretados por Obama ao Medicare e ao Medicaid, os programas de saúde para idosos e pobres, respectivamente. Trump já avisou que vai desmantelar o que sobra. Continuidade e aceleração presidiram e guiaram igualmente as ordens executivas que, esta segunda-feira, proibiram todas as agências federais de contratar novos funcionários, os cortes no programa de saúde sexual e reprodutiva Planned Parenthood, de que depende a saúde de cinco milhões de pessoas, principalmente mulheres, a deportação de milhões de imigrantes, a construção de muros ou a ameaça de novas guerras…
Há, contudo, neste processo de incremento quantitativo, um potencial de transformação qualitativa que não deve ser subestimado. A sociedade estado-unidense exibe mais e perigosos sintomas de fascização que, não sendo novos, tornam-se rotineiros. Normalizam-se. Esta gangrena começa a afectar algumas centrais sindicais entusiasmadas com as medidas proteccionistas de Trump e alheias às consequências de «reduzir em 75 por cento a regulação económica». Os relatos de violência contra negros, mulheres, imigrantes, e pessoas LGBT multiplicam-se com crescente impunidade. Convenientemente, os únicos sectores públicos que, segundo Trump, não sofrerão cortes são o aparelho de repressão do Estado e as forças armadas.

Continuidade e aceleração

Neste cenário pouco animador, merecem destaque as enormes manifestações em defesa dos direitos das mulheres, da democracia e contra o racismo que fizeram estremecer o país. Mais de três milhões de pessoas em 500 cidades disseram «não» a Trump e a escala do protesto rompeu os moldes em que o Partido Democrata (PD) o queria confinar: os oradores não se ouviam, as celebridades de Hollywood não se distinguiam, as organizações de George Soros foram eclipsadas e até as ordens da polícia se tornaram impraticáveis. O abraço da serpente com que o PD quer cooptar a oposição a Trump enfrenta a mesma dificuldade que Clinton durante a campanha eleitoral: a maioria do povo estado-unidense não acredita que Clinton seja melhor que Trump.
Se é verdade que de pouco servem elucubrações sobre como seria uma eventual administração Clinton, é utilíssimo observar a estranha «oposição» que os democratas fazem a Trump. Foi com os votos dos senadores democratas, entre os quais Bernie Sanders e Elizabeth Warren, que Trump nomeou James Mattis, mais conhecido por «cão raivoso», para chefe do Pentágono. Trata-se do criminoso de guerra que reduziu Faluja, no Iraque, a escombros e que se jactava de não ter ficado a pensar mais do que 30 segundos na decisão de, em 2004, bombardear uma festa de casamento naquele país, matando 42 homens, mulheres e crianças. Foi, do mesmo modo, com os votos favoráveis dos senadores democratas, entre os quais novamente Bernie Sanders, que Trump entregou o Departamento de Segurança Interna a John Kelly, antigo responsável pela prisão de Guantánamo, e apoiante fervoroso do muro de Trump, entre outras façanhas semelhantes. Os democratas aprovaram também o nome de Mike Pompeo para director da CIA. Militante do Tea Party e dirigente da extrema-direita no Kansas, Pompeo é um defensor da legalização da tortura e da espionagem massiva da NSA.
A benevolência do PD para com Trump não demonstra só a ideia de aceleração e continuidade, prova que, mais alto do que quaisquer personalidades, estilos ou partidos falam sempre os interesses de classe. Clinton e Trump pertencem e representam a mesma e neste momento é mais forte o que os une do que aquilo que os separa. E se um dia os trabalhadores estado-unidenses também aprendessem isto? Continuariam a ser contratados para matar a sua outra metade ou apontariam as armas noutra direcção?
*
17nov2016
http://www.avante.pt/pt/2242/opiniao/142868/
Eis o Trump
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA está a convulsionar os bem pensantes do politicamente correcto.

A origem directa do desnorte está na campanha eleitoral realizada e não apenas pelo desconchavo da prestação de Trump (o homem esbarrondou as conveniências e ultrapassou as barreiras consideradas mais inexpugnáveis), mas também pela condução da campanha de Hilary Clinton, que assentou no apoio maciço da comunicação social e do mundo do espectáculo a partir da premissa triunfal de que o adversário «era mau demais» para ser considerado como tal.

Independentemente do rumo que as políticas de Trump seguirão – e nada de bom dali virá –, há uma evidência destas eleições que não está a ser abordada.

Trata-se de um mal-estar profundo que mina a sociedade norte-americana, desde que Ronald Reagan pôs os «boys de Chicago» a mandar no país e, decorrentemente, no mundo que aos EUA está subordinado.

Desde essa altura – quase toda a década de 80 do século XX – que o neoliberalismo entrou em força nos EUA, impondo o mercado como o «grande regulador», abriu caminho à especulação sem limites, à desregulamentação dos mercados, da Bolsa e dos direitos sociais e laborais dados como adquiridos. Foi o tempo dos fundos de pensões volatizados na especulação bolsista e do desemprego a alastrar a muitos milhões de trabalhadores, que viram as suas fábricas a fechar em busca de mão-de-obra mais barata (e desregulamentada) na China, na Índia – nos chamados «países emergentes».

Esta política foi acompanhada pela arrogância imperial dos EUA a pretenderem-se «polícias do mundo», o que desencadeou as desestabilizações e as guerras que se conhecem: guerra e esfrangalhamento da Jugoslávia, guerra contra o Iraque e a desestabilização generalizada no mundo islâmico, nomeadamente com guerras na Líbia, na Síria e no Afeganistão e etc. etc.

Nestes trinta e tal anos, os EUA continuaram a consumir mais de 50 por cento da produção mundial, os ricos (como Trump) continuaram a aumentar as suas fortunas e os trabalhadores sofreram, nestas três décadas, contínuas degradações do nível de vida e de sobrevivência patrocinadas por sucessivos presidentes que, desde Reagan, têm prosseguido essencialmente a mesma política de esbulho e domínio imperial pela força das armas.

O que estes resultados eleitorais demonstram é que o povo norte-americano, na sua multiculturalidade, está farto de perder qualidade de vida e aberto a quem lhes prometa mudança.

Podia ser Bernie Sanders, o democrata que galvanizou a juventude com propostas concretas de desenvolvimento. Hilary Clinton e o Partido Democrata manobraram para o afastar – e agora levaram todos com o Donald Trump.

***
24noVEMvro2016

Último esforço para evitar Trump na Casa Branca: Pode haver recontagem em três Estados ‘chave

Jill Stein, candidata do Partido Verde à presidência dos EUA, já angariou 4,6 milhões de dólares para a recontagem de votos em três Estados considerados "chave": Winsconsin, Pensilvânia e Michigan.  
jill-stein
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/ultimo-esforco-evitar-trump-na-casa-branca-pode-haver-recontagem-tres-estados-chave-93692
***
https://atalaiapopular.wordpress.com/2016/11/10/fome-nos-eua-doze-milhoes-de-criancas-a-beira-da-morte/

FOME NOS EUA: DOZE MILHÕES DE CRIANÇAS À BEIRA DA MORTE

Estudo revela que uma em cada seis crianças norte-americanas menores de cinco anos passa fome e insegurança alimentar.
Cenas de pobreza e miséria aparecem com freqüência em jornais de todo o mundo. Imagens que mostram geralmente a situação extrema em que vivem os povos na África, na América Latina ou no Sul da Ásia. Muito comum também é conhecer através da imprensa mundial a riqueza e o desenvolvimento nos países acima da linha do Equador. Europa, EUA, Rússia e Japão são sempre relacionados com avanço tecnológico, poder aquisitivo e alto nível de bem-estar social. Isso não quer dizer, no entanto, que o mundo seja exatamente assim. O colapso econômico mundial, a maior crise da história do regime capitalista, está levando à tona o que os países ricos sempre fizeram questão de esconder. No país mais rico do mundo, os EUA, milhões de crianças estão muito abaixo da linha de pobreza e denunciam uma realidade cada vez mais difícil de esconder.
O último informe da organização Feeding America (Alimentando a América), que defende a criação de um banco de alimentos nos EUA, revela que pelo menos 12 milhões de crianças estão à beira da fome em todo o país e mais de três milhões e meio de crianças com menos de cinco anos passam fome, uma cifra equivalente a 17% (um em cada seis) das crianças norte-americanas de cinco anos de idade ou menos.
O informe “Insegurança alimentar infantil nos EUA: 2005-2007”, publicado no dia 7 de maio, é a primeira análise por estado que avalia a situação de crianças e bebês que vivem em regiões pobres do país. A organização se baseou em dados coletados pelo Departamento Federal de Agricultura (USDA, na sigla em inglês) e pelo Censo de 2005 e 2006.
Os dados revelam a deterioração das condições de vida da classe trabalhadora nos últimos cinco anos. A partir de 2005, a fome e a pobreza se extenderam rapidamente junto com o aumento do desemprego e com os rebaixamentos salariais.
“Feeding America concluiu que neste período precedente à aparição da crise econômica, em 11 estados mais de 20% das crianças pequenas corriam perigo de passar fome. Lousiana, com 24,2%, tem o índice mais alto de insegurança alimentar, seguido da Carolina do Norte, Ohio, Kentucky, Texas, Novo México, Kansas, Carolina do Sul, Tennessee, Idaho e Arkansas”.
Na Califórnia, os estudos concluíram que uma média 1,6 milhão de crianças se encontravam na extrema pobreza entre 2005 e 2007. No Texas, a média era de 1,47% milhão no mesmo período. Nenhum estado tem menos de 10% de sua população infantil exposta à fome. Até mesmo a “escassamente povoada” Dakota do Norte registrou um índice de 10,9%.
Segundo a USDA, mais de um milhão de pessoas foram inscritas em programas de assistência federal desde setembro do ano passado. Atualmente são 32, 5 milhões de norte-americanos recebendo auxílio alimentar do governo, mas o número pode ser bem maior em razão do aumento do desemprego e da pobreza. Uma grande parcela não teve ainda a oportunidade de se cadastrar. A organização Food Research and Action Center estima que mais de 16 milhões de pessoas estão procurando assistência alimentar federal, mas não conseguiram se inscrever no programa.
Uma reportagem publicada pelo New York Times no dia 9 de maio identificou uma profunda insuficiência dos programas de assistência nos estados. Na Califórnia, por exemplo, só a metade das pessoas que passam fome conseguiu se cadastrar em um programa de vale alimentação. Em outros estados, como Missouri, onde a inscrição das pessoas que reúnem os critérios do programa é de 98%, centenas de milhares de famílias trabalhadoras pobres inscritas estão recebendo cada vez menos ajuda a cada mês que passa.
Em conseqüência disso, cada vez mais famílias norte-americanas estão recorrendo a restaurantes populares e organizações de caridade. Ou então cortam as despesas e passam a consumir produtos mais baratos e de menor qualidade. Esta é a situação da maior potência econômica que a humanidade já conheceu. Cada vez mais milhões de famílias passam fome e perdem suas residências, sendo obrigadas a se alojarem em acampamentos improvisados ou até mesmo dentro de veículos. Estes são os ingredientes para a eclosão de uma enorme situação revolucionária que fermenta no seio da maior classe operária do mundo.
***

Michael Moore pede aos americanos que evitem tomada de posse de Trump

http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/eleicoes-eua-2016/2016-11-12-Michael-Moore-pede-aos-americanos-que-evitem-tomada-de-posse-de-Trump
***
14noVEMbro2016
Trump garante deportar
http://www.jn.pt/mundo/interior/trump-anuncia-deportacao-de-dois-a-tres-milhoes-de-imigrantes-5495696.html
***
https://www.publico.pt/mundo/noticia/agora-e-mesmo-a-serio-1750794
12noVEMbro2016




OPINIÃO

Agora é mesmo a sério

Substituindo “migrações” por “judeus”, parece que estamos em 1933: o que os nazis pretendiam fazer com os judeus era, também então, “vital” para a Europa e para a Hungria, que em 1938 adotou legislação própria para os discriminar; em 1942-44, 600 mil judeus húngaros foram mortos.

1. A vitória de Trump normaliza a extrema-direita. Trump passará a ser tratado com toda a normalidade pelos media e pelos governos. Como se um novo tempo tivesse começado – ou regressado... O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, acha que, com a vitória de Trump, a “civilização quebrou uma barreira ideológica para regressar à verdadeira democracia”. Somando o que tem sido o governo de Orbán e as propostas de Trump, a “verdadeira democracia” que aí vem é feita de policiamento e militarização generalizados, controlo dos media, racismo e intimidação das minorias, manipulação das maiorias. Que a extrema-direita tenha conseguido convencer grande parte da opinião pública de que estas são opções necessárias para resolver os nossos problemas, que se trata de bom senso depurado de politicamente correto, é porque uma grande parte do espaço mediático e de quem domina politicamente o Ocidente assumiu as mesmas bandeiras e práticas. É por isso que, para Marine Le Pen, a vitória de Trump “não é o fim do mundo [mas] apenas o fim de um certo mundo” - por outras palavras, o fim de um regime. E a promessa de um novo.
2. Uma sociedade que sacraliza a riqueza escolhe ricos para a representar. Trump, como já Berlusconi o foi, é um símbolo da suprema aspiração do capitalismo: transformar o dinheiro em exercício de poder e domínio sobre os outros. Para esta gente, quem é rico é-o por mérito próprio - o mérito de manipular o mercado, da lei do mais forte e da conquista de espaço mediático. Trump e Berlusconi fizeram fortuna à custa de ligações com o mundo político e judicial, esfregando nos olhos do boquiaberto espetador de TV a sua riqueza e os produtos dela.
Um dia, ou porque os seus emissários no poder político caem em desgraça (caso de Berlusconi nos anos 90), ou porque o ego os empurra para a aventura, lançam-se diretamente na arena política e apresentam-se como campeões da mesma retórica anti-plutocrática do fascismo dos anos 30: um dos homens mais ricos dos EUA, que está no centro da oligarquia americana, denuncia as maldades do sistema e promete vingar as vítimas do empobrecimento.
Há 80 anos, os nazis diziam exatamente a mesma coisa – mas, salvo os judeus cujos bens foram expropriados, nunca os grandes patrões alemães ganharam tanto dinheiro como sob o nazismo, guerra incluída. Pelos vistos, não há nada de mais convincente que um rico que, em nome dos pobres, se queixa dos outros ricos. “Quem criou este pesadelo em que nos encontramos  foi o neoliberalismo”, cuja “mundividência é plenamente corporizada por Hillary Clinton e a sua máquina”, lembra Naomi Klein. “O que é preciso entender é que há um monte de gente em sofrimento. Sob políticas neoliberais de desregulação, privatização, austeridade (...), os seus padrões de vida caíram a pique. Perderam empregos, pensões, muita da rede de segurança que costumava tornar menos assustadoras as suas perdas. Anteveem o futuro dos seus filhos ainda pior do que o seu presente precário.” Se a sua resposta é “atacar imigrantes e negros, insultar muçulmanos e humilhar mulheres”, limitam-se  a reproduzir os comportamentos de quem manda (Guardian, 10.11.2016).
3. O racismo à solta. Orbán já em julho dissera que “a política externa e de migrações defendida [por Trump] é boa para a Europa e vital para a Hungria”. Substituindo “migrações” por “judeus”, parece que estamos em 1933: o que os nazis pretendiam fazer com os judeus era, também então, “vital” para a Europa e para a Hungria, que em 1938 adotou legislação própria para os discriminar; em 1942-44, 600 mil judeus húngaros foram mortos. A euforia da extrema-direita sente-se já todos os dias na rua, nas agressões a negros, a latino-americanos e a muçulmanos nos EUA, na caça ao estrangeiro na Grã-Bretanha, na perda total da vergonha racista em França, na Alemanha, na Europa Centro-Oriental.
A vitória de Trump confirma (como antes as de Berlusconi) que é perfeitamente possível assumir um programa desavergonhadamente racista contra uma parte dos subalternos (muro contra mexicanos=violadores e criminosos; expulsão de refugiados sírios; intimidação dos afroamericanos; humilhação de mulheres e de minorias sexuais) e ganhar-se a condescendência da maioria: “ele não fará nada do que diz...”, é o que julgam muitos dos que nele votaram. Os livros de História estão cheios de citações de quem, com Hitler, julgava exatamente o mesmo. A extrema-direita ainda pode ser travada. Mas só se levada a sério e a sério combatidas combatidas as condições que permitem o seu avanço.
***
http://www.abrilabril.pt/baralha-e-volta-dar
O dia em que os norte-americanos foram às urnas chegou e, com ele, terminou o show degradante da longa campanha eleitoral. Depois de terem sido gastos quase 3 mil milhões de dólares apenas nas campanhas para a presidência, para a Câmara dos Representantes e para o Senado, Donald Trump foi eleito.
Os resultados eleitorais mostraram muito do que é hoje este sistema político, como já a campanha o tinha feito.
O coração do imperialismo atravessa uma grave crise, é inegável. A mudança prometida por Obama há oito anos foi-se esfumando, as desigualdades e os problemas permanecem. As vítimas da crise económica e social não tiveram na administração cessante, de que Hillary Clinton foi parte, as respostas necessárias.
Mas se as expectativas de há oito anos se viram defraudadas, qualquer vislumbre de mudança com a vitória do bilionário outsider e anti-establishment deverá seguir o mesmo caminho. Os nomes que já circulam como potenciais candidatos aos lugares numa administração Trump são mais do mesmo, seja Rudy Giuliani, o antigo Mayor de Nova Iorque, Chris Christie, governador de Nova Jérsia, ou Sarah Palin, ex-governadora do Alasca e candidata à vice-presidência em 2008.
Tudo indica que, também na política externa, o novo inquilino da Casa Branca não leve consigo ramos de oliveira, antes prossiga ou aprofunde a política belicista, que tem na agressão à Síria o último capítulo de um longo registo de intervenções na Líbia, no Iraque, no Afeganistão, na Jugoslávia ou no Vietname.
Não que a sua adversária desse garantias de ruptura com essa política externa. Pelo contrário, Hillary Clinton foi protagonista da política norte-americana durante dez anos ininterruptos: como primeira-dama, entre 1993 e 2001; senadora, entre 2001 e 2009, e secretária de Estado, entre 2009 e 2013. Um registo, com a destruição da Líbia como a sua obra-prima, que muito terá contribuído para o desfecho eleitoral.
A vida não começou nem acabou na última terça-feira. Se nada podemos esperar da eleição de Trump, cabe às forças progressistas dos EUA e a todos os que combatem o imperialismo e as suas guerras, a luta pela alternativa aos Trumps e Clintons desta vida.
*
manifestações contra Trump presidente são + que muitas!!!
***
9noVEMbro2016...7h7'7"
 o mundo tem +1 trampa na sua direcção...
Os EUA já seriam perigosos com a Hillary e com quem ela iria servir...
agHora vamos ter muitas TRUMPalhadas...
20jna2017 é o dia da tomada de posse
*
Em Portugal estariam a falar que a abstenção é que ganhou...
Nos EUA, desta vez votaram + do que é costume...
*
Entretanto vamos ter com certeza + votos em Hillary e mesmo assim quem vai ser eleito
vai ser Trump
http://www.jn.pt/mundo/interior/hillary-teve-pelo-menos-mais-140-mil-votos-que-trump-5489302.html


Clinton superou Trump em número de votos - 59,18 milhões para a democrata contra os 59,04 milhões do republicano -, um número que pode aumentar ligeiramente a favor de Hillary Clinton enquanto avança o escrutínio na costa oeste e no Alasca.
Normalmente, o vencedor da maioria dos 538 lugares do Colégio Eleitoral tem uma maioria do voto popular, mas há exceções, como ocorreu em 2000, quando o republicano George W. Bush chegou à presidência norte-americana, apesar de ter menos 500 mil votos que o democrata Al Gore.
O candidato do Partido Libertário (terceiro maior partido dos EUA), Gary Johnson, recebeu cerca de quatro milhões de votos, enquanto a candidata do Partido Verde, Jill Stein, obteve cerca de 1,1 milhões de votos.
Trump impôs-se nos estados decisivos nas eleições presidenciais, em particular em lugares considerados seguros para os democratas, conquistando assim mais do que os 270 votos que garantem a presidência.
Quando ainda falta confirmar os resultados em Arizona, Michigan e New Hampshire, Trump obteve 279 votos, contra 218 para Clinton.
No Supremo Tribunal, os resultados eleitorais deverão garantir, possivelmente durante a próxima geração, uma viragem à direita.
Caso Hillary Clinton tivesse chegado à Casa Branca nestas eleições, poderia ter conquistado uma maioria progressista nesta alta instância, pela primeira vez desde 1969.
O colégio do Supremo Tribunal é constituído por nove juízes, estando atualmente reduzido a oito - quatro conservadores e quatro progressistas -, desde a morte, em fevereiro, do magistrado Antonin Scalia, um dos pilares da direita conservadora.
Em caso de morte ou reforma de um dos juízes, a sua substituição é indicada pelo Presidente e, depois, confirmada pelo Senado. No entanto, este órgão rejeitou reiteradamente aceitar o magistrado Merrick Garland, escolhido por Barack Obama para substituir Scalia, uma estratégia criticada por prejudicar o normal funcionamento das instituições.
Agora, Trump está em posição de nomear o nono juiz do Supremo Tribunal, e a sua escolha será forçosamente aprovada pelo Senado, que conservou, nestas eleições, a maioria republicana.
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, venceu as eleições, tornando-se o 45.º Presidente norte-americano, cargo que ocupará a partir de 20 de janeiro de 2017.


Leia mais: Hillary teve pelo menos mais 140 mil votos que Trump http://www.jn.pt/mundo/interior/hillary-teve-pelo-menos-mais-140-mil-votos-que-trump-5489302.html#ixzz4Pcjlo5oE 
Follow us: jornalnoticias on Facebook

*
via expresso
 http://expresso.sapo.pt/internacional/2016-11-09-Conhece-a-metafora-da-caixa-de-Pandora--Trump-abriu-a
  Richard Zimler diz que, até certo ponto, há muita gente com razão para se revoltar.
“O voto de Trump é um voto de um homem branco, mais velho, e de classe média-baixa e uma certa perspectiva eles têm razão. Tanto Democratas como Republicanos esqueceram-se da faixa mais baixa da população americana. São 45 milhões de americanos a viver abaixo do nível de pobreza, que é de mil dólares por mês por pessoa e não se faz muito com mil dólares por mês. Nenhum dos partidos se lembra deles excepto durante as eleições. O poder de compra desta gente é mais baixo hoje do que há 40 anos. Estas pessoas sentem-se marginalizadas e não querem votar num político dentro do sistema. Trump conseguiu passar a mensagem que ele é o candidato alternativo. Claro que eu não acho isto correto, ele é multimilionário, herdou a fortuna, ele não tem nada a ver com a minha ideia de alternativo”.

E não é só entre os Republicanos, muitos deles recusando apoiar Trump, outros tornando pública a sua intenção de votarem em Hillary Clinton, que uma “guerra civil” pode estoirar. Não será uma guerra com armas mas durante o último ano foram vários os artigos onde se falava de um país dividido, com medo do vizinho, mesmo antes de ir a votos. Como escreveu o jornal National Post: “As pessoas falam sobre comprar armas para se protegerem de eventuais perigos. Falam de locais onde já não vão e isto é quando falam umas com as outras. Conversas casuais transformam-se em conflitos, amigos desaparecem simplesmente do Facebook uns dos outros”.
Segundo uma sondagem do Wall Street Journal quase metade dos Americanos (45%) acreditam que os Estados Unidos são “menos fantásticos” - “less great”, a palavra preferida de Trump - do que no passado. Mais de 35% acha que está tudo igual e apenas 16% considera que o país está melhor. A coesão social pode sair danificada?
“É possível, sim. Conhece a metáfora da caixa de Pandora? Trump tirou a tampa da caixa de Pandora e toda aquela gente super conservadora, racista, misógina, homofóbica começou a pensar ‘já podemos falar em voz alta que não gostamos dos mexicanos, já podemos falar em voz alta que não gostamos dos judeus’. Ele deu essa oportunidade às pessoas. A pergunta é: depois da eleição o que é que vai acontecer àquela gente? Vão voltar para a caixa de Pandora e algum vai fechar a tampa? Não sei. Mas é um país extremamente polarizado no momento isso não há dúvida.
Mas o sectarismo e o isolacionismo que transpiram dos discursos de Trump não são conceitos estranhos na Europa onde Nigel Farage, no Reino Unido, ou Norbert Hofer, na Áustria, têm feito carreira sustentados pelos mesmos alicerces.
“Este perigo não vai desaparecer e foi por isso que eu falei da educação. A solução para isto tudo é educar as pessoas. As pessoas com uma formação superior não são tão susceptíveis mas mesmo ai, no caso dos Estados Unidos, existe um problema. Há uma faceta do sistema americano que os europeus não compreendem. Os municípios locais podem determinar uma grande parte do currículo. Há escolas, nas zonas rurais principalmente, onde nem sequer ensinam a teoria da evolução. Há alunos com 18 anos que chegam à universidade sem ouvirem nunca falar de evolução! Imagina a cabeça dessa gente. Eu sou a favor de um currículo federal. A única solução é educar, educar, educar! Se todos os estados fossem como o Massachussetts não existia nunca um Trump a chegar tão longe”.
*
Via Gisela Mendonça
 
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10209796269096987&set=a.1181415429102.28176.1639690204&type=3&theater
 «A vitória de Trump "é a constatação, clara e chocante, de que uma parte importante da América se rege por estímulos extremamente simples, assentes em ideias-chave quase caricaturais, por inseguranças e medos, por preconceitos e crenças, muitas vezes incapazes de passarem no teste da verdade dos factos.

Sabia-se que essa América existia, ironizava-se com esse mundo bizarro que víamos nos filmes,
herdeiro moderno das “vinhas da ira”. Não se pensava que a cumulação de todos esses múltiplos fatores de descontentamento e de mal-estar viesse a ter uma expressão tão forte. Trump teve a arte de saber captar em seu favor a chave para transformar esses sentimentos em votos. E, goste-se ou não, a democracia também é isto.

E agora? Trump Presidente terá, com toda a certeza, um discurso diferente de Trump candidato. Mas até que ponto? Conseguirá a máquina republicana rodeá-lo com gente responsável, que ajude a transmutar uma caricatura num estadista? Em que medida algumas das suas propostas radicais, nas políticas internas ou na ordem internacional, irão claudicar no contraste com a realidade? Grande parte do mundo, para quem a liderança americana não é de todo indiferente, está agora em estado de choque. Eu também, confesso. Mas é a vida! Agora, temos de aprender a viver com Trump.»


(Texto do embaixador Francisco Seixas da Costa)

*
Via Maria Elisa Ribeiro
 
“Quando o poder conduz a homens para a arrogância, a poesia lembra-o de suas limitações. Quando o poder estreita as áreas de interesse do homem, a poesia lembra-o da riqueza e da diversidade de sua existência. Quando o poder corrompe, a poesia limpa.”
― John F. Kennedy
***
4noVEMbro2016
A Comunicação social portuguesa
e mundial só fala nas misérias de Trump e Hillary Clinton...
Os milhões que são precisos
*
Bernie Sanders era 1 candidato escorreito
mas foi apoiar a Hillary
***
Como é eleito 1 PR nos EUA
Apresentações dos candidatos
http://www.publico.pt/multimedia/infografia/como-se-elege-um-presidente-nos-eua-202
 (...) é indirecto: baseia-se no voto da população que indica aos representantes de cada estado em qual dos candidatos deverão votar. São os membros deste Colégio Eleitoral (538) que, de facto, votam para a eleição do novo Presidente
***
8noVEMbro2016
http://www.abrilabril.pt/terminado-o-big-show-deixa-assentar-poeira
(...) Clinton é a candidata de Wall Street, das empresas de armamento, da CIA, apoiada por sauditas e qataris, e pelos grandes meios de comunicação social. E nota-se.
Com um currículo impressionante na carteira – Iraque, Honduras, Líbia, Ucrânia, Síria têm a sua marca –, a candidata pelo Partido Democrata não deixa os créditos por mãos alheias e já prometeu mais do mesmo para os tempos que se avizinham. No entanto, a máquina de propaganda mediática suavizou a sua imagem – bastou prestar alguma atenção ao guião dos telejornais de cá para ver o «falcão» transformado em mulher sorridente, numa figura mais sensata e simpática que um Trump histriónico, tempestuoso, brutamontes, racista.(...)
***
3noVEMbro2016
A actriz Susan Surandon foi apoiante de Bernie Sanders
e declarou que vai apoiar a médica Jill Stein, do Partido Verde
Reuters
http://www.bbc.com.b.tldw.me/portuguese/internacional-37803730
A atriz Susan Sarandon declarou à BBC que não pretende votar na candidata democrata, Hillary Clinton, para a Presidência dos Estados Unidos.
"Não voto com minha vagina", afirmou ela em entrevista ao programa Newsnightnesta quarta-feira, ao ser questionada sobre a importância de ter uma mulher eleita, pela primeira vez, para o cargo.
"(A disputa pela Presidência dos EUA) é maior do que isso. Não quero perder tempo falando sobre (o candidato republicano Donald) Trump e Hillary, não é para isso que estou aqui. Existem questões maiores do que 'quem vence esta eleição'."
Sarandon, de 70 anos, declarou seu apoio à candidata do Partido Verde, Jill Stein, em uma carta publicada nas redes sociais - embora, na prática, a disputa de verdade seja entre a democrata e o republicano.
No texto, ela afirmou que o "medo de Donald Trump não é suficiente para que eu apoie Hillary Clinton, com seu histórico de corrupção".
Durante a entrevista para o programa da BBC, a atriz disse estar mais preocupada com as questões ambientais.
"Água é tudo, e o que acontece nesta eleição não vai importar se não tivermos água."

'Mulher certa'


Sarandon, que ganhou um Oscar em 1995 por seu papel no filme Os Últimos Passos de um Homem, diz que sua oposição à eleição de Hillary não não significa que ela é contra ter uma mulher na Presidência.
"Quero a mulher certa. Existem grandes mulheres que eu admiro, vocês (Grã-Bretanha) já tiveram uma mulher (no poder), não sei o que vocês pensam disso."
A atriz apoiava o senador e pré-candidato à presidência americana Bernie Sanders, que disputava a vaga com Hillary Clinton no Partido Democrata.
Sanders declarou seu apoio a Hillary, mas Sarandon não se importou com a escolha do senador.
"Bernie também disse: 'não importa para quem eu voto, não me escute, vote em quem o seu coração mandar", explicou.
Sarandon contou que, depois do que viu nas primárias que escolheram Hillary, passou a achar que o Partido Democrata é "muito corrupto". E também afirmou não precisar fazer uma escolha que vai contra seus interesses.
"A razão de estarmos nesta situação (de crise social, política e ambiental) é porque todo mundo está votando no menor dos males há muito tempo."
Alguns especialistas e eleitores nos Estados Unidos afirmam que o voto para um candidato independente, como Stein ou Gary Johnson, do Partido Libertário, ou até mesmo não votar, vai favorecer Trump.
Mas, para a atriz, é importante fortalecer os candidatos independentes e progressistas para mudar a pauta governamental, por meio do Congresso, em temas que ela considera importantes, como a preservação ambiental.
***
27ouTUbro2016
in avante
(…) Oito anos depois, a prisão na base militar de Guantánamo não foi encerrada. Continua a guerra dos EUA no Afeganistão. Os Estados Unidos voltam a ter tropas no Iraque, de onde efectivamente nunca saíram. Os “drones” norte-americanos continuam a assassinar. A Líbia e o seu Estado foram brutalmente destruídos. A Síria agredida por grupos de mercenários, e a sua soberania e integridade territorial desrespeitada. Na Ucrânia, os EUA promoveram um golpe que foi perpetrado por oligarcas e grupos fascistas. Prossegue a instalação do sistema anti-míssil dos EUA na Europa e, agora, na Ásia. Recupera-se a histeria da «ameaça» russa.
Apesar de firmado, o acordo com o Irão aguarda pela ratificação dos EUA. Foram dados passos em relação a Cuba, no entanto o bloqueio dos EUA mantém-se. Exemplos, entre muitos outros, que comprovam que os Estados Unidos prosseguiram a sua política militarista, de desestabilização e de guerra contra todos quantos no mundo rejeitam e resistem à imposição da sua «ordem mundial», política de agressão que tanto sofrimento e destruição tem provocado (…).
*
Três debates e um funeral
Image 21546
http://avante.pt/pt/2239/internacional/142650/
A menos de quinze dias das eleições presidenciais nos EUA, duas conclusões têm dominado o espaço mediático: esta é a campanha eleitoral mais acrimoniosa de sempre e é como se Hillary Clinton já tivesse ganho. Ambas são igualmente precipitadas.
A conta dos três debates entre Clinton e Trump redundou numa altercação sórdida, um entretenimento degradante cujos remoques e peguilhas, ora apupados ora aplaudidos da plateia de sitcom, descrevem o grau zero da democracia burguesa. Foram, ao todo, quatro horas com os dois candidatos a provar por que é que o outro é pior: Clinton porque concedeu isenções fiscais aos milionários ou Trump porque as aceitou; a corrupção da Trump Foundation ou a da Clinton Foundation; o escândalo dos crimes sexuais de Trump ou o escândalo dos emails ilegais de Clinton; Hillary porque apoia o terrorismo na Síria ou Donald porque recusa asilo aos refugiados que esse terrorismo criou; o recorde da democrata a deportar imigrantes ou a intenção do republicano construir um muro; empurrar a Rússia para a guerra mundial ou aprofundar o racismo…
Mas apesar da verbosidade da pugna não é correcta a dedução, tantas vezes repetida, de que estas eleições constituem o zénite histórico da divisão entre o Partido Republicano (RP) e o Partido Democrata (RD). Na verdade, pode-se até afirmar que raramente na História dos EUA os dois partidos estiveram tão unidos em torno de alguma coisa como agora estão em torno de Hillary Clinton. No total, são mais de duzentos os altos dirigentes republicanos que já declararam o apoio à actual secretária de Estado. Do ex-presidente George W. Bush (pai) ao congressista Richard Hanna, passando por altos quadros da administração de Bush (filho), Rosario Marin e Richard Armitage, a debandada de republicanos para o lado democrata tornou-se no leitmotifmais ouvido nos discursos de Clinton que acolhe, orgulhosa, os chefes e as ideias do PR.
Surpresas e volatilidades
A campanha de Trump é uma casa a arder. Mesmo os sectores do PR que não apoiam Clinton adoptaram como estratégia a assumpção de que Hillary já venceu as eleições. A 8 de Novembro, para além da presidência, disputa-se o Senado, a Câmara dos Representantes e centenas de escrutínios locais. A estratégia do PR consiste em promover a renovação da sua maioria no Congresso como contra-peso à presidência de Clinton, dando de barato a derrota de Trump. Acossado por inesgotáveis escândalos de assédio sexual, politicamente isolado e esconjurado pelas sondagens, pode parecer que Trump é a melhor coisa que podia ter acontecido a Clinton, mas nos palcos da política-espectáculo nem sempre o mais provável é o mais previsível.
Trump esconde tantos esqueletos no armário como Clinton. Os de Clinton, contudo, são menos metafóricos do que os do seu homólogo republicano. Com três décadas de serviço ao grande capital e ao imperialismo, o cadastro de Clinton começa no Haiti, dá a volta ao mundo e acaba nas Honduras. Da Jugoslávia à Líbia, passando pelo Estado de Nova Iorque e pela fundação a que dá o nome, Clinton deixou por onde passou um rasto de destruição económica, guerra e direitos sociais esmagados.

Com o historial de Clinton, a possibilidade de uma surpresa, um escândalo ou a revelação de segredo não deve ser excluída: é destas emoções que vive a própria democracia burguesa nos EUA. As contradições internas do capitalismo atingiram, neste país, tal grau de volatilidade que pode dar-se um fenómeno eleitoral imprevisível e se desminta o prematuro funeral de Trump. Afinal não há nenhum funeral em causa: só a escolha desapaixonada entre dois cancros terminais
***
Sims trabalha como jornalista no Partido Comunista dos Estados Unidos há 25 anos. Primeiro trabalhou na Liga da Juventude Comunista (Young Communist League-YCL). Depois como editor durante 15 anos do jornal teórico do CPUSA. Atualmente, é membro do Conselho Nacional do CPUSA e coordenador de mídia social e trabalho do partido
Manifestação contra Trump organizada pelo CPUSA
http://www.vermelho.org.br/noticia/286952-9
Conte-nos sobre a sua atuação profissional e a sua atuação no CPUSA.
Joe Sims, do Partido Comunista dos Estados Unidos
Joe Sims
Meus trabalhos envolvem a coordenação do trabalho do partido e dos nossos meios de comunicação social. Temos duas publicações, peoplesworld.org e cpusa.org. A tarefa consiste em aplicar a ideia leninista de construção do partido em torno da imprensa para o século 21 e meios de comunicação social. É um grande desafio para nós e exige uma mudança de cultura, a prática e a aprendizagem de novas tecnologias. Alguns dos nossos companheiros ainda estão investidos na experiência do século 20 com publicações impressas, de modo que, fazer a transição é difícil.

Temos duas experiências no partido: o tradicional, onde camaradas são organizados em clubes em cidades de todo o país e um novo, onde novos membros juntam-se on-line em pequenas cidades e vilas. Estas duas experiências devem ser coordenadas e combinadas. Esse é o meu trabalho.

Eu sou um membro do Conselho Nacional do CPUSA (comissão política) e comitê nacional (Comitê Central).

O que você pensa sobre o sistema eleitoral dos Estados Unidos?
Temos um sistema de dois partidos com eleições diretas. A eleição presidencial é diferente porque há um "colégio eleitoral", que elege o presidente. A forma como este colégio eleitoral funciona é que cada estado, em função da sua população, tem um certo número de votos eleitorais, o candidato ganha o estado se tiver o maior número de votos. Portanto, em outras palavras, temos 50 eleições estaduais separadas.

Com base nestas eleições estaduais, após o Colégio Eleitoral votar em Novembro, reúne-se e, em seguida, elege o presidente. Nessa situação, você pode ganhar o voto popular, mas perder a eleição como na eleição de 2000, quando Al Gore perdeu.

É muito difícil para terceiros partidos participar das eleições. Chegar nas cédulas é muito difícil e requer um grande número de assinaturas. Há dois terceiros partidos concorrendo neste ano, mas eles são incapazes de participar dos debates porque eles não conseguiram chegar a 15% nas pesquisas de opinião pública. Portanto, é muito antidemocrático.

Este momento da disputa é bastante acirrado entre Hillary Clinton e Donald Trump. Uma pesquisa da rede CBS News e do jornal The New York Times, há apenas duas semanas do primeiro debate entre os candidatos, mostra Hillary com uma vantagem de dois pontos (44% a 42%), que quando concentrada em eleitores registrados expande cinco pontos (46% a 41%). Na sua opinião, quais são as consequências para a América Latina se Donald Trump for eleito presidente dos Estados Unidos?
Trump é um político muito perigoso e demagogo. Ele planeja construir um muro entre os EUA e o México e deportar imigrantes. As duas questões principais são o comércio e a imigração. Em relação ao comércio, ele diz que é contra o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e outros acordos comerciais. Duvido que continuará após a eleição porque esses pactos comerciais são muito importantes para o Partido Republicano.

Na política externa, eu acho que ele vai continuar uma plataforma agressiva antissocialista e anticomunista. A normalização das relações com Cuba, provavelmente, virá a um impasse. Dará ainda mais apoio às oposições na Venezuela, Brasil, Bolívia etc (após o golpe de Estado no Brasil, neste ano, a oposição do Brasil a que Joe se refere se tornou situação, compondo o governo Temer, não reconhecido pelo povo). Trump em nossa opinião representa um fascista. A não ser que estas tendências sejam interrompidas, não está claro o que vai acontecer.

Joe, ao longo de sua vida como um militante de esquerda, você assistiu a evolução política e da luta dos movimentos sociais durante a Guerra Fria. Quais são as mudanças na política externa dos EUA após o fim da Guerra Fria?
O imperialismo americano continuou a buscar a hegemonia em todo o mundo. Após a Guerra Fria, é claro, a questão que ocupou seu lugar foi a do terrorismo. Por trás dela, ou pelo menos em parte, estava o acesso às reservas de petróleo do Oriente Médio. No teatro europeu a Otan foi mantida e com ela uma política agressiva em curso em relação à Rússia, apesar da derrota da União Soviética (URSS).

É difícil falar sobre a política externa dos EUA, já que os republicanos e democratas têm estado na Casa Branca durante todo este período. Obama em certos aspectos, resiste aos apelos para uma intervenção militar, com exceção da Líbia etc. Mas a política neoliberal global tem sido praticamente a mesma: o pacto de comércio transpacífico (TPP - Transpacific Trade Pact) é um exemplo disso, com o chamado "pivô para a Ásia”. Grande parte do TPP é dirigido contra a China.

Qual é a avaliação do CPUSA sobre a relação de poder entre os Estados Unidos e a União Europeia? Em sua opinião, quais mudanças podem ocorrer nesta relação se Trump for eleito?
Eu acho que as classes dominantes nos EUA e na União Europeia estão, em grande parte, na mesma situação. A votação da saída do Reino Unido, o Brexit, é claro, abalou as coisas. Na opinião de alguns, o neoliberalismo atingiu o limite na política. Se esse for o caso, economicamente é outra questão. Nos EUA, o apoio da classe trabalhadora tanto para Sanders quanto para Trump refletiu o descontentamento com o estado da economia: salários estagnados, desemprego etc.

O desafio para a esquerda e o movimento operário é lutar por nossos interesses nessa situação. Duvido que Trump, se eleito, vai desafiar o status quo na Europa. Ele atacou a Otan e questionou sua utilidade. Por esta razão, muitos dos republicanos e o establishment da política externa dos EUA o vêem como impróprios para servir como presidente.

Bernie Sanders era um pré-candidato presidencial com uma boa chance de representar o Partido Democrata nesta eleição. Ele apresentou-se como socialista e tinha considerado ideias progressistas. Defendia, por exemplo, o serviço público de saúde, o ensino superior gratuito, a mudança na política externa dos Estados Unidos... Qual foi a posição do CPUSA sobre o pré-candidato Sanders?
A campanha de Sanders e a "revolução política" que ele defendeu é extremamente importante. Ele mostrou o conceito de socialismo para o grande público EUA pela primeira vez em muitas décadas. A campanha de Sanders também demonstrou que o caminho eleitoral para a mudança é uma estratégia viável: isso também é muito importante. Devido a isso, em muitos aspectos os EUA nunca serão o mesmo. Nossos membros foram ativos em sua campanha a nível local - alguns também apoiaram Hillary, mas a maioria estava com Sanders. Nós não concordamos com Sanders em tudo e havia alguns problemas com sua campanha. Por exemplo, temos um conceito do socialismo diferente do que ele tem; e nós sentimos que sua campanha não apreciou o significado da questão nacional dos EUA, em outras palavras, o racismo e seus efeitos. Sanders, claro, fez ajustes ao longo da a campanha. No entanto, os aspectos positivos superaram os negativos. Foi histórica, maravilhosa, emocionante, com enormes implicações para o futuro.

Você vê boas perspectivas para a esquerda progressista nesse momento nos Estados Unidos? O bom desempenho de um pré-candidato como Sanders nas prévias deu-lhe novas expectativas sobre a evolução da luta de classes nos Estados Unidos?
Há uma grande quantidade de evidências de que a política dos EUA está passando por um realinhamento. Isso vem ocorrendo há muitos anos: A eleição de Obama, em 2008, foi uma indicação disso: em seguida veio o movimento Ocupe Wall Street. O Black Lives Matter (A Vida dos Negros importa) e a campanha de Sanders são exemplos mais recentes.

Obama inicialmente representou um impulso independente fora dos círculos tradicionais do Partido Democrata. Foi um processo de centro-esquerda, em grande parte organizado on-line que, desde então, desembocou no Partido Democrata, mas suas origens são importantes. A unidade é um imperativo, mas o desafio é a força da esquerda nos EUA, que é substancial mas em grande parte desorganizada e dispersa.

O movimento marxista e o Partido Comunista, em particular, não são grandes o suficiente para responder ao desafio. Também não é a ampla esquerda. Nossa tarefa principal é no decorrer das lutas em curso, construir a nossa associação e influência. Esse é um lado da questão. O outro é respeitar e trabalhar com a independência e diversidade de outros setores de esquerda. Nossos interesses não podem ser egoístas.

Como ressoou nos movimentos sociais dos Estados Unidos o golpe no Brasil?
Estamos muito preocupados com o golpe: os movimentos sociais consideram que é um grande retrocesso para a democracia: Ele foi condenado por muitos nos EUA, incluindo a principal central sindical dos EUA, a AFL-CIO. Eles expressaram a sua solidariedade para com os brasileiros de muitas maneiras.

Qual é o papel real da Otan no atual cenário político mundial?

A Otan é um produto da Guerra Fria. Como uma aliança política e militar seu objetivo é cercar a Rússia, que é vista como a ameaça principal e concorrente. Olhe o que está acontecendo na Ucrânia, por exemplo.

Essas políticas se tornaram obsoletas. Considere os gastos militares em curso e a construção de novos tipos de armas nucleares: com que finalidade? Estes gastos continuam a colocar enorme pressão sobre os orçamentos nacionais e contribuem para a crise do neoliberalismo. Esses recursos podem e devem ser utilizados no mercado interno.

A partir de sua experiência na luta política e social, você considera que há um aumento da extrema direita nos Estados Unidos, Europa e América Latina? Há evidências sobre isso? Quais seriam essas evidências?
Eu não sou um especialista em América Latina e Europa. Quanto aos EUA, eu diria que o país está profundamente dividido. Eu realmente acho que a eleição de Obama em 2008, em meio à crise financeira, representou um recuo para a direita. No entanto, foi um recuo inconsistente ou incompleto e que se recuperou rapidamente. Mas quando você olha para onde as pessoas estão, em termos de opinião da maioria, existem fortes correntes democráticas. Ao mesmo tempo, a direita é muito forte e controla o Congresso dos Estados Unidos e a maioria dos governadores e assembleias legislativas estaduais.

O problema, como já dissemos, é que nos últimos 20 ou 30 anos o capitalismo tem sido incapaz de melhor a vida das pessoas. Nossas vidas ficaram piores: a desigualdade tem aumentado devido à desregulamentação, privatização, pactos comerciais "livres", e as medidas de austeridade. A direita tem capitalizado esses temas. Então, eu não sei se a direita é mais forte, mas eles tornaram-se mais agressivos e usam até mesmo meios ilegítimos de chegar ao poder, como o golpe legislativo no Brasil. E é isso que os torna tão perigosos. Nos EUA, Trump já questionou se as eleições serão legítimas. E se não, o que então? A questão em si é uma grande provocação.

O que você pensa sobre a luta anti-imperialista na América Latina e a ascensão de governos como o de Hugo Chávez, Evo Morales, Lula e Dilma?
Acreditamos que cada país trata o socialismo de sua própria maneira: cada um tem seu próprio caminho e não há modelos. Por outro lado, a experiência na América Latina é extremamente importante para estudar e aprender. A este respeito, pode ser ainda mais importante para nós do que o processo revolucionário na Rússia ou na China, por exemplo.

Por quê? Porque os países da América Latina são mais desenvolvidos, têm classes trabalhadoras maiores e sociedades civis mais diversas do que tinham a Rússia ou a China, que ainda tinham grandes resquícios do feudalismo. Temos mais em comum com a América Latina, mesmo quando existem diferentes estágios de desenvolvimento no trabalho.

O socialismo foi implementado em países onde se tinha a menor chance de sucesso. Essa é uma das grandes ironias da história: a de que ele entrou para a história pela porta dos fundos das civilizações. Essa porta foi fechada. Agora, temos de encontrar um novo caminho democrático e não violento para uma nova sociedade.

Os partidos da região apontam para esse novo caminho: a importância da coligação; a unidade da centro-esquerda; como lutar para o papel de liderança da classe operária: o papel da questão nacional, as mulheres, o papel dos movimentos sociais. É um desenvolvimento muito complexo e emocionante.

Para os partidos comunistas o desafio é encontrar formas específicas de cooperação, respeitando a autonomia e a construção da unidade. A este respeito, as experiências negativas de esforços anteriores não foram superadas. No entanto, a internet e as mídias sociais oferecem novas oportunidades que não estamos aproveitando. O ponto é ir além.

Qual é a sua mensagem para os comunistas no Brasil, especialmente para a juventude brasileira?
Você é uma inspiração. Mantenha o bom combate. Temos certeza que você vai ganhar e sua vitória é nossa.

Do Portal Vermelho
***
Jill Stein                          e Gary Jonson
Os candidatos às eleições presidenciais nos EUA Jill Stein, pelo Partido Verde, e Gary Johnson, pelo Partido Libertário, em imagens de arquivo (Foto: REUTERS/Jim Young/ Brian Snyder)
http://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/noticia/2016/09/candidatos-minoritarios-ficam-de-fora-do-1-debate-presidencial-nos-eua.html