15/12/2016

3.794.(15dez2016.8.22') Sarah Afonso

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Nasceu no ano de 1899
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Biografia
Sarah Afonso Auto Retrato http://fotos.sapo.pt/seoportugal/fotos/
auto-retrato
http://pinturaportuguesa.blogs.sapo.pt/82228.html
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RTP
http://www.rtp.pt/arquivo/index.php?article=1423&tm=23&visual=4
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http://ensina.rtp.pt/artigo/sarah-affonso/

Segue as correntes modernistas sem esquecer a infância passada no MInho. Sarah Affonso (1899-1983) cultiva uma certa arte popular e, contra todos os preconceitos, afirma-se como pintora nas primeiras décadas do século XX.

Nasce em Lisboa, passa infância e adolescência no Minho e nunca mais perde a ligação a essas  paisagens e costumes nortenhos. Memórias de festas, procissões, romarias que mais tarde irá transpor com cores vivas e luminosas para a sua obra. Dessa fase é o quadro “Casamento na Aldeia” de 1937.
Sarah Affonso estuda pintura na academia de Belas-Artes em Lisboa, onde é aluna de Columbano Bordalo Pinheiro e, antes de prosseguir estudos em Paris faz a sua primeira exposição na Sociedade de Belas Artes.
Na capital francesa conhece um outro mundo, outra mentalidade, uma outra pintura, que moldam o seu percurso enquanto artista e lhe acentuam o espírito independente que sobressai numa sociedade hostil ás mulheres. Sarah é a primeira a frequentar o café Brasileira, no Chiado.
Das exposições individuais e coletivas guarda críticas positivas, mas em quase todas perpassa um certo tom paternalista. Sarah Affonso é também ilustradora de livros para crianças. São dela os desenhos de “A Menina do Mar” de Sophia de Mello Breyner Andresen. Chega a viver de trabalhos que realiza no tricot e bordado, cujos motivos populares irá depois reciclar na pintura.
Aos 35 anos casa-se com Almada Negreiros, modernista multifacetado cuja personalidade admirava. Um novo tema entra então na sua vida e nos seus quadros, a família. O retrato que fez de um dos filhos recebe o prémio Amadeo de Souza-Cardoso.
Apesar das influências que recebe de Almada, a linguagem pictória de Sarah Affonso mantem uma “poética da ingenuidade”, uma “figuração de raíz ingénua”.
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Pintora e ilustradora portuguesa teve uma participação impar na vida artística dos anos trinta, embora se não possa dissociar a sua vida da do seu marido, José de Almada Negreiros. Sara, nasceu em Lisboa numa família burguesa, filha de um oficial do Exército e de Alexandrina Gomes Afonso. Passou a infância no Minho, que a viria a inspirar em temas populares de grande beleza e ingenuidade. Em 1924, ainda solteira, partiu sozinha para Paris, depois de ter tido lições com o pintor Columbano Bordalo Pinheiro. Paris foi uma experiência determinante, então também a cidade de Picasso e Hemingway. Ali expôs com sucesso no Salon d'Automne. Regressou a Portugal e, à sua custa, voltou para Paris entre 1928 e 1929, trabalhando no atelier de uma modista fazendo croquis de moda, gosto que lhe ficou, tendo colaboraria mais tarde com desenhos de moda para revistas portuguesas. Sara Afonso de regresso a Lisboa seria a primeira mulher a frequentar o café A Brasileira do Chiado, então exclusiva do sexo masculino. Contemporânea de Bernardo e Ofélia Marques, Carlos Botelho e outros. Era previsível que havia de casar com um pintor. Participou no primeiro Salão de Artistas Independentes em 1930. Casou aos 35 anos com José de Almada Negreiros. Sara Afonso conciliou a sua vida de mãe de família e de pintora. Fez uma exposição individual, em 1939 e participou na Exposição do Mundo Português, em 1940. Em 1944 recebeu o Prémio Sousa Cardoso. Em 1953 integrou a delegação portuguesa à Bienal de São Paulo. Não deixou de pintar até quase ao fim dos seus dias. Fez retrospectivas dos seus trabalhos em 1953, 1962, 1975 e 1980. Sara Afonso dedicou especial atenção às festas populares e às tradições portuguesas em cores doces e luminosas. Por ocasião do centenário do seu nascimento, em 1999, realizaram-se exposições comemorativas em Viana do Castelo e Porto.
http://www.leme.pt/biografias/80mulheres/afonso.html
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Via José Eduardo Oliveira
Efeméride // 14. Dezembro.1983 - Morre a artista plástica portuguesa Sara Afonso, viúva de Almada Negreiros.
Foto de José Eduardo Oliveira.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200427419042633&set=a.1029365188983.3914.1670949754&type=3&theater
Nascida em Lisboa no seio de uma família relativamente modesta, viveu em Viana do Castelo entre os 5 e os 15 anos de idade. "Estes primeiros anos da sua vida marcariam indelevelmente a sua obra, desenvolvida nos trilhos dessa memória das paisagens minhotas, dos azuis, dos pinhais e das praias, do seu quotidiano e das tradições"
Estudou pintura na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde foi aluna de Columbano Bordalo Pinheiro. Esteve em Paris em 1923-1924 e, de novo, em 1928-1929 (sobrevive trabalhando num atelier de costura). Expõe no Salon d'Automne de 1928.
De regresso a Lisb
oa, integra-se no ambiente artístico e intelectual lisboeta. Pertencente à segunda geração de pintores modernistas portugueses, contemporânea de Bernardo Marques, Mário Eloy ou Carlos Botelho, expõe no I Salão dos Independentes (SNBA, 1930) e em outras mostras coletivas; expõe individualmente; frequenta as tertúlias de A Brasileira (até então um território tipicamente masculino).
Em 1934 casa-se com Almada Negreiros, tentando a partir daí conciliar a vida de mãe de família e de pintora. Nos primeiros anos de casamento desenvolve o que será a parte mais importante da sua obra pictórica. "Dos retratos de meninas e mulheres e das paisagens urbanas passa para composições que incorporam motivos antes utilizados nos bordados, oriundos da cultura e imaginário populares. Evoca, a partir da memória da infância passada no Minho, costumes (procissões, festas, alminhas) e mitologias populares".
Celebraria também a sua vida pessoal em pinturas como Família, 1937, um dos seus trabalhos mais emblemáticos, onde se figura com o marido e o primeiro filho. Neste auto-retrato alargado à sua família e que funciona também como metáfora para a lenda do "menino-deus", Sarah Afonso faz uma síntese de vários aspectos da sua obra: "a qualidade do traço, o cromatismo, o desenho implícito na composição narrativa – como se tratasse de um sonho acordado – elementos tradicionais da cultura popular, como os bordados, os brinquedos e as lendas. É comum verificarmos esta associação lírica sobre a realidade, em que o tema se funde com a vivência dos retratados"
Foram várias as razões que a levaram a abandonar a pintura em finais dos anos de 1940. "Às razões pessoais juntavam-se a insegurança profissional e a falta de condições de trabalho. Continuou, no entanto, com um trabalho menos visível nas artes decorativas e de apoio a Almada Negreiros [...]. Em finais dos anos 50, retomou algumas das direções interrompidas, como a ilustração infantil (entre outros de A Menina do Mar, 1958, de Sophia de Mello Breyner Andresen) e o desenho".
Expôs individualmente em 1932 e 1939. Participou na Exposição do Mundo Português, 1940. Em 1944 recebeu o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (8ª Exposição de Arte Moderna, SPN). Em 1953 participou na Bienal de S. Paulo, Brasil.6
Foram realizadas mostras re
trospetivas da sua obra em 1953 e 1962 (Galeria de Março, Lisboa, e Academia Dominguez Alvarez, Porto respetivamente).7 Encontra-se colaboração sua na revista Sudoeste8 (1935)
Por ocasião do centenário do seu nascimento, em 1999, realizaram-se exposições comemorativas em Viana do Castelo e Porto.

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Obras
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http://pinturaportuguesa.blogs.sapo.pt/79397.html
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http://pinturaportuguesa.blogs.sapo.pt/79636.html