28/11/2017

9.299.(28NOvemBRO2017.8.8') Tunísia




O atual povo tunisiano é descendente de povos berberes e de pessoas de numerosas civilizações que invadiram, migraram e se mesclaram ao longo de milênios nessa região. A história documentada da Tunísia começa com a chegada dos fenícios, que fundaram Cartago e outras povoações no norte africano no século VIII a.C. Cartago tornou-se uma importante potência marítima, chocando-se com Roma pelo controle do Mediterrâneo, até que foi derrotada e conquistada pelos mesmos em 146 a.C. Os romanos governaram o norte da África até o século quinto, quando o Império Romano do Ocidente chega ao fim e a Tunísia foi invadida por tribos europeias, especialmente pelos vândalos. A conquista muçulmana, no século VII transforma a Tunísia e o aspecto de sua população, com ondas subsequentes de migrações de todo o mundo árabe e otomano e ainda um número significativo de espanhóis muçulmanos e judeus emigrados ao no final do século XV devido à Reconquista cristã da península Ibérica.

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https://www.infoescola.com/africa/tunisia/
República da Tunísia

 (em árabe: Al-Jumhuriya at-Tunusiya) é um país localizado ao norte da África, com um território de 163.610 km², um pouco maior que o estado do Acre. Com uma população de cerca de 10.549 milhões, sua capital é Túnis. A Tunísia possui como fronteiras o Mar Mediterrâneoao norte, Líbia a leste e Argélia a oeste. A língua oficial é o árabe. A maioria dos tunisianos, 99% seguem a religião islâmica, e o restante são cristãos ou judeus.
A Tunísia torna-se um centro de aprendizagem da cultura árabe, e é anexada ao Império Turco Otomano, no século XVI. Foi tomada aos turcos pelos franceses, constituindo um protectorado deste país europeu de 1881 até a independência em 1956, mantendo estreitos laços políticos, econômicos e culturais com a antiga metrópole.
Houve uma população judaica na ilha de Djerba por 2.000 anos, e uma pequena comunidade ainda vive em Tunis e em outras cidades, principalmente descendentes daqueles que fugiram Espanha no final do século XV. A pequena comunidade cristã está dispersa por todo o país, e inclui os estrangeiros residentes, bem como algumas centenas de cidadãos que se converteram ao cristianismo. Pequenas minorias indígenas nômades foram em sua maioria assimilados.
Até 2011, a Tunísia era uma república com um sistema presidencial forte dominado por um único partido político. Zine El Abidine Ben Ali serviu praticamente incontestável como Presidente da República desde o início de 1987, quando ele depôs o então presidente Habib Bourguiba. No entanto, em 14 de janeiro de 2011, após quase dois meses de manifestações populares e protestos pedindo sua destituição do cargo, Ben Ali abdicou voluntariamente e partiu rumo ao exílio na Arábia Saudita. Pouco depois de sua partida, o presidente do parlamento Fouad Mbazza ascendeu ao cargo de presidente interino da Tunísia com base no artigo 57 da Constituição do país. Após a renúncia do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi em 27 de fevereiro, Mbazza nomeou o ex-diplomata Beji Caid Essebsi para a posição a 28 de fevereiro.
Bibliografia:
Tunísia. Disponível em <http://www.portalbrasil.net/africa_argelia.htm>. Acesso em: 09 dez. 2011.
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noVEMbro2017
1.º ministro António Costa visitou a Tunísia
uma das "primaveras"..
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jan2016
Vaga de protestos...desemprego...desespero
https://www.diarioliberdade.org/mundo/laboral-economia/60022-vaga-de-protestos-na-tun%C3%ADsia-desemprego-e-desespero.html
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mundo cão
17noVEMbro2015
Perfil de um terrorista
 Abdelhakim Belhadj
http://jardimdasdelicias.blogs.sapo.pt/perfil-dum-terrorista-dos-nossos-dias-904015
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Recebendo homenagens do senador McCain, dos amigos americanos
 As informações estão em poder da Interpol. Deitar-lhe a mão nestes tempos em que as leis e as fronteiras não são problema para assaltos a vidas, soberanias e privacidades, seria apenas uma questão de, digamos, “vontade política”, não é assim que costuma invocar-se? O seu paradeiro não é certamente segredo para a miríade de serviços secretos que apregoam defender “o nosso modo de vida”: é a Líbia, depois de tão bem democratizada pela NATO, onde ele exerce altos cargos políticos e operacionais no governo dominante, o mesmo que invoca para si próprio “o islamismo puro”.
Nome: Abdelhakim Belhadj. A história da sua vida dava um filme daqueles bem a gosto de Holywood, tanto mais que o seu currículo – em poder da Interpol, repito – corresponde às imagens dos rambos de séries A, B ou C cujos feitos heróicos coincidem com as vontades objectivas dos Estados Unidos e de Israel, países onde os fins e os agentes escolhidos para os executar justificam quaisquer meios e o recurso a psicopatas sanguinários.
Sabe a Interpol que Abdelhakim Belhadj é, no presente, o chefe do Estado Islâmico, ou ISIS ou Daesh, no Magrebe e que, operacionalmente, criou e orienta campos de treino de mercenários assassinos na Líbia, concretamente em Derna, Syrte e Sebrata, além de um escritório do ISIS em Djerba, na Tunísia.
Antes disto, Belhadj chefiou os terroristas do Grupo Islâmico Combatente na Líbia (GICL), que em 2007 mudou de nome para Al-Qaida, mais sintonizado com os tempos. Por quatro vezes, entre 1995 e 1998, tentou assassinar Khadaffi a mando do MI6, os serviços secretos ao serviço do terrorismo de Estado britânico. Perseguido na Líbia mudou-se para o Afeganistão, onde se instalou e agiu ao lado de Ussama bin-Laden, o qual dispensa apresentações.
Como a polícia espanhola suspeita de que foi um dos mandantes do atentado ferroviário em Madrid Atocha, em Março de 2004, foi detido logo a seguir na Malásia. Como se percebe, não terá sido difícil identificá-lo e prendê-lo, porque meia dúzia de dias e milhares de quilómetros mediaram entre crime e captura. Passou então maus bocados numa prisão secreta da CIA para onde foi transferido e onde ficou alojado para experimentar as famosas técnicas de tortura – “condicionamento de comportamento”, chamam-lhe nos Estados Unidos – do professor Seligman, métodos de cujas provas a CIA tentou desesperadamente impedir a divulgação.
Abdelhakim Belhadj restabeleceu-se depressa: para ele não se seguiram penas eternas no campo de concentração de Guantanamo, também ele eterno se a este Obama se sucederem outros obamas, coisa mais do que provável. É verdade que ainda foi extraditado para a Líbia, através de um acordo entre os Estados Unidos e o regime de Khadaffi, onde voltou a ser torturado, dessa feita às mãos do MI6 que antes servira. Nestas coisas, a CIA e a sua irmã MI6 são muito ciosas, separam as águas, cada uma quer fazer a sua tarefa ainda que repetindo-se.
Khadaffi libertou-o em 2010, no quadro de uma “reconciliação nacional”, e mal teve tempo para se arrepender. Abdelhakim Belhadj viajou para o Qatar e no ano seguinte estava à frente de grupos de mercenários que, ao lado e protegidos pelos bombardeamentos da NATO – França e Reino Unido, principalmente – derrubaram e assassinaram Khadaffi. Como recompensa pelos serviços prestados, e por recomendação na NATO, o Conselho de Transição nomeou-o governador militar de Tripoli, a capital.
Belhadj não aqueceu o lugar. Ainda teve tempo, porém, para exigir e obter desculpas dos Estados Unidos e do Reino Unido pelas sevícias sofridas noutros tempos, e o que lá ia lá foi. Outras tarefas estratégicas o aguardavam. Partiu em finais de 2011 para a Síria, onde foi um dos principais fundadores do Exército Livre da Síria, os famosos “moderados” tão queridos da senhora Clinton, da NATO, da União Europeia - com destaque para a França - e dos regimes fundamentalistas do Golfo, Arábia Saudita à cabeça. O objectivo era derrubar Assad, mas Assad resiste e já lá vão mais de 250 mil mortos, milhões de refugiados e um país destroçado, massacre cujas responsabilidades nenhum intervencionista ilegal e ilegítimo assume.
Sempre sem perder tempo, Abdelhakim Belhadj regressou à Líbia natal, onde fundou um partido governante, a maneira que encontrou, num cenário de caos, para instalar os terroristas islâmicos no poder em Tripoli.
Na qualidade de figura de proa na Líbia, provavelmente já na posição de chefe do Estado Islâmico no Magrebe, que a Interpol reconhece, Abdelhakim Belhadj foi recebido em 2 de Maio de 2014 no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Paris, tutelado por Laurent Fabius, ministro de Hollande e também um incondicional amigo de Israel.
Laurent Fabius, exactamente: que é ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros de Hollande nestes dias em que continuam a sangrar as feridas abertas pelo assalto às vidas dos parisienses, ao que dizem cometido pela organização de que Abdelhakim Belhadj é um dos chefes máximos.
As informações sobre este terrorista-modelo dos nossos dias e o seu currículo estão nas mãos da Interpol. “Estamos em guerra”, proclama o presidente Hollande com os acenos concordantes do chefe da sua diplomacia. Vamos então esperar pelo que se segue, para ver o que acontece.
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16ABRIL2015
http://jardimdasdelicias.blogs.sapo.pt/africa-um-campo-de-batalha-da-nato-781359
José Goulão  África, um "Campo de Batalha" da NATO


Mundo Cão, 16 de Abril de 2015

   África vive o colonialismo de terceira geração, se quiserem, o pós-neocolonialismo, desta feita através do expansionismo militar norte-americano levando atrás o aparelho da NATO para garantir a devastação neoliberal do continente a pretexto de – quanto a isso, nada de novo – da “segurança colectiva” e da guerra contra o terrorismo.
Nos gabinetes do Quartel-General da NATO, em Bruxelas, dizer que a África “é um campo de batalha” não é cometer uma inconfidência ou um exagero do discurso. A frase corresponde à realidade do terreno e limita-se a reproduzir os ecos dos jogos de guerra delineados na pátria do império, seja em Washington, na Florida, onde quer que o Pentágono decida renuir os representantes aliados, melhor seria dizer os subordinados.
Desde que em 2008 os Estados Unidos deram asas ao AFRICOM, o seu comando operacional para África, as intervenções militares norte-americanas transformaram-se num dos quotidianos do continente.
Só durante o ano passado, tropas norte-americanas participaram em 674 operações, quase duas por dia, um aumento de 300 por cento em comparação com a situação que se vivia antes de 2008 – isto de acordo com números oficiais.
As razões invocadas no discurso dos chefes militares são as ameaças representadas pelo radicalismo islâmico, sobretudo na África do Norte e Central, sem esquecer o Corno de África e toda a costa do Índico. Organizações como o Boko Haram da Nigéria, o Al Shabab da Somália, a Al Qaida do Magrebe, no Mali e outros países e, principalmente, o reforço do Estado Islâmico (Isis ou Daesh) e a respectiva aliança com o Boko Haram, recentemente anunciada, alimentam a verborreia militarista e securitária.
Atrás dos aliados ou subordinados da NATO, os Estados Unidos arrastam tropas de países como a Argélia, Senegal, Mali, República Centro Africana, Marrocos, Líbia (ou o que resta do país), Camarões, Turquia, Tunísia e Egipto – por aqui se percebe como as “primaveras árabes foram rapidamente adaptadas ao novo espírito colonial.
Os comportamentos repugnantes de entidades como o Estado Islâmico, o Boko Haram e aparentados justificam o inflamado militarismo? À primeira vista, sim. Pelo menos, é quanto basta para alimentar as confortáveis teses de articulistas, observadores, analistas, politólogos e outros papagaios da propaganda. A observação do fenómeno, porém, não ficará completa se não lhes juntarmos alguns elementos relevantes. Grupos aliados da NATO na Líbia, por exemplo milícias radicais islâmicas ligadas às redes da Al Qaida e do Estado Islâmico, abastecem com mercenários e armas uma miríade de unidades terroristas que espalham a barbárie desde a Síria à Nigéria. Esconder esta realidade não a apaga do mapa.
À boleia desse pretexto, Washington estendeu até 2044 a presença na base estratégica de Lemmonier, no Djibuti, e instalou postos avançados, pequenas bases e aeródromos em toda a margem Sul do Mediterrâneo e também no Senegal, Mali, República Centro Africana, Burkina Faso, Níger, Chade, Sudão do Sul, Uganda, Quénia e Etiópia. Sem esquecer o constante patrulhamento marítimo do Mediterrâneo e das costas africanas por navios militares dos Estados Unidos e outros países da NATO.
“Onde os interesses nacionais nos impelem a inclinar os pratos da balança para o nosso lado e a aumentar a segurança colectiva teremos de dar o nosso melhor, seja em conjunto com os aliados seja de modo unilateral”, confessa David Rodriguez, o comandante do AFRICOM. Como em qualquer discurso colonial dos séculos XVII ou XIX, não é difícil perceber, nas linhas e entrelinhas das palavras deste falcão norte-americano do tempo da guerra das estrelas, os mesmos objectivos de sempre em relação a África e aos africanos: saque, rapina, exploração.
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aGOSTO 2013
AVANTE: http://www.avante.pt/pt/2070/internacional/126408/
Assassinato de Mohammed al-Brahmi gera onda de protestos na Tunísia
Em reacção ao assassinato do deputado da oposição de esquerda Mohammed al-Brahmi, o secretário-geral adjunto da UGTT, a principal central sindical tunisina com cerca de 500 mil associados, pediu a demissão do governo liderado por Ali Larayedh, do partido islamita Ennahda.Mohamed al-Brahmi foi morto a tiro em frente à sua casa a 25 de Julho, Dia da República na Tunísia e a sua morte desencadeou uma onda de protestos e manifestações em várias cidades. Os partidos da oposição responsabilizam o governo provisório pelo ocorrido, abrindo-se uma uma nova crise política depois de vários partidos da oposição terem pedido a dissolução da Assembleia Nacional e a demissão do governo transitório.
Durante a noite de terça-feira, 30, centenas de manifestantes voltaram a concentrar-se em frente ao parlamento em protesto contra a morte de Al-Brahmi e a exigir a dissolução da ANC e a demissão do executivo. As forças de segurança encerraram todos os acessos à praça em frente ao parlamento, onde além dos opositores se concentraram também apoiantes do governo.
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20JAN2011

http://www.avante.pt/pt/1938/internacional/112224/
Crónica dos acontecimentos na Tunísia
O poder das massas
Após quase um mês de protestos populares violentamente reprimidos pela polícia e o exército, o presidente da Tunísia, Zine El-Abidine Ben Ali, abandonou o país no dia 14.

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O protesto solitário do jovem comerciante, Mohamed Buazizi, em 17 de Dezembro, foi a faísca que acendeu o rastilho da revolta popular contra o regime autoritário de Ben Ali, há 23 anos no poder. Ao ver negada a devolução da mercadoria que lhe fora abusivamente apreendida pela polícia, Buazizi fez-se imolar pelo fogo frente a sede do município de Sidi Bouzid (Centro-Oeste).
O sacrifício do jovem, que viria a morrer no hospital em 5 de Janeiro, desencadeou uma sucessão de manifestações que, apesar da violenta repressão, alastraram a outras localidades, ganhando a capital, Tunes, em 27 de Dezembro.
Três dias antes, a polícia já tinha disparado balas verdadeiras sobre jovens que exigiam trabalho em Buziane, a 240 quilómetros a Sul da capital. Em Tunes, as autoridades dispersam à bastonada um milhar de jovens diplomados no desemprego. Dezenas ficam feridos.
A ampliação do movimento obriga o presidente Ben Ali a intervir, pela primeira vez, dia 28, na televisão para condenar «uma minoria de extremistas e de agitadores». Porém, no dia seguinte, anuncia uma remodelação ministerial, nomeando um novo ministro da Juventude e dos Desportos.
Mas as manifestações contra a miséria, o desemprego e a falta de liberdades continuam a envolver novas camadas da população. Em 6 de Janeiro, a classe dos advogados cumpre uma greve contra as repressões policiais.
Os confrontos intensificam-se em 9 de Janeiro nas cidades de Thala, Kasserine e Regueb. Já com 14 mortos oficialmente registados, o ministro da comunicação promete em nome do governo «corrigir o que deve ser corrigido», mas avisa que «a violência é a linha vermelha».
No dia seguinte, Ben Ali intervém pela segunda vez na televisão. Desta vez promete 300 mil novos empregos em dois anos, e o seu governo ordena o encerramento das escolas e universidades.
A violência estende-se aos arredores de Tunes. O governo admite 21 vítimas mortais desde o início dos distúrbios, mas outros dados elevam os mortos para mais de uma centena.

O interesse imperialista


Do outro lado do Mediterrâneo, o imperialismo francês teme pelos seus interesses, até aqui tão diligentemente acautelados por Ben Ali. Assim, em vez de condenar a repressão e apoiar os que lutam pelos direitos democráticos, a ministra gaulesa dos Negócios Estrangeiros, Michèle Alliot-Marie, manifestou inequivocamente o apoio da França ao regime autoritário e sugeriu mesmo colocar à disposição da polícia tunisina a reconhecida «experiência das nossas forças de segurança» para resolver «situações securitárias deste tipo». Uma intervenção que, como explicou, permitiria «agir para que o direito de manifestação possa efectuar-se ao mesmo tempo que a garantia da segurança».
Mas Ben Ali sabia que era tarde de mais. Acossado pelas massas, anuncia, dia 12, na televisão, que não disputará um novo mandato em 2014, promete liberdade de imprensa e ordena às forças da ordem que não usem as armas.

Revolta vitoriosa


Todavia, as manifestações voltam a inundar a capital e as principais cidades, agora para exigir a demissão imediata do presidente. À tarde de dia 14, Ben Ali ensaia um novo recuo: anuncia a demissão do governo e a realização de eleições antecipadas dentro de seis meses. Menos de uma hora depois decreta o estado de emergência e o recolher obrigatório entre as 17 e as 7 horas da manhã em todo o território. As manifestações são proibidas e o exército e a polícia recebem a ordem para disparar sobre qualquer suspeito.
A meio da tarde, o primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi, anuncia que Ben Ali está temporariamente incapacitado de exercer as suas funções e declara assumir o cargo de presidente interinamente até às eleições.
Fugindo à fúria popular, Ben Ali abandona o país com destino incerto. A França recusa-lhe entrada no território e foi a Arábia Saudita que o recebeu no sábado.
Entretanto, a suspensão temporária de funções, que lhe deixaria a porta aberta para um eventual regresso, torna-se definitiva com a nomeação pelo Conselho Constitucional de Fued Mebazaa, presidente do parlamento, para a chefia interina do Estado.
Na segunda-feira, 17, o primeiro-ministro, Mohammed Gannouchi, anunciou a libertação de todos os presos políticos e «liberdade total de informação». Na mesma comunicação, apresentou a formação de um governo de «união nacional», constituído por três líderes de partidos da oposição tolerados pelo anterior regime, e ainda oito ministros da anterior equipa governamental.
O povo continua nas ruas exigindo a dissolução do partido de Ben Ali e a demissão de todas as figuras comprometidas com o presidente deposto.