29/03/2018

2.968.(29mar2018.7.7') "Novo Alqueva"...Projecto de regadio imenso

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Ponderar...
Parece à 1.ª vista MEGALÓMANO...
Bombear água para cumeadas de serras...
Abastecer o Paul da Cela/Bárrio...
Retirar água ao Tejo???
A poluição das fábricas...
Caudal Ecológico...
A experiência do regadio no Alentejo / Alqueva
Já sabemos o efeito das barragens (no Douro/Mondego) na nossa costa
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27mar2018...Apresentado na Casa do Povo de Alfeizerão

Jorge Froes propõe a construção de um grande reservatório
              de água na cumeada da Serra de Montejunto


http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=55f46d71-6cb9-4856-8ec6-c665884d7a4f&edition=208
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3mar2018


Estado Sentido – Tejo, um rio, uma riqueza — será desta?


De 1989 a 1994, fui secretário-geral da então AMLT — Associação de Municípios da Lezíria do Tejo, hoje Comunidade Intermunicipal (CIMLT). Tinha sido aprovado o primeiro Quadro Comunitário de Apoio (QCA I, de 1989/93) e havia que apresentar projectos de uma forma integrada e coordenada entre os diversos municípios.
Não tenho dúvidas de que a AMLT (na Lezíria) e a AMMT (no Médio Tejo), para além do trabalho técnico de coordenação das candidaturas, em articulação com os organismos governamentais que tutelavam a aplicação dos fundos estruturais (FEDER, FEOGA e FSE), se tornaram, também, desde essa altura, importantíssimos fóruns de debate de ideias, de criação de consensos e de compromissos intermunicipais, e de apresentação de programas e projectos determinantes para o desenvolvimento da nossa região.
De entre os grandes objectivos definidos para a AMLT e AMMT, estava a elaboração do POIVT — Plano Operacional Integrado do Vale do Tejo —, e sublinho o adjetivo integrado.
Dos projectos âncora a incluir nesse plano integrado, destacava-se a “regularização do Tejo”, que, basicamente, implicava o desassoreamento do seu leito e a execução das obras necessárias para assegurar a regularização de caudais e a navegabilidade até, salvo erro, à fronteira com Espanha. A duas associações de municípios da nossa região abraçavam, assim, em grande medida, um empreendimento que já vinha sendo sonhado pelo empresário tomarense, João Mendes Godinho.
Nesse período do QCA I, lembro-me de uma acção que procurou dar visibilidade nacional aos problemas e potencialidades do grande rio peninsular: alugou-se um barco à Transtejo e os autarcas da região, acompanhados pela comunicação social, foram de Vila Franca de Xira até o Terreiro do Paço, onde entregaram ao ministro do Planeamento e Administração do Território, professor Valente de Oliveira, uma jaqueta de forcado que tinha no seu forro gravada a inscrição “Está na hora de pegar de caras os problemas da bacia hidrográfica do Tejo”. Em simultâneo, a AMLT editou e distribuiu milhares de autocolantes com o slogan “Tejo, um rio, uma riqueza”.
Em Outubro de 1992, a AMLT, em estreita colaboração com a sua congénere do Médio Tejo, organizou em Santarém o seminário “ Vale do Tejo: preparar o futuro”, donde saiu um conjunto de conclusões (regionalizar para desenvolver melhor, elaborar um plano integrado de desenvolvimento, reforçar a cooperação entre os agentes da região, passar das palavras aos actos sem demoras, etc.).
As conclusões foram acompanhadas de uma listagem de intenções de investimento, de âmbito municipal e intermunicipal, que rondavam 

os 130 milhões de contos (cerca de 650 milhões de euros), para além de elencar diversos projectos cujo âmbito ia para além dos municípios e cujo financiamento teria de passar pelo governo e pela UE — regularização do Tejo e Sorraia, despoluição do Almonda, Alviela e Nabão, construção de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, construção de polos universitários, apoio à diversificação da base produtiva regional, etc.
Se é um facto que muitos desses projectos municipais e alguns intermunicipais estão hoje concretizados, a verdade é que no que toca aos grandes investimentos de âmbito regional e nacional, como a regularização do Tejo, pouco ou nada se avançou. Talvez porque, por força dos processos eleitorais, os autarcas preocuparam-se mais com os “seus” projectos de âmbito municipal, talvez porque os ribatejanos — que, por vezes, criam rivalidades e divisões sem sentido — nunca se uniram com a força suficiente para levar os governos a darem a devida atenção aos problemas e potencialidades do Tejo, talvez porque a maioria das pessoas ainda pensa demasiado nos seus umbigos e não vê — ou não quer ver — que o todo pode ser maior que a soma das partes, talvez porque…
Agora, com a seca a ameaçar-nos os horizontes de futuro e com o renovado interesse de um grupo de empresários e de renomados especialistas pelos problemas do Tejo — afinal, a grande referência e marca identitária do Ribatejo, como bem referiu o Eng.º Manuel Campilho, em entrevista a este jornal — pode ser que a coisa avance. Oxalá!
É um investimento elevado — 4500 milhões de euros — mas, como referem os promotores deste recente estudo, é um desígnio para se concretizar gradualmente, em 30 anos, e terá relevantes efeitos multiplicadores no desenvolvimento da região e do país.
Que esse longo prazo não sirva de desculpa aos governantes para começarem a engonhar, a prometer e a remeter sempre tudo para futuros mandatos. Cabe aos ribatejanos serem proactivos e não ficarem, impávidos e serenos, a aguardarem cerúleas prebendas, porque, como a vida nos ensina, o desenvolvimento não cai do céu. Para já, experimentem ir até às margens do Tejo ouvir o seu lancinante apelo: “Não me deixem morrer, porra!
Francisco Monteiro Pereira
http://www.oribatejo.pt/2018/03/03/estado-sentido-tejo-um-rio-uma-riqueza-sera-desta/
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27feVER2018

Produtores de Maçã de Alcobaça querem integrar ‘Projeto Tejo’


Foi na semana passada apresentado o ‘Projeto Tejo – Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste’, uma iniciativa que pretende ser uma referência ambiental e que quer criar “um novo Alqueva” no país. A Associação de Produtores de Maça de Alcobaça (APMA) vê o projeto com bons olhos e também quer um “mini Alqueva” na Região Oeste.

Jorge Soares, presidente da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, explicou à VIDA RURAL que “quando o projeto foi pensado a região do Oeste não estava contemplada, mas pensamos que este projeto devia assumir uma lógica nacional. Falámos com o responsável técnico, o eng. Jorge Fróis, e o Oeste acabou por ser integrado neste plano. A ideia é aproveitar a nascente do rio Maior, que desagua no Tejo, e inverter o processo, com a construção de um adutor que poderá assim abastecer a região Oeste. Embora a nossa área represente 20% dos 240 000 hectares de irrigação que o projeto abrange, como o tipo de rega no Oeste é muito eficiente, maioritariamente rega gota-a-gota, o consumo de água não deverá ultrapassar os 10/15% do total.”
Numa nota enviada às redações, a APMA sublinha que este é um projeto de “importância inigualável, estruturante para a atividade agrícola e dinâmica agroindustrial da região Oeste, concretamente para o futuro sustentável e duradouro dos principais produtos ícones da região”, como é o caso da Maçã de Alcobaça IGP e da Pera Rocha DOP.
A associação que representa os produtores de Maçã de Alcobaça diz também que tem agora a missão de “sensibilizar os presidentes dos municípios que integram a Intermunicipal do Oeste para disponibilizarem apoio e assumirem a liderança na defesa de um grande projeto hidroagrícola e único para a região, para o Oeste, desenhado e estruturado por grupo de personalidades ligadas às questões da água e da agricultura regional”.
A APMA acredita que o ‘Projeto Tejo’ permitirá “combater as principais ameaças deste sector e da produção de alimentos em Portugal, especificamente por contrariar as alterações climáticas, minimizar a desertificação agrícola, permitir regadio eficiente na Região Oeste, minimizar a agricultura de sequeiro ou de irrigação deficiente, e ainda permitir substituir a utilização de água de lençóis freáticos subterrâneos por lençóis de água mais facilmente renovável.”
“Trata-se ainda da possibilidade de valorização do território regional no seu todo, assim como potenciar a atividade económica de toda a região, da agricultura e da indústria ao turismo e consequentemente mais serviços, criar emprego duradouro e especializado e referenciar a região do Oeste como um polo de competitividade agrícola e frutícola da Europa”, acrescenta ainda a associação.
Os responsáveis pela iniciativa acreditam que este projeto transformará o Ribatejo em cerca de 240 000 hectares irrigados sobre pressão e cerca de 60 000 hectares a irrigar o Oeste sobre pressão, contra os atuais 17 000 hectares irrigados no Oeste.
https://www.vidarural.pt/producao/produtores-maca-alcobaca-querem-integrar-projeto-tejo/
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23fev2018
https://www.msn.com/pt-pt/financas/empresas/%E2%80%98projeto-tejo%E2%80%99-quer-um-alqueva-para-o-ribatejo/ar-BBJuEvH