21/03/2018

5.308.(21MAR2018.7.7') Challet da Rhino...Centro Bem Estar Infantil de Alcobaça...Irmãs de S. José de Cluny

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1mAIo2019

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As Irmãs de S. José de Cluny, pertencem à Congregação de S. José de Cluny. 
A sua fundadora foi Ana Maria Javouhey, de origem Francesa, fundando a Congregação no ano de 1807.
Desde a sua origem as irmãs se têm dedicado à Educação, Saúde, Envangelização, Ação Social e “Estar em toda a parte onde houver bem a fazer e sofrimento a aliviar” (Ana Maria Javouhey). 


Foi em Junho de 1973 que chegaram a Alcobaça três Irmãs da Congregação de S. José de Cluny para tomarem posse da então chamada "Casa de Retiro" que a viúva D. Cristina Rino legou à Congregação. Esta benemérita Senhora, já em 1965 tinha manifestado o desejo de doar a sua residência a uma Congregação de origem estrangeira. A Comunidade foi formada canonicamente a 12 de Junho de 1975 com cinco Irmãs.

No seguimento de Ana Maria Javouhey, as Irmãs de S. José de Cluny, herdeiras de um património tão rico e extraordinário, alicerçam a sua ação educativa tendo como fontes de inspiração:

A Bíblia
Os Documentos da Igreja sobre a Educação
A dinâmica educativa, própria da Fundadora Ana Maria Javouhey.
A tradição educativa da Congregação de S. José de Cluny.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos.
E as Orientações Curriculares do Ministério da Educação.

Depois de adaptações necessárias e de um estudo das necessidades da população local, viu-se que era urgente e possível acolher crianças cujas mães trabalhavam fora do lar.
O Centro de Bem Estar Infantil passou a ser uma Instituição Particular de Solidariedade Social desde Dezembro de 1975.

O Centro de Bem - Estar Infantil funciona em regime de externato e tem por finalidades principais o apoio a crianças e jovens, à família, bem como à integração social e comunitária, contribuindo desta forma para a promoção integral de todos os que dela necessitam.


O Centro, além das irmãs, possui um bom grupo de colaboradoras, formado por uma equipa técnica docente e não docente, tendo em funcionamento duas valências: Creche e Pré-Escolar. Trabalhando sempre tendo em conta a pedagogia educacional Cluny e as Orientações do Ministério da Educação para a valência do Pré-escolar, estando a implementar o Modelo de Qualidade de Creche. 

https://www.facebook.com/Centro-de-Bem-Estar-Infantil-Alcoba%C3%A7a-694813563932714/
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https://pt.goalcobaca.com/listings/chalet-rino-alcobaca/
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O challet encontra-se Implantado nos terrenos da antiga cerca cisterciense, nas proximidades do Mosteiro de Alcobaça, e instalado na margem esquerda do rio Alcoa. A construção do edifício para residência de José Pereira da Silva Rino é de 1891/1892, casado com D. Capitolina Araújo Guimarães, filha do fundador da Fábrica de Fiação e Tecidos. Na década de 1970, Maria Cristina Rino doou o palacete à Congregação Religiosa de S. José de Cluny, que vendeu o seu recheio, um dos mais ricos de Alcobaça. Trata-se de um palacete que possui a linguagem decorativa característica do romantismo tardio em Portugal. Foi adaptado a Centro de bem-estar infantil, utilização que atualmente ainda se mantém.
http://www.cm-alcobaca.pt/pt/2565/challet-rhino.aspx
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20mar2018
excelente texto e fotogravAÇÃO do Bruno Januário:
O palacete azul
Ao passar por este magnifico espaço eis que me deparo com o seu velho portão aberto e um alinhamento das árvores como que a prestar homenagem ao espaço.
🌍 Alcobaça | PORTUGAL | 2018
📷 Huawei Mate 10 Pro, ISO 50, 1/4000"
LEICA Summilux-H Lens #OO #Mate10Pro
 
Foto de Bruno Januario.
https://www.facebook.com/brunojanuario.photo/photos/a.324331614416152.1073741840.318381168344530/885799234936051/?type=3&theater
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20jan2010
Via blogue do JERO

QUARTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2010


M165-ONTEM CHALET RINO HOJE CASA DAS FREIRAS

PEDRAS COM HISTÓRIA





Chalet Rino, construído em 1891, é hoje conhecido pelo população alcobacense mais jovem como a “Casa das Freiras”.
Na década de 1970 os herdeiros de Maria Cristina Rino doaram o palacete à Congregação Religiosa de S. José de Cluny, que vendeu então o seu recheio, que era um dos mais ricos de Alcobaça.
Foi adaptado a Centro de bem-estar infantil, utilização que actualmente ainda se mantém. Os meus filhos, hoje à beira dos 40 anos, andaram por lá antes de ingressarem na escola.
Íamos jurar que a grande maioria dos alcobacenses passa todos os dias por este bonito Palacete sem se dar conta que, junto a um pequeno parque de estacionamento existe um pequeno tanque, com uma bica virada para a “Casa das Freiras” e um telheiro, “de costas” para a Rua dos Combatentes com uma lápide com seguintes dizeres:
«POR AMOR D D’ (“dedique”) UMA AVE MARIA PELOS PR’ SR’ (“proprietários senhores”) DESTA CASA DONA CAPITOLINA FERREIRA D’ARAUJO GUIMARÃES E JOSÉ PEREIRA DA SILVA RINO».
Falta na parte central lápide algo, que poderia ter sido um azulejo com uma imagem(!?).
José Pereira da Silva Rino [1]foi no seu tempo (Sec. XIX) um grande lavrador e proprietário de vastas terras, que se estendiam pelos concelhos de Alcobaça e Batalha. Foi também dono do Convento de Cós, mais tarde adquirido pelo Estado. Era casado com D. Capitolina Ferreira de Araújo Guimarães, filha do fundador da Fábrica de Fiação e Tecidos de Alcobaça, de quem teve um única filha, Maria Cristina Rino. Esta casou duas vezes, a primeira em Paris, na Notre Dame,a quando do exílio do seu pai, com António Eça de Queiroz, filho de Eça de Queiroz e posteriormente com o Dr. Pereira de Matos, que como historiador se dedicou ao estudo da nossa região.
José Pereira da Silva Rino foi monárquico convicto. No seu Chalet estiveram alojados, quando duma visita à vila de Alcobaça os ministros progressistas Eduardo Vilaça e Sebastião Telles. Tal sucedeu em 9 de Julho de 1905, tendo sido recebidos com grande carinho em Alcobaça.
Chefe político local de grande prestígio, acompanhou José Maria Alpoim, quando da Dissidência e depois da Proclamação da República. Após a Revolução de 1910, continuou a defender com a mesma convicção a Monarquia, o que levou a exilar-se voluntariamente, em França e na Bélgica ,no período compreendido entre 1911 e 1914.
Junto a um pequeno parque de estacionamento, “de costas” para a Rua dos Combatentes uma” pedra com história”.
Na próxima vez que passe pela “Casa das Freiras” dê uma olhadela.
JERO

[1] Elementos retirados do livro UM SÉCULO DE HISTÓRIA DE ALCOBAÇA 1810-1910, de MARIA ZULMIRA FURTADO MARQUES