06/04/2018

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6abril2018
BIN SALMAN: “DIFUNDIR O WAHABISMO FOI IDEIA DO OCIDENTE CONTRA A URSS”

O príncipe herdeiro saudita, Mohamad bin Salman, revela que a difusão da ideologia extremista wahabi a partir da Arábia Saudita foi um projecto do bloco ocidental para minar a influência no mundo muçulmano da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Bin Salman declarou ao diário norte-americano «The Washington Post», numa entrevista publicada a 22 de Março mas que dificilmente chamou a atenção dos media, que foram os aliados de Riade que solicitaram ao governo saudita que usasse os seus recursos para impedir a penetração soviética.

Desta maneira, foram, segundo o príncipe saudita, as condições da Guerra Fria as que levaram o seu país a financiar e apoiar essa ideologia investindo na construção de mesquitas e escolas em todo o mundo orientadas para a difusão do ideário wahabi, caracterizado pela sua intolerância e queda para a violência.

Curiosamente, bin Salman tenta com as suas declarações absolver as autoridades sauditas, inclusive de haver custeado o projecto, insistindo que os fundos provieram na sua maioria de “fundações privadas” radicadas na Arábia Saudita, pelo que não se trataria de um plano governamental.

Além disso, o príncipe herdeiro afirma que o governo do seu país "perdeu a noção" dessa disseminação de ideias extremistas, e diz que agora "temos que recuperar tudo".

Apesar destes desmentidos, os investimentos de Riade em fundações "de caridade" responsáveis pela divulgação da mensagem wahabi foram estimadas pelo Departamento de Estado dos EUA em mais de 6000 milhões de libras esterlinas (cerca de 8500 milhões de dólares) nas últimas quatro décadas, de acordo com uma publicação de Junho de 2017 do «Metro».

Desse dinheiro, alguns especialistas consideram que até 20% foi desviado para o grupo terrorista Al Qaeda, entre outros grupos da mesma tendência.

O diário britânico diz que a ideologia wahabi dá aos seus praticantes uma vantagem no uso da violência, pois eles podem justificá-la teologicamente, e destaca as referências directas das regras do grupo terrorista ISIL (Daesh, em árabe) aos critérios de Mohammad ibn Abd al-Wahhab, fundador epónimo do wahabismo.

Fonte: Hispantv

Foto de CAFÉ CENTRAL.
https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/2041661502528072/?type=3&theater
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Mohahhad Bin Salman
príncipe saudita
liberaliza: autorizou abertura de salas de cinema pela 1.ªx em 35 anos!!!
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2jan2016
Era de manhã em Karbala, cidade a cerca de 100 quilômetros ao sul de Bagdá, e o mercado local estava cheio quando todos ouviram gritos.
Um grupo de homens vestidos de preto, levando espadas e bandeiras negras, invadiu o mercado matando crianças, mulheres, idosos e adultos.
Eles, então, avançaram pelas ruas até tomar o controle de toda a cidade. Alguns afirmam que, apenas neste dia, cerca de 4 mil pessoas morreram.
Os homens vestidos de preto que organizaram esta matança não eram do grupo autodenominado Estado Islâmico.
O massacre ocorreu há mais de 200 anos e o grupo era comandando por um dos primeiros governantes da Arábia Saudita, que acabava de formar um novo movimento religioso: o wahabismo.
O wahabismo, uma forma rígida e conservadora do islamismo e é, nos dias de hoje, a religião oficial da Arábia Saudita. E alguns afirmam que é o "pai ideológico" do Estado Islâmico.
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Acordo no deserto

"O wahabismo sempre foi descrito popularmente como a mãe de todos os movimentos fundamentalistas", disse à BBC o professor Bernard Haykel, especialista em teologia e lei islâmica.
"Mas, para encontrar a inspiração ideológica destes movimentos é preciso voltar ao salafismo jihadista".
AP
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/151222_wahabismo_origens_fn
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