03/04/2018

6.059.(3abril2018.8.8') Luís de Sttau Monteiro

Nasceu a 3abril1926
e morreu a 23jul1993
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Sttau Monteiro
Sttau Monteiro, s.d [programa do espetáculo Felizmente há luar, TNDMII, 1978]
exercitou vários géneros literários, como o jornalismo, a ficção (as suas primeiras publicações foram romances) e a escrita dramática, mas foi sobretudo por esta última que cedo atraiu a atenção do público e da crítica.


A sua peça de estreia - Felizmente há luar!, em 1961 - foi de imediato proibida de ser levada à cena. Tendo vivido em Londres durante a Segunda Guerra Mundial, por razões familiares, adaptou-se mal à intransigência da ditadura salazarista, destacando-se pelo tom irreverente das suas obras. A perseguição pela PIDE e a censura de que os seus textos foram alvo – Felizmente há luar! (1961) esteve catorze anos impedida de subir à cena, o que só foi possível após a queda do regime – provam o caráter interventivo da sua escrita e a sua estreita ligação com a realidade portuguesa da época.
Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasceu em Lisboa, mas a sua educação foi feita em Londres, para onde partiu com o pai, Armindo Monteiro, que aí exerceu funções de embaixador entre 1936 e 1943. Em 1943, após a demissão do pai por discordâncias políticas com o governo de Salazar, a família regressou a Lisboa, onde Sttau Monteiro finalizou os estudos, licenciando-se em Direito pela Universidade de Lisboa em 1951. Exerceu advocacia apenas durante dois anos, após os quais parte para Londres. De regresso a Portugal, trabalhou como tradutor e publicista colaborando em várias publicações como a revista Almanaque (1960), onde assinou crónicas gastronómicas sob o pseudónimo de Manuel Pedrosa, e o suplemento “A Mosca” no Diário de Lisboa, vindo a destacar-se neste mesmo jornal a sua coluna com as redações da Guidinha, posteriormente publicadas em livro (2002).
Em 1960 iniciou-se na escrita de novelas com Um homem não chora, e em 1961 prosseguiu com Angústia para o jantar, ganhando notoriedade na escrita narrativa. Mas foi pelo teatro que concitou as maiores atenções. Em 1961 publicou Felizmente há luar!, drama narrativo histórico baseado na figura de Gomes Freire de Andrade, situado na linha do teatro épico. Esta peça foi distinguida, em 1962, com o Grande Prémio de Teatro da então Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, mas a sua representação foi proibida pela censura, só subindo ao palco em 1975. Com este texto, Sttau Monteiro iniciou uma temática que prosseguiu nas obras seguintes: a defesa do Homem, da liberdade, a luta pela justiça social e a denúncia política. Aquando da publicação da peça, Sttau Monteiro encontrava-se na prisão por suspeita de ter colaborado na “intentona de Beja” (1962).
Esta experiência traumática levou-o a sair de Portugal, indo uma vez mais para Inglaterra (onde permaneceu de 1962 a 1967), continuando, porém, a escrever para teatro com originais e adaptações: Todos os anos pela Primavera, em 1963; O Barão (adaptação do romance de Branquinho da Fonseca), em 1965; Auto da Barca do motor fora da borda (adaptação do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente), em 1966. Foi preso pela PIDE em 1967, após a publicação das peças satíricas A Guerra santa e A estátua, onde teceu duras críticas à ditadura e à guerra colonial. A experiência de dois meses de prisão levou-o a escrever em 1968 a peça As mãos de Abraão Zacut, cuja ação se situa num campo de concentração. Foi representada pela primeira vez em 1969, pelo Teatro Estúdio de Lisboa, com encenação de Luzia Maria Martins.
Foi coautor, com Alexandre O'Neill, dos diálogos para o filme de Artur Ramos, Pássaros de asas cortadas (1963), adaptação para cinema da peça homónima de Luiz Francisco Rebello. Em 1971, com Artur Ramos, adaptou ao teatro o romance de Eça de Queirós A relíquia, representada no Teatro Maria Matos, e, ainda no mesmo ano, escreveu a peça Sua Excelência, uma nova sátira social, projetada para o mesmo teatro. Em 1978 concebeu para o Grupo 4 (Teatro Aberto) a peça de inspiração satírica e brechtiana A crónica atribulada do esperançoso Fagundes, que teve música de Pedro Osório e canções de José Carlos Ary dos Santos e Paulo de Carvalho.
A maioria das suas peças está traduzida em várias línguas e publicada em diversos países. Por sua vez, traduziu algumas peças de teatro como Summer and Smoke (Fumo de Verão, 1962), de Tennessee Williams, e The Dumb Waiter (O monta-cargas, 1963) de Harold Pinter.

Textos de/para teatro
1961:Angústia para o jantar. Lisboa: Ática.
1963a:Felizmente há luar!. 5ª ed. Lisboa: Ática.
1963b:Todos os anos pela Primavera. 2ª ed. Lisboa: Guimarães Editores.
1963c:Um homem não chora e outra novela. 2ª ed. Lisboa: Ática.
1964:O barão. Lisboa: Ática.
1966:Auto do barco do motor fora da borda. Lisboa: Ática.
1968:As mãos de Abraão Zacut. Lisboa: Ática.
1971a:E se for rapariga chama-se Custódia. 2ª ed. Lisboa: Movimento.
1971b:Sua excelência. Lisboa: Ática.
1974:Duas peças em um acto. 2ª ed. Lisboa: Ática.
1981:Crónica atribulada do esperançoso Fagundes. Lisboa: Ática.
2003: Redacções da Guidinha. Porto: Areal.

Bibliografia
BARATA, José Oliveira (1991). “Dois nomes particularmente representativos: Sttau Monteiro e Bernardo Santareno” e “A parábola histórica: de Felizmente há luar a O judeu”, in História do teatro portuguêsLisboa: Universidade Aberta, pp. 352-379.
___ (2001). “A apoteose trágica de Sttau Monteiro: A teatralização épica da narrativa de Raúl Brandão”, in O espaço literário do teatro: Estudos sobre literatura dramática portuguesa I. Corunha: Biblioteca Arquivo Teatral Francisco Pillado Mayor, pp. 169-174.
COELHO, Jacinto Prado (dir.) (2003). Dicionário de Literatura – vol. II. Porto: Livraria Editora Figueirinhas.
JACINTO, Conceição / LANÇA, Gabriela (2008). Análise da obra Felizmente há luar! [de] Luís de Sttau Monteiro (ensino secundário). Porto: Porto Editora.
ROCHA, Ilídio (coord.) (2000). Dicionário cronológico de autores portugueses – vol. V. Mem Martins: Publicações Europa-América.
ROSA, Marta Brites (2002). Em busca do herói – Estudo da personagem na obra dramática de Luís de Sttau Monteiro. Dissertação de Mestrado em Estudos de Teatro, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (texto policopiado).
SERÔDIO, Maria Helena (2004). “Dramaturgia”, in Literatura portuguesa do séc. xx. Coord. Fernando J. B. Martinho. Lisboa: Instituto Camões, pp. 95-141.

Consultar a ficha de pessoa na CETbase:
Consultar imagens no OPSIS:

Marta Rosa/Joana d’Eça Leal/Centro de Estudos de Teatro
http://cvc.instituto-camoes.pt/pessoas/luis-de-sttau-monteiro.html#.WsOYkNTwaM8
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Felizmente há Luar de Luís de Sttau Monteiro

  • Frase caracterizadora de cada uma das personagens existente na página 13 da obra

  •  «Vê-se a gente livre dos Franceses, e zás! Cai nas mãos dos Ingleses. E agora? Se acabamos com os Ingleses ficamos na mão dos reis do Rossio…» p. 16 (permite contextualizar a obra)

  •   General «um amigo do povo» e «um homem às direitas». P. 20

  •   «Numa terra onde só cortam as árvores para que não façam sombra aos arbustos.» p. 85

  •   «Todos somos chamados, pelo menos uma vez, a desempenhar um papel que nos supera. É nesse momento que justificamos o resto da vida, perdida no desempenho de pequenos papéis indignos do que somos.» p. 89

  •   «Lisboa há-de cheirar toda a noite a carne assada.» p. 131

  •   «Sempre que pensarem em discutir as nossas ordens, lembrar-se-ão do cheiro.» p. 131

  •   «É verdade que a execução se prolongará pela noite, mas felizmente há luar…» p. 131

  •   «Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por dentro…» p. 137  

  • «Olhem bem! Limpem os olhos no clarão daquela fogueira e abram as almas ao que ela nos ensina.» p. 140

  • «Felizmente – felizmente há luar!» p. 140

http://12portugues-cad.blogspot.pt/2012/03/citacoes-importantes-para-questao-b-de.html
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3 de Abril de 1926: Nasce Luís de Sttau Monteiro, autor de "Felizmente Há Luar!"

Ficcionista, autor dramático, encenador e jornalista português, formado em Direito, Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasceu a 3 de Abril de 1926, em Lisboa, e morreu, também nesta cidade, a 23 de Julho de 1993. De ascendência espanhola, viveu uma parte da adolescência em Inglaterra, onde o seu pai foi embaixador.
Nos anos 70 do século XX, desenvolveu actividade como jornalista, tendo colaborado com o Diário de Notícias e com o Expresso e, na década seguinte, dirigido Confidencial (1984) e colaborado como guionista de uma novela televisiva.
Iniciou a sua carreira literária com a narrativa Um Homem Não Chora, obra saudada como uma revelação da ficção portuguesa contemporânea, a que se seguiu um romance de grande êxito, Angústia para o Jantar, onde se salientam a "ironia, o gosto pela sátira, a distanciação emocional, o cinismo [...] e, no plano estilístico, a vivacidade dos diálogos." (FERREIRA, António Mega - "Um Homem e a Sua Obra", introdução a Angústia para o Jantar, Círculo de Leitores, s/l, 1986, p. VIII).
Situado numa segunda geração neorrealista, foi sobretudo pela sua obra dramática que viria a ser consagrado, recebendo com Felizmente Luar!, em 1962, o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores. Essa peça histórica, que recorda a rebelião do general Gomes Freire de Andrade, foi proibida pela censura tendo sido representada no nosso país apenas em 1978.
As suas sátiras sobre a ditadura e a Guerra Colonial, fruto do seu espírito crítico e combativo, tornaram-no objecto de perseguição política, chegando mesmo a ser preso como quando publicou A Estátua e A Guerra Santa.
Embora levadas à cena por companhias estrangeiras, poucas peças de Luís de Sttau Monteiro foram representadas em Portugal antes do 25 de Abril, exceptuando-se As Mãos de Abraão Zacut, estreada em 1969 pela Companhia do Teatro Estúdio de Lisboa, sob a direcção de Luzia Maria Martins.
Homem essencialmente de teatro, Sttau Monteiro foi ainda autor de uma adaptação da novela O Barão, de Branquinho da Fonseca, e de várias traduções de autores dramáticos como Shakespeare ou Ibsen, que ele próprio levou à cena.

 Peça em dois actos Felizmente Luar!, de Sttau Monteiro, publicada em 1961 e com a qual ganhou o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores, foi suprimida pela censura da ditadura; representada pela primeira vez em 1969, em Paris, chegaria aos palcos portugueses em 1978, no Teatro Nacional, encenada pelo próprio autor.
Esta peça de estreia de Sttau Monteiro tem como cenário o ambiente político dos inícios do século XIX: em 1817, uma conspiração, encabeçada pelo general Gomes Freire de Andrade, que pretendia o regresso do Brasil do rei D. João VI e que se manifestava contrária à presença inglesa, foi descoberta e reprimida com muita severidade: os conspiradores, acusados de traição à pátria, foram queimados publicamente e Lisboa foi convidada a assistir...

No entanto, esta peça marca também posição, pelo conteúdo fortemente ideológico, como denúncia da opressão que se vivia na época em que foi escrita (1961), sob a ditadura de Salazar. O recurso à distanciação histórica e à descrição das injustiças praticadas no início do século XIX em que decorre a acção permitiu-lhe, assim, colocar também em destaque as injustiças do seu tempo.
Felizmente Luar! é um drama narrativo, dentro dos princípios do teatro épico, que descreve a "trágica apoteose" do movimento liberal oitocentista, em Portugal, e interpreta as condições da sociedade portuguesa do início do século XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades secretas, contra o poder absolutista e tirânico dos governadores e do generalíssimo Beresford.
A figura central é o general Gomes Freire de Andrade «que está sempre presente embora nunca apareça» (didascália inicial) e que, mesmo ausente, condiciona a estrutura interna da peça e o comportamento de todas as outras personagens. A ação desenvolve-se à volta desta personagem e da sua execução: da prisão à fogueira, com descrições da perseguição dos governadores do Reino, da revolta desesperada e impotente da sua esposa e da resignação do povo que a "miséria, o medo e a ignorância" dominam.
Gomes Freire, amado por uns e odiado pelos que temem perder o poder, é acusado de chefe da revolta, de estrangeirado e grão-mestre da Maçonaria, por ser um soldado brilhante e idolatrado pelo povo. Os governantes - Miguel Forjaz, Beresford e Principal Sousa - perseguem, prendem e mandam executar o General e os restantes conspiradores através da morte na fogueira. Para eles, aquela execução, à noite, constituía uma forma de avisar, de dissuadir outros revoltosos; para Matilde de Melo, a mulher do General, e para mais pessoas era uma luz a seguir na luta pela liberdade. O general Gomes Freire e mais onze companheiros, acusados de conspirar contra Beresford e o Conselho de Regência no poder, tornaram-se, pela sua morte trágica, nos grandes precursores do liberalismo português e permitiram denunciar a situação do povo que vivia na miséria e dependente das classes dominantes.
Em Felizmente Luar! percebe-se, facilmente, que a história serve de pretexto para uma reflexão sobre os anos 60, do século XX. Sttau Monteiro, também ele perseguido pela PIDE, denuncia assim a situação portuguesa, durante o regime de Salazar, interpretando as condições históricas que anos mais tarde contribuiriam para a "Revolução dos Cravos", a 25 de Abril de 1974. A agitação e a conspiração de 1817, em vez de desaparecerem com medo dos opressores, permitiram o triunfo do liberalismo em 1834, após uma guerra civil. Também as revoltas e oposição ao regime nos anos 60, de que foi exemplo a candidatura do General Humberto Delgado (em 1958), o assalto ao "Santa Maria" e a Revolta de Beja (1961), em vez de serem uma cedência perante a ameaça e a mordaça, fortaleceram a resistência que levou à implantação da democracia.

Simbologia
Em Felizmente Luar! diversos símbolos que favorecem a compreensão da situação vivida e a esperança da liberdade: A saia representa a feminilidade e a familiaridade, e, por ser verde, a fertilidade e esperança. Comprada em Paris (terra da liberdade), com o dinheiro da venda de duas medalhas representa a felicidade do passado. Colocada por Matilde no momento da execução, destaca a "alegria" do reencontro (da união entre o casal) e aponta um novo caminho de esperança e alento. O título surge por duas vezes, inserido nas falas das personagens. Na expressão de D. Miguel, o luar permitirá que o castigo seja visto por todos e, por via do terror, garantirá a eficácia desta execução pública pelo efeito dissuasor. Nas palavras de Matilde, o luar irá alertar as consciências, levando o Povo a lutar pela liberdade, contra a tirania. A fogueira simboliza, por um lado, a destruição (pelo menos, momentânea das esperanças), mas também a purificação e, pela luz que emite e energia que gera, o poder de luta para garantir a revolução. A moeda de cinco réis simboliza a hipocrisia social, a forma como se acalma a consciência com uma esmola e é símbolo do desrespeito (dos mais poderosos em relação aos mais desfavorecidos). Quando Matilde a entrega ao Principal Sousa, a moeda é comparada às que Judas recebeu (moedas de traição com que se compram as almas). Os tambores, símbolo da repressão, provocam o medo e prenunciam a ambiência trágica da acção.
Luís de Sttau Monteiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
Felizmente Há Luar!. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)

 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/03-de-abril-de-1926-nasce-luis-de-sttau.html?spref=fb&fbclid=IwAR0MKi2FxyiRzsnlx6XhclN9_7NaQphh3CtAiCxVNubEdcBKDnchbD55g3I
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autor de "Felizmente Há Luar!"

Ficcionista, autor dramático, encenador e jornalista português, formado em Direito, Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasceu a 3 de Abril de 1926, em Lisboa, e morreu, também nesta cidade, a 23 de Julho de 1993. De ascendência espanhola, viveu uma parte da adolescência em Inglaterra, onde o seu pai foi embaixador.
Nos anos 70 do século XX, desenvolveu actividade como jornalista, tendo colaborado com o Diário de Notícias com o Expresso e, na década seguinte, dirigido Confidencial (1984) e colaborado como guionista de uma novela televisiva.
Iniciou a sua carreira literária com a narrativa Um Homem Não Chora, obra saudada como uma revelação da ficção portuguesa contemporânea, a que se seguiu um romance de grande êxito, Angústia para o Jantar, onde se salientam a "ironia, o gosto pela sátira, a distanciação emocional, o cinismo [...] e, no plano estilístico, a vivacidade dos diálogos." (FERREIRA, António Mega - "Um Homem e a Sua Obra", introdução a Angústia para o Jantar,Círculo de Leitores, s/l, 1986, p. VIII).
Situado numa segunda geração neorrealista, foi sobretudo pela sua obra dramática que viria a ser consagrado,recebendo com Felizmente  Luar!, em 1962, o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores. Essa peça histórica, que recorda a rebelião do general Gomes Freire de Andrade, foi proibida pela censura tendo sido representada no nosso país apenas em 1978.
As suas sátiras sobre a ditadura e a Guerra Colonial, fruto do seu espírito crítico e combativo, tornaram-no objecto de perseguição política, chegando mesmo a ser preso como quando publicou A Estátua e A Guerra Santa.
Embora levadas à cena por companhias estrangeiras, poucas peças de Luís de Sttau Monteiro foram representadas em Portugal antes do 25 de Abril, exceptuando-se As Mãos de Abraão Zacut, estreada em 1969pela Companhia do Teatro Estúdio de Lisboa, sob a direcção de Luzia Maria Martins.
Homem essencialmente de teatro, Sttau Monteiro foi ainda autor de uma adaptação da novela O Barão, de Branquinho da Fonseca, e de várias traduções de autores dramáticos como Shakespeare ou Ibsen, que ele próprio levou à cena.