Nasceu a 448 a.C. (ou 445?)
e morreu a 380 a.C. (ou 385??)
viveu sempre em Atenas
dramaturgo grego
***
(445 – 385 A.C.)
O maior cómico dramaturgo grego da antiguidade nasceu
em Atenas em 445. Ele teve uma família precocemente, viveu e morou em
Aegina. Ele viveu na idade de ouro de Péricles e viu a principal glória
de Atenas. Embora, ele fosse um genuíno ateniense, os adversários dele
tentaram três vezes chamar ele “xenos” (estrangeiro) e privá-lo dos
direitos de cidadão. Aristófanes foi considerado inocente em todas as
três vezes.
Ele seguia o desenvolvimento político de Aegina e criticava a vulnerabilidade da democracia de Péricles. Ele permaneceu desconhecido por toda a vida dele e apresentou suas obras sob um pseudônimo para proteger sua privacidade. Ele teve uma vida solitária e era modesto e conservador. Suas peças provaram que tinha uma excelente educação e era familiar com os trágicos antigos. Ele considerava Ésquilo o melhor escritor dramático, mas a linguagem e técnicas eram influenciadas por Eurípedes
Ele apareceu na frente do público ateniense pela primeira vez em 427, enquanto ele foi dez vezes premiado nas competições teatrais. As maiores informações que nós temos da sua vida pessoal vêm de listas de campeões nas competições dramáticas e nos enredos de suas peças.
O Trabalho Dele
Ele escreveu um total de 44 obras sátiras, 11 delas
são mantidas até hoje, 9 delas foram escritas durante a Guerra do
Peloponeso. As ideias de Aristófanes são bastante conservadoras. Seus
sentimentos oligárquicos são encarnados no seu trabalho inteiro como ele
gostava de promover suas ideias, na forma de conflitos entre Eurípedes
e Sócrates. Seu tema favorito é a sátira das políticas atenienses e os
comandantes do exército, embora ele visava mais o regime democrático do
que seus representantes.
Suas Obras Mantidas Até Hoje São:
Acharnians (425 A.C.)
O papel principal é dado para um agricultor contra
guerra que tem uma disputa com um soldado que retorna ferido da batalha.
Aristófanes ataca as escolhas de guerra dos atenienses e propõe a paz
com os espartanos.
Os Cavaleiros (422 A.C.)
Ele satiriza as políticas atenienses e principalmente
o escritório demagogo Cleon. O político é apresentado como um escravo
enquanto o nome da comédia vem de um nome do partido rival.
As Nuvens (423 A.C.)
Ele visa os sofistas e principalmente Sócrates e
acusa ele de corromper os jovens com seu ensinamento. As Nuvens são
divindades que substituem os deuses oficiais da cidade.
As Vespas (422 A.C.)
Ele visa o sistema judicial de Atenas e a
litigiosidade de alguns cidadãos eminentes. Os juízes são influenciados
por paixões pessoais e os interesses são paralelizados para as vespas
que picam os homens.
Paz (421 A.C.)
A atitude agressiva dos gregos é satirizada. As
consequências da Guerra do Peloponeso são apresentadas quando o
agricultor envia o comité para o Olympus a fim de definir a deusa da
paz.
Os Pássaros (414 A.C.)
Este é considerado o melhor do momento do poeta que
agradece pelo estágio da plenitude. O poeta tenta atacar os bajuladores
do município que corrompe toda a cidade.
Lysistrata (411 A.C.)
Esta é a mais famosa obra de Aristófane. Lysistrata
convence as mulheres de Atenas e Esparta para negar o sexo aos seus
maridos até acabarem com a guerra. Aristófanes concordou com os
espartanos que eram dispostos a terminar com a guerra se a democracia
ateniense terminasse.
Thesmophoriazusae (411 A.C.)
As mulheres faziam conspiração durante a celebração
de Deméter. Elas planejaram destruir Eurípedes que era visto como
machista do sexo feminino.
As rãs (405 A.C.)
Depois da morte dos trágicos, uma competição é
organizada em Hades entre Ésquilo e Eurípides. Aristófanes julgou ambas
tragédias com grande delicadeza. O julgamento de Dionísio decide que
Ésquilo é o campeão e traz de volta a vida.
Ecclesiazusae (392 A.C.)
Depois da guerra do Peloponeso a emancipação das
mulheres são reunidas em Ecclesia e o voto pela medida intercomunitária
da propriedade, a fim de assumir o controle da cidade.
Plutus (388 A.C.)
Plutus, que é cego, sempre socializa os homens ruins
até que um cidadão cura ele. A partir desse momento, as pessoas boas
tornam-se mais ricas e as pessoas ruins tornam-se pobres e mendigas. As
obras de Aristófanes tem influenciado muitos escritores posteriores e
particularmente o sátiro poeta inglês do século 17 e 18. As comédias
foram reimpressas em muitas formas (livros, cómicos) e até hoje elas são
realizadas no teatro.http://www.turismogrecia.info/guias/grecia-antiga/aristofanes
***
biografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3fanes
*
Aristófanes nasceu em
Atenas e viveu, aproximadamente, entre 448 e 380 a.C. Pouco se conhece
de sua vida. Deve ter recebido cuidadosa educação, a julgar pela cultura
que demonstra em suas obras e pelos ataques que faz contra a ign... -
Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/biografias/aristofanes.htm?cmpid=copiaecola
Aristófanes nasceu em
Atenas e viveu, aproximadamente, entre 448 e 380 a.C. Pouco se conhece
de sua vida. Deve ter recebido cuidadosa educação, a julgar pela cultura
que demonstra em suas obras e pelos ataques que faz contra a ign... -
Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/biografias/aristofanes.htm?cmpid=copiaecola
https://educacao.uol.com.br/biografias/aristofanes.htm***
Discurso de Aristófanes, O Banquete de Platão...3 géneros...andrógeno...
O amor para Aristófanes
https://www.youtube.com/watch?v=n6kf3nIxb7o*
https://www.youtube.com/watch?v=Lyi-1xDIcTU
***
7jun2018...José Carlos Faria
no Avante fala da:
A Paz
O
Teatro da Rainha estreou «A Paz», de Aristófanes, escrita no ano 421
a.C., no contexto de um breve armistício da guerra do Peleponeso entre
as cidades-estado de Esparta e Atenas, conflito que afogaria a Grécia em
sangue, numa carnificina de três décadas.
Mas
«A Paz» é uma comédia. Um dos exemplos mais notáveis da comédia
clássica pelo seu mais importante autor, a peça denuncia um conflito
político-militar de enorme extensão, ditado pelo desejo de expansão,
conquista e domínio e igualmente a decadência em que se enterrava a
contraditória democracia ateniense – com meio milhão de habitantes, 300
mil eram escravos sem quaisquer direitos, 160 mil mulheres e crianças
sem participação cívica e 40 mil cidadãos livres, entre os quais uma
casta de ricos aristocratas gozava de privilégios face aos artesãos,
comerciantes e camponeses empobrecidos.
O
argumento é o seguinte: o vinhateiro Trigeu, em busca da Paz, decide
subir aos céus montado num escaravelho-bosteiro. Chegado ao Olimpo, a
morada dos deuses, encontra Hermes, deus do comércio e do roubo, que
funciona agora como porteiro celestial, que o informa que as divindades,
desgostosas com a insistência bélica dos mortais, e para não escutar as
suas súplicas, se afastaram para um ponto mais elevado. Comunica-lhe
também estar a Paz prisioneira da Guerra, que a meteu num antro profundo
coberto de pedras.
Trigeu,
recorrendo a umas carnes, vinho e uma taça de ouro, suborna Hermes e
com a ajuda do Coro, representantes das cidades gregas e voz do povo,
consegue finalmente libertar a Paz, que surge acompanhada pela Deusa dos
Frutos e pela Folgança. Esta é devolvida à Assembleia, de que andava
arredia, e Trigeu, tendo afastado a chusma de opositores, vendedores de
oráculos e de armas, tornadas ferramentas inúteis, como recompensa,
desposa a Deusa dos Frutos, boda que celebra a alegria da festa, o
prazer, o amor, a Paz, em honra de Dioniso, deus do vinho e do Teatro,
cerimónia fálica do culto da fertilidade e de renovação da Natureza, que
os combates impediam.
A
comédia, de origem telúrica e impulso vital, oferece-nos a vida como
processo social, o real plasmado numa realidade intemporal alegórica e
apresenta-se como «uma festa de caos, prelúdio de uma reposição da
ordem, saída da desordem, representação do mundo às avessas». A fantasia
e a imaginação criam uma ficção que é verdadeira.
Interpelação aos contemporâneos
Aristófanes
já anteriormente se tinha pronunciado contra a guerra em «Os
Acarnianos» e voltaria a fazê-lo com «Lisístrata», peça em que as
mulheres dos guerreiros dão corpo a uma greve de sexo até que os seus
bravos maridos abandonem de vez as batalhas. É a condenação dos
desastres da guerra de saque, da imbecilidade dos generais vaidosos, do
recrutamento forçado, da mentira dos demagogos, do oportunismo bajulador
de certos políticos, da corrupção da ética, da miséria do povo.
A
crítica política da ordem social de Atenas e do mundo helénico, no
século V a. C., produzida pelo riso satírico e licencioso, porque, tal
como afirmava Aristóteles, «o homem é o único dos seres vivos que sabe
rir».
Aristófanes,
pese embora um certo conservadorismo nostálgico, interpela directamente
os seus contemporâneos, desde o maquinista de teatro a manobrar o
guindaste para as cenas do aparecimento do deus ex maquina, até
aos poetas trágicos Ésquilo, Sófocles e Eurípides, passando pelos
ataques à referência moral de Sócrates, ao poder exercido pelo ambicioso
general Cleon, à orientação geral do Estado, aos negócios e ao carácter
do povo e aos seus vícios. Um teatro cívico e popular cuja dimensão
satírica o Estado assumia como dever levar à comunidade de espectadores.
Tucídides,
historiador que presenciou há 2500 anos estes acontecimentos, legou-nos
um testemunho objectivo: «A guerra ensina a violência e põe as paixões
da multidão de acordo com a brutalidade dos factos». Trump, o partidário
da guerra imperialista, numa espiral de demência, confirma-o no Iraque,
na Síria, na Palestina e na Coreia.