- Os vândalos foram um povo que coexistiu com o Império Romano e no ano de 455 invadiu e submeteu Roma. Saquearam a cidade ao longo de 2 semanas.
Quem diria que vândalos...
tinha um povo VÂNDALOS...+1x o saque.invasão do actual centro da Europa...Ai a Andaluzia...
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- Os Vândalos foram um povo de origem germânica, naturais da Escandinávia. O nome na língua original era Wandeln. Há algumas incertezas que impedem de afirmar qual era a terra natal de tal povo, porém uma corrente de pesquisadores acredita que o território de origem seria o que hoje chamamos de Noruega.
Os Vândalos foram um povo de origem germânica, naturais da Escandinávia. O nome na língua original era Wandeln. Há algumas incertezas que impedem de afirmar qual era a terra natal de tal povo, porém uma corrente de pesquisadores acredita que o território de origem seria o que hoje chamamos de Noruega. Este argumento fundamenta-se na similaridade do nome da tribo com outros nomes da mesma região.
Os Vândalos subdividiam-se em Silingi e em Hasdingi. Os primeiros habitavam a região da Magna Germânia, enquanto o segundo grupo se deslocou para o sul e entrou em confronto com o Império Romano. Após os conflitos, os Hasdingi estabeleceram-se na região que hoje identificamos como Romênia. No início do século V, os hunos atacaram os territórios ocupados pelos Vândalos que, por sua vez, deslocaram-se para o oeste.
Em meio ao processe de migração, os Vândalos chegaram até três regiões que foram significativas para a sua história. Ao longo da marcha para o oeste, os Vândalos atingiram a margem do Danúbio e alcançaram o rio Reno, onde entraram em combate com os francos. Aproximadamente vinte mil vândalos morreram no choque entre esses dois povos, sendo que os francos só foram derrotados quando os alanos entraram no combate para auxiliar os vândalos. Com o caminho aberto, atravessaram o rio Reno e invadiram a região da Gália saqueando e pilhando o que estava pelo caminho.
Outra região muito marcante na história dos Vândalos foi a Península Ibérica. Esta foi penetrada por tal povo no ano 409 e no local receberam terras dadas pelos romanos. Os Vândalos tiveram um confronto com os Suevos no qual saíram derrotados.
Outra localidade característica dos Vândalos foi o norte do continente africano. Através da construção de uma esquadra naval, eles cruzaram o estreito de Gibraltar e atingiram Cartago, que caiu ao domínio dos Vândalos. A união com os alanos gerou um poderoso reino que foi capaz de conquistar a Sicília, a Sardenha, a Córsega e as Ilhas Baleares.
Em ações ousadas, os Vândalos saquearam Roma durante duas semanas no ano de 455 e foram capazes de resistir ainda a uma frota enviada pelo Império Romano para combatê-los. Mesmo já convertidos também ao cristianismo, os Vândalos ainda tiveram vários conflitos com os romanos por causa de tensões religiosas.
O efetivo declínio dos Vândalos começou com uma crise interna que depôs o rei. Aproveitando-se da situação, Justiniano enviou à África, onde haviam se estabelecido os Vândalos, um corpo expedicionário, que teve apoio dos Ostrogodos e dos povos indígenas africanos, para derrubar o reinado dos Vândalos, sumindo da história em 534.
Atualmente, o termo Vândalo é utilizado para identificar saques bárbaros e destruição, mas a conduta de tal povo não foi diferenciada dos hábitos dos povos antigos que também saquearam Roma, o que torna a utilização relativamente injusta.
https://www.infoescola.com/povos-germanicos/vandalos/
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31 de Dezembro de 406: Os Vândalos cruzam o rio Reno e invadem a Gália
Em
31 de Dezembro de 406, bandos de vândalos, de alanos e suevos cruzam o
rio Reno, caminhando sobre o leito congelado, perto de Mogúncia, na
actual Renânia (Alemanha). As tribos bárbaras prosseguem na direcção
sudoeste e assolam a Gália (hoje, França) sem encontrar resistência.
No
início do século V, o Império Romano encontrava-se em decadência e
mostrava-se incapaz de reagir. Em poucos anos, os germânicos ocupam a
Espanha e o norte da África. Tal como eles, outros povos bárbaros
invadem o sul da Europa: os visigodos, os ostrogodos e os francos. A
Europa converte-se num mosaico de reinos bárbaros.
Os vândalos invadem também a região da Mauritânia (hoje, Argélia e Líbia) e ocupam Cartago, a capital romana da África.
Os
vândalos dividiam-se entre as tribos de asdingos e silingos. Os
silingos viviam na região conhecida como Grande Germânia, onde hoje é a
Silésia (actuais Polónia e República Checa). No século II, os asdingos,
liderados pelos reis Raus e Rapt, deslocaram-se para o sul, e atacaram
os romanos na região do baixo Danúbio. Depois entraram num acordo de paz
e estabeleceram-se a oeste, na Dácia (Roménia) e na Panónia (Hungria
romana).
Em
400 ou 401, os vândalos, com os seus aliados (os alanos sármatas e os
suevos germânicos), iniciaram uma deslocação para oeste, sob o comando
do rei Godegisílio, possivelmente por causa de ataques dos hunos. Nessa
mesma época, os asdingos já haviam sido cristianizados. Muitos, como
antes os godos, adoptaram o Arianismo, uma crença que estava em oposição
à principal corrente do Cristianismo do Império Romano, que depois
cresceram como Catolicismo e Ortodoxia Oriental.
Os
vândalos viajaram para oeste, pelas margens do Danúbio sem muita
dificuldade, mas quando alcançaram o Reno, encontraram a resistência dos
francos, que habitavam e controlavam as possessões romanas, no norte da
Gália. Cerca de 20 mil vândalos, inclusive Godegisílio, morreram na
batalha. Com a ajuda dos alanos, porém, conseguiram derrotar os francos
e, em 31 de Dezembro de 406, cruzaram o Reno para invadir a Gália. Sob o
comando do filho de Godegisílio, Gunderico, os vândalos pilharam e
saquearam no caminho, sempre em direcção sudoeste, através da
Aquitânia.
Em
Outubro de 409, os vândalos cruzaram os Pirinéus, penetrando na
Península Ibérica, onde receberam terras dos romanos. O meio-irmão de
Gunderico, Genserico, começou a construir uma esquadra e, em 429, cruzou
o estreito de Gibraltar, indo para leste, até Cartago. Genserico
transformou o reino dos vândalos e alanos num estado poderoso no
Mediterrâneo, conquistando a Sicília, a Sardenha, a Córsega e as Ilhas
Baleares. A capital era Saldae, actual Bejaia, no norte da Argélia.
Quando
os árabes chegaram para conquistar o Magrebe e a Península Ibérica,
mais de dois séculos mais tarde, trataram a região toda como terra dos
vândalos, e baptizaram-na Al-Andalus.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Saque de Roma pelos Vândalos em 455.- Heinrich Leutemann
Mapa mostrando a migração dos vândalos
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HUNOS
20 de Junho de 451: Os Hunos comandados por Átila são derrotados por Roma e seus aliados
Os hunos são
derrotados em 20 de Junho de 451, perto de Troyes, num lugar chamado de
“Campos Cataláunicos”. Átila, rei dos Hunos, mantinha toda a Europa
atemorizada e sonhava em acabar com o já decadente Império Romano do
Ocidente. Chegavam à Europa Ocidental notícias do Oriente de quão
impiedosas eram as hordas hunas lideradas por Átila, que não tinham
qualquer clemência com os inimigos.
Os povos europeus tinham duas opções: ou buscavam a protecção de Roma ou se uniam à sangrenta expansão de Átila, enviando homens e recursos.
Átila decidiu, com a desculpa de expulsar os Visigodos da Gália, ocupá-la. Roma, que não era nem a sombra do grande império que havia sido séculos atrás, teve de pedir ao general Flávio Aécio para manter a ordem e a disciplina naquela Roma ingovernável.
Aécio recebeu o apodo de “O Último Romano” na expectativa de trazer a Roma os seus derradeiros momentos de glória. A batalha pela Gália ocorreria perto de Châlons entre os hunos, Roma e os respectivos aliados, passando à História como A Batalha dos Campos Cataláunicos.
Os hunos, esses misteriosos nómadas, tinham chegado, um século antes, da longínqua Ásia Central e instalando-se na região do Danúbio. Um deles, o príncipe Átila, foi elevado à corte do imperador romano do Oriente, em Constantinopla. Ao reencontrar os seus compatriotas, reúne-os sob o seu comando.
A exemplo de outras nações bárbaras, combate as tropas de Constantinopla, depois decide atacar a Gália. Na investida, cruza o rio Reno e destrói a cidade de Metz.
Em Paris, que então ainda se chamava Lutécia, Santa Genoveva recomenda aos seus concidadãos jejuar durante três dias para atrair a benevolência de Deus. Para os habitantes de Lutécia, as suas preces resultaram num milagre, pois Átila renunciou à tomada da cidade.
Às margens do rio Reno, os hunos são atacados pelas forças do general Aécio, que havia sido camarada de armas de Átila na juventude.
Ainda que batido nos “Campos Cataláunicos“, Átila prossegue na sua rota e dirige-se a Roma. Às portas da cidade, o papa Leão I, o Grande, convence-o a dar meia volta. Átila instala-se então com os seus homens às margens do rio Danúbio, onde morre pouco depois de uma crise de apoplexia ou assassinado pela esposa (existe mais do que uma versão sobre a sua morte). Os hunos saíam da História tão repentinamente como haviam entrado.
Os povos europeus tinham duas opções: ou buscavam a protecção de Roma ou se uniam à sangrenta expansão de Átila, enviando homens e recursos.
Átila decidiu, com a desculpa de expulsar os Visigodos da Gália, ocupá-la. Roma, que não era nem a sombra do grande império que havia sido séculos atrás, teve de pedir ao general Flávio Aécio para manter a ordem e a disciplina naquela Roma ingovernável.
Aécio recebeu o apodo de “O Último Romano” na expectativa de trazer a Roma os seus derradeiros momentos de glória. A batalha pela Gália ocorreria perto de Châlons entre os hunos, Roma e os respectivos aliados, passando à História como A Batalha dos Campos Cataláunicos.
Os hunos, esses misteriosos nómadas, tinham chegado, um século antes, da longínqua Ásia Central e instalando-se na região do Danúbio. Um deles, o príncipe Átila, foi elevado à corte do imperador romano do Oriente, em Constantinopla. Ao reencontrar os seus compatriotas, reúne-os sob o seu comando.
A exemplo de outras nações bárbaras, combate as tropas de Constantinopla, depois decide atacar a Gália. Na investida, cruza o rio Reno e destrói a cidade de Metz.
Em Paris, que então ainda se chamava Lutécia, Santa Genoveva recomenda aos seus concidadãos jejuar durante três dias para atrair a benevolência de Deus. Para os habitantes de Lutécia, as suas preces resultaram num milagre, pois Átila renunciou à tomada da cidade.
Às margens do rio Reno, os hunos são atacados pelas forças do general Aécio, que havia sido camarada de armas de Átila na juventude.
Ainda que batido nos “Campos Cataláunicos“, Átila prossegue na sua rota e dirige-se a Roma. Às portas da cidade, o papa Leão I, o Grande, convence-o a dar meia volta. Átila instala-se então com os seus homens às margens do rio Danúbio, onde morre pouco depois de uma crise de apoplexia ou assassinado pela esposa (existe mais do que uma versão sobre a sua morte). Os hunos saíam da História tão repentinamente como haviam entrado.
Átila,
personagem mal conhecida, presta-se a todas as interpretações. Permanece
ainda como um herói bastante popular na Hungria, onde o seu nome
baptiza um número considerável de homens, posto que os húngaros
reivindicam ser descendentes dos magiares, povo nómada pertencente a um
grupo linguístico histórico de povos da Europa que hoje falam os idiomas
fínicos (finlandeses e estónios) e os úgricos (húngaros).
No Ocidente, em contrapartida, o último Rei dos Hunos guarda a imagem de um bárbaro em todos os sentidos. Essa ideia advém do facto dos cronistas cristãos da Idade Média o terem alcunhado de “Fléau de Dieu” “O Flagelo de Deus”. No entanto, “fléau” é também um instrumento com que se malham cereais para debulhá-los e que consiste num pau comprido que serve de cabo comprido, ligado por uma correia a um outro, curto, que percute as hastes de trigo, cevada, as espigas de milho para retirar-lhes os grãos. Da mesma maneira, segundo os clérigos da sua época, teria sido enviado por Deus para punir os homens pelos seus pecados e reconduzi-los a Ele.
No Ocidente, em contrapartida, o último Rei dos Hunos guarda a imagem de um bárbaro em todos os sentidos. Essa ideia advém do facto dos cronistas cristãos da Idade Média o terem alcunhado de “Fléau de Dieu” “O Flagelo de Deus”. No entanto, “fléau” é também um instrumento com que se malham cereais para debulhá-los e que consiste num pau comprido que serve de cabo comprido, ligado por uma correia a um outro, curto, que percute as hastes de trigo, cevada, as espigas de milho para retirar-lhes os grãos. Da mesma maneira, segundo os clérigos da sua época, teria sido enviado por Deus para punir os homens pelos seus pecados e reconduzi-los a Ele.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Os Hunos, liderados por Átila, invadem a Itália, pintura do século XIX de Ulpiano Checa

A Festa de Átila do pintor húngaro Mór Than

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