Jacob
Nasceu a 4jan1785...Hanau...Alemanha
e morreu a
***
Wilhelm
Nasceuem 1786
e morreu a 16dez1859
***
Cultura
Contos dos Irmãos Grimm: 200 anos de popularidade
Eles têm nomes como "A Bela Adormecida" ou "O Rei Sapo"
e falam de mundos maravilhosos, do direito à felicidade e da vitória do
bem sobre o mal. E levam crianças de todo o mundo às lágrimas há dois
séculos.
A atriz Marlies Ludwig abaixa seu tom de voz e dá uma olhada para a
plateia, composta por 20 alunos dos primeiros anos do ensino
fundamental, sentados confortavelmente a seus pés sobre almofadas
coloridas. Acompanhados da professora, eles participam do evento Berliner Märchentage, um festival de contos de fadas que acontece na capital alemã.
De início, as crianças ainda permanecem um pouco inquietas, mas na medida em que a atriz começa a contar a história de Chapeuzinho Vermelho, elas concentram a atenção no que ela tem a dizer. E assim ficam durante uma hora.
Histórias que prendem a atenção
Marlies Ludwig encarna diversos personagens: ela coaxa como um sapo, esconjura como a mulher ranzinza do pescador e dança como a Gata Borralheira no dia do baile. De vez em quando ela recorre, para continuar contando a história, ao auxílio das crianças, que às vezes a corrigem em alto e bom som. Isso quando ela conta algum dos contos de fadas de maneira diferente daquela escrita pelos Irmãos Grimm.
"As fábulas dos Irmãos Grimm são um fenômeno", diz Carola Pohlmann, diretora do Departamento Juvenil da Biblioteca Pública de Berlim e curadora da mostra Chapeuzinho Vermelho vem de Berlim. A exposição, aberta desde o início de novembro último, rastreia os 200 anos dos contos de fadas dos Irmãos Grimm em sua trajetória única de sucesso.
De fato, os Contos de Grimm são a obra alemã mais disseminada em todo o mundo, depois da Bíblia de Martinho Lutero. Eles foram traduzidos para mais de 160 línguas e são até hoje frequentemente narrados, seja em forma de histórias em quadrinhos, livros ilustrados, desenhos animados ou filmes de ficção, mas também em videoclipes, audiolivros ou encenações.
Exímios colecionadores
De início, nada levava a crer que esses contos iriam alcançar tamanho sucesso. Principalmente porque as fábulas coletadas pelos Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, a partir de uma ideia de Clemens Brentano, poeta do Romantismo alemão, no início do século 19, soavam em sua primeira edição muito duras e pouco adequadas às crianças.
Os Grimm propuseram a si próprios na época executar uma tarefa científica, guiados pelo desejo de coletar a literatura popular e assegurar suas fontes sem manipulá-las. O primeiro volume da primeira edição de sua coleção de contos de fadas foi publicado em 1812, com apenas 900 exemplares. Seu título original era Kinder- und Hausmärchen (Contos Infantis e Domésticos).
O sucesso viria depois, com modificações essenciais no texto e através de incrementos em determinadas cenas, inclusive por meio da famosa frase inicial: "Era uma vez...". E do fim recorrente: "E viveram felizes para sempre". A partir de 1830, as fábulas passaram a ser apreciadas por um público cada vez maior, também em função das ilustrações que passaram a acompanhá-las. Dentro de poucas décadas, já eram conhecidas em todo o mundo.
Tom de contos de fadas
Os Irmãos Grimm, diz Carola Pohlmann, encontraram evidentemente um tom e uma forma que o mundo todo associa a contos de fadas. E já que os temas sobre os quais versam as fábulas são também encontrados em outras formas na literatura popular, os Contos de Grimm acabam sendo compreendidos em qualquer lugar do mundo.
As fábulas dos Grimm, completa Pohlmann, "estão em casa em diversas culturas". Crianças com raízes em países do Leste Europeu, na África, na América do Sul ou na Ásia têm com esses contos muitas vezes uma empatia imediata.
As diversas edições que foram sendo publicadas no decorrer dos anos refletem não apenas as predileções de cada cultura, mas também a mudança nos padrões de gosto. Se em meados do século 19 os livros ainda eram coloridos à mão, há ainda nas bibliotecas alemãs edições rebuscadas e kitsch datadas do pós-guerra, impressas sob condições precárias em papel de má qualidade. Hoje, o mercado editorial de língua alemã oferece interpretações contemporâneas das fábulas, com ilustrações espirituosas, como, por exemplo, as de Rotraut Susanne Berner ou de Tomi Ungerer.
Novas formas de contar histórias
Mas, diz Pohlmann, a grande mágica destes contos está na própria história. E no fato de que eles podem ser maravilhosamente narrados por alguém que acaba sempre "acrescentando um ponto". Como a leitura para as crianças é algo que caiu em desuso em muitas famílias, os organizadores do festival berlinense resolveram trazer, com o Berliner Märchentage, um substituto para essa leitura doméstica em voz alta.
A programação inclui mais de 800 eventos por ano. Na última edição, o evento contabilizou mais de 150 mil visitantes. No festival, percebe-se que ouvir histórias é sempre um deleite. E que não apenas atores e atrizes conseguem fazer isso, mas também atletas, empresários ou políticos. Os mentores do projeto estão sempre tendo ideias novas, a fim de atrair as crianças ao mundo das fábulas. E fazer com que elas fiquem atentas e pacientes, quando tudo promissoramente começa com um "era uma vez...".
Autora: Silke Bartlick (sv)
Revisão: Mariana Santos
De início, as crianças ainda permanecem um pouco inquietas, mas na medida em que a atriz começa a contar a história de Chapeuzinho Vermelho, elas concentram a atenção no que ela tem a dizer. E assim ficam durante uma hora.
Histórias que prendem a atenção
Marlies Ludwig encarna diversos personagens: ela coaxa como um sapo, esconjura como a mulher ranzinza do pescador e dança como a Gata Borralheira no dia do baile. De vez em quando ela recorre, para continuar contando a história, ao auxílio das crianças, que às vezes a corrigem em alto e bom som. Isso quando ela conta algum dos contos de fadas de maneira diferente daquela escrita pelos Irmãos Grimm.
"As fábulas dos Irmãos Grimm são um fenômeno", diz Carola Pohlmann, diretora do Departamento Juvenil da Biblioteca Pública de Berlim e curadora da mostra Chapeuzinho Vermelho vem de Berlim. A exposição, aberta desde o início de novembro último, rastreia os 200 anos dos contos de fadas dos Irmãos Grimm em sua trajetória única de sucesso.
De fato, os Contos de Grimm são a obra alemã mais disseminada em todo o mundo, depois da Bíblia de Martinho Lutero. Eles foram traduzidos para mais de 160 línguas e são até hoje frequentemente narrados, seja em forma de histórias em quadrinhos, livros ilustrados, desenhos animados ou filmes de ficção, mas também em videoclipes, audiolivros ou encenações.
Exímios colecionadores
De início, nada levava a crer que esses contos iriam alcançar tamanho sucesso. Principalmente porque as fábulas coletadas pelos Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, a partir de uma ideia de Clemens Brentano, poeta do Romantismo alemão, no início do século 19, soavam em sua primeira edição muito duras e pouco adequadas às crianças.
Os Grimm propuseram a si próprios na época executar uma tarefa científica, guiados pelo desejo de coletar a literatura popular e assegurar suas fontes sem manipulá-las. O primeiro volume da primeira edição de sua coleção de contos de fadas foi publicado em 1812, com apenas 900 exemplares. Seu título original era Kinder- und Hausmärchen (Contos Infantis e Domésticos).
O sucesso viria depois, com modificações essenciais no texto e através de incrementos em determinadas cenas, inclusive por meio da famosa frase inicial: "Era uma vez...". E do fim recorrente: "E viveram felizes para sempre". A partir de 1830, as fábulas passaram a ser apreciadas por um público cada vez maior, também em função das ilustrações que passaram a acompanhá-las. Dentro de poucas décadas, já eram conhecidas em todo o mundo.
Tom de contos de fadas
Os Irmãos Grimm, diz Carola Pohlmann, encontraram evidentemente um tom e uma forma que o mundo todo associa a contos de fadas. E já que os temas sobre os quais versam as fábulas são também encontrados em outras formas na literatura popular, os Contos de Grimm acabam sendo compreendidos em qualquer lugar do mundo.
As fábulas dos Grimm, completa Pohlmann, "estão em casa em diversas culturas". Crianças com raízes em países do Leste Europeu, na África, na América do Sul ou na Ásia têm com esses contos muitas vezes uma empatia imediata.
As diversas edições que foram sendo publicadas no decorrer dos anos refletem não apenas as predileções de cada cultura, mas também a mudança nos padrões de gosto. Se em meados do século 19 os livros ainda eram coloridos à mão, há ainda nas bibliotecas alemãs edições rebuscadas e kitsch datadas do pós-guerra, impressas sob condições precárias em papel de má qualidade. Hoje, o mercado editorial de língua alemã oferece interpretações contemporâneas das fábulas, com ilustrações espirituosas, como, por exemplo, as de Rotraut Susanne Berner ou de Tomi Ungerer.
Novas formas de contar histórias
Mas, diz Pohlmann, a grande mágica destes contos está na própria história. E no fato de que eles podem ser maravilhosamente narrados por alguém que acaba sempre "acrescentando um ponto". Como a leitura para as crianças é algo que caiu em desuso em muitas famílias, os organizadores do festival berlinense resolveram trazer, com o Berliner Märchentage, um substituto para essa leitura doméstica em voz alta.
A programação inclui mais de 800 eventos por ano. Na última edição, o evento contabilizou mais de 150 mil visitantes. No festival, percebe-se que ouvir histórias é sempre um deleite. E que não apenas atores e atrizes conseguem fazer isso, mas também atletas, empresários ou políticos. Os mentores do projeto estão sempre tendo ideias novas, a fim de atrair as crianças ao mundo das fábulas. E fazer com que elas fiquem atentas e pacientes, quando tudo promissoramente começa com um "era uma vez...".
Autora: Silke Bartlick (sv)
Revisão: Mariana Santos
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? verificar se tem a ver com estes irmãos Grimm
https://www.youtube.com/watch?v=1Y5ElKixGNU
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„Quando se aproximaram, eles viram que a casa era feita de pão, e o telhado foi feito de bolo e as janelas de espumante açúcar.“
Referência: https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/
Referência: https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/
Os irmãos Grimm , Jacob
e Wilhelm , foram dois irmãos, ambos acadêmicos, linguistas, poetas e
escritores que nasceram no então Condado de Hesse-Darmstadt, atual
Alemanha. Os dois dedicaram-se ao registro de várias fábulas infantis,
ganhando assim grande notoriedade, notoriedade essa que, gradativamente,
tomou proporções globais. Também deram grandes contribuições à língua
alemã, tendo os dois trabalhado na criação e divulgação, a partir de
1838, do Dicionário Definitivo da Língua Alemã , que não chegaram a
completar, devido a morte de ambos entre as décadas de 1850 e 1860.
Referência: https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/
Referência: https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/
Os irmãos Grimm , Jacob
e Wilhelm , foram dois irmãos, ambos acadêmicos, linguistas, poetas e
escritores que nasceram no então Condado de Hesse-Darmstadt, atual
Alemanha. Os dois dedicaram-se ao registro de várias fábulas infantis,
ganhando assim grande notoriedade, notoriedade essa que, gradativamente,
tomou proporções globais. Também deram grandes contribuições à língua
alemã, tendo os dois trabalhado na criação e divulgação, a partir de
1838, do Dicionário Definitivo da Língua Alemã , que não chegaram a
completar, devido a morte de ambos entre as décadas de 1850 e 1860.
Referência: https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/
https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/Referência: https://citacoes.in/autores/irmaos-grimm/
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04 de Janeiro de 1785: Nasce Jacob, o mais velho dos irmãos Grimm
No
dia 4 de Janeiro de 1785, nasce o mais velho dos irmãos Grimm, Jacob,
em Hanau, Alemanha. O irmão, William, nasceria no ano seguinte. Os dois
tornaram-se famosos pelas belas fábulas que criaram e que persistem no
imaginário colectivo até hoje.
Na
tradição oral, as histórias compiladas não eram destinadas ao público
infantil e sim aos adultos. Foram os Grimm quem as dedicaram às crianças
pela sua temática mágica e maravilhosa. Fundiram, assim, esses dois
universos: o popular e o infantil.
Surge
então uma grande literatura infantil para encantar crianças de todo o
mundo. São contos que atravessam os séculos, ultrapassam todas as
fronteiras, ganham todos os idiomas vivos, surgem em palcos de teatro e
telas de cinema e televisão. Conquistam corações de crianças e adultos.
São contos que dão vida a bruxas e fadas, a ogros, anões, duendes,
poções mágicas, dragões, feras e animais domésticos, a pessoas malvadas e
bondosas, a personagens lindos e outros feios. Tudo num contexto
sobrenatural, mágico, misterioso, maravilhoso.
A
violência presente nos contos de Charles Perrault, escritor e poeta
francês, o primeiro a dar acabamento literário aos contos de fadas, cede
lugar a um humanismo, onde se destaca o sentido do maravilhoso da vida.
Perpassam pelas histórias, de forma suave, duas temáticas em especial: a
solidariedade e o amor ao próximo. A despeito dos aspectos "negativos"
que continuam presentes nessas histórias, o que predomina, sempre, são a
esperança e a confiança na vida.
É possível observar essa diferença, confrontando-se os finais da história de Chapuchinho Vermelho em
Perrault, que termina com o lobo a devorar a menina e a avó, e em
Grimm, onde o caçador abre a barriga do lobo, deixando que as duas
fiquem vivas e felizes enquanto o lobo morria com a barriga cheia de
pedras que o caçador ali colocou.
Jovens,
os dois irmãos ajudaram alguns amigos nas pesquisas para uma importante
colecção de contos folclóricos. Um dos autores, impressionado com o
trabalho dos irmãos, sugeriu que publicassem alguns dos contos
folclóricos orais que haviam reunido. A colecção veio à luz sob o título Contos para Crianças e Famílias, mais tarde conhecida como Contos de Fadas dos Irmãos Grimm, publicada em diversos volumes entre 1812 e 1822.
A colecção dos irmãos Grimm inclui alguns dos mais célebres contos de fadas: Branca de Neve e os Sete Anões, Cinderela ou A Gata Borralheira, João e Maria, Rapunzel, A Bela Adormecida, Músicos de Bremen e O Ganso de Ouro.
Os irmãos desenvolveram os contos ao ouvir os contadores de histórias
tentando reproduzir as suas palavras e técnicas de contar tão fielmente
quanto possível. O seu método contribuiu para uma abordagem científica
para a documentação do folclore.
Jacob
continuou a pesquisar histórias e linguagem, tendo publicado um
influente volume de gramática alemã. Em 1829, Jacob e William
tornaram-se bibliotecários e professores na Universidade de Gottingen.
Jacob publicou outra importante obra, Mitologias Germânicas,
explorando as crenças dos teutónicos anteriores à era Cristã. Em 1840, o
rei Frederico Guilherme IV da Prússia convidou-os a irem a Berlim, onde
se tornaram membros da Real Academia de Ciências. Começaram a trabalhar
na realização de um enorme dicionário, mas William morreu em 1859,
antes que os verbetes da letra D estivessem completos.
William
Grimm morreu no dia 16 de Dezembro de 1859. A Academia de Berlim
escreveu: "No dia 16 do último mês faleceu William Grimm, membro da
Academia, que fez brilhar o seu nome como linguista alemão e colector de
lendas e poemas. O povo alemão está habituado a associá-lo ao seu irmão
mais velho Jacob. Poucos homens são honrados e amados como os irmãos
Grimm, que no espaço de meio século ampararam-se reciprocamente e
fizeram-se conhecidos por um trabalho comum". Jacob morreu em 20 de
Setembro de 1863. Os dois irmãos descansam juntos no cemitério de
Matthäus em Berlim-Schöneberg.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Jacob e Wilhelm Grimm em 1843
Jacob (direita) e Wilhelm Grimm (esquerda) numa pintura feita em 1855 por Elisabeth Jerichau-Baumann
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