17/06/2019

4.173.(17jun2019.8.8') Castanheira de Pera...Figueiró dos Vinhos...Pedrógão Grande...

Memórias de um triângulo de concelhos especial...
**
Castanheira de Pera
(o meu colega de sindicato, Fernando Lopes, foi, pelo PS, PCâmara e vereador vários anos)
*
a piscina com ondas
**
Figueiró dos Vinhos
*
Museu Malhoa
**
Pedrógão Grande
foi um triângulo de concelhos que visitei
várias vezes
aquando era dirigente sindical do SPRC.
Numa primeira fase sem a IC8, com carradas de curvas para ultrapassar
antes de lá chegar
*
a barragem do Cabril
*
o restaurante com vista especial sobre a barragem
 achegã e o prato de buxo recheado
(levei lá uma excursão do CCCela)
*
 a vizinha Luísa
que é professora
e actual vereadora pelo PS
***
Enquanto vereador da câmara
muitas vezes intervim
alertando
perante tanta experiência doutros concelhos
que nunca esperavam que ardesse tanto
do seu território ou então perante enxurradas
inesperadas
***
Em 1999
fui primeiro da lista CDU
e por lá andei
como candidato
***
17jun2019
 fez-se alguma coisa...muito milhão...mas as pessoas continuam a não querer estar no interior...Mesmo nós em Alcobaça, estamos a perder juventude, as minhas duas filhas, quadros superiores, operários especializados, para as cidades e para o estrangeiro!
*
AbrilAbril
O que resta de dois anos de discussão e de medidas tomadas na sequência dos trágicos incêndios de 2017? Quais dos responsáveis se chegaram à frente dizendo «sim, foram as nossas políticas, a nossa acção que deixou o mundo rural à sua sorte, que degradou os meios necessários à prevenção e ao combate aos incêndios, que permitiu que os interesses privados se sobrepusessem ao interesse público»?
As causas, ainda que concorrentes, são por demais evidentes: as opções da política de direita ao serviço dos interesses dos grupos económicos que povoam a região e o sector agroflorestal, as imposições orçamentais da União Europeia, a obsessão pelo défice, o enfraquecimento das funções sociais do Estado e a desvalorização dos trabalhadores da Administração Pública. Eis o que está na origem da vulnerabilidade tanto da nossa floresta como do nosso sector alimentar e energético.
Mas o que dizer às vítimas que continuam por indemnizar, àqueles cujo trabalho no sector agroflorestal é o de contribuir para o potencial produtivo do país que continua por recuperar? Como explicar que volte a crescer sem qualquer limite o eucalipto a partir da sua regeneração natural, identificada que estava a necessidade de reflorestar com espécies folhosas autóctones?
Seria de esperar que este episódio trágico obrigasse a enfrentar estas questões com a firmeza necessária; que se assumissem as opções políticas e se revertesse o rumo seguido. Porque, enquanto se tenta passar a ideia de que «o Estado falhou», continua-se a alimentar um equívoco: opções políticas não são erradas ou acertadas; servem interesses distintos e muitas vezes contraditórios.
Se consideramos que defender a floresta, a produção nacional e os pequenos produtores é a opção política que melhor serve a nossa ideia de futuro, então temos que tomar outras opções de fundo.
Não se trata de medidas e legislação avulso para acalmar a indignação do momento. Ao longo destes dois anos não foi reaberto qualquer serviço público encerrado antes de 2017. Continuam a ser retirados apoios, ao mesmo tempo que se tenta colocar as culpas nos pequenos proprietários rurais e encher noticiários com aqueles que se comportam à margem da lei no que toca à reconstrução.
Nada é feito de estrutural no sentido de repovoar o Interior. As pessoas vivem onde têm trabalho e, de preferência, trabalho com condições, onde têm infra-estruturas públicas, onde têm condições de mobilidade. Se no Interior não há gente para avistar os fogos, muito menos haverá quem tenha condições para lhes fazer frente ou antes para cuidar da floresta.
Mas ei-los nas televisões: Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa fazem a sua romaria às zonas afectadas em homenagem às vítimas, e Assunção Cristas fala da «dor que não pode ser esquecida». Mas esqueceu-se que foi o seu governo que de 2011 a 2015 decidiu cortes superiores a 28 milhões de euros no orçamento do Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC). Sim, isso é mesmo melhor que se esqueça. Esquecermo-nos que foi o governo do PSD/CDS e a então ministra das Florestas, Assunção Cristas, que aprovaram a liberalização do eucalipto, que permitiram a desvalorização do preço da madeira e o favorecimento dos interesses de grupos económicos como a Altri, a Navigator e a Sonae.
Também Costa não quer lembrar que a nacionalização já vem tarde e que a decisão de fazer depender da iniciativa privada as comunicações da rede nacional de emergência usada por bombeiros, INEM, PSP e GNR, entregando a gestão do SIRESP a uma PPP, foi obra de quatro governos — António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates, este último com Costa na equipa.
Dois anos passados, devem ser os portugueses a dizer: «sabemos quem são os responsáveis, que estão ao serviço de interesses que são incompatíveis com o futuro que queremos para o nosso País.»

 https://www.abrilabril.pt/nacional/pedrogao-dois-anos-volvidos-como-podemos-defender-floresta?fbclid=IwAR0usCG1oh_IdB-9rm8lHs8B4j6KsqFsBjsvzHXk8ONJZDfAUX6YI2aqG3k
*
TVI

Pedrógão Grande: há dois anos, o fogo matou 66 pessoas e fez mais de 200 feridos


A data é lembrada numa altura em que se sabe que o juiz de instrução do Tribunal de Leiria vai decidir no final da próxima semana se há julgamento no processo que analisa as responsabilidades do incêndio

 https://tvi24.iol.pt/sociedade/incendios/pedrogao-grande-ha-dois-anos-o-fogo-matou-66-pessoas-e-fez-mais-de-200-feridos?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=ed-tvi24&fbclid=IwAR2jzY-nFQQsSA2BPwczby5Tgup1tByHESmepoDvTvNItNp1iln5zY2DjoQ
***
17jun2018
Duarte Caldeira:
Foi há um ano. Eram 14h43 de 17 de junho de 2017 quando se iniciou um incêndio florestal em Escalos Fundeiros, no município de Pedrógão Grande, do qual resultou uma das maiores catástrofes ocorridas em Portugal.
 Uma casa arde no concelho de Pedrógão Grande (17 de Junho)
Uma casa arde no concelho de Pedrógão Grande (17 de Junho)CréditosPaulo Cunha / Lusa
Potenciado pelo estado fenológico e carga disponível de combustível e por um fenómeno meteorológico extremo, este incêndio teve como consequência a morte de 64 cidadãos, 254 feridos, elevados danos em habitações, empresas, infraestruturas, culturas e floresta.
Foram muitos os relatórios produzidos, enquanto instrumentos de análise e estudo para identificar as causas, debilidades e responsabilidades que pudessem explicar tão dramática circunstância. Estes documentos disponibilizaram um vasto conjunto de indicadores, tanto do ponto de vista da explicação técnica e científica do ocorrido, como da identificação das lacunas de ação politica de sucessivos governos, que conduziram o território rural à situação de risco em que se encontra.
Muitas das medidas identificadas e propostas pelos mencionados relatórios foram adotadas pelo Governo, tanto impulsionadas por este incêndio como pelos que voltaram a flagelar a região norte e centro do país, de 14 a 16 de outubro do mesmo ano. Porém, foram-no de uma forma desgarrada, nuns casos justificadas pela emergência das situações em causa, mas noutros apenas pela necessidade de preencher a agenda mediática e responder à pressão das oposições parlamentares.
Um ano depois, com seriedade e rigor, ninguém pode garantir a impossibilidade de se repetirem incêndios florestais com as características dos verificados em 2017, potenciados por condições pirometeorológicas propicias, num cenário em que, de acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) se prevê um aumento da temperatura global em cerca de 4,8 graus centígrados e uma diminuição da humidade no ar e nos solos.
Para alem disto, acresce a fragilidade de uma população envelhecida em territórios de baixa densidade, abandonados e sem perspetiva de futuro, circunstancia que aumenta o potencial de risco. Assim, o que importa é criar as efetivas condições para reduzir o risco e aprimorar os sistemas de alerta e socorro, para que as populações possam aumentar a sua resiliência para lidar com tais incêndios.
Mal refeita do choque do incêndio de Pedrógão Grande a sociedade despertou para a problemática dos incêndios florestais e deixou de considera-los como um acontecimento recorrente do verão português, como se de uma fatalidade se tratasse.  
Dir-se-á que é preciso renascer das cinzas e não insistir na discussão à volta do que aconteceu há um ano, concentrando esforços e ação para que a tragédia provocada pelos incêndios não se repita, uma vez que temos por adquirido que vamos continuar a enfrentar grandes incêndios. Discordo desta argumentação.
Sim é preciso continuar a analisar, estudar e concluir sobre o que aconteceu em Portugal em 2017. Sim é preciso continuar a debater as vulnerabilidades do território, dos sistemas de proteção e socorro das pessoas, bem como da ação politica –  a nível local e central – visando a melhoria da sua qualidade e adequação.
E isto porque não podemos remeter para o arquivo da memória – tantas vezes utilizado como instrumento de desresponsabilização individual e coletiva – o que deve continuar a ser matéria para reflexão e imperativo para a ação.
As 115 vítimas mortais dos incêndios florestais de junho e outubro de 2017, bem como todos os sobreviventes que viram as suas vidas totalmente devastadas em consequência da referida catástrofe, impõem que continuemos a procurar respostas, não numa perspetiva persecutória para pessoas e instituições, mas apenas para que todos ajudemos todos a agir melhor.


O autor escreve ao abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990
https://www.abrilabril.pt/nacional/evocacao-de-uma-catastrofe
17junho2017
  ...memórias deste dia:
14.43'... quando se iniciou um incêndio florestal em Escalos Fundeiros, no município de Pedrógão Grande, do qual resultou uma das maiores catástrofes ocorridas em Portugal.
***
17junho
 Hoje é Dia Mundial de Combate contra a Seca e a Desertificação... É uma ocasião única para lembrar que a desertificação pode ser eficazmente combatida, que existem soluções e que as principais ferramentas para tal assentam no fortalecimento da participação das comunidades e da cooperação a todos os níveis.
 https://www.youtube.com/watch?v=QRaBXIjfsNg&fbclid=IwAR1YfuxmGGHv3UHfTLZAoPjt_1CyawBDdI_akMEMB7DEgcIlnVFO320G3GI