Globo Terrestre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Globo_terrestre
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20 de Junho de 1492: Surge o primeiro globo terrestre, apelidado "Maçã do Mundo"
Em Nuremberga, no dia 20 de Junho de 1492, ou seja, algumas semanas antes da descoberta do "Novo Mundo", o cartógrafo e navegador Martin Behaim conclui a construção do primeiro globo terrestre. Em colaboração com o pintor Georg Glockenthon, Behaim construiu-o entre 1491 e 1493 aquando da sua permanência em Nuremberga, denominando-o “Erdapfel”, ou seja, “maçã do mundo”. O original está hoje em exibição no Germanisches Nationalmuseum de Nuremberga e é uma das obras de arte mais descritas da Europa.
O Globo de
Behaim, também conhecido como Globo de Nuremberga, seguiu a ideia de um
globo construído por volta de 1475 para o papa Sisto IV, porém
melhorando a representação e incluindo meridianos e a linha do Equador.
Este globo, de cerca de 50 centímetros de diâmetro, encontra-se
conservado na sua cidade natal.
A rotundidade
da Terra, posta em evidência dois mil anos antes, não era já dúvida para
ninguém. Entretanto, houve necessidade de mais meio século para
compreender, a partir de Copérnico, que a Terra é que gira em torno do
Sol e é só um planeta no meio de outros.
É certo que os
Sumérios, devotados à astronomia e que viviam na Mesopotâmia 3 mil anos
antes de Cristo, representavam a Terra como um disco chato pousado sobre
um oceano sem limites.
Foi somente no
século V a.C., no tempo de Péricles, que filósofos gregos como Pitágoras
e Parménides começaram a representar a Terra sob a forma de uma esfera,
cuja representação lhes parecia coerente com a curvatura do horizonte.
Por volta de
230 a.C., o astrónomo e matemático Eratóstenes confirma brilhantemente a
rotundidade da Terra e, ademais, mede a sua circunferência com incrível
precisão. Num primeiro momento, atenta no solstício de verão o momento
em que o Sol está no seu zénite e se reflectia nas águas de um poço
muito fundo na cidade de Syene, hoje Assuão, Egipto, que ficava
exactamente no limite da zona tropical e no mesmo meridiano de
Alexandria. Num segundo tempo, no mesmo dia do ano e no mesmo momento
mede em Alexandria, a mil quilómetros a norte, a sombra projectada por
uma vara na vertical.
Conhecendo a
distância entre as duas cidades e desprezando a diferença de inclinação
dos raios solares, deduz que nosso planeta tem uma circunferência de 250
mil estádios, ou seja, praticamente 40 mil quilómetros, medida muito
próxima da actualmente admitida.
A Geografia de
Cláudio Ptolomeu, um grego de Alexandria, retoma as conclusões dos
sábios que lhe antecederam. Graças a essa obra bem conhecida dos
eruditos da Idade Média, a rotundidade da Terra iria ser ensinada nas
universidades ocidentais a partir do século XIII e somente religiosos
sectários ou ignorantes a negariam ou ignorariam.
Em 1410, o teólogo francês Pierre d'Ailly publica uma obra de cosmografia de grande difusão: Imago Mundi. Continuamente reeditada e enriquecida durante todo o século XV, sintetiza a visão medieval do mundo.
Segundo a Imago Mundi,
as terras emergentes, todas reagrupadas na metade norte do globo
terrestre, estão cercadas por um imenso rio, o “Mar Oceano”, salpicado
de ilhas cada qual com uma singularidade, com habitantes como pigmeus,
ciclopes, cinocéfalos — homens com cabeça de cão — antropófagos, etc. O
equador marca o limite que é impossível ao homem ultrapassar.
À época de Cristóvão Colombo, os eruditos, navegantes e geógrafos conheciam tão bem o Imago Mundi quanto
a geografia de Ptolomeu. Indagavam-se somente sobre a extensão do “Mar
Oceano” que supostamente separava a Europa da Ásia.
Ora, Ptolomeu, na sua célebre Geografia,
estabeleceu para a circunferência da Terra um valor claramente inferior
ao de Eratóstenes, da ordem de 180 mil estádios ou 33 mil quilómetros.
Com base nisso,
o astrónomo florentino Paolo Toscanelli produziu em 1468, para atender o
rei de Portugal, uma carta que mostrava a Europa separada do Extremo
Oriente por um oceano de somente 10 mil quilómetros de extensão. Esse
mapa induziria Colombo a erro, subestimando drasticamente a distância
que separava, a oeste, a Europa do Extremo Oriente. De todo modo, o
navegador genovês ousaria empreender a viagem que o levaria a descobrir
um Novo Mundo.
Fontes:Opera Mundi
wikipedia (imagens)
O Globo de Nuremberga
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Atlas
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5noVEMbro2014
Atlas do século XV com Descobrimentos portugueses vai ser leiloado em Londres
Um raro atlas marítimo do século XV, que mostra os descobrimentos feitos pelos portugueses em África, desenhado 24 anos antes de Colombo descobrir a América, vai ser leiloado pela Christie’s, a 19 de novembro, em Londres.
Ainda segundo a Christie’s, sobreviveram até hoje apenas 58 atlas do século XV, sendo este, desenhado à mão em Veneza, em 1468, um dos três que ainda permanecem em mãos de privados.
Julian Wilson, especialista da leiloeira em manuscritos antigos, indicou que o atlas de 600 anos “está desenhado numa larga escala invulgar, e representa 3.000 milhas do litoral da Europa ocidental e da costa africana, desde a Escócia, no norte, até à Serra Leoa, no sul”.
O atlas contém sete mapas, que mostram a atual Guiné-Bissau, Guiné e Serra Leoa; a costa ocidental africana, de Cabo Branco a Cabo Roxo, com uma das mais antigas representações conhecidas de Cabo Verde; as Ilhas Canárias e a Mauritânia; Portugal e África ocidental, a norte, pelo estreito de Gibraltar até Agadir, em Marrocos; a Europa ocidental, com Portugal, Espanha e França; e a Grã-Bretanha e a Irlanda.
/Lusa
https://zap.aeiou.pt/atlas-seculo-xv-com-descobrimentos-portugueses-vai-ser-leiloado-em-londres-47613***
Planisfério
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Qual foi o primeiro Mapa-Mundi
Quando
e como foi feito o primeiro mapa-múndi? A pergunta enviada por Tais
Sintra, por correio eletrônico, é respondida por Amanda Estela Guerra,
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
[Ciência Hoje Online]
Publicado em 24/01/2011
[Ciência Hoje Online]
Publicado em 24/01/2011
Planisfério de Cantino, considerado o primeiro mapa-múndi a representar a superfície terrestre em seu conjunto, apresentando os dois hemisférios lado a lado. foto: reprodução |
O primeiro
mapa-múndi de que se tem notícia foi feito na Babilônia entre os séculos
7 e 6 a.C. Inscrito em argila cozida, esse mapa associava conhecimentos
adquiridos por meio da prática cotidiana dos babilônios, representando
parte da baixa Babilônia (atual região do Iraque), com concepções
filosóficas acerca do mundo, como as apresentadas por Homero.
Nesse período, a Terra era
entendida como um disco plano rodeado por um rio de água salgada que
ficava em constante movimento, chamado Oceanus. Atualmente, o conceito
de mapa-múndi é o de um mapa que representa a superfície terrestre em
seu conjunto, apresentando os dois hemisférios (ocidental e oriental)
lado a lado. O primeiro mapa-múndi feito de acordo com esse conceito é
conhecido como Planisfério de Cantino. Elaborado em 1502 a mando de um
espião italiano chamado Alberto Cantino, esse mapa foi o primeiro a
representar o mundo conhecido de então, após a descoberta do continente
americano.
Foram usadas as informações fornecidas pelos navegadores sobre o contorno dos continentes, coletadas com a ajuda de instrumentos como o astrolábio, que servia para determinar a latitude em alto-mar. Além disso, o cartógrafo incluiu partes da Europa, Ásia e África, que já eram do conhecimento dos europeus na época.
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