e morreu a 23jan1905
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/exposicao-dedicada-a-bordalo-pinheiro-mostra-pecas-raras-e-caricaturas-em-sintra-1372064
***
pintor, caricaturista,

escultor, fundador e diretor dos jornais Mappa de Portugal, Os Pontos nos ii e Antonio Maria, criador da figura do Zé Povinho.
***
Museu no Campo Grande em Lisboa
https://www.youtube.com/watch?v=y6CwtHNLERc
***
Nas Caldas da Rainha
Casa Museu São Rafael
A Casa Museu de S. Rafael Bordalo situa-se na Rua Rafael Bordalo Pinheiro, antiga casa do seu filho Manuel Gustavo. O Museu foi fundado no ano de 1884 com as peças produzidas no decorrer dos anos na fábrica de cerâmica do artista. Nele se exibem as diferentes fases de elaboração das peças.
O acervo da Casa Museu é constituído sobretudo por cerâmica produzida ao longo dos anos na Fábrica Bordalo Pinheiro, contendo originais e cópias de peças desenhadas e executadas pelo artista no final do séc. XIX.
Rua Rafael Bordalo Pinheiro, nº 53
2504-911 Caldas da Rainha
Telefone: 262839380
Fax: 262839382
Site: http://www.bordallopinheiro.pt
E-mail: museu@bordalopinheiro.com
*
Fábrica
https://roteiroceramica.wordpress.com/participantes/fabricas/86-2/
***
Via Marta Luís
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=929614350396210&set=a.102766876414299.6242.100000429611223&type=1&theater
Nesta data, há muitos anos, corria o ano de 1905 – Rafael Bordalo Pinheiro, desenhador, aguarelista, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor português partia desta paragem... recorde-se hoje: De obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, e ainda ilustrador, decorador. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma qualidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro. O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa reúne parte significativa da sua obra.
***
12 de Junho de 1875: A figura do Zé Povinho, criada por Rafael Bordalo Pinheiro, aparece pela primeira vez na revista Lanterna Mágica
O Zé Povinho" é uma das mais conhecidas personagens
criadas por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905). Confunde-se com o povo
português amplificando todos os seus defeitos e virtudes. Criado há mais de cem
anos o Zé continua a ser nosso contemporâneo.
Raphael Bordallo Pinheiro (na grafia original) foi
caricaturista, ilustrador, ceramista, decorador, editor e criador de uma das
personagens que melhor personifica o ser português: o Zé Povinho.
A personagem nasceu em 1875 e passou a surgir com
frequência nas vinhetas publicadas por Bordalo Pinheiro nas diversas publicações
que editou ou onde colaborou.Surgiu pela primeira vez na 5ª edição do periódico
"A Lanterna Mágica", a 12 de Junho de 1875,
na charge intitulada "Calendário Portuguez", alusiva
aos impostos, onde se representa o então Ministro da
Fazenda, Serpa Pimentel, a sacar ao Zé Povinho uma esmola de
três tostões para Santo António de Lisboa (representado por Fontes Pereira de Melo) com o "menino" (D. Luís I) ao colo, tendo ao lado o comandante
da Guarda Municipal, de chicote na mão,
presente para prevenir uma eventual resistência.
Nas
edições seguintes do periódico, a caricatura do Zé Povinho continuou a surgir
com o personagem de boca aberta e a não intervir, resignado perante a corrupção
e a injustiça, ajoelhado pela carga dos impostos e ignorante das grandes
questões do país.
Tomou
forma tridimensional, popularizando-se com a cerâmica da Fábrica de Faianças das
Caldas da Rainha, a partir do último quartel do século XIX.
O “Zé” foi assumindo a
personalidade do povo, mas também as críticas ao sistema político e aos seus
protagonistas. Os regimes passaram e as críticas assumiram novos contornos
ultrapassando mesmo a vida do seu autor, com o “Povinho” a recriar-se nas mãos
de novos autores e criadores.
Fontes:
Ensina RTP
Infopédia
wikipedia
(imagens)
Primeira
caricatura do Zé Povinho na Lanterna Mágica
Figura em cerâmica retratando o Zé Povinho,
por Rafael Bordalo Pinheiro
23 de Janeiro de 1905: Morre Rafael Bordalo Pinheiro, pintor, caricaturista, escultor, fundador e diretor dos jornais Mappa de Portugal, Os Pontos nos ii e Antonio Maria, criador da figura do Zé Povinho.
Caricaturista, ilustrador, ceramista, autor de banda desenhada, editor, decorador e figurinista, considerado o maior artista plástico português do século XIX, Raphael Bordallo Pinheiro (na grafia original) nasceu a 21 de Março de 1846, em Lisboa, e faleceu a 23 de Janeiro de 1905, na mesma cidade.
Oriundo de uma família de artistas, teve uma formação escolar que passou pelo Liceu das Merceiras, onde se matriculou em 1857, no mesmo ano em que nasceu o irmão, Columbano Bordalo Pinheiro, que se viria a revelar um notável pintor.
Experimentou representação no Teatro Garrett, inscreveu-se no Conservatório em 1860 e, no ano seguinte, matriculou-se em Desenho de Arquitectura Civil na Academia de Belas Artes, onde também se inscreveu em Desenho
Histórico.
Perante um percurso escolar perfeitamente irregular e marcado pela pouca assiduidade, em 1863 foi trabalhar como escriturário na Câmara dos Pares. Em paralelo, desenvolveu o gosto pela arte, como se verificou no Salão da Sociedade Promotora de Belas Artes, onde expôs regularmente aguarelas com motivos populares a partir de 1868.
Em 1869 realizou diversas capas de livros e cabeçalhos de jornais e preparou o álbum O Calcanhar d'Achilles [Aquiles], editado no ano
seguinte.
Durante a Exposição Internacional de Madrid, de 1871, apresentou os seus trabalhos e, nesse mesmo ano, participou no Almanaque das Gargalhadas.
Em 1872 colaborou com Artes e Letras e foi editado o álbum Apontamentos de Raphael Bordallo Pinheiro
sobre a Picaresca Viagem do Imperador do Rasilb pela Europa, que é a primeira banda desenhada portuguesa, que relata em 16 páginas a viagem do Imperador do Brasil D. Pedro II à Europa. Dado o grande sucesso deste álbum, foram feitas mais duas edições no mesmo ano e, deste modo, Bordalo foi um dos pioneiros da BD a nível mundial. Estes três álbuns foram reeditados em 1996 pela Bedeteca de Lisboa por ocasião dos 150 anos do nascimento do autor, realizando-se na ocasião uma exposição sobre as suas Histórias aos Quadradinhos, entre outras
iniciativas.
A sua colaboração como ilustrador com a imprensa estrangeira fez-se notar particularmente em 1873, com El Mundo Comico e Ilustración Española y
Americana
(ambos de Madrid) e o The Illustrated London News (de
Londres).
Ano também marcante na sua carreira foi o de 1875: criou o célebre Zé Povinho, que apareceu pela primeira vez nas páginas d'A Lanterna Mágica, periódico que se começou a publicar a 1 de Maio, sob direcção literária de Guerra Junqueiro e de Guilherme de Azevedo. Também em 1875, a convite do prestigiado jornal O Mosquito, partiu para o Brasil. Colaborou com esse periódico carioca entre 1875 e 1877 e, com o seu encerramento, fundou o Psit!!!, em 1877, que durou escassos meses, tendo criado de seguida O Besouro, publicado entre 1878 e 1879, o ano do seu regresso a Lisboa.
Em 1879 fundou um dos títulos mais representativos em que participou, o célebre O António Maria, com Guilherme de Azevedo, cuja I série se publicou entre 1879 e 1885.
Com o encerramento de O António Maria criou de seguida o Pontos nos II, que se publicou entre 1885 e 1991, reaparecendo uma II série de O António Maria, entre 1891 e 1898. O último jornal que dinamizou foi A Paródia, que contou com a colaboração literária de João Chagas, publicado de 1900 até 1906.
O Zé Povinho corresponde a uma imagem simbólica do povo, da massa anónima e submissa, plena de actualidade, que aparece nas mais variadas situações, desde os aumentos de impostos e das tarifas dos transportes, aos negócios mal explicados. De origem rural, sorriso afável, cabelo despenteado e usando chapéu braguês, o Zé vai manifestando o seu espanto umas vezes ou em outras mostra que percebe mais do que seria suposto.
Com a colaboração de Ramalho Ortigão lançou o Álbum das Glórias em 1880 e, no ano seguinte, O António Maria estreou-se como revista teatral.
Para além dos periódicos que fundou e dinamizou com caricaturas e ilustrações, colaborou simultaneamente em muitos outros com BD, como aconteceu com as edições de O Comércio do Porto
Ilustrado, no qual participou entre 1892 e 1904 com 10 histórias de BD que tiveram a particularidade de ser a cores, reeditadas em 1996 por Carlos Bandeiras Pinheiro. Uma outra BD importante, O Lazareto de Lisboa, surgida em 1881, também foi reeditada, em 2003, pela Frenesi.
Em 1884 começou a laborar a fábrica de Cerâmica das Caldas da Rainha. De entre as peças fabricadas, destaque para as pequenas figuras de carácter popular e caricatural, como o célebre Zé Povinho, a Ana das Caldas, o Arola ou as versões do John Bull (como penico e escarrador), personagem que surgiu como resposta ao Ultimato Britânico de 1890, sem esquecer as peças de grandes dimensões, como a Talha Manuelina e a Jarra Beethoven.
Prova do seu empenho na fábrica, viajou com o irmão Feliciano em 1888 visitando fábricas em França, Bélgica e Inglaterra, para conhecer técnicas de produção de cerâmica.
Em 1889 decorou o Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Paris, onde as suas cerâmicas foram acolhidas com êxito, tendo sido agraciado com o grau de cavaleiro da Legião de Honra da República Francesa.
Outras actividades em que se destacou foram a realização de figurinos para peças teatrais, como as que fez para Eduardo Schwalbach a partir de 1897, como O Reino da Bolha, ou a baixela manuelina que desenhou para o visconde de São João da Pesqueira, em 1904.
Implacável com a classe política do país, ninguém foi poupado à pena cáustica de Bordalo, como Hintze Ribeiro, José Luciano de Castro, Mouzinho de Albuquerque, o duque d'Ávila, o conde de Burnay, D. Luís, D. Carlos ou, em particular, António Maria Fontes Pereira de Melo.
A cidade de Lisboa tem-lhe prestado diversas homenagens, como a atribuição do seu nome ao largo onde morou, próximo do Chiado, a criação em 1989 do Prémio Municipal "Rafael Bordalo Pinheiro" de Banda Desenhada, Caricatura e Cartoon e, desde 1915, o Museu Rafael Bordalo Pinheiro, no Campo Grande, tutelado pela edilidade desde 1924, que resultou da doação (do edifício e do recheio) por um grande admirador do autor, Cruz Magalhães, que embora nunca o tenha conhecido organizou metodicamente um espólio sem igual sobre o autor. A Casa da Imprensa atribui desde 1990 os Prémios "Bordalo", criados em 1962 com outro nome, que distingue personalidades em várias áreas.
Em 2005, por ocasião do Centenário da sua morte, realizaram-se diversas iniciativas, com exposições (nomeadamente em Lisboa e no Porto), as edições da Fotobiografia organizada por João Paulo Cotim (Assírio & Alvim), do Álbum das Glórias (Expresso) e o catálogo A Rolha - Bordalo (Hemeroteca Municipal de Lisboa).
Nas Caldas da Rainha existe uma Casa Museu Rafael Bordalo Pinheiro e uma Escola Secundária tem Rafael Bordalo Pinheiro como
patrono.
Rafael
Bordalo Pinheiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2013.
Wikipedia(Imagens)
Capa do
primeiro jornal de crítica diário: "A Lanterna Mágica"
Imagem em barro do Zé Povinho
Caricatura de Eça de Queiroz - Rafael Bordalo
Pinheiro
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/23-de-janeiro-de-1905-morre-rafael.html?fbclid=IwAR2yPnnDv94xaXAHDjGAKqPPpQnZzvu-NljgvEKLceQ8XvLtjCesSfJku3Y***