e morreu a 21abril2003...Carry-le-Rouet...Bouches-du-Rhône...França
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fiz várias postagens no dia 21 de abril
https://www.youtube.com/watch?v=Av3NfeXyPrw&list=RDAv3NfeXyPrw#t=0
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Nina Simone - Ain´t Got No - Legendado Português
Publicado a 21/10/2015
Nina Simone foi literalmente a voz do movimento negro americano pelos direitos civis, nas reuniões e nos encontros, era sua música a responsável por acalmar os corações dos que tudo perdiam naquela lógica violenta e separatista intensificadas nas décadas de 50 e 60. Nina sempre sonhou em ser a primeira pianista clássica negra, mas fora reprovada na universidade, mesmo sabendo ter realizado um bom teste. Tal fato desencadeou uma mudança de planos na vida de Nina que foi ganhar a vida cantando blues em barzinhos e quanto mais crescia seu ativismo pelo movimento anti segregação, mas eram lhe fechadas as portas, as rádios, os palcos.
Depois de ter vivido altos e baixos e ter aberto seu coração e sua genialidade para o mundo, Nina declarou a uma entrevista para uma rádio europeia: "Se eu fosse uma pianista clássica eu teria sofrido menos". pouco antes de morrer Nina recebera uma carta de pedido de desculpas da universidade de música Curtis por sua reprovação no teste.
A voz de quem não se calou.
https://www.youtube.com/watch?v=hxdGQd-xb20*
https://www.youtube.com/watch?v=wYhE0ItNZIc
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7feVER2019...Avante...Nuno Gomes dos Santos (escreveu)
Nina Simone, uma «voz com alma, talentosa e negra»
Há
vozes e posturas que, juntas, nos dão a alegria de que precisamos para
continuar a luta do lado melhor da vida. Com tropeções, é certo (quem
não os tiver dado que atire a primeira pedra...), mas com uma inabalável
força e uma inquebrantável vontade, Nina Simone (1933-2003), que agora
revejo e volto a ouvir, numa peregrinação cíclica à música e às palavras
que interpretou numa voz de contralto cheia e poderosa, é um exemplo
disso.
Filha
de uma empregada doméstica que era ministra metodista e de um pai
marceneiro, começou por enfrentar os pais mudando de nome (nasceu Eunice
Kathleen Waymon e escolheu ser Nina, de «niña» e Simone, já que Simone
Signoret era a sua acrtiz preferida) para cantar blues às
escondidas. Depois teve que enfrentar muitas coisas, entre elas a
proibição de ingressar no Instituto de Música Curtis, na Filadélfia,
apesar de ter cursado piano clássico na Juilliard School de Nova York,
ou, aos 12 anos, a ordem para que os seus pais, que estavam na primeira
fila do seu concerto de estreia na igreja local, passassem para as
últimas filas para dar lugar a brancos. Nina não começou a actuação
enquanto não reviu os seus progenitores nos seus lugares iniciais...
Cantou
em bares, começou a gravar e, desde logo, se mostrou uma cantora
empenhada («Gostava de saber como seria sentirmo-nos livres», Billy
Taylor) e de um bom gosto diversificado, cantando o já citado Billy
Taylor, George Harrison (o «beatle» que escreveu, por exemplo, Here Comes The Sun e My Sweet Lord, que Nina interpretou) e Lorraine Hansberry, que compôs To Be Young, Gifted and Black («ser jovem, talentosa e negra»). Foi amiga de Miriam Makeba, Aretha Franklin e Donny Hathaway (cantor de topo – soul, blues, gospel – e de vida breve mas de carreira muito aplaudida).
Nina
foi protagonista de vários episódios de impaciência e brusquidão,
coisas menores se atentarmos ao que fez pelos direitos cívicos dos
negros. Cantou Mississipi Goddam, que se tornou um hino
activista dos negros norte-americanos, denunciando o assassinato de
quatro crianças negras numa igreja de Birmingham, Alabama, e afirmando,
na letra: «Eu já não pertenço aqui1 (…). Eu só quero
igualdade para a minha irmã, o meu irmão, para o meu povo e para mim.»
Actuou em concertos contra a guerra do Vietname. Não foi por acaso que
cantou no funeral de Martin Luther King.
São muitas as razões para ouvirmos, ou re-ouvirmos, na sua voz com alma, canções como Don’t Let Me Be Misunderstood, To Be Young, Gifted and Black, I Put a Spell On You, Here Comes The Sun, Mississipi Goddam, Little Girl Blue ou I Wish I Know It Would Feel To Be Free. Para além da actualidade temática das suas canções, Nina Simone é uma prenda para os nossos ouvidos!
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1Nina Simone sentiu-se compelida a sair dos EUA depois de ter cantado To Be Young, Gifted an Black.
Regressou aos Estados Unidos e foi, depois de algumas complicações,
aconselhada por Miriam Makeba a ir para a Libéria. Viveu ainda na Suécia
e na Holanda, antes de se fixar em França, onde faleceu, aos 70 anos. http://www.avante.pt/pt/2358//153230/***