Papa mandava nos reinos
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12 de Março de 1514: Chega a Roma a embaixada do rei D. Manuel I ao papa Leão X
Constituída numa altura em que Portugal era nação pioneira em diversos domínios e rica do comércio com outros continentes, a faustosa embaixada de D. Manuel I à Santa Sé chegou a Roma em 1514. Tinha como objectivo reiterar a obediência do soberano português ao papa Leão X e, ao mesmo tempo, apresentar-lhe certas propostas, que se podiam reunir em dois grupos: as de carácter geral, no sentido do fortalecimento doutrinário e
institucional da Igreja
Católica, e aquelas
que, sem deixarem de estar relacionadas com as instituições religiosas, tinham a ver com aspetos específicos da orientação
política de D. Manuel.
A
embaixada era composta
por mais de cem pessoas. Era chefiada por Tristão da Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. Como seus assessores iam Diogo de Pacheco e João de Faria, sendo o secretário Garcia de Resende. Através dos seus representantes, D.
Manuel enviou a Leão X presentes magníficos: pedrarias, tecidos e joias, bem como um cavalo persa, uma onça de caça e um elefante que executava diversas habilidades.Hanno, o elefante, carregava
um cofre com paramentos bordados com pedras preciosas e moedas cunhadas para a
ocasião. Foi recebido pelo Papa no Castelo de São Ângelo. Ajoelhou-se três vezes
perante o pontífice, e aspergiu água sobre os cardeais e a
multidão.A
embaixada fez sensação
na corte pontificial,
tanto pela sumptuosidade dos trajos
e riqueza dos presentes, como pelo exotismo do séquito que passava pelas ruas de Roma a 12 de Março de 1514, dia em que foi recebida por vários embaixadores. O papa recebeu-a a 20 de Março, tendo sido mais tarde discutidas as questões apresentadas pelo
monarca português. Apesar de os chamados "pontos gerais"
não terem sido atendidos, aqueles que interessavam mais a D. Manuel foram considerados e satisfeitos,
sendo a sua obra na propagação da fé católica largamente recompensada através de diversas bulas e breves que se sucederam após o envio da embaixada.Esta iniciativa diplomática atingiu, assim, os principais objetivos que
o monarca lhe tinha estabelecido. Afirmou
de forma clara o seu poderio, vendo D. Manuel reconhecido o papel de Portugal na descoberta e conquista de novos territórios e a sua soberania sobre eles.
Embaixada de D. Manuel ao Papa. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Hanno e o
seu mahout. Caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de
Angers
Papa Leão X
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/03/12-de-marco-de-1514-chega-roma.html?spref=fb&fbclid=IwAR0LSeB21aBfRz11NhgNl_v5Db_YFk2r7R2sza_XDCN19tfymg0CvYeS1LM
Constituída numa altura em que Portugal era nação pioneira em diversos domínios e rica do comércio com outros continentes, a faustosa embaixada de D. Manuel I à Santa Sé chegou a Roma em 1514. Tinha como objectivo reiterar a obediência do soberano português ao papa Leão X e, ao mesmo tempo, apresentar-lhe certas propostas, que se podiam reunir em dois grupos: as de carácter geral, no sentido do fortalecimento doutrinário e
institucional da Igreja
Católica, e aquelas
que, sem deixarem de estar relacionadas com as instituições religiosas, tinham a ver com aspetos específicos da orientação
política de D. Manuel.
A embaixada era composta por mais de cem pessoas. Era chefiada por Tristão da Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. Como seus assessores iam Diogo de Pacheco e João de Faria, sendo o secretário Garcia de Resende. Através dos seus representantes, D. Manuel enviou a Leão X presentes magníficos: pedrarias, tecidos e joias, bem como um cavalo persa, uma onça de caça e um elefante que executava diversas habilidades.Hanno, o elefante, carregava um cofre com paramentos bordados com pedras preciosas e moedas cunhadas para a ocasião. Foi recebido pelo Papa no Castelo de São Ângelo. Ajoelhou-se três vezes perante o pontífice, e aspergiu água sobre os cardeais e a multidão.A embaixada fez sensação na corte pontificial, tanto pela sumptuosidade dos trajos e riqueza dos presentes, como pelo exotismo do séquito que passava pelas ruas de Roma a 12 de Março de 1514, dia em que foi recebida por vários embaixadores. O papa recebeu-a a 20 de Março, tendo sido mais tarde discutidas as questões apresentadas pelo monarca português. Apesar de os chamados "pontos gerais" não terem sido atendidos, aqueles que interessavam mais a D. Manuel foram considerados e satisfeitos, sendo a sua obra na propagação da fé católica largamente recompensada através de diversas bulas e breves que se sucederam após o envio da embaixada.Esta iniciativa diplomática atingiu, assim, os principais objetivos que o monarca lhe tinha estabelecido. Afirmou de forma clara o seu poderio, vendo D. Manuel reconhecido o papel de Portugal na descoberta e conquista de novos territórios e a sua soberania sobre eles.
A embaixada era composta por mais de cem pessoas. Era chefiada por Tristão da Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. Como seus assessores iam Diogo de Pacheco e João de Faria, sendo o secretário Garcia de Resende. Através dos seus representantes, D. Manuel enviou a Leão X presentes magníficos: pedrarias, tecidos e joias, bem como um cavalo persa, uma onça de caça e um elefante que executava diversas habilidades.Hanno, o elefante, carregava um cofre com paramentos bordados com pedras preciosas e moedas cunhadas para a ocasião. Foi recebido pelo Papa no Castelo de São Ângelo. Ajoelhou-se três vezes perante o pontífice, e aspergiu água sobre os cardeais e a multidão.A embaixada fez sensação na corte pontificial, tanto pela sumptuosidade dos trajos e riqueza dos presentes, como pelo exotismo do séquito que passava pelas ruas de Roma a 12 de Março de 1514, dia em que foi recebida por vários embaixadores. O papa recebeu-a a 20 de Março, tendo sido mais tarde discutidas as questões apresentadas pelo monarca português. Apesar de os chamados "pontos gerais" não terem sido atendidos, aqueles que interessavam mais a D. Manuel foram considerados e satisfeitos, sendo a sua obra na propagação da fé católica largamente recompensada através de diversas bulas e breves que se sucederam após o envio da embaixada.Esta iniciativa diplomática atingiu, assim, os principais objetivos que o monarca lhe tinha estabelecido. Afirmou de forma clara o seu poderio, vendo D. Manuel reconhecido o papel de Portugal na descoberta e conquista de novos territórios e a sua soberania sobre eles.
Embaixada de D. Manuel ao Papa. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Hanno e o
seu mahout. Caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de
Angers
Papa Leão X
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D. Afonso Henriques precisou do papa
para a criação de Portugal
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