e morreu a 7seTEMbro1962...
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Isak Dinesen
"A cura para qualquer coisa é água salgada:
Lágrimas, suor ou o mar."
https://www.pensador.com/autor/isak_dinesen/
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Karen Blixen
https://citas.in/autores/karen-blixen/
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http://www.rtp.pt/programa/tv/p16596
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https://www.fnac.pt/Africa-Minha-Robert-Redford-DVD-Zona-2/a664480
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Sydney Pollack – “África Minha” / “Out of
Africa”
(EUA - 1985) – (150 min. / Cor)
Meryl Streep, Robert Redford, Klaus Maria Brandauer.
Meryl Streep, Robert Redford, Klaus Maria Brandauer.
Ele chama-se Robert, ela Meryl, ou antes Denys e Karen. O
realizador é Sydney Pollack, conhecedor profundo do cinema clássico norte-americano
e que se estreou atrás da câmara na célebre série "Alfred Hitchcock
Presents". A história da película é baseada na vida da escritora
dinamarquesa Karen Blixen e a sua passagem por África (1).
"África Minha" custou a bonita soma de 30 milhões de dollars, e se as
imagens africanas são deslumbrantes, a narrativa é contagiante, invadindo o
interior do(a) espectador(a), sentado na sala em frente do écran/sentado no
sofá em frente do pequeno écran (só ou acompanhado), a viver o amor de Karen e
Denys: a paixão do amor... a amizade do amor... a liberdade do amor.
O que teria acontecido a Karen, se Denys não tivesse morrido no desastre de
aviação? Partiria para as terras frias da Dinamarca ou ficaria com ele,
contando mais uma das suas magníficas histórias? Esta é uma dúvida que não nos
aflige, porque quem vive uma paixão, como a que nos é oferecida no filme, pode
passar o resto dos seus dias a viver dessas felizes recordações:"Eu tinha
uma fazenda em África..."
"África Minha" / "Out of Africa" é o primeiro encontro de Robert
Redford com Meryl Streep, e se os resultados são espantosos, eles também são
fruto da sabedoria de Sydney Pollack, para quem Robert Redford não é nenhum
estranho, já que ambos são amigos de longa data, (2) e basta recordar "As
Brancas Montanhas da Morte" / "Jeremiah Johnson", "Os Três
Dias do Condor" / "Three Days of the Condor", "O Cow-Boy
Eléctrico" / "The Electric Horseman", "O Nosso Amor de
Ontem" / " The Way We Were", "Uma Flor à Beira do
Pântano" / "This Property is Condemned" e essa versão moderna de
"Casablanca" intitulada "Havana", cuja revalorização é
urgente, para sentirmos como a empatia entre eles é perfeita.
Olhar este filme é encontrar os últimos heróis românticos, numa época em que o
romantismo se encontra esquecido e cada vez mais é necessário reencontrá-lo nas
esquinas da vida.
Depois de se rever "Africa Minha" pela primeira vez em dvd, só nos
resta enganar o tempo da memória, pegar no comando, ir até à selecção por
capítulos e procurar a sequência junto ao rio, em que Denys lava delicadamente
o cabelo da sua amada Karen. "Out of Africa" é a (re)descoberta no
nosso interior, dos sentimentos que julgávamos irremediavelmente perdidos.
(1) - O livro "Out of África" é apenas uma das obras que serviu de
base à feitura do argumento, já que diversos escritos/memórias/cartas da
escritora também foram utilizados para a sua feitura, como refere o excelente
documentário "Uma Canção de África" que acompanha a edição em dvd. E
não perca os comentários do Sidney Pollack.
(2) – Robert Redford e Sydney Pollack conheceram-se na Escola de Arte
Dramática, e enquanto o primeiro optou por uma carreira de actor, hoje também
um excelente realizador, já Sydney Pollack fez o percurso inverso, preferindo
ficar atrás da câmara... Ah! aquele movie "Os Cavalos Também se
Abatem" / "They Shoot Horses, Don't They?"! SOBERBO! E só mais
tarde passou para a frente da câmara em "Tootsie", acabando por nos
surpreender em "Maridos e Mulheres"/ "Husbands and Wifes"
de Woody Allen e "Eyes Wide Shut" de Stanley Kubrick, dois registos
perfeitamente opostos e demonstrativos da sua arte de actor.
https://manuscritosdagalaxia.blogspot.com/2017/08/sydney-pollack-africa-minha-out-of.html*
Este filme, baseado na obra de carácter biográfico Out of Africa [1937] de Karen Blixten ou Karen Dinesen [1885-1962] escritora dinamarquesa e traduzido por África Minha é lindíssimo. Sydney Pollack utilizou os actores Meryl Streep e Robert Redford para ganharem dois Oscares da Academia de Hollywood, em 1985, como melhor filme e melhor realizador. Na sua angustiada aventura no Quénia com a plantação de café (criada pelo marido e sem o seu consentimento) que, desde o início, tinha tudo para não ter um bom resultado devido à escassez de água na zona e à altitude em que fora plantado, Karen faz de tudo o que humanamente é possível, pensando triunfar contrariando a Natureza. Com a ajuda dos muitos empregados da fazenda, consegue ter uma reserva, uma espécie de lago artificial, com água desviada de um rio próximo.
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Um filme fascinante de Sydney Pollack com Meryl Streep e Robert Redford Realizado por Sydney Polack, África Minha, conta a história de Karen Blixen, uma mulher corajosa que inicia uma nova vida gerindo uma plantação de café no Quénia no início do século XIX, com o seu marido sueco, o barão Bror Blixen, um incorrigível mulherengo. Estas condições ajudam Blixen a amar a terra, o seu povo, e a contar com a amizade da sua fiel criada somali, Farah,e de dois pioneiros, Berkley Cole e Denys Finch Hatton, um caçador branco, por quem se apaixona irremediavelmente. A ruína da sua plantação e uma série de tragédias pessoais levam esta corajosa mulher a abandonar o Quénia, deixando a sua vida desfeita. Mais tarde, as suas memórias e a sua mágoa , dão origem a um dos mais belos livros sobre África jamais escrito. "África Minha" é um relato da vida de Karen Blixen, escrito com o seu maravilhoso sentido poético e uma habilidade ímpar em descobrir grandes verdades em pequenos e específicos detalhes. "África Minha" um filme fascinante, assinado por Sydney Pollack, galardoado em 1985 com sete Óscares: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Fotografia, Melhor Banda Sonora Original, Melhor Direcção Artística e Melhor Som e conta com as soberbas interpretações de Meryl Streep e Robert Redford.
https://www.youtube.com/watch?v=iLNBiEAnNHc
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17 de Abril de 1885: Nasce a escritora Karen Blixen, autora de "África Minha".
Karen
Dinesen, por casamento Blixen, conhecida mundialmente por Karen Blixen,
nasceu em Rungstedlund (Dinamarca), no seio de uma família aristocrata e
rica, em 17 de Abril de 1885. A mãe foi a primeira norueguesa eleita
para o Parlamento. Aos 10 anos o pai de Karen, militar, escritor e
desportista, suicida-se provavelmente na sequência de ter contraído a
sífilis, uma doença quase tão grave como hoje a Sida. Karen teve uma
educação primorosa, ligada às artes, e aos 22 anos começa a publicar
pequenas histórias. Sabe-se que Karen teve irmãs, que com ela estudaram
francês, na Suiça. Aos 28 anos casa com o Barão Bror von Blixen-Finecke e
partem para África, onde Karen vai gerir uma plantação de café perto de
Nairobi. Com o início da Grande Guerra , em 1914, aquela parte de
África ficou sob domínio da Grã-Bretanha. Em 1915, Karen regressa à
Dinamarca para se tratar da sífilis, contraída pelo contacto com o
marido. O homem da sua vida, Denys Finch Hatton (1887 – 1931),
conheceu-o aos 30 anos. Em 1925, Karen está divorciada do marido e vai
viver um ano na sua casa da Dinamarca. Embora tenha redigido
esporadicamente para jornais dinamarqueses, foi com “Gotic Tales”
(1934), que escreveu em inglês sob o pseudónimo de Isak Dinesen, que
realmente iniciou a sua carreira literária. O interesse de Karen por
África começou meramente pelo gosto dos safaris, desporto da moda, para
gente rica, durante o século XIX e parte do séc. XX, quando as
mentalidades achavam normal matar animais por prazer e fretar africanos
para lhe fazer todos os trabalhos que os brancos, como colonos, não
faziam. Quando Karen publica, em 1938, o seu mais conhecido romance “Out
of Africa” (traduzido para português como África Minha) é já uma mulher
com larga experiência de convívio com africanos. O livro é
autobiográfico e viria a ser adaptado, com enorme sucesso, ao cinema.
Muitos dos seus livros posteriores foram publicados simultaneamente em
inglês e em dinamarquês. Ehrengarda, a Ninfa do Lago (1963), foi
publicado no ano seguinte à morte de Karen Blixen, ocorrida em 1962.
Karen Blixen em 1913
Karen Blixen com Igor Stravinsky (à esquerda)
Museu Karen Blixen em Nairóbi, no Quénia
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