cister.fm registou assim:
2011-01-18 17:00:00
“Francisco Lopes é o único capaz de demonstrar isenção”
Jerónimo de Sousa jantou esta segunda-feira à noite no concelho de Alcobaça, com o propósito de fazer campanha em prol de Francisco Lopes.
O dirigente do PCP dedicou grande parte do seu discurso a argumentar contra o candidato apoiado pela direita, dizendo que Cavaco Silva “parece uma figura algo sobrenatural, quase um deus”, tendo em conta que, num momento em que se comparava com outro candidato, disse “que era preciso que alguém nascesse duas vezes para ser como ele”, lembrou o comunista.
Perante uma plateia de mais de cem pessoas, que jantaram com o dirigente partidário, num restaurante da Junqueira, Jerónimo de Sousa recorreu frequentemente a palavras do próprio Cavaco Silva para o criticar, como foi o caso da questão colocada pelo antigo primeiro-ministro sobre “em que estado estaria o nosso país” se não fosse a sua acção na presidência, nestes últimos cinco anos.
A esta pergunta, o líder do PCP respondeu com um basta “olhar para a realidade nacional”.
Jerónimo de Sousa disse ainda que o PCP quer que Francisco Lopes ultrapasse a primeira volta das presidenciais, por considerar que o seu candidato é o único capaz de demonstrar isenção no cumprimento da constituição portuguesa, tendo em conta que nunca esteve no poder e, logo, não tem concessões a fazer em relação aos poderes instituídos.
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Cinco afirmações do candidato dos trabalhadores:1 - «A minha candidatura é a única que não tem responsabilidades ou quaisquer compromissos com as políticas que estão na base da actual situação e que protagoniza uma ruptura com a destruição da produção nacional, a exploração dos trabalhadores, a abdicação nacional, as injustiças sociais».
2 - «A verdadeira opção eleitoral é entre a minha candidatura, que denunciou e combateu um Orçamento do Estado destinado a impor mais sacrifícios, mais dificuldades e mais pobreza – e os outros candidatos que o patrocinaram, toleraram ou justificaram em nome dos interesses dos mercados, da acumulação dos lucros, das inevitabilidades ou de um alegado mal menor».
3 – «A verdadeira opção é entre os que, como nós, erguem os valores da solidariedade e da dignidade humana inseparáveis do direito ao emprego, de uma mais justa distribuição do rendimento, da valorização dos salários e pensões de reforma pelos quais lutamos – e os que, refugiados em discursos caritativos e encenada comiseração, exploram a pobreza que eles próprios promovem, instrumentalizando os sentimentos de solidariedade, iludindo as razões e responsabilidades pelo aumento sem fim do número de pobres».
4 - «Nesta candidatura e neste projecto não há lugar para o comprometimento com a política de direita, não mora a mínima promiscuidade com a especulação e os interesses do capital. Esta candidatura é expressão de um projecto e vontade colectivas, da coerência, da determinação, da identificação com os interesses dos trabalhadores e do povo».
5 - «O voto no dia 23 é uma oportunidade de mudança, uma opção entre dois caminhos e projectos distintos: aquele que a minha candidatura representa – a perspectiva de uma nova política capaz de livrar o País e os portugueses das dificuldades que a política de sucessivos governos têm imposto – ou a aceitação do rumo de injustiças e desigualdades que qualquer uma das outras candidaturas constitui».
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a opinião do Mandatário Concelhio Basílio Martins, no região de Cister de 20.1.2011:
No acto de posse, o Presidente da República eleito jura “defender e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. Este compromisso deverá, pois, ser a bússola orientadora de todo o seu mandato. E é, afirmemo-lo desde já, o rumo e a meta da candidatura personificada por Francisco Lopes.
Na linha duma luta longa, constante e diversificada, utilizando as competências do cargo ele dá-nos a garantia de se bater sempre pela realização dos fins e pelo reconhecimento e prática efectiva dos direitos inscritos, na Lei Fundamental. Nunca pactuará com práticas governamentais que contrariem ou se desviem destes princípios, nomeadamente, com orçamentos que façam recair a carga mais pesada sobre “as vítimas do costume”. Nem como representante do Estado Português no plano Internacional se resignará ao papel de “bom aluno” e fiel cumpridor dos ditames, cada vez mais exigentes, duma entidade algo fantasmagórica designada por “mercados”.
Por isso, Francisco Lopes vinca a necessidade de:
“Um presidente que seja digno da Constituição República só pode ser um presidente que utiliza os seus poderes para garantir a subordinação do poder económico ao poder político democrático, que faça promover a justiça social, combater as desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento, que assegure a plena utilização das forças produtivas do país, que nas relações económicas internacionais se rege sempre pela independência e os interesses nacionais.”
“O que os incomoda é que abordemos as injustiças e a actual situação do país, apontando as suas causas e denunciando os seus responsáveis e quem ganha com elas, reafirmando a defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo português. A nossa candidatura é a única que aponta como necessário uma profunda ruptura com a política de direita e de abdicação nacional, por isso mesmo, a única candidatura patriótica e de esquerda. Por isso mesmo, a única candidatura com um projecto para um Portugal melhor: produção, trabalho, serviços públicos, soberania e democracia – o projecto consagrado Constituição da República. “
“Uma das questões muito colocada é a do financiamento do país. A nossa opinião é clara, o principal financiamento é apostar na produção nacional, na criação de riqueza. O que o País precisa é de defender e afirmar a sua produção, é retomar o controlo público sobre os sectores estratégicos, é de fazer ouvir a sua afirmação patriótica e não soçobrar perante a especulação.”
“É para afirmar essa necessidade que, com redobrado entusiasmo e convicção, entramos nesta recta final da campanha eleitoral. A candidatura que pode trazer a esperança numa vida melhor, que anima as aspirações, a vontade de milhões de trabalhadores e portugueses. “
“No dia 23 de Janeiro, façam ouvir a sua voz, que levantem bem alto a sua voz pelo direito a uma vida digna, por um Portugal melhor, votando na minha, na nossa candidatura que não se calará perante a injustiça e a exploração. A nossa candidatura pesa e pesará tanto mais no futuro próximo do País quanto cada um de vós, cada um dos portugueses que aspira a uma vida melhor lhe derem o seu apoio. Uma candidatura, um candidato pronto a assumir todas as responsabilidades que o povo me entenda atribuir nesta eleição. A minha, a nossa candidatura levantará a sua voz pela ruptura com a política de declínio e abdicação nacional e pela necessária e empolgante mudança que leve à concretização das aspirações do povo português, abertas por Abril e consagradas na Constituição da República portuguesa.
Que cada um marque presença com o seu voto, na minha, na nossa candidatura.
O voto na candidatura patriótica e de esquerda
O voto na candidatura dos trabalhadores
O voto na Constituição da República Portuguesa
O voto por um Portugal com futuro. “
Ao cultivo do auto-elogio pessoal e duma conveniente amnésia histórica, Francisco Lopes, contrapõe o debate da questão de fundo e a adopção de linhas de acção claras, inspiradas no olhar atento dos Portugueses.
Basílio Martins
Advogado
Mandatário concelhio da candidatura de Francisco Lopes
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15jan2011
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Nesta semana foi desencadeado um processo que quer levar os trabalhadores a optar pelo feriado a que têm direito, o 18 de Janeiro, e o dia de Carnaval, concedido a toda a gente», informou Francisco Lopes, que se fez acompanhar por largas dezenas de apoiantes, explicando que este «é o exemplo de uma linha que procura sempre retirar direitos, quando o que é importante é que esses sejam mantidos, num quadro de afirmação, de desenvolvimento da nossa produção e da valorização do trabalho e dos trabalhadores».
«É muito importante, aqui no distrito de Leiria, continuar a promover a actividade produtiva no sector vidreiro, em todos os sectores tradicionais, em novos sectores», acrescentou, defendendo que estas actividades devem ser salvaguardadas, desde que se traduzam «na garantia dos direitos dos trabalhadores, dos seus horários, dos seus salários, das suas condições de vida».
«Decidam bem, punindo quem vos puniu, castigando quem vos castigou e apoiando quem vos apoia»
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(Jan15. 15h2') respiguei da cister.fm:Candidato a Belém apoiado pelo PCP na ATLANTIS em luta por direitos de vidreiros
O candidato à Presidência da República, apoiado pelo PCP, Francisco Lopes, esteve na Atlantis, no Casal da Areia (Cós), onde apelou aos trabalhadores para "não abdicarem dos seus direitos".
O candidato reagia, assim, a uma proposta da administração da empresa que pretende que os vidreiros optem por um único feriado: o 18 de Janeiro ou o 8 de Março.
Na sua primeira deslocação ao distrito de Leiria, esta quinta-feira, Francisco Lopes escolheu o sector vidreiro, em Alcobaça e Marinha Grande, para passar a sua mensagem eleitoral.
O candidato presidencial mostrou-se “solidário” com os trabalhadores que deverão perder o direito ao “18 de Janeiro”, dia do Vidreiro, em Portugal, feriado no sector, dia conhecido pela "insurreição político-sindical", contra a legislação anti-sindicalismo imposta pelo regime de Salazar.
Segundo um funcionário, empregado na Atlantis há doze anos, “sempre se gozaram os dois feriados”, acrescentando que a proposta de troca do 18 de Janeiro pelo 8 de Março, feriado do Carnaval, como está a propor a administração, “desmoraliza os trabalhadores” da unidade do Casal da Areia.
O candidato presidencial lamentou as "constantes pressões" sobre os operários para que abdiquem dos seus direitos em prol das respectivas entidades patronais”.
Francisco Lopes acrescentou que “é importante, que no distrito de Leiria, se continue a promover toda a actividade produtiva no sector vidreiro” e que sejam salvaguardados “os direitos dos trabalhadores, tais como os seus horários, os seus salários e a melhoria das suas condições de vida”.
A proposta da administração da Atlantis, para que os vidreiros parassem apenas um feriado nestes três meses, foi formalizada depois da visita do candidato presidencial, o que provocou uma paralisação de protesto, durante a manhã de sexta-feira, dos trabalhadores da unidade do Casal da Areia.
No sector vidreiro, o 18 de Janeiro é feriado para a classe, e que consta no contrato colectivo de trabalho.
Uma comissão de trabalhadores reuniu, depois, com a Administração da Empresa e o Sindicato sobre os feriados que irão gozar nos próximos meses.
Ficou decidido, que os vidreiros irão folgar na terça-feira de Carnaval e trabalhar no Dia do Vidreiro. As duas partes deverão reencontrar-se, em breve, à mesma das negociações já para discutir os aumentos salariais e "outros assuntos de interesse para a empresa e trabalhadores".
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(Jan15.17h4') Respiguei da Gazeta das Caldas de 14.1.2011:Deputado comunista veio às Caldas apelar ao voto no único “candidato de oposição”
O deputado António Filipe (à direita) diz que à excepção de Francisco Lopes, todos os outros candidatos são culpados pela situação actual do país
Em plena campanha para as presidenciais, António Filipe, deputado eleito pelo PCP à Assembleia da República, esteve nas Caldas da Rainha para falar sobre “Constituição e Poderes Presidenciais”. No Museu do Ciclismo, perante uma plateia de cerca de 30 pessoas, o deputado alertou para o risco de serem retirados da Constituição Portuguesa os direitos fundamentais que esta ainda consagra, caso avance a pretensão de alguns em rever o texto, e afirmou que “o Presidente da República não é um corta fitas” e deve fazer valer o mais importante documento da soberania nacional.
“Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. É esta a declaração de compromisso que cada Presidente da República faz na tomada de posse, conforme pode ser lido no artigo 127º da Constituição. Uma declaração que, de acordo com António Filipe, “diz muito do papel que o Presidente tem no país e do que tem que fazer pelos portugueses”. E se os governos teimam em espezinhar os direitos dos trabalhadores, em tornar o acesso à educação cada vez mais caro, entre outras afrontas aos direitos consagrados no texto de 1976, que já foi revisto sete vezes, “é o Presidente que deve fazer valer a Constituição”.
Para o deputado comunista, o facto de este ser o único cargo de soberania para o qual se é eleito directamente e de forma unipessoal, dá uma “grande legitimidade” a quem o ocupa. Além disso, o Presidente da República tem, no que se refere ao Governo, um direito de veto inultrapassável. Ora se é preciso pôr o Governo no sítio, é o Presidente que tem que o fazer.
É neste aspecto que António Filipe acredita que Cavaco Silva mais tem falhado ao longo do seu mandato. Há cinco anos, quando se candidatou, Cavaco Silva evocou a sua experiência. “Sabemos que experiência é essa: dez anos como primeiro-ministro, e por isso mesmo tem responsabilidade na situação que vivemos”, aponta o deputado. Além disso, Cavaco disse que era importante ter um economista no mais alto cargo da nação. “Cinco anos depois vemos onde estamos e o estado da nossa economia”.
E nos últimos cinco anos “tem estado de mãos dadas com o PS em tudo o que é essencial”, acusou o deputado comunista, dando como exemplo o Orçamento de Estado que define cortes nos salários, aumento do IVA, entre outros aspectos, e que “Cavaco Silva fez tudo para que fosse aprovado”.
António Filipe acredita que “estamos perante os maiores ataques aos direitos dos trabalhadores e perante a maior queda do poder de compra em democracia”, fruto de uma “política desgraçada que temos vindo a viver”. E tudo, diz, com a conivência do Presidente da República.
Mas as críticas não vão apenas para o candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP. O deputado garante que outros candidatos estão nas mesmas condições: Cavaco Silva apoiou, Manuel Alegre refilou um pouco mas acabou por dizer que o Orçamento era inevitável, ou não tivesse ele consciência de que vai a votos, Fernando Nobre também considerou inevitável, Defensor Moura, enquanto deputado pelo PS, votou favoravelmente. Falta um candidato, senhor deputado. “O madeirense deixem-no lá estar, a promover as suas palhaçadas à conta das eleições presidenciais”, diz sem rodeios.
Por isso, “se não houvesse a candidatura de Francisco Lopes não haveria um representante dos que estão descontentes”. Resumindo (e José Manuel Coelho à parte), “há quatro candidatos da situação e um da oposição”.
“A única candidatura verdadeiramente de esquerda”
Já é costume que em cada processo eleitoral, mesmo para os órgãos autárquicos, a comunicação social seja acusada de beneficiar uns e prejudicar outros. E nesta crítica é tudo posto no mesmo saco, quem faz cobertura das iniciativas e quem não faz.
Também agora o PCP se queixa da comunicação social à candidatura de Francisco Lopes e que o argumento de que este é um candidato desconhecido “só prova que a comunicação social não tem dado a atenção que devia à actividade do PCP”. Mas é para que os candidatos se dêem a conhecer e para que apresentem as suas propostas que servem as campanhas eleitorais. “Isto não é um concurso de misses, nem uma competição de notoriedade”, aponta António Filipe.
Às críticas de que um electricista de profissão não tem capacidade para ser Presidente da República, o deputado tem a resposta pronta: “doutores e engenheiros à frente do país não têm mostrado serem competentes”. E dá como exemplo o Brasil, onde durante o mandato de um metalúrgico (Lula da Silva) a realidade social se alterou por completo e milhares de pessoas saíram da pobreza.
“Francisco Lopes tem surpreendido muitos dos que não o conheciam e tem vindo a crescer”, e ao contrário do que muitos querem fazer crer, esta candidatura não só não divide a esquerda, como “é a única candidatura verdadeiramente de esquerda”, apontou António Filipe.
O PCP tem o seu objectivo traçado para as eleições de 23 de Janeiro – que Cavaco Silva não ganhe as eleições – e para isso todos os votos noutros candidatos contam, “incluindo no castiço da Madeira”. Os eleitores ainda não votaram, as candidaturas estão em pé de igualdade, e António Filipe acredita que “se não houvesse a candidatura de Francisco Lopes muitos portugueses não iriam votar em ninguém porque não se reviam noutras candidaturas”.
Joana Fialho jfialho@gazetacaldas.com
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(16Jan20h20') respiguei do tinta fresca:
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=04f18d28-4179-4516-9812-b9f38fbec5b9&edition=123
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16Jan.20h37') respiguei da benedita.fm:
Alcobaça: Francisco Lopes solidario com trabalhadores
Francisco Lopes, Candidato presidencial visitou esta quinta-feira, a Atlantis, em Casal da Areia, Alcobaça onde mostrou a sua solidariedade com os trabalhadores e denunciou o que considera ser um atentado contra os direitos dos trabalhadores.“Sinalizo aqui, a solidariedade pelos trabalhadores que tem dificuldades e que são sujeitos a pressões relativamente aos seus direitos”, disse.
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26ag2010
http://www.pcp.pt/node/245475
Com a decisão hoje assumida e tornada pública sobre a candidatura do PCP às eleições presidenciais, damos expressão a uma intervenção política indispensável à afirmação de um projecto essencial para o presente e para o futuro de Portugal.
Sobre o nosso País pesam a influência negativa decorrente da natureza do capitalismo, dos objectivos e rumo da União Europeia após quase 25 anos de integração e de 34 anos de política de direita e abdicação nacional realizada por sucessivos governos, em desrespeito da Constituição da República Portuguesa, com o apoio ou cumplicidade da Presidência da República.
As consequências estão à vista. Portugal é hoje um país mais injusto, mais desigual e mais dependente. O desemprego, a precariedade, a exploração, a pobreza e as dificuldades de muitos milhões de portugueses contrastam com a corrupção, a acumulação de riqueza e a opulência de alguns. É um país marcado por um processo de declínio nacional, de descaracterização do regime democrático e de amputação da soberania e independência nacionais.
Não aceitamos esse rumo. Recusamos o desaproveitamento das potencialidades existentes, não aceitamos o comprometimento do futuro do País. Portugal não é um país pobre. Portugal pode ser melhor, mais desenvolvido e mais justo. Para isso exige-se a ruptura com a política de direita e a opção de um novo rumo para o País.
Um novo rumo, assente numa política patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril, capaz de realizar os direitos e as aspirações dos trabalhadores e do povo, de assegurar o desenvolvimento económico e o progresso social e afirmar a identidade cultural, a soberania e independência nacionais.
Um rumo de reforço do aparelho produtivo e da produção nacional, de criação de emprego com direitos, de aumento dos salários e das pensões, de defesa dos direitos sociais, de garantia de um sector público forte e determinante, de apoio às PME, ao mundo rural e às pequenas e médias explorações agrícolas de defesa dos serviços públicos, das funções sociais do Estado, na saúde, na educação, na segurança social, na defesa do meio ambiente e de promoção e valorização da cultura.
Um rumo em que o Estado esteja ao serviço do desenvolvimento, com uma Administração Pública eficiente, uma segurança interna para garantir a tranquilidade e os direitos das populações, uma justiça célere e eficaz, uma defesa nacional e relações externas assentes nos princípios da soberania nacional, da cooperação e da paz.
Um rumo que promova a ruptura com a natureza do processo de integração europeia, com a postura de submissão ao imperialismo e à NATO e contribua para um mundo mais justo, onde sejam afirmados os direitos dos trabalhadores e dos povos.
Este caminho é possível e está nas mãos do povo português, com a sua opinião, a sua participação, a sua luta e o seu voto.
A candidatura que hoje assumimos, é parte integrante da construção desse percurso colectivo que há-de inscrever no futuro um horizonte de esperança e concretização de uma vida melhor.
Quando se perfilam novos ataques às liberdades, aos direitos e interesses dos trabalhadores e do povo português e à Constituição, que conduziriam à acentuação da exploração, das injustiças sociais e do risco de desastre nacional, o Presidente da República no quadro dos seus poderes pode e deve intervir de forma inequívoca na concretização do compromisso que assume de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.
As eleições presidenciais pelo seu processo, a sua dinâmica e a decisão sobre as orientações e opções do órgão de soberania Presidência da República exercerão uma importante influência para abrir caminho a uma nova fase da vida nacional.
As candidaturas até hoje anunciadas não respondem a esse objectivo.
A candidatura do PCP, distanciando-se e distinguindo-se de posicionamentos ambíguos, opõe-se ao prosseguimento do actual rumo ao serviço dos interesses dos grupos económicos e financeiros, sejam quais forem os protagonistas que a realizem. A candidatura que assumo emerge e afirma-se como uma necessidade incontornável, com um compromisso claro sobre a situação e o futuro de Portugal.
Assumimos o compromisso de apresentar e protagonizar uma alternativa para o exercício das funções do Presidente da República, marcada pela determinação e a confiança na força dos trabalhadores e do povo e na projecção dos valores de Abril, num Portugal com futuro.
Assumimos o compromisso de desenvolver o esclarecimento sobre a prática negativa seguida pelo actual Presidente da República, Cavaco Silva, sobre as suas reais responsabilidades na situação que o País vive, quer pelos dez anos em que foi primeiro-ministro, quer pelo seu mandato como Presidente da República e de contribuir para derrotar a sua candidatura cujo eventual sucesso configuraria a persistência dos problemas nacionais e um salto qualitativo no seu agravamento.
Assumimos o compromisso de intervir na defesa e afirmação do regime democrático, promovendo o respeito, cumprimento e efectivação da Constituição da República e dando combate às práticas que a desrespeitam e aos projectos que visam a sua subversão.
Assumimos o compromisso de afirmar a necessidade de uma profunda mudança na vida nacional, de promover o debate, a afirmação e a mobilização em torno de um grande projecto político, patriótico e de esquerda, capaz de enfrentar a gravidade da situação a que o País chegou e de lançar Portugal no caminho do desenvolvimento, da justiça e do progresso social.
Esta candidatura, que protagoniza um projecto próprio e inconfundível, suscita no seu desenvolvimento, uma dinâmica de participação e empenhamento populares e assume plenamente o exercício dos seus direitos, desde a apresentação até ao voto, bem como as responsabilidades decorrentes da opção do povo português.
Esta é uma candidatura vinculada aos valores de Abril, a um projecto de democracia política, económica, social e cultural, a um Portugal soberano e independente. Uma candidatura patriótica e de esquerda, coerente e determinada, portadora de um projecto de ruptura e mudança. Uma candidatura aberta à participação de todos aqueles que, inquietos e atingidos pela grave situação do País, aspiram a uma profunda mudança na vida nacional. Uma candidatura dirigida aos trabalhadores e à afirmação dos seus direitos, às aspirações dos jovens, empenhada com a luta pela igualdade no trabalho e na vida das mulheres, solidária com os direitos das pessoas com deficiência, presente na luta pela dignificação e valorização da vida dos mais idosos. Uma candidatura dirigida a todos os democratas e patriotas.
Iniciamos hoje aqui um percurso, que nos levará a todo o País, que se cruzará todos os dias com os interesses e direitos dos trabalhadores, das jovens gerações, do povo, com os seus problemas aspirações e lutas, o percurso de uma candidatura que age para abrir uma fase nova na vida do nosso País.
No início da segunda década do século XXI, aqui estamos, com a convicção de sempre, com a determinação correspondente às exigências actuais e com uma inabalável confiança no futuro.
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Biografia de Francisco Lopes
Terça 24 de Agosto de 2010
Francisco José de Almeida Lopes.55 anos.Electricista.Funcionário do PCP
Natural de Vinhó, concelho de Arganil.
Habilitado com o curso industrial de montador electricista, na Escola Industrial Marquês de Pombal.
Participou na actividade associativa do movimento estudantil no Instituto Industrial de Lisboa (actual ISEL) nos anos lectivos de 72/73 e 73/74.
Activista do Movimento Democrático, no plano estudantil e na base de Moscavide, participou no III Congresso da Oposição Democrática em Aveiro, no Encontro da CDE em Santa Cruz e na acção política eleitoral de Outubro de 1973.
Foi membro da União dos Estudantes Comunistas (UEC) em 1973 e 74 e é membro do PCP desde 1974.
Trabalhou na Applied Magnetics, onde foi membro da Comissão de Trabalhadores e da célula do PCP da empresa. Participou na acção sindical no âmbito do Sindicato dos Electricistas do Distrito de Lisboa.
Membro do Comité Central do PCP desde o IX Congresso (1979).
Eleito membro suplente do Secretariado do Comité Central do PCP no XII Congresso (1988).
Membro da Comissão Política e do Secretariado do Comité Central desde o XIII Congresso (1990), responsável pela Área do Movimento Operário, Sindical e das Questões Laborais e pelas Questões da Organização Partidária.
Deputado à Assembleia da República eleito pelo Círculo Eleitoral de Setúbal.