PCP e a floresta
Os trágicos acontecimentos corridos no incêndio iniciado em Pedrogão reavivaram a questão da Floresta, do seu ordenamento e da sua protecção e valorização. O debate político que na sua sequência acompanhou o processo de aprovação da chamada «Reforma Florestal», feito em condições de tempo e aprofundamento distante do que a gravidade e seriedade do problema exigia, tende a iludir uma questão essencial: a de que sem prejuízo do aperfeiçoamento legislativo (para o que o PCP contribuiu) subsiste o problema dos meios, do financiamento e dos recursos humanos que por razões orçamentais tem sido negados por sucessivos governos à Floresta.
O presente dossier cumpre dois objectivos objectivos: divulgar e fundamentar a intervenção do PCP neste processo mais recente, desfazer equívocos, deturpações e falsificações; relembrar o longo e coerente percurso de intervenção do PCP sobre esta matéria.
http://www.pcp.pt/pcp-floresta***
5jan2017
rELEVEI Quinta do Reforteleiro
..8.44.8"...Saúdo quem investe na floresta (sobreiro em destaque)...Quinta do Reforteleiro. Monte de Bois. Bárrio...d' ALCOBAÇA que vos abRRaça...AsSIM se desenvolve Alcobaça e acaba-se com + 1 foco perigoso d' incêndio à beira da cidade!
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A câmara avançou um pouquinho nesta frente...
Gabinete Florestal
Protocolo para a Mata Nacional do Vimeiro.
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via http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=d2cb7fe8-977c-4572-8885-db5696166aac&edition=133
Árvore exótica já representa 23% da floresta portuguesa
Dia da Floresta Autóctone: Quercus preocupada com avanço das plantações de eucalipto
O “Ano Internacional das Florestas” comemora-se no dia 23 de Novembro, o Dia da Floresta Autóctone, data estabelecida para promover a importância da conservação das florestas naturais na Península Ibérica.
O Ano Internacional das Florestas e a Floresta Autóctone
A Assembleia-Geral das Nações Unidas designou o ano de 2011 como o “Ano Internacional das Florestas”, com o tema “Florestas para Todos”. A designação deste Ano comemorativo teve como objectivo promover a conservação das florestas em todo o mundo, assim como sensibilizar a população para a importância que as florestas desempenham no desenvolvimento sustentável global.
Segundo a Quercus, em Portugal, a falta de reconhecimento sobre as funções desempenhadas pela floresta autóctone – floresta composta por espécies arbóreas originárias do próprio território - constitui uma ameaça à sua conservação. A floresta autóctone apresenta uma importância fundamental através dos serviços que desempenha nos ecossistemas, tais como a preservação da biodiversidade, a regulação do ciclo da água, a manutenção da fertilidade e fixação dos solos, o sequestro do dióxido de carbono atmosférico e a produção de oxigénio, contribuindo como tampão face às alterações climáticas. A sua resistência à desertificação e o seu elevado valor paisagístico, são aspectos em grande parte ignorados.
As nossas florestas autóctones, como os carvalhais, azinhais e sobreirais desenvolvidos, são normalmente mais resistentes e resilientes aos incêndios florestais. Em Portugal, a maior parte das florestas naturais desapareceu ou está já muito alterada, pelo que nunca é demais relembrar a importância destes bosques, e das espécies que o compõem, tanto em termos ecológicos, como económicos.
O ataque de diversas doenças que afectam as actuais florestas, nomeadamente o pinheiro-bravo com a mortalidade causada pela murchidão do Nemátodo da Madeira do Pinheiro, mas também os problemas fitossanitários em algumas quercíneas, como o sobreiro e a azinheira, colocam em causa a sua conservação.
Ameaças à Conservação da Floresta Autóctone
De acordo com a Quercus, as plantações de eucalipto – espécie exótica introduzida em Portugal - já ocupam mais de 23% da área florestal no nosso País, e acarretam impactes ambientais consideráveis sobre o território, nomeadamente uma maior erosão do solo, a alteração do regime hídrico, perda de biodiversidade, alteração da paisagem, para além de facilitarem a propagação dos incêndios florestais de forma muito mais significativa do que as florestas constituídas por espécies autóctones.
Numa fase em que se assiste a um declínio das florestas de outras espécies, tais como o pinheiro-bravo nas áreas do centro e norte do País, ocorreu recentemente um aumento da capacidade industrial de fabrico de pasta de papel, promovido por grupos de pressão que pretendem a expansão das áreas de eucalipto em Portugal e a promoção de novas plantações intensivas, que aumentam a monocultura desta espécie.
A Quercus manifesta desde já a sua preocupação face a esta situação e considera demasiado prematura e pouco adaptada à nossa realidade qualquer intenção que pretenda uma eventual expansão da área de eucalipto em Portugal, dado que uma opção nesse sentido carece de estudos especializados e independentes que demonstrem a sua viabilidade, para além de implicar um alargado debate sobre o que o País pretende efectivamente para a sua Floresta de futuro.
No dia em que se pretende celebrar a Floresta Autóctone, a Quercus recorda que para além da introdução de espécies exóticas na nossa floresta, outras ameaças tais como a desflorestação para a agricultura, o abate de vastas áreas para construção de infra-estruturas humanas, as más práticas florestais e o aquecimento global, continuam a ser uma ameaça à sua conservação. Defende por isso a preservação dos bosques reliquiais da nossa floresta autóctone e que algumas espécies, mais raras e ameaçadas, devem ser alvo de legislação específica com vista à sua conservação. Para além disso, exige um cumprimento rigoroso da legislação nacional e europeia já existente e que enquadra todo o sector florestal, de forma a que situações irregulares não continuem a acontecer.
A Quercus no “Dia da Floresta Autóctone”
Com vista à promoção da Floresta Autóctone, a Quercus tem a decorrer vários projectos e acções com o objectivo de conservar as nossas florestas autóctones, os quais vão continuar neste Ano Internacional das Florestas, com as plantações do programa Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade, o programa de reciclagem de rolhas de cortiça – Green Cork, o projecto Floresta Comum, a constituição da rede de Micro Reservas Biológicas, onde se destaca o Tejo Internacional e o restauro da floresta no Cabeço Santo, Peninha e Caramulo. Para além destas iniciativas, estão a ser desenvolvidos projectos LIFE para a gestão de habitats e Conservação da Natureza.
Para celebrar o Dia da Floresta Autóctone, a Quercus, através dos seus Núcleos e estruturas, está a promover diversas acções em escolas, assim como sementeiras e plantação de diversas espécies autóctones de Portugal. Estas acções são realizadas com o objectivo de sensibilizar a população e promover a conservação da Floresta Autóctone, irão decorrer um pouco por todo o país, nomeadamente na Serra do Alvão, Maia, Santo Tirso, Vila do Conde, Braga, Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Ourém, Águeda, Pontinha e Ponte de Sor.
A nível regional, o Núcleo do Ribatejo e Estremadura realizou, no dia 23, em conjunto com alunos da Escola Secundária de Ourém, uma actividade pedagógica de sementeira de bolotas em embalagens reutilizadas; as plantas bem sucedidas serão plantadas no próximo ano, no Jardim da Escola.
No âmbito das comemorações deste dia, a Quercus irá também realizar na próxima sexta feira, 25 de Novembro, em conjunto com uma turma do curso de fotografia da Escola E.B. 2,3, D. Afonso, IV Conde de Ourém, na Mata Municipal de Ourém, a actividade "Revelar a Floresta" que consiste na recolha fotográfica dos diversos elementos que compõem a floresta.
Fonte: Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
23-11-2011