17/02/2014

7.543.(17fev2014.7.7') 6março...aniversário do PCP

***
6MAR2018
***
98.º
jantar...20h...Restaurante Estica...Murteira...Cela...
 A imagem pode conter: texto
 https://www.facebook.com/LeiriaPCP/photos/a.589107388130291/787142121660149/?type=3&theater
***
https://www.facebook.com/cdualcobaca/photos/a.463038577120586.1073741828.462786247145819/1695907693833662/?type=3&theater

https://www.facebook.com/pcp.pt/photos/a.1548724518780207.1073741825.1548718718780787/1998105643842090/?type=3&theater
97.º
20h.Restaurante SOLAR DOS NOIVOS
MARtingança
*
«Confiança, confiança que 97 anos de vida e luta de um Partido que, orgulhoso da sua história, aprendendo com a sua própria experiência, firme e determinado no presente, assume com energia e audácia as exigências do futuro.
Confiança num Partido que, longe de sucumbir como os seus inimigos desejariam e tantas vezes anunciaram, se afirma mais forte, mais necessário, mais determinado a prosseguir o seu caminho com os trabalhadores e o povo pelo progresso e justiça social, pela soberania e independência nacionais.
Confiança! Confiança num Partido que assume e afirma a sua identidade comunista, neste colectivo que resiste e avança, que não volta a cara às adversidades, que está onde sempre esteve, na frente da batalha pelos direitos e interesses dos trabalhadores e do povo, na vanguarda da luta por “Uma Democracia Avançada - Os Valores de Abril no Futuro de Portugal”, por uma sociedade livre da exploração do homem pelo homem, por uma terra sem amos, pelo socialismo e o comunismo.»
Intervenção de Jerónimo de Sousa no Comício comemorativo do 97.º Aniversário do PCPhttps://goo.gl/yCQa6o
***
96.º
20h.Rest. Caçador. Casal da Areia. Coz. Alcobaça
https://www.facebook.com/cdualcobaca/photos/a.463038577120586.1073741828.462786247145819/1317738744983894/?type=3&theater
***
José Casanova...
grande cAMARada escreVIVEU:
"«Camarada é uma palavra bonita. 
Sempre.
 E assume particular beleza e significado quando utilizada pelos militantes comunistas.
O camarada é o companheiro de luta - da luta de todos os dias, à qual dá o conteúdo de futuro, transformador e revolucionário que está na razão da existência de qualquer partido comunista.
O camarada é aquele que, na base de uma específica e concreta opção política, ideológica, de classe, tomou partido - e que sabe que o seu lugar é o do seu partido, que a sua ideologia é a da classe pela qual optou.
O camarada é aquele com cujo apoio solidário contamos em todos os momentos - seja qual for o ponto da trincheira que ocupemos e sejam quais forem as dificuldades e os perigos com que deparamos.
O camarada é aquele que nos ajuda a superar as falhas e os erros individuais - criticando-nos com uma severidade do tamanho da fraternidade contida nessa crítica.
O camarada é aquele que, olhando à sua volta, não vê espelhos...: vê o colectivo - e sabe que, sem ter perdido a sua individualidade, integra uma outra nova e criativa individualidade, soma de múltiplas individualidades.
O camarada é aquele que, vendo a sua opinião minoritária ou isolada, mas julgando-a certa, não desiste de lutar por ela - e que trava essa luta no espaço exacto em que ela deve ser travada: o espaço democrático, amplo, fraterno e solidário, da camaradagem.
O camarada é aquele que, tão naturalmente como respira, faz da fraternidade um caminho, uma maneira de ser e de estar - e que, por isso mesmo, não necessita de a apregoar e jamais a invoca em vão.
O camarada é aquele que olhamos nos olhos sabendo, de antemão, que lá iremos encontrar solicitude, camaradagem, lealdade - e sabemos que esse olhar é uma fonte de força revolucionária.
O camarada é aquele a cuja porta não necessitamos de bater - porque a sabemos sempre aberta à camaradagem.
O camarada é aquele que jamais hesita entre o amigo e o inimigo - seja qual for a situação, seja qual for o erro cometido pelo amigo, seja qual for a razão do inimigo.
O camarada é o que traz consigo, sempre, a palavra amiga, a voz fraterna, o sorriso solidário - e que sabe que a amizade, a fraternidade, a solidariedade, são valores humanos intrínsecos ao ideal comunista.
O camarada é aquele que é revolucionário - e que não desiste de o ser mesmo que todos os dias lhe digam que o tempo que vivemos é coveiro das revoluções.
Camarada é uma palavra bonita - é uma palavra colectiva: é tu, eu, nós: é o Partido. O nosso. O Partido Comunista Português.»
"Camarada é uma palavra bonita - é uma palavra colectiva: é tu, eu, nós: é o Partido. O nosso. O Partido Comunista Português."

***
95.º ...2016

https://www.facebook.com/cdualcobaca2013/photos/a.463038577120586.1073741828.462786247145819/1017355035022268/?type=3&theater&notif_t=like
Para além da política, do convívio
há gastronomia:
sopa
podes escolher 1 dos 3 pratos:
caril de cogumelos
caldeirada de peixe
carne à ribatejana
bebida à medida de cada 1
sobremesa
e café
***
6mar2016
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1694880090774829&set=pcb.1694880777441427&type=3&theater
AOS 95 anos do PCP

Patriotas, valentes, atrevidos,
Fundaram um Partido singular
Que nunca desistiu, sempre a lutar
Pisando mil caminhos proibidos.

O Partido cresceu. Desconhecidos
Muitos dos que fizeram avançar.
Alguns deram a vida. É de lembrar
Que não foram em vão os seus gemidos.

Noventa e cinco anos. Uma vida!
Depois dos sobressaltos da partida
Estamos a viver um tempo novo.

Partido Comunista Português,
Havemos de vencer mais uma vez,
Portugal não é deles, é do Povo!
*
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1694880180774820&set=pcb.1694880777441427&type=3&theater
***
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1034975563196668&set=a.105332022827698.10833.100000527034125&type=1&theater
***
neste dia...6março.2015...
94º do PCP
 será festejado em Alcobaça com jantar.convívio.
Restaurante CAÇADOR.-20h.
Conversas Públicas.
INTERVENÇÃO ESPECIAL
do deputado do PCP
DAVID COSTA
***
José Palma Rodrigues
leu este soneto
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=867347879955384&set=a.820444801312359.1073741826.100000405416918&type=1&theater
falta o soneto!!!
e
fez poema na toalha
e tb o leu

https://www.facebook.com/rogerio.raimundo
94...estão próximos os cem
Servindo sempre o povo português
E sempre sim ou não, nunca talvez
Defende toda a gente...é de ninguém

O povo sabe há muito e sabe bem
Que o rico esmaga o pobre muita vez
Lá está o PCP sem altivez
Procurando ajudar o que não tem.

Partido Comunista Português
São 94 anos a que vocês
Têm dado muito apoio na verdade

Havendo de conquistar talvez um dia
Aquilo que  este povo bem queria
O que foi prometido: - a Liberdade!
6/março/2015
***
FOI ASSIM
O 93º
6março2014
20h
Temos a presença do diretor do Avante: MANUEL RODRIGUES!
inscrições via rogeriommr@gmail.com
***
o SONETO  que o Palma Rodrigues leu:
http://www.uniralcobaca.blogspot.pt/2014/03/763010mar20141331-soneto-de-palma.html
AOS NOVENTA E TRÊS ANOS
DO PCP

São difíceis os tempos, na verdade.
Por isso mesmo a luta é mais intensa.
Mas sem lutar não há ninguém que vença...
A luta trouxe um dia a Liberdade!

Agora há uma falsidade:
Que tudo está melhor do que se pensa!
A fome, o desemprego...É uma ofensa!
O povo sabe bem a realidade!

São já 93...mas não parece!
O PCP, que a luta fortalece,
Tem mais vigor, mais força, mais saúde.

Importa é ir em frente, sempre em frente,
Mostrar que o comunista é diferente,
Mostrar a nossa eterna juventude!

                              PALMA RODRIGUES
***

as 6 características de 1 Partido Comunista
ÁLVARO CUNHAL
https://www.marxists.org/portugues/cunhal/2001/09/15.htm


As Seis Características Fundamentais de um Partido Comunista

Álvaro Cunhal

15 de Setembro de 2001


Primeira Edição: Intervenção enviada ao Encontro Internacional sobre a "Vigencia y actualización del marxismo", organizado pela Fundación Rodney Arismendi , em Montevideo, de 13 a 15 de Setembro de 2001, por ocasião do 10º aniversário da sua constituição. O Encontro abordou três grandes temas: "Una concepción y un método para enfrentar los desafíos del nuevo milenio"; "Democracia, democracia avanzada y socialismo"; "Por la unidad de la izquierda a la conquista del gobierno".
Fonte:
 Portal Vermelho.

Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, fevereiro 2008.

O quadro das forças revolucionárias existentes no mundo alterou-se nas últimas décadas do século XX.
O movimento comunista internacional e os partidos seus componentes sofreram profundas modificações em resultado da derrocada da URSS e de outros países socialistas e do êxito do capitalismo na competição com o socialismo.
Houve partidos que renegaram o seu passado de luta, a sua natureza de classe, o seu objectivo de uma sociedade socialista e a sua teoria revolucionária. Em alguns casos, tornaram-se partidos integrados no sistema e acabaram por desaparecer.
Esta nova situação no movimento comunista internacional abriu na sociedade um espaço vago no qual tomaram particular relevo outros partidos revolucionários que, nas condições concretas dos seus países, se identificaram com os partidos comunistas em aspectos importantes e por vezes fundamentais dos seus objectivos e da sua acção.
Por isso, quando se fala hoje do movimento comunista internacional, não se pode, como em tempos se fez, colocar uma fronteira entre partidos comunistas e quaisquer outros partidos revolucionários. O movimento comunista passou a ter em movimento uma nova composição e novos limites .
Estes acontecimentos não significam que partidos comunistas, com a sua identidade própria, não façam falta à sociedade. Pelo contrário. Com as características fundamentais da sua identidade, partidos comunistas são necessários, indispensáveis e insubstituíveis , tendo em conta que assim como não existe um “modelo” de sociedade socialista, não existe um “modelo” de partido comunista.
Entretanto, com diferenciadas respostas concretas a situações concretas, podem apontar-se seis características fundamentais da identidade de um partido comunista, tenha este ou outro nome.
1ª - Ser um partido completamente independente dos interesses, da ideologia, das pressões e ameaças das forças do capital.
Trata-se de uma independência do partido e da classe, elemento constitutivo da identidade de um partido comunista. Afirma-se na própria acção, nos próprios objectivos, na própria ideologia.
A ruptura com essas características essenciais em nenhum caso é uma manifestação de independência mas, pelo contrário, é, em si mesma, a renúncia a ela.
2ª - Ser um partido da classe operária, dos trabalhadores em geral, dos explorados e oprimidos .
Segundo a estrutura social da sociedade em cada país, a composição social dos membros do partido e da sua base de apoio pode ser muito diversificada. Em qualquer caso, é essencial que o partido não esteja fechado em si, não esteja voltado para dentro, mas, sim voltado para fora, para a sociedade, o que significa, não só mas antes de mais, que esteja estreitamente ligado à classe operária e às massas trabalhadoras.
Não tendo isto em conta, a perda da natureza de classe do partido tem levado à queda vertical da força de alguns e, em certos casos, à sua autodestruição e desaparecimento.
A substituição da natureza de classe do partido pela concepção de um “partido dos cidadãos” significa ocultar que há cidadãos exploradores e cidadãos explorados e conduzir o partido a uma posição neutral na luta de classes – o que na prática desarma o partido e as classes exploradas e faz do partido um instrumento apendicular da política das classes exploradoras dominantes.
3ª - Ser um partido com uma vida democrática interna e uma única direcção central.
A democracia interna é particularmente rica em virtualidades nomeadamente: trabalho colectivo, direcção colectiva, congressos, assembleias, debates em todo o partido de questões fundamentais da orientação e acção política, descentralização de responsabilidades e eleição dos órgãos de direcção central e de todas as organizações.
A aplicação destes princípios tem de corresponder à situação política e histórica em que o partido actua.
Nas condições de ilegalidade e repressão, a democracia é limitada por imperativo de defesa. Numa democracia burguesa, as apontadas virtualidades podem conhecer, e é desejável que conheçam, uma muito vasta e profunda aplicação.
4ª - Ser um partido simultaneamente internacionalista e defensor dos interesses do país respectivo.
Ao contrário do que em certa época foi defendido no movimento comunista, não existe contradição entre estes dois elementos da orientação e acção dos partidos comunistas.
Cada partido é solidário com os partidos, os trabalhadores e os povos de outros países. Mas é um defensor convicto dos interesses e direitos do seu próprio povo e país. A expressão “partido patriótico e internacionalista” tem plena actualidade neste findar do século XX. Pode, na atitude internacionalista, incluir-se, como valor, a luta no próprio país e, como valor para a luta no próprio país, a relação de solidariedade para com os trabalhadores e os povos de outros países.
5ª - Ser um partido que define, como seu objectivo, a construção de uma sociedade sem explorados nem exploradores, uma sociedade socialista.
Este objectivo tem também plena actualidade. Mas as experiências positivas e negativas da construção do socialismo numa série de países e as profundas mudanças na situação mundial, obrigam a uma análise crítica do passado e a uma redefinição da sociedade socialista como objectivo dos partidos comunistas .
6ª - Ser um partido portador de uma teoria revolucionária, o marxismo-leninismo, que não só torna possível explicar o mundo, como indica o caminho para transformá-lo.
Desmentindo todas as caluniosas campanhas anticomunistas, o marxismo-leninismo é uma teoria viva, antidogmática, dialéctica, criativa , que se enriquece com a prática e com as respostas que é chamada a dar às novas situações e aos novos fenómenos. Dinamiza a prática, enriquece-se e desenvolve-se criativamente com as lições da prática.
Marx no “O Capital” e Marx e Engels no “Manifesto do Partido Comunista” analisaram e definiram os elementos e características fundamentais do capitalismo. O desenvolvimento do capitalismo sofreu porém, na segunda metade do século XIX, uma importante modificação. A concorrência conduziu à concentração e a concentração ao monopólio.
Deve-se a Lénine, na sua obra “O imperialismo, fase superior do capitalismo”, a definição do capitalismo nos finais do século XIX.
Extraordinário valor têm estes desenvolvimentos da teoria. E igual valor têm a investigação e a sistematização dos conhecimentos teóricos.
Numa síntese de extraordinário rigor e clareza, um célebre artigo de Lénine indica “as três fontes e as três partes constitutivas do marxismo”.
Na filosofia, o materialismo-dialéctico, tendo no materialismo histórico a sua aplicação à sociedade.
Na economia política, a análise e explicação do capitalismo e da exploração, cuja “pedra angular” é a teoria da mais-valia.
Na teoria do socialismo, a definição de uma sociedade nova com a abolição da exploração do homem pelo homem.
Ao longo do século XX, acompanhando as transformações sociais, novas e numerosas reflexões teóricas tiveram lugar no movimento comunista. Porém, reflexões dispersas, contraditórias, tornando difícil distinguir o que são desenvolvimentos teóricos, do que é o afastamento revisionista de princípios fundamentais.
Daí o carácter imperativo de debates, sem ideias feitas nem verdades absolutizadas, procurando, não chegar a conclusões tidas por definitivas, mas aprofundar a reflexão comum.
É de esperar que o Encontro Internacional na Fundação Rodney Arismendi de Setembro do ano corrente dê uma contribuição positiva para que este objectivo seja alcançado.
***
a história do PCP
http://www.dorl.pcp.pt/index.php/histria-do-pcp-menumarxismoleninismo-103/207-85-momentos-da-histria-do-pcp/artigos-de-85-momentos-da-historia-do-pcp?start=30
***
6MAR2013

***
espalha a notícia...para jantares tens de te inscrever antes...967 815 507...rogeriommr@gmail.com
CONVÍVIO.GASTRONOMIA.DEBATE.CENTENÁRIO DE ÁLVARO CUNHAL
Restaurante Marujo.Alcobaça.Jantar 20h...
Debate Convívio.21.21' com intervenção do Diretor do Avante: JOSÉ CASANOVA!
NOS 82 ANOS DO AVANTE!
Site do PCP
Há 82 anos – em 15 de Fevereiro de 1931 – era publicado o primeiro número do Avante!
A decisão de criar o órgão central do Partido fora tomada dois anos antes, na Conferência de Abril, a partir da qual, com a intervenção decisiva de Bento Gonçalves, foram dados os primeiros passos na construção do PCP como partido leninista. Por essa altura, o ditador Salazar levava por diante o seu processo de fascização do Estado, acompanhado por uma feroz vaga repressiva que incidia essencialmente sobre os comunistas e causava graves dificuldades à fragilíssima organização partidária.
De tudo isso se ressentiu o Avante! o qual, nos seus primeiros dez anos de vida, viu a sua publicação interrompida por várias vezes – jamais desistindo, no entanto, de tudo fazer para cumprir o seu papel de porta-voz da resistência e da luta dos trabalhadores e do povo; de assumir a sua matriz leninista de informador, organizador e propagandista colectivo; de cumprir o seu papel como órgão central do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores.

E no início da década seguinte, na sequência desse momento maior e decisivo da história do PCP que foi a Reorganização de 1940/41 e os III e IV congressos, em 1943 e 1946, o Avante! iniciou uma caminhada imparável, traduzida na sua publicação ininterrupta até ao 25 de Abril de 1974.

Temos dito – e nunca é demais repetir – que não é possível fazer a história do fascismo sem consultar este jornal que foi durante dezenas de anos, num país submetido a uma férrea censura, um exemplo singular de afirmação do exercício do direito à liberdade de informação. Direito conquistado pela postura heróica de um conjunto de homens e mulheres – Maria Machado, Joaquim Rafael, José Dias Coelho, José Moreira, entre muitos outros – que, enfrentando as perseguições, as prisões, as torturas, a morte, confirmaram a invencibilidade do ideal comunista.

E tal como não é possível fazer a história do fascismo português sem consultar o Avante! clandestino, também a leitura e o estudo do órgão central do PCP é indispensável para quem queira conhecer os quase quarenta anos decorridos desde o 25 de Abril de 1974.

Lá estão, narrados semana a semana por quem os viu e viveu, todos os momentos marcantes desse tempo novo de Abril: a conquista das liberdades e direitos sociais através do seu exercício pelas massas populares; os avanços da Revolução com as suas históricas conquistas políticas, sociais, económicas, culturais; a construção da democracia de Abril – a mais avançada e progressista democracia alguma vez existente no nosso País – consagrada nessa outra conquista da Revolução que é a Constituição da República Portuguesa; enfim, todo esse tempo que foi o mais luminoso da nossa história colectiva e cujos valores permanecem como referência essencial na nossa luta do presente e do futuro.

Lá estão, narrados semana a semana por quem os viu e viveu, todos os momentos marcantes deste tempo outra vez sombrio e com cheiro a passado que tem sido – que é – a contra-revolução que há quase trinta e sete anos vem devastando a democracia de Abril: o roubo de direitos fundamentais aos trabalhadores; o assalto às liberdades políticas; a liquidação das mais significativas conquistas e a entrega do poder e da independência do País ao grande capital nacional e transnacional; a sementeira negra do desemprego, das injustiças sociais, da pobreza, da miséria, da fome – e lá está a luta incansável dos trabalhadores e do povo, luta que nos dias actuais se intensifica e alarga contra a política antipatriótica e de direita das troikas e por uma política patriótica e de esquerda inspirada nos valores de Abril.

É o Avante! de hoje dando continuidade plena à gesta heróica iniciada no longínquo ano de 1931.

Nesse mesmo ano de 1931, aderia ao Partido um jovem chamado Álvaro Cunhal. Um jovem cujo centenário do nascimento comemoramos este ano, por todo o País e em todo o Partido, através de um vasto conjunto de iniciativas que, porque integradas na actividade diária do Partido, constituem um factor de reforço da organização partidária e um estímulo à intensificação da luta das massas trabalhadoras e populares. Um jovem que, com a sua adesão ao Partido, dava início a uma caminhada de 75 anos de exemplar militância revolucionária, que, pelas suas características singulares, viria a influenciar de forma decisiva o PCP: na década de 40, no processo de construção do «partido leninista definido com a experiência própria», vanguarda de facto da classe operária, o grande partido da resistência e da unidade antifascistas; nas prisões fascistas, com a resistência vitoriosa aos interrogatórios pidescos, aos juízes salazaristas e ao isolamento cerrado; nos anos 60, com a caracterização rigorosa e cirúrgica do fascismo, a definição dos caminhos para o seu derrubamento e o papel a desempenhar pelo Partido da classe operária; na década seguinte, com a análise ao carácter e aos caminhos da revolução de Abril e à intervenção decisiva do colectivo partidário comunista e do movimento operário e popular; depois, com o desmascaramento, denúncia e combate à ofensiva contra-revolucionária, aos seus objectivos, aos seus mandantes e executantes.

E sempre, sempre sublinhando a importância crucial da luta organizada e confiante das massas trabalhadoras e populares. E sempre, sempre, até ao seu último dia de vida, numa entrega total, em todos os momentos e circunstâncias, à defesa do Partido e da sua identidade, à afirmação do ideal comunista, à luta pela construção do socialismo e do comunismo.
José Casanova, diretor do avante fará a INTERVENÇÃO POLÍTICA
segue-se DEBATE
inscrições para o jantar via 967 815 507

às 21.21' poderão aparecer livremente para o debate


Palma Rodrigues mais uma vez criou soneto para o jantar convívio:

EU SOU!

Eu sou o que transforma em infinito
Versos do meu poema sem perdão.
Eu sou o que do trigo faz pão,
O que da vida dura ressuscito.

Eu sou o que produz o que é bonito,
Que luta e que trabalha, nunca em vão
Eu sou o parafuso ou o formão.
Eu sou, em todo o mundo, o som, o grito.

Eu sou o estaleiro, a oficina,
Aquele a quem a força não domina,
Esse que olha por tudo e mal se vê...

Sou jovem e sou velho. Eu sou tudo.
Que me prendam ou matem, eu não mudo
E tenho um ideal. - O PCP!

***
Estamos comemorando o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal...
"A maior alegria de um militante comunista resulta do êxito alcançado, não para beneficio

 próprio mas para beneficio do povo."

Álvaro Cunhal
***
via tintafresca.net

No dia 6 de março
Concelhia de Alcobaça comemora 92º aniversário do Partido Comunista Português








A Concelhia de Alcobaça do Partido Comunista Português comemora, no dia 6 de março às 20 horas, o 92º aniversário do partido com um jantar no restaurante “O Marujo”, em Alcobaça. Subordinado ao tema “Democracia e Socialismo: os valores de abril no futuro de Portugal”, a sessão contará com a presença de José Casanova, membro do Comité Central do PCP e diretor do jornal Avante e do vereador da Câmara Municipal de Alcobaça, Rogério Raimundo.
***
Palma Rodrigues mais uma vez criou soneto para o jantar convívio:

EU SOU!

Eu sou o que transforma em infinito
Versos do meu poema sem perdão.
Eu sou o que do trigo faz pão,
O que da vida dura ressuscito.

Eu sou o que produz o que é bonito,
Que luta e que trabalha, nunca em vão
Eu sou o parafuso ou o formão.
Eu sou, em todo o mundo, o som, o grito.

Eu sou o estaleiro, a oficina,
Aquele a quem a força não domina,
Esse que olha por tudo e mal se vê...

Sou jovem e sou velho. Eu sou tudo.
Que me prendam ou matem, eu não mudo
E tenho um ideal. - O PCP!
Foto

Fotos de João Paulo Raimundo ontem no jantar com José Casanova:
20130306_224154.jpg

***
6mar2013

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Lisboa, Encontro com Jovens «A alegria de viver e de lutar...» Toma Partido!

http://www.pcp.pt/este-%C3%A9-um-tempo-de-tomar-partido

Este é um tempo de tomar partido



Em primeiro lugar, uma saudação a todos os jovens aqui presentes neste nosso encontro que realizamos no quadro das comemorações do aniversário do PCP e do Centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, político revolucionário, destacado construtor e dirigente do PCP, grande figura da história contemporânea de Portugal e personalidade que mais se destacou na luta pelos valores da emancipação social e humana.
Um encontro que tem como consigna a ideia da necessidade e importância de tomar partido.
Uma ideia que é um apelo e um desafio a todos os que, adquirindo a consciência dos graves problemas que a humanidade enfrenta e das injustiças e dramas humanos de uma sociedade, como a nossa, não hesitam em escolher e ser protagonistas na construção do caminho da luta pela sua transformação.
Há precisamente 92 anos, neste mesmo dia 6 de Março que aqui celebramos, uma geração de combatentes, tomando o partido nesse combate, fazia nascer no nosso país uma nova força política que iria inaugurar uma nova etapa no processo de desenvolvimento do movimento operário português.
Nascia o PCP, concebido como o instrumento indispensável e necessário para assegurar o êxito dessa luta e a realização do objectivo de construir uma sociedade nova.
Estávamos em 1921 e abria-se uma fase qualitativamente superior da intervenção e da luta do movimento operário em Portugal.
Nascia, por vontade e decisão da classe operária portuguesa e dos trabalhadores, e como corolário da sua luta, do seu amadurecimento social e político e sob o efeito galvanizador da Revolução Socialista de Outubro de 1917 – que dava, ela também agora os seus primeiros passos, materializando o milenar sonho de emancipação e de libertação de gerações de oprimidos.
Nascia para ser uma organização diferente e afirmar um projecto político distinto e oposto ao das classes dominantes.
Nascia para concretizar uma intervenção autónoma da classe operária como sujeito histórico de transformação social e construir uma sociedade nova liberta da exploração do homem por outro homem – o socialismo e o comunismo.
Ao princípio frágil, tacteando e experimentando novas formas de intervenção, organização e luta, desbravando os difíceis caminhos da acção revolucionária e que cedo foi confrontado com a ilegalização pela besta fascista que então levantava a cabeça de forma impetuosa e se fixava em vários países da Europa (na Itália, Hungria, Bulgária, Espanha) onde os direitos civis haviam sido amputados ou liquidados, os partidos dissolvidos ou fascizados, os partidos da classe operária proibidos ou limitados, os comunistas perseguidos com uma particular ferocidade.
Uma realidade que Portugal havia também de conhecer no seguimento do golpe militar de 28 de Maio de 1926.
Foi a esse Partido jovem e construído por jovens na sua grande maioria, ainda débil e enfrentando mil dificuldades e obstáculos que Álvaro Cunhal aderiu, tinha, então, 17 anos.
Estávamos em 1931. Foi, como o próprio disse, uma adesão consciente, racional e que o levou a procurar o Partido, porque olhando a realidade do país e do mundo que as leituras lhe traziam e o seu próprio olhar alcançava, decidiu e fez a opção de não ficar de fora dos grandes combates do seu tempo.
Uma adesão fundada no conhecimento da luta dos comunistas e do marxismo.
Um tempo que não era apenas o da conjuntura, duma dura, difícil e perigosa conjuntura, aquela que então o mundo atravessava, em resultado do avanço do fascismo e da grande crise do capitalismo de 1929/1933, mas também, e essencialmente, o de uma época – a da passagem do capitalismo ao socialismo – e que a primeira revolução vitoriosa do proletariado na Rússia tinha inaugurado, para se manter, prolongar e afirmar como o combate central dos nossos dias.
E dizemos essencialmente, não que os problemas e combates da conjuntura fossem de subestimar ou não fossem razão suficiente para tomar o partido do direito à vida e à dignidade de largas massas laboriosas, e contra a exploração e a miséria que quotidianamente a realidade do país e do mundo apresentavam, mas porque a vontade de romper com o sistema de exploração era, em si, uma razão muito forte que alimentava essa vontade.
Uma vontade que aumentava ainda mais à medida que o capitalismo mostrava a mais violenta das suas facetas.
Falamos dessa realidade da crise de 1929/33, dos duros combates contra o desemprego, a fome, contra a redução dos salários, dos direitos e do empobrecimento generalizado, em resultado da acção destruidora e predadora do sistema capitalista e das políticas ao serviço do grande capital que atingiam, nessa época, uma dimensão avassaladora.
Uma crise que tinha, então, uma incidência em todos os aspectos da vida social. Aspectos que, encontramos hoje também na actual crise sistémica do capitalismo e que mais à frente falaremos. A sua extraordinária profundidade e o seu carácter universal, fazia com que a economia de muitos países retrocedesse decénios. Foi colossal o dano material que a crise causou no desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo em dois, três anos. O desemprego alcançou proporções enormes e as consequências eram verdadeiramente catastróficas.
Um tempo em que o medo dos trabalhadores de ver os filhos morrer de fome, facilitava a política de ofensiva contra os seus direitos, salários e condições de vida. Os salários nominais nalguns países baixaram 40 a 50%. Havia bairros inteiros de operários desempregados. O empobrecimento absoluto das classes trabalhadoras era um fenómeno geral em todos os países capitalistas.
Problemas que em Portugal se reflectiam igualmente numa aguda crise económica e social, atingindo de forma brutal e dramática o operariado dos principais centros industriais do país, mas também dos campos e a pequena burguesia dos principais centros urbanos, aprofundando as desigualdades e as já de si difíceis condições de vida das classes trabalhadoras e camadas populares no nosso país.
Um tempo de forte agudização das contradições entre o trabalho e o capital e que irá marcar também o início de uma nova fase da luta do movimento operário, de novas formas e métodos de luta de massas, de aprendizagem, de fortalecimento orgânico, ideológico e político das organizações dos trabalhadores. Nos três anos de crise, nos principais países capitalistas, realizaram-se 18 700 greves com mais de 8 milhões e meio de participantes. Lutas que em Portugal assumiam, nos centros operários, uma grande dimensão.
Um tempo de mudança também do conteúdo da intervenção política e que se concretizava em breve nas decisões que haviam de conduzir à concretização das soluções da Frente Única da classe operária, visando a sua unidade na acção e da formação das Frentes Populares contra o fascismo, a reacção e guerra e que, nas condições da ditadura em Portugal, se irão traduzir na tomada por dentro dos sindicatos únicos do regime fascista e no desenvolvimento do movimento de unidade antifascista.
Tempos difíceis que o jovem Álvaro Cunhal acompanhava e olhava não só com indignada apreensão pelo que significava de destruição de vidas e de sofrimento para milhões de seres humanos e que pesavam, e pesavam bem, na sua tomada de partido. Uma tomada de partido que é pela classe, mas olhava para essa realidade com a determinação dos que não se ficam apenas pela contemplação do mundo, mas dos que passam à acção para o transformar. E cedo percebeu que essa era uma tarefa colectiva que exigia um partido de novo tipo, ideologicamente sólido, independente, com convicções de classe, combativo, ligado às massas, aos seus problemas e às suas aspirações. Um partido que a Conferência de Abril de 1929 e com Bento Gonçalves, jovem de 27 anos e Secretário-Geral do PCP, projectava já edificar.
Um tomar partido fundamentado num ideal que transparece com uma clara evidência nos seus textos de juventude deste período, que têm que ser lidos no contexto de uma época, e que revelam não apenas o gosto pelo estudo que o acompanhará toda a vida, mas o homem que cedo foi portador de uma cultura integral.
A sua carta ao professor, médico e pintor Abel Salazar a quem tratava por camarada, comentando uma sua exposição, diz tudo sobre a sua opção e as motivações desse jovem, agora com vinte e pouquíssimos anos para tomar partido, não apenas no estrito plano da intervenção e acção política, mas em todas as actividades humanas que influenciam o sentido da roda da história, neste caso na arte e na cultura.
Aqui se recorda um pequeno trecho dessa carta – uma carta respeitosa – e na qual comentava e punha em confronto de forma crítica os quadros que retratavam burguesas elegantes que não estavam representadas de forma paralela às mulheres de trabalho e que, mais que a opinião estética que traduz ,aliás, aprofundada em posteriores reflexões e abordagens sobre arte e a criação artística, revela a sua forma de ver o mundo nas suas relações de classe e que expressa um convite à tomada de partido de forma inteira.
Afirmava então ao ver a exposição que lhe parecia que: “Faltava uma visão de classe – única capaz de exprimir o contraste de forma e explicar a existência dum pólo pela existência do pólo oposto. Faltava a acusação expressa à burguesia (no caso: a um seu símbolo): «Para que vós sejais tão cuidadas, luxuosas, caras, é necessário que outras sofram ...isto... e isto!».
O camarada diz que «não tem classe». Isso seria toda uma explicação. Porém eu recuso-me a aceitá-la totalmente. O camarada ama uma classe. Compreende e sente as suas dores e as suas insatisfações. A sua atitude na vida é já uma posição tomada em relação aos combates que hoje – como sempre – se travam no mundo, combates de classe, afinal. Apenas é necessário conhecer ainda mais de perto as grandes riquezas de sentimentos e a grande força criadora das camadas oprimidas, e ainda a beleza da energia e da luta.
É necessário uma integração na classe a que se pertence, ou que se ama. (…) E então poder-se-á exprimir a compreensão desse mundo dos (sugadores) beneficiários de toda a actividade humana, numa forma crítica e sem perdões”.
Esta ideia de fazer parte, de se integrar, de tomar partido é uma ideia que está presente de forma insistente em Álvaro Cunhal.
A premência e necessidade de tomar partido nesse combate contra a injustiça e a violência da dominação capitalistas e contra os seus males, vê-se na polémica que travou com José Régio e que, mais que um juízo estético como mais tarde o afirmou, e de uma discussão acerca da função social da arte, era uma denúncia e recusa ao neutralismo, ao isolamento de cada um em si, perante um mundo injusto e confrontado por perigos imensos, aos quais nenhuma actividade e ninguém podia ficar indiferente.
Escrevia, então: “A humanidade chegou a uma encruzilhada. O momento não é favorável a longas hesitações. Cada qual tem de escolher um caminho: para um lado ou para outro. A história não pára e a humanidade segue. O grande problema é a direcção que ela seguirá. Aos homens cabe escolher e decidir. (…) O destino do mundo está em jogo….
Este apelo à escolha de um caminho, de um campo, de uma tomada de partido não pode ser desligado da percepção do avanço do nazi-fascismo e do perigo da deflagração de uma nova e terrível guerra que se adivinhava iminente.
Mas, como se revelam ainda ajustadas, e a assumir uma nova actualidade, as palavras do jovem Álvaro Cunhal, perante o agravamento dos problemas do mundo e do nosso país.
Este era, sem dúvida, um período de duros combates. Duros combates que então o Partido começava a tomar nas suas mãos, organizando a luta, num esforço titânico de ligação às massas e aos seus problemas, mas também a Juventude Comunista que em breve, em meados dos anos trinta, teria como Secretário-Geral da organização Álvaro Cunhal e assumia, com os seus camaradas de direcção, a importante tarefa da reconstrução radical da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas.
Uma tarefa realizada nas dificílimas condições de ilegalidade e que implicava uma viragem nos métodos e formas de trabalho dos jovens comunistas no seio da Juventude, virando o trabalho para as organizações de massas de jovens, e para o trabalho organizado e sistemático dos jovens comunistas entre a juventude.
Era a passagem dos métodos de trabalho assentes no trabalho ilegal, isolado, para formas semi-legais e legais de intervenção, da simples agitação sem a participação das massas, para o trabalho de organização estruturado, mas também mudança do conteúdo político da intervenção, num quadro em que o fascismo consolidava o seu poder e se impunha com os seus métodos terroristas.
Um trabalho realizado em condições de brutal carência de meios, pessoais e da organização, incluindo financeiros, mas um trabalho exaltante, convicto e determinado, como se deduz das palavras de Álvaro Cunhal nesse período em cartas publicadas no seu I volume das Obras Escolhidas e dirigidas à Internacional Comunista da Juventude.
Dizia então: “é preciso que cada jovem comunista, que todos os jovens comunistas, «saibam o que fazer no novo lugar» – o novo lugar era no seio da juventude e nas suas organizações, nas empresas, nas escolas, na rua, organizando e lutando pela resolução dos problemas fundamentais da juventude e pelas suas reivindicações imediatas – “é preciso convencer toda a nossa organização de que se trata de «salvar a juventude da miséria e da ignorância», de que se trata de fazer da juventude portuguesa, uma juventude forte, instruída e feliz”.
Hoje, que o mundo está confrontado com a mais grave crise económica do sistema capitalista desde a crise de 1929, a realidade vem novamente mostrar que o capitalismo é um sistema roído por enormes contradições, que gera crises mundiais com consequências devastadoras para muitos milhões de seres humanos.
Olhando para as consequências da actual crise internacional do capitalismo e dos efeitos de anos de governos de política de direita e de recuperação capitalista no nosso país, não podemos deixar de constatar no plano económico e social alguma similitude de problemas e consequências, particularmente para os trabalhadores, os jovens e o povo.
Fenómenos como o desemprego estão aí com uma dimensão assustadora, descida abrupta de salários e do poder de compra, aumento da concentração e consequente polarização da riqueza e mesmo o alastramento de catástrofes sociais como a fome, as epidemias, a carência de habitação assumem dimensões crescentemente inquietantes.
Problemas que os jovens sentem particularmente no nosso país, quando o desemprego entre a juventude atinge os 40%, a precariedade no trabalho se transforma em regra, os salários de miséria são a norma, o direito ao ensino e ao acesso ao conhecimento é todos os dias posto em causa, quando a saída que reservam para a juventude é um convite à emigração.
O mundo mudou. Mas não mudou a natureza exploradora, predadora e destruidora do capitalismo, nem a dimensão dos dramas e dos horrores sociais que produz.
As inquietações e os perigos que resultam de uma crise com esta dimensão são ainda maiores com a crescente agudização das contradições inter-imperialistas que se desenvolvem com consequências imprevisíveis, num quadro de profunda militarização das relações internacionais e de conflitos seríssimos pela dominação de recursos e mercados e influências.
Uma crise que em Portugal ampliou a dimensão dos problemas resultantes de mais de três décadas e meia de governos e de políticas de direita, e que se agravou de sobremaneira com a decisão do PS, PSD e CDS de vincular o país ao Pacto de Agressão que se traduziu em gravíssimas imposições ao povo e ao País que o tornaram ainda mais injusto e desigual.
A ofensiva em curso em direcção a tudo o que são conquistas e direitos do povo, e que está a conduzir ao afundamento do país, mais uma vez demonstra a importância da existência de um Partido capaz de apresentar e concretizar um caminho alternativo que inspire confiança aos trabalhadores e ao povo no seu devir colectivo.
Esse Partido existe e tem nome. É o Partido Comunista Português. Um Partido que tem um projecto distinto, de ruptura, patriótico e de esquerda, a lutar com os olhos postos no futuro, com o objectivo da concretização de uma democracia avançada e do socialismo, e que não desiste de alcançar uma terra de justiça, bem-estar e progresso para o nosso povo.
Um Partido que faz a diferença, porque diferente é a sua ideologia, a sua política, o seu projecto político.
Um Partido com uma história ímpar. Que deu provas de fazer o que diz. Que fez frente à ditadura fascista. Que esteve na primeira linha de combate na implantação da democracia em Portugal, dando um contributo decisivo e inigualável para o 25 de Abril. Que teve um papel determinante na construção do regime democrático, nas conquistas da Revolução e que tem estado na primeira linha de resistência contra a política de direita de destruição de Abril. Que foi em todos os tempos o partido da juventude, porque desde sempre teve uma profunda identificação com os sonhos e aspirações juvenis, inseparáveis do seu ideal de liberdade, justiça, paz, solidariedade e fraternidade.
Um Partido onde o activista revolucionário entrega à luta o melhor do seu saber e das suas energias no respeito e compreensão pela sua vida pessoal. Um Partido que não tem um padrão para medir e definir o “ comunista ideal” – cada um dá o que pode e o que sabe - e onde a actividade militante não é incompatível com uma vida realizada e feliz.
Um Partido determinado na defesa de elevados princípios morais, entre outros: o amor ao povo e dedicação aos seus interesses e direitos, a recusa da exploração do homem por outro homem, a defesa e o respeito pela verdade e pelo ser humano, a isenção pessoal, a recusa de privilégios.
Um Partido onde o trabalho colectivo não exclui, antes implica, a contribuição individual e o aproveitamento do valor e das capacidades individuais. Um Partido que não despreza o saber, a experiência e o conhecimento de cada um, antes os valoriza, estimula e reconhece como contributo para a potenciação e eficácia do trabalho colectivo.
Um Partido com uma profunda democracia interna que significa uma intervenção efectiva das organizações de base e dos membros do colectivo partidário, na avaliação dos problemas e na elaboração da orientação do Partido. Onde o hábito de ouvir com respeito efectivo as opiniões diferentes e a direcção colectiva e o trabalho colectivo são uma realidade da vida partidária.
Partido patriótico e internacionalista, que assume a defesa da soberania e independência nacionais em todas as frentes da sua intervenção, e activamente solidário para com todas as outras forças progressistas, os trabalhadores e povos de todo o mundo, em luta pela sua emancipação e libertação, e no seu direito inalienável de construir soberanamente o seu futuro.
Uma construção que se apressará no nosso país quanto mais forte for este Partido de ideal e de projecto, quantos mais vierem tomar o seu lugar “ombro com ombro” com os muitos milhares de comunistas que estão neste combate que travamos por uma sociedade nova e melhor.
Tal como no passado, no nosso País, estamos perante uma nova encruzilhada a que a todos interpela.
Entre o perigo de o país seguir de regresso a um passado de empobrecimento e miséria para o povo, a que a política de direita e o actual governo nos conduzem, ou seguir em frente, tomando partido e fazendo parte da força mais consequente e capaz de assumir a luta da ruptura com tal caminho e fazer o país retomar, com a luta do nosso povo, a direcção do progresso, que é o caminho de Abril, da reposição, reforço e aprofundamento das suas conquistas.
Muitos estão a dar esse passo, outros desejamos que o dêem para fazer desta grande força, necessária e indispensável para o povo e o país que é o PCP, uma força ainda mais forte!
Este é um tempo de tomar partido e de assumir com confiança que a vitória sobre a injustiça e as desigualdades está ao nosso alcance, ao alcance de quem luta!
***
***
6mar2012
Vai haver jantar comemorativo no dia 6, mantendo a tradição da concelhia de Alcobaça em festejar no próprio dia!!!
20h. restaurante Corações Unidos.Bem no centro da cidade d' Alcobaça
com a camarada Adelaide Pereira membro do Comité Central e responsável pela DORLEI
A BANDEIRA COMUNISTA

Foi como se não bastasse
... tudo quanto nos fizeram
como se não lhes chegasse
todo o sangue que beberam
... como se o ódio fartasse
apenas os que sofreram
como se a luta de classe
não fosse dos que a moveram.


Foi como se as mãos partidas
ou as unhas arrancadas
fossem outras tantas vidas
outra vez incendiadas.


À voz de anticomunista
o patrão surgiu de novo
e com a miséria à vista
tentou dividir o povo.


E falou à multidão
tal como estava previsto
usando sem ter razão
a falsa ideia de Cristo.


Pois quando o povo é cristão
também luta a nosso lado
nós repartimos o pão
não temos o pão guardado.


Por isso quando os burgueses
nos quiserem destruir
encontram os portugueses
que souberam resistir.
E a cada novo assalto
cada escalada fascista
subirá sempre mais alto
a bandeira comunista.
*
José Carlos Ary dos Santos
***