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14ab2014
Uma casa modesta de um bairro operário do Norte de Londres. É onde se passa a ação. Tudo começa quando Teddy, professor universitário nos EU regressa à casa do seu pai, Max, para lhe apresentar a mulher, Ruth. Não estamos entre intelectuais: Max foi talhante, o tio é taxista, o irmão mais novo quer ser boxeur, o do meio move-se no meio da prostituição. São vários homens, uma mulher. Mas o que se passa quando Ruth decide aceitar que o marido se vá embora sem ela? E, aceitando prostituir-se, integrar aquela família? Vence a submissão sexual? Ou estamos a ver o caminho da sua independência? Sexo, poder masculino, luta: uma família num dia banal que, como tantos, em Harold Pinter, começa com um homem sozinho lendo, de manhã, um jornal. Ameaças, jogos de animais predadores – ou de répteis venenosos? E o que é esta casa aparentemente banal, com escadas e móveis baratos? Um tempo em que passado e presente se misturam, uma casa de sonhos? Subentendidos, mal-entendidos, silêncios, poder e conquista de poder: é o mundo deslizante de Harold Pinter.
Escrita em 1964, esta foi a terceira peça longa de Harold Pinter e, para muitos, debaixo da aparentemente banalidade do visível, a sua obra mais complexa.
Sobre O Regresso a casa, diz Jorge Silva Melo: "Encanta-me trabalhar o teatro exacto de Harold Pinter, os silêncios, o humor, a crueldade, encanta-me a maneira que tem de fazer falar o mais simples objecto, como aqui faz com um copo de água, por exemplo. Encanta-me trabalhar com o João Perry, encantam-me estes atores, exactos."
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13 de Abril de 1846: É inaugurado o Teatro Nacional de D. Maria II
Em 1836 surge a ideia por parte do Governo Civil de Lisboa e do rei de materializar um teatro dramático. A Almeida Garrett e à sua persistência se deve, em grande medida, a concretização do projecto e a sua localização no Rossio, em pleno coração da vida lisboeta, em cujo cenário se desenha o triunfo duma burguesia liberal, polida e refinada, mas simultaneamente austera, nascida da crescente industrialização e sob o pano de fundo da Regeneração.Garrett, nomeado inspector geral dos "Teatros e Espectaculos Nacionaes", redige um ofício ao governo do Reino, datado de Dezembro de 1836, solicitando o Palácio do Tesouro, ao Rossio, para as instalações do teatro. Luigi Chiari foi o arquitecto escolhido para o 1.º projecto que, rapidamente, foi abandonado; embora tivesse muita qualidade, este era extremamente oneroso. Por vicissitudes políticas, somente em 1840, com Garrett já deputado, se renovaria a ideia do teatro. Cria-se uma comissão promotora da construção do edifício, escolhendo-se o antigo Palácio dos Estaus, ao Rossio. Abre-se um concurso internacional, cujo júri recusa os seis projectos apresentados. Fora de prazo surge um projecto de óptima qualidade, de Fortunato Lodi, contestado por Garrett e Herculano, que não viam com bons olhos a intervenção dum artista estrangeiro. Graças ao Conde de Farrobo, cunhado de Lodi, o projecto vence com a aprovação do governo.Começa a ser construído em 1843, sendo terminado em 1846 e tendo aberto as suas portas ao público
a 13 de Abril desse mesmo ano, por altura do aniversário de D. Maria II. Na inauguração, foi apresentado o
drama histórico em 5 actos O Magriço e os Doze de Inglaterra, original
de Jacinto Aguiar de Loureiro.
Apesar da sua grande qualidade e plasticidade, estamos perante um edifício que já não é puramente neoclássico. A fachada principal apresenta um pórtico hexastilo coroado por frontão onde se inscrevem as armas reais, posteriormente substituídas pelo grupo "Apolo e as Musas", de Francisco Rodrigues e Manuel da Fonseca, rematado por estátuas dos mesmos artistas. De um modo geral, a linguagem arquitetónica assenta as suas bases na gramática neoclássica - estrutura de templo romano, uso de silharia de junta fendida, divisão tripartida do edifício -, embora se verifique uma grande liberdade criadora, orientada por um certo gosto de opulência. O friso não se enquadra na tradição jónica, as pilastras perdem o seu carácter robusto ao sobreporem-se com delicadeza sob a silharia. O edifício é constituído de pedra liós e mármore branco e rosa, numa linguagem eclética sem grandes preocupações de natureza académica, embora sob o signo do neoclassicismo.Nos anos 70 do nosso século, o edifício foi reconstruído, na sequência de um incêndio que lhe devastou o interior e o magnífico recheio, subsistindo apenas as fachadas.
Projectada para um milhar e meio de espectadores, a sala ostentava uma galeria enriquecida por tubos acústicos usados pelos espectadores, das três ordens de camarotes, para chamar os criados do botequim. A decoração de motivos dourados sobre fundo branco rivaliza com o teto pintado por Manuel da Fonseca, mais tarde ornamentado com pinturas de Columbano. O Salão Nobre estava sobre o átrio de entrada, onde se localizavam a bilheteira e o botequim.Em 1978 reabriu ao público, reconstruído e modernizado em relação à anterior estrutura: as oficinas de construção e montagem de cenários são subterrâneas e o palco é rotativo e possui elevador. Na cave estão o arquivo e respetiva biblioteca e, no último piso, a "sala experimental".
Teatro Nacional de D. Maria II. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. wikipedia (Imagens)
Ruínas do Palácio dos Estaus ( Antiga sede da
Inquisição)
Fachada principal do Teatro D. Maria
II
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