houve cenas de voo com muitas "peripécias"
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julho 2014
Submarinos: Aeronaves satisfazem, mas faltou contrato de manutenção a helicópteros
Por Agência Lusa
publicado em 15 Jul 2014 - 19:49
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea mostrou-se hoje satisfeito com o parque aeronáutico disponível e sua renovação na década anterior, mas estranhou a inexistência de um contrato de manutenção para os helicópteros EH-101.
O general José Araújo Pinheiro garantiu ter existido "transferência tecnológica efetiva para as Oficinas Gerais de Manutenção Aeronáutica (OGMA) porque foram fazendo revisões gerais das aeronaves da Força Aérea (portuguesa) e a empresa foi sendo subcontratada por outras forças para modificações em modelos semelhantes", em resposta a deputados do PCP e do PS, na Comissão Parlamentar de Inquérito aos Programas Relativos à Aquisição de Equipamentos Militares (EH-101, P-3 Orion, C-295, torpedos, F-16, submarinos, Pandur II).
"A manutenção técnica é da responsabilidade do fabricante, sendo que quem está a fazer a manutenção no dia-a-dia é as OGMA, sob supervisão da Augusta Westland (empresa britânica construtora dos EH101)", explicou, esclarecendo não saber "o que esteve na base da decisão de não se ter feito logo um contrato de manutenção", pois, por exemplo, quando a FA adquiriu o (avião bimotor) C295 tal foi garantido.
O deputado comunista Jorge Machado tinha estranhado a opção por um modelo que é "um dos helicópteros mais caros do Mundo" e questionou o responsável sobre outras escolhas possíveis ou mesmo a possibilidade de não ter 12 aparelhos daqueles, mas antes uma frota complementar de aeronaves mais acessíveis.
"Não foi a FA que decidiu a aquisição nem o poderia fazer porque os valores em causa implicam decisão ao mais alto nível. Foi decidido pelo Governo. Obviamente, a intervenção da FA é identificar uma necessidade e propor uma opção. A aquisição, seja qual for o equipamento militar, é sempre do Governo", afirmou o general, remetendo as dúvidas sobre os valores em causa para relatórios publicados pelo Tribunal de Contas.
O parlamentar socialista José Magalhães também lembrou o plano de aquisição por parte do Exército de "helicópteros leves", entretanto abandonada, e formalizou mesmo um requerimento para saber mais pormenores junto do Chefe do Estado-Maior do Exército, já ouvido na Assembleia da República.
"A manutenção (dos EH101) é cara", reconheceu Araújo Pinheiro, adiantando que "está a ser renegociado o contrato" pela direção-geral respetiva e "haverá margem de manobra para a FA poder assumir alguma da manutenção e assim reduzir custos".
***2009
manutenção dos Helicópteros EH-101 custam 11milhões de euros por ano
http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=863
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2008
Defesa: PCP quer "clarificação" dos contratos de helicópteros EH101 e submarinos
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/defesa-pcp-quer-clarificacao-dos-contratos-de-helicopteros-eh101-e-submarinos=f281098#ixzz3F5gdZQRL
Lisboa, 31 Mar (Lusa) - O PCP pediu hoje ao governo para dar resposta aos atrasos na Programação Militar e clarificar a situação de alguns programas "envoltos em inúmeras peripécias", como é o caso da aquisição e manutenção dos helicópteros EH101 e dos novos submarinos.
O PCP disse em conferência de imprensa considerar "estranho" que aquando do processo de aquisição dos helicópteros EH101 à AugustaWestland este não contemplasse a respectiva manutenção.
No entanto, adianta que o governo alimentou publicamente a possibilidade de escolha das OGMA, quando "já tinha no bolso um dispendioso contrato" com a AugustaWestland, com a criação da "Augusta-Portugal", empresa que fará a manutenção dos EH101, mas que também se instalará em Beja para fazer a manutenção dos novos helicópteros que irão substituir os Allouettes.
O PCP interroga-se sobre os motivos que teriam levado o Governo a prescindir dos serviços das OGMA para a manutenção das referidas aeronaves em favor da AugustaWestland.
Rui Fernandes, da Comissão Política do PCP, afirmou que "a débil situação operacional dos novos helicópteros, incluindo processos de canibalização dos mesmos, leva a que os velhos Puma, já desactivados, possam de novo ter de vir a operar".
O PCP responsabiliza o Ministério da Defesa por esta situação (nos últimos seis meses apenas cinco dos 12 EH 101 voam) e considera "inaceitável" que um equipamento tão caro e com tão pouco tempo de existência apresente tal quadro, pelo que exige que o Governo explique o problema, as medidas para a sua rápida resolução e accione de imediato os mecanismos necessários para a AugustaWestland ressarcir o Estado dos prejuízos que esta situação acarreta.
Por outro lado, exige que o Governo clarifique a situação da construção dos Patrulhões, nos Estaleiros de Viana do Castelo, cujos prazos de conclusão não foram cumpridos, e diga quando arranca a construção das restantes unidades porque, denuncia, a este ritmo, quando os últimos estiverem construídos, já os primeiros caminham para o abate.
A questão dos novos submarinos foi também objecto de denúncia pelo PCP que quer uma "clarificação detalhada" sobre a sua real situação e sobre a forma como se efectuará o seu pagamento, tendo em conta o relatório do Tribunal de Contas de 2006, que critica as opções leasing pelos elevados custos que tal implica para o país.
A questão da existência ou não de contrapartidas, de contrato de manutenção e valor do mesmo são outras das questões que os comunistas querem ver esclarecidas neste caso.
Por outro lado, o PCP "desafia" o governo a tornar claras as suas opções para os Estaleiros do Arsenal do Alfeite, perguntando ao Executivo se considera que esse Arsenal retalhado defende melhor o interesse nacional e os interesses da Marinha.
SRS.
Lusa/fim
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