13/10/2014

8.885.(13out2014.23.45') Ébola

***
27nov2014
Número de mortes por ébola atinge os 5689 em 15935 casos
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=4263505
O número de mortos da epidemia de Ébola eleva-se a 5689 num total de 15935 pessoas infetadas com o vírus, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde, divulgado esta quinta-feira.
O novo balanço assenta em números registados até 23 de novembro, considerando a própria OMS que os números destes balanços pecam por defeito.
A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976, teve origem na Guiné-Conacri no final de dezembro de 2013 e, a 23 de novembro, tinham-se registado no país 1260 mortes em 2134 casos.
Dos outros dois países mais atingidos - Libéria e Serra Leoa -, na Libéria, foram contabilizados 3016 mortos em 7168 casos e, na Serra Leoa, a OMS listou 1398 mortos em 6599 casos diagnosticados.
Cerca de 600 casos foram identificados numa semana nestes três países da África Ocidental.
De acordo com a OMS, a situação é estável na Guiné-Conacri, estável ou em declínio na Libéria e "sem dúvida em crescimento" na Serra Leoa, com 385 novos casos confirmados numa semana.
***

https://www.facebook.com/298257536887970/photos/a.298941346819589.66688.298257536887970/740163992697320/?type=1&theater
Mia Couto diz que vale a pena reflectir
***
Via diario,info
http://www.odiario.info/?p=3429
A epidemia do Ébola combate-se combatendo as condições em que o vírus se propaga: a pobreza, a desnutrição, a ausência de condições mínimas de saneamento básico. A privatização dos cuidados de saúde está a criar, mesmo em países desenvolvidos, condições de desprotecção em cuidados de saúde que cada vez mais se assemelham às dos países onde esta epidemia mata aos milhares.
***
Ébola
(EUA enviam militares)

*
Cuba envia médicos e enfermeiros
Varios especialistas de la salud transportan el cuerpo sin vida de una...
http://www.elmundo.es/internacional/2014/09/12/541308fe268e3ed9088b458b.html
Cuba ha dado un gran golpe anunciando este viernes el despliegue de 165 médicos y enfermeras en Sierra Leona, el envío de personal de ayuda más masivo enviado por un Estado contra el brote de Ébola, que ya se ha cobrado más de 2.400 muertes en África.
Este es el envío de expertos en salud "más importante" realizado por un estado desde que estallara la epidemia a principios de este año, aseguró el director ejecutivo de la Organización Mundial de la Salud (OMS ), Margaret Chan, durante una conferencia de prensa en Ginebra. "La capacidad de Cuba para formar a médicos y enfermeras y la excepcional generosidad para ayudar a los países en el camino del progreso es reconocida en todo el mundo." Desde la revolución de Castro, la ayuda en el sector de la salud ha sido uno de los instrumentos clave de la diplomacia cubana, especialmente en África.
Más de 50.000 médicos y personal de salud cubano trabajaron en cincuenta países de todo el mundo, indicó en marzo un funcionario cubano. Es una urgencia para Sierra Leona, al igual que en los otros dos países afectados, Liberia y Guinea: la epidemia de la fiebre hemorrágica, la peor desde la identificación del virus en 1976, progresa inexorablemente inquietando a todo el mundo.
La enfermedad ha matado a más de 2.400 personas en 4.784 casos, según el último informe de la OMS anunciado el viernes y que finalizó el 7 de septiembre. En Sierra Leona las víctimas ascienden a 524 muertos y hay más de 1.424 casos (confirmados, probables y sospechosos). Chan no ha confirmado si estas cifras incluyen Nigeria, el país más poblado del continente (8 muertos en la revisión anterior), o si implican sólo los tres países más afectados.

La iniciativa de Cuba

Para ayudar a Sierra Leona, Cuba va a "cooperar con una brigada de 165 empleados, que consta de 62 médicos y 103 enfermeras", dijo el ministro de Salud de Cuba, Roberto Morales Ojeda, en Ginebra. También subrayó que los médicos cubanos estaban dispuestos a cooperar con sus homólogos estadounidenses. Estos especialistas, algunos de los cuales ya han llegado, se mantendrán en vigor durante seis meses.
"Todos han estado previamente involucrados en situaciones posteriores a los desastres naturales y epidemiológicos," serán voluntarios que trabajaron en África , la ayuda cubana es espectacular, pero las necesidades siguen siendo graves. aseguró el ministro cubano.
"En los tres países más afectados, el número de "casos" está creciendo más rápido que la capacidad de gestionarlos", advirtió el Director General de la OMS. No hay una sola cama disponible para el tratamiento de pacientes con ébola en Liberia y en los países más afectados. Y de acuerdo con el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF), unos 2.000 niños se quedaron sin padres en este país.
"Nos falta de todo (...) pero lo que más necesitamos es gente", dijo Chan. Para el tratamiento de 70 a 80 pacientes, se necesitan alrededor de 200 personas, el 20% de los expatriados. La OMS estima que siguen desaparecidos en la región entre 500 y 600 profesionales de la salud extranjeros y unos 1.000 nacionales.
La organización cuenta con una lista de 500 expertos internacionales, pero no todos son enviados al mismo tiempo. Casi 200 están actualmente en el lugar. Por su parte, la ONG Médicos Sin Fronteras (MSF), en la primera línea en la lucha contra el Ébola tiene más de 200 expatriados internacionales en la región.
Los Estados Unidos tenían a principios de septiembre cerca de 100 personas en planta. China también ha enviado equipos médicos, y la Unión Africana el lunes se comprometió a desplegar un centenar de miembros de personal de ayuda.
El Reino Unido también se moviliza, y Francia, declaró el jueves que aumentaría su ayuda a Guinea. En este país donde la epidemia es multitudinaria "un nuevo plan de emergencia de salud se ha aceleró" y acaba de ser anunciado. El plan, que se extiende por más de dos meses, tiene como objetivo "reducir drásticamente" el riesgo de contaminación.
"Si queremos luchar esta guerra contra el Ébola, tenemos que tener los recursos para luchar contra la batalla", insistió la señora Chan, haciendo hincapié en la necesidad de ayuda "para reforzar a la fuerza."
***

#Ebola is not a death sentence. Early treatment means a much better chance of survival. Learn more here:http://uni.cf/ebola #EbolaResponse
***
https://www.facebook.com/TheEconomist/photos/a.10150279872209060.361054.6013004059/10152763693959060/?type=1&theater
The Ebola outbreak in graphics. Far more deaths are attributable every day in west Africa to malaria, diarrhoea and HIV/AIDS. But the spread of infections means that death rates are rising fast: from four a day in August to 13 now. There are no licensed treatments or vaccines http://econ.st/1qiAW1Y
***
Via expresso 9out2014



Presidente do Banco Mundial. "Comunidade internacional falhou miseravelmente na resposta ao ébola"

Em entrevista ao jornal "The Guardian", Jim Kim diz que não houve uma resposta organizada ao ébola, cuja probabilidade de alastrar na Europa é agora muito elevada.
 |





A Serra Leoa continua a ser um dos países mais atingidos pela epidemia de ébola
A Serra Leoa continua a ser um dos países mais atingidos pela epidemia de ébola /  EPA
O presidente do Banco Mundial, Jim Kim, admitiu esta quarta-feira em entrevista ao diário britânico "The Guardian" que a comunidade internacional "falhou miseravelmente" na resposta ao vírus do ébola, que já matou mais de 3800 pessoas no continente africano, e avisou que a ameaça de contágio que paira atualmente sobre Espanha e os EUA vai piorar bastante.
Perante as notícias que dão conta que os governos ocidentais poderão ter de lidar com uma pandemia global, Jim Kim diz que é preciso que estes apoiem um novo fundo de saúde global no valor de 20 mil milhões de dólares (€15,8 mil milhões), que permita reagir instantaneamente em situações de emergência.
"É tarde. É muito tarde", criticou o dirigente. "Tanto deveria ter sido feito. Deveriam ter sido construídos sistemas de saúde. Deveria ter existido monitorização quando ocorreram os primeiros casos. Deveria ter existido uma resposta organizada."
Um estudo do Banco Mundial, divulgado quarta-feira, mostra que os custos financeiros do ébola podem atingir os 33 mil milhões de dólares (€26 mil milhões) nos próximos dois anos se o vírus alastrar aos países vizinhos das nações com mais casos da doença na África Ocidental: Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.
Entretanto, os EUA anunciaram que vão apertar as medidas de segurança - em relação aos questionários aos passageiros - nos aeroportos a partir do próximo fim de semana. Esta medida surge depois de Thomas Duncan - que morreu num hospital de Dallas, na quarta-feira, após ter sido contaminado com o vírus do ébola na Libéria - ter mentido quando foi questionado se tinha estado em contacto com uma pessoa infetada.

Maior pressão para rastreios 
O Governo britânico também tem estado sob pressão para intensificar as medidas de prevenção para evitar que a doença atinja o país, incluindo rastreios nos aeroportos e noutros transportes públicos, estações de comboios e portos. "Agora que há casos em Espanha e nos EUA, as probabilidades de o vírus se alastrar a outros países europeus é muito elevada", afirmou o porta-voz britânico da Câmara dos Comuns, Keith Vaz.
Segundo as últimas informações divulgadas quarta-feira à noite, oito pessoas continuam sob observação no Hospital Carlos III, em Madrid, incluindo Teresa Romero, que continua por enquanto a ser o único caso confirmado de contágio pelo vírus em Espanha.
A auxiliar de enfermagem disse ao jornal "El País" que poderá ter sido contaminada ao tocar no próprio rosto com as luvas que usou numa das duas vezes que tratou do missionário Manuel García Viejo, entretanto falecido. O marido de Teresa Romero, que continua assintomático, terá de permanecer sob observação durante 21 dias.
***
Via expresso 9out2014

A incrível história da descoberta do ébola





Um dos homens que descobriu o ébola fala sobre as parcas condições de segurança que existiam na altura, em meados da década de 1970: "Não tínhamos ideia de que [o vírus] se transmitia através de fluidos corporais". Um dos frascos que continha o vírus chegou mesmo a cair e partiu-se nos pés de um dos investigadores.
 |
O investigador belga Peter Piot fez parte da equipa de investigação que descobriu o ébola
O investigador belga Peter Piot fez parte da equipa de investigação que descobriu o ébola /  Leon Neal / AFP / Getty Images
Corria o mês de setembro de 1976. Num desses dias, chegava a uma equipa do Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, pela mão de um piloto da companhia belga Sabena Airlines, um pequeno recipiente térmico e uma carta. A carta, escrita por um médico que estava no Congo, explicava o que se encontrava dentro do recipiente: uma amostra de sangue de uma freira que contraíra uma doença desconhecida na cidade de Yambuko. O médico pedia-lhes para testar se a doença seria febre-amarela.
Nessa equipa que recebeu a carta e que viria a descobrir aquele que ficaria conhecido como o vírus do ébola estava o investigador belga Peter Piot. "Não fazíamos ideia quão perigoso era este vírus", contou recentemente à revista alemã "Der Spiegel", numa entrevista recuperada esta semana pelo jornal britânico "The Guardian".
Nessa altura, "não existiam laboratórios de alta segurança na Bélgica". Portanto, para as análises "vestíamos apenas os nossos fatos brancos de laboratório e luvas protetoras". E chegaram inclusive a deixar cair um dos frascos aos pés de um dos investigadores. O frasco despedaçou-se, mas acabariam por desinfetar tudo e, felizmente, "nada aconteceria a nenhum" deles. 
Quando o vírus lhes chegou às mãos, os investigadores pouco ou nada sabiam sobre a forma de contágio - o que os levou, muitas vezes, a não tomar todas as precauções necessárias. "Era claro para nós que estávamos a lidar com uma das doenças infecciosas mais mortais que o mundo já tinha visto - e não tínhamos ideia que se transmitia através de fluidos corporais!", sublinha o investigador, que assumiria mais tarde posições de relevo nas Nações Unidas e na Organização Mundial de Saúde.
Da epidemia à catástrofeQuando finalmente afastaram a hipótese de febre-amarela e descobriram o vírus, pensaram: "'Mas que raio é isto?' O vírus à volta do qual tínhamos passado tanto tempo a investigar era muito grande, muito longo e em forma de lagarta. Não tinha nada que ver com a febre-amarela", recorda Piot.
Pelo contrário, "parecia-se muito com o vírus de Marburg, extremamente perigoso, que, como o ébola, causava febre hemorrágica" e que tinha provocado grandes epidemias na década de 60. A nova descoberta, por sua vez, roubaria o nome a um afluente do rio Congo: o ébola.  
Mais tarde, e ao descobrirem a forma de propagação, acabariam por se aperceber que, no Congo, as freiras que trabalhavam no hospital em Yumbuko não usavam agulhas esterilizadas. Tentaram avisá-las do erro que estavam a cometer. "Olhando para trás diria que fomos demasiado cuidadosos na escolha das palavras. As clínicas que não cumpriram as regras de higiene funcionaram como catalisadores dos surtos de ébola (...). Mesmo no atual surto de ébola na África ocidental, os hospitais tiveram infelizmente este papel infame no início."
Apesar de tudo, o cientista belga sempre pensou que o ébola não representava um desafio tão grande como a SIDA ou a malária, porque os surtos eram curtos e lozalizados. Contudo, em junho de este ano "apercebi-me que havia algo de muito diferente neste surto". Já não era circunscrito, ocorria em países maiores, com grande mobilidade de pessoas - o que acabaria por facilitar a sua propagação.
O surto que vivemos atualmente - e que, com o caso de contágio em Madrid, já escapou ao controlo do continente africano - é mais do que uma simples epidemia, assegura Piot. "Isto deve ficar claro para todos: isto não é apenas uma epidemia. É uma catástrofe humanitária. Não necessitamos apenas de cuidados de saúde, mas também especialistas em logística, camiões, jeeps e produtos alimentares. Uma epidemia como esta pode desestabilizar regiões inteiras. Tenho esperança que consigamos controlá-la. Nunca pensei que pudesse chegar a este ponto."
***
via público
http://www.publico.pt/mundo/noticia/dentro-mes-e-meio-havera-entre-cinco-mil-e-dez-mil-novos-casos-de-ebola-por-semana-1672893#/0
+++