15/10/2014

8.890.(15out2014.7.7') Fernando Paula Barroso

Nasceu a 16fev.???
***
natural d' Alcobaça
Fernando Barroso
página no face
https://www.facebook.com/fernando.barroso.18?fref=photo
***

da sua última obra lançado no final de 2014:
***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203092170574904&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=3&theater
Ao teu lado…

Hoje parece que não tenho nariz…
Sempre que abro meus olhos.
Olho em frente e não o vejo.
Tenho quase a certeza que o perdi…
Enquanto olhava para ti.
Acho até que mo tiraste…
Incrível…
Numa altura…
Em que te sorria…
E enquanto esfregava um olho.
Tu entraste na minha mente.
Sem bater à porta.
Digo-te…
Não tenho medo.
Se sempre que me visitas perco algo.
Hoje foi o nariz...
Amanhã as orelhas...
Depois a boca...
Depois desintegra-se o que for.
Se sempre te vejo perco algo.
Daqui a uns dias existo…
Ao teu lado.
E serei feliz!

***
Tb é 1 extraordinário fotógrafo:

*

*

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203389513528292&set=a.10203272595125405.1073741828.1525399946&type=3&theater
***
tb é artista plástico:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4784983592244&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=1&theater
Olhei para o Céu…

Olhei para o céu…
Senti…
Uma vontade de ter asas.
E voar para te encontrar.
Senti…
Uma vontade de te possuir.
Sabes bem o que sinto quando olho para o céu.
Já o disse em sussuros ao teu ouvido.
As estrelas fazem me lembrar de ti.
Elas tal como tu…
São lindas, iluminadas…
Mas estão distantes de mim.
Hoje…
Sinto mais ainda tua falta
Tenho vontade de te tirar dos meus sonhos.
E colocar-te aqui na minha realidade.
O teu coração diz-me quem amas.
A tua voz doce embriaga-me.
Amanhã…
Não sei o que será do futuro…
Nem quero pensar…
Vou olhar para o Céu.

© Fernando Paula Barroso
(2013)

***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202800744209427&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=1&theater
A saudade mata…

Quanto a saudade nos mata…
Sempre devagar, devagarinho.
Nem deixa perceber quando nos assalta.
Vem, entra sem sequer pedir licença.
É rude, mórbida, dura.
Tu e eu bem sabemos…
Há momentos que apagaria da memória.
Sem olhar um momento para trás.
Oh maldita, que tantos matas…
Deixa-me.
Vai-te embora.
A minha porta está aberta mas não é para ti.
Tu não mereces entrar e ficar no meu coração.
O problema é que…
Não consigo passar sem te sentir.
O teu nome é bonito.
Mas és feia por dentro.
Matas-me devagar.
Saudade…
Faz-me um favor.
Se me queres matar não me tortures.
Leva-me já…
Porque eu sei que lá…
Encontrarei pessoas que amo.
Estarei com meu pai, meu sogro e minha irmã…
E tu contra nós bem juntos.
Não vencerás…
 (15out2014)
***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200460219377769&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=1&theater
Margarida…

Já lá vão 8 anos…
Por essa estrada fora.
A tentar olhar pelos teus olhos Margarida.
À procura de uma resposta…
O que a vida quis de ti?
A sério…
O que é que ela quis de ti?
O que a vida quer de mim…
Estou a tentar descobrir…
Eu ainda entendi bem…
Sei que me colocou um marco de felicidade…
Foi com a tua ajuda (eu sei)…
Não adianta seguir as indicações.
Que a vida dá de tempos em tempos.
Nem procurar sentido onde ele não existe.
Sem pressa e por vezes sem se esperar.
Estamos todos na proa do mesmo barco.
Estamos todos no fio da navalha.
Neste barco levo quem já tu bem conheces.
É um amor que me apontaste.
Obrigado Margarida…
Espero levar este amor comigo para a eternidade.
A eternidade é mesmo muito tempo…
Tanto melhor assim…
Serei amado para sempre!
Querida irmã até um dia…

© Fernando Paula Barroso
(2013)
 ***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200255387337096&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=1&theater
Acorda…

Acorda!
No mínimo, o abismo é o teu prémio…
O que tens a perder?
Não me olhes com essa cara…
Eu sei que tenho razão.
Ouve, é para o seu bem!
Sobe, ainda que num movimento torto.
Se caíres tenta subir de novo.
Estarei aqui para te suportar na queda.
Eu sei de onde vieste.
Já por lá passei antes de chegar aqui.
Sei o que ainda terás que caminhar.
Sei que sangrarás.
Sei que nunca esquecerás.
Deixarás de ter o mundo nos teus ombros.
Serás mais forte.
Com os teus braços a atingir o infinito.
O teu conforto arranjou moradia.
Quando te digo acorda…
É porque te quero dizer que…
Na minha sombra terás paz!

***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4945682569618&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=1&theater
Morrerei definitivamente…

Um dia quando quiseres…
Leva-me daqui para o local que me destinares.
Podes pegar em mim e dançar por essas nuvens.
Pouco espessas que há por aí…
E mesmo que me deixes cair pouco importa.
Sei que em qualquer momento me vais encontrar.
Morto ou meio morto…
Esvaído ou não em lágrimas.
O que tiver dentro a ti pertence.
Quase lama, quase nada…
Tu lá em cima com o teu suave baile.
Terás certamente o brilho das estrelas.
Luz sublime e densa…
Não sei olhar-te de outra forma.
Não queres falar quando preciso.
Lágrimas sinceras…
Que se curvam no meu rosto.
Seguindo os doces movimentos dos teus olhos
Puros e belos…
Quando os fechares para mim.
Sabes que me finarei sereno e calmo
E será definitivo…

© Fernando Paula Barroso
(2013)

***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4850194582478&set=a.1894756898383.2086481.1525399946&type=1&theater
Hoje apetece-me matar-te… outra vez

Ainda bem que todos os dias te mato.
Bocadinho a bocadinho…
Matar-te leve levemente.
Como quem me mata a mim.
Matar-te…
À luz do sol.
Ou no escuro do quarto.
Matar-te…
Nas escadas.
À mesa.
No banho.
Matar-te…
Nos meus lençóis.
Ao acordar e ao deitar.
Matar-te com…
Uma faca nas costas.
Uma bala no peito
Guilhotinando-te a cabeça.
Serrando-te os pulsos.
Afogando-te nas águas do rio.
Matar-te ou enterrar-te viva num bosque sombrio
Não sei como…
Tu ainda vives…
Ainda respiras…
Nunca morres de vez…
Saudade…
É tua graça…
Que fiz eu para merecer isto?
© Fernando Paula Barroso
(2013)