05/01/2015

9.340.(5jan2015.7.7') Neste dia...5janeiro...Vou rELEVAR: 295.avÔ, casamento do JPaulo e Ofélia, Carlos Aboim Inglez, Eusébio, Umberto Eco e as 3 pitadinhas da poesia de Joaquim Pessoa:

***
20/20
III-CCXCV-AVÔ
 O povão anda adormecido, super-entretido, manipulado, desviado do essencial.
Entretanto, os poderosos agiotas fazem a sua vida super-luxuosa, indiferente à miséria, que afastam da sua proximidade.
*
Já m' imaginei gaiVOTA...E já voei em sonhos...Mesmo aCORdado consegui meter-me no corpo de um falcão, duma águia, dum milhafre, dum melro (há menos melros no meu quintal?)
reCORDO os voos picados que fiz...bELA sensAÇÃO...
Mas o ter os pés bem assentes na terra
e daí partir para projectos que respondem a necessidades concretas
dão-nos muita satisfAÇÃO
e realizam-nos
dãos-nos felicidade
É o construIR com muitos e em que tivemos 1 óptima presença
nalguns casos
sentimos, atÉ, que fomos decisivos!
*
 a minha casa está inundada de memórias
***
2018
UM+295avÔ
estultícia
*
que bom é sentIR
a tua  pele
circular nELA
emocionar-me com pequenos porMAIORES
perder-me na imensiDÃO do teu SER
sentir-me atravÉS de ti
no extraordináRIO
mistéRIO
da atracção
dos delíquios
das bELAS sensAÇÕES
luxuRIAntes
n1 bELO RItmo
comPASSADAS
em SONHOS aCORdados
os poros
a potencialidade dos micro.pontos
das mini-curvas
dos teus gritinhos excitada
que de supeTÃO
 nos excitam + e +
enFIM
vida boa e feliz!
***
2017
295.avÔ
A vida tem me dado
          uma bELA sucesSÃO
                       de momentos privilegiados
(d' ÂMAgo a soRRir)
                              ímpares
                                  únicos
                                      raros

Ontem estava prestes a adormeCER
                 eis que n1 rompante
                                  acORdaste-me e
(aceitei fluIR contigo)
                                         raptaste-me
                                          para +1viAGEm
                                            espantosa
                                                 àquELA estrELA que vejo da minha (nossa) cama
(respirámos
                   n1
                       veloz
                                 e lentamente)
***
2016...face traz-me memórias deste dia:
s.MARtinho do porto by Fernanda Matias
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1528779297450448&set=pcb.10153933939298969&type=3&theater
*
A Câmara (e a AM) continua sem reunir de emergência, como a CDU reclamou, perante grave sonegação de informação! A Autoridade Tributária tb tem de ser criticada por colocar a leilão uma propriedade onde está 1 Centro Escolar!!! "Perante as notícias da Autoridade Tributária estar a promover a venda do Centro Escolar de Alcobaça por causa de dívidas da CISTER.EQUIPAMENTOS SA, em leilão público, pelo valor de €970.994,50,
http://www.e-financas.gov.pt/vendas/detalheVenda.action…
a CDU vem lembrar que há muito que alertou para este acto doloso que foi a criação da empresa municipal TERRAS DE CISTER” e a super rápida escolha da empresa MRG para ter os 51% da Cister equipamentos SA.

Recorda, também, que só a CDU, em Programa, em Câmara e na Assembleia Municipal, se opôs a esta aposta, ruinosa, da maioria PSD e cita alguns excertos de Declarações Políticas:
Campanha eleitoral de 2009:
“O fecho de escolas e de jardins-de-infância e a sua concentração em mega centros escolares, bem como a constituição duma empresa municipal e da entrega a intermediários da construção e da gestão de 6 centros escolares (agora já não sabemos quantos são, tal a confusão de declarações em curto espaço de tempo…);”
Campanha eleitoral de 2013:
"Alcobaça tem dívida enorme gerada pelo PSD e pelo actual vereador CDS, Carlos Bonifácio...Tribunal de Contas
http://www.tcontas.pt/…/acord…/2015/1spl/ac004-2015-1spl.pdf
declarou que foram actos ilegais a construção dos Centros Escolares de Alcobaça e Benedita e o Pavilhão desportivo de Évora o que significa mais de 51 milhões de euros."

Perante os factos recentes a CDU reclamou reuniões extraordinárias de Câmara e de Assembleia Municipal para esclarecimento cabal e eventuais procedimentos para quem sonegou tão importante informação. A CDU reclama, ainda, a clarificação e responsabilização política dos verdadeiros decisores!"
***
2014...face traz-me memórias deste dia:
morreu Eusébio...+1bELO texto do saudoso Timóteo de Matos
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/01/73418jan201477-vivaaaaaaaaa.html
*
hj...agHora...depois das marés vivas...turbilhão...força poderosa...o mar é assombroso em calmaria e em bravura...Paredes da Vitória d' Alcobaça que vos abRRaça
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152139193739819&set=a.10150262398389819.346034.835759818&type=3&theater
*
queremos Alcobaça bem mais bonita do que já é...Esta ponte sobre o Rio Alcoa...D' ALCOBAÇA que vos abRRaça
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/01/73145jan20141241-ex-raimundo-e.html
*
a prestigiada SFilarmónica da Vestiaria (D'Alcobaça que vos abRRaça) viveiro de músicos...tem 1 novo bar e bela música ao vivo...
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2013/12/729030dez2013818-sfvestiarente-tem.html
*
hj houve derrocada junto à ribeira das Paredes da Vitória está a ficar tapada...alertei Proteção Civil...
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/01/73245jan20141656-derrocada-tapa-ribeira.html
*
hj...Tornado na Praia do Salgado...SMartº do Porto...D'ALCOBAÇA que vos abRRaça
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/01/73255jan201455-da-tarde-tornado-na.html
*


seres da utopia, essa utopia sem a qual não há progresso."
sonhar a realidade com Eugénio de Andrade e Margarida A Tavares.
O amor
Estou a amar-te como o frio
corta os lábios.
A arrancar a raiz
ao mais diminuto dos rios.
A inundar-te de facas,
de saliva esperma lume.
Estou a rodear de agulhas
a boca mais vulnerável.
A marcar sobre os teus flancos
itinerários da espuma.
Assim é o amor: mortal e navegável.
Eugénio de Andrade
Arte - Tomasz Rut
***
2012...face traz-me memórias deste dia:
morreu Pedro osóRIO...está bem vivooooooooooo
https://www.youtube.com/watch?v=FyRUwKUigMo
*
pré-aviso: amanhã estou IN LOVE!!!
The Cure
https://www.youtube.com/watch?v=mGgMZpGYiy8&feature=share
*
*
tb "contribuí" no estacionamento...
Paulo Raimundo Raimundo
ESTÁ VISTO QUE O ROUBO RENDE MUITO MAIS QUE A CAÇA!
“Caça à multa rendeu 250 mil euros por dia em 2011” quase tanto como os 800 mil euros por dia de lucros do BES no ano passado.
*
hj x AQUI ary e Carlos do Carmo:
o AMARelo...
https://www.youtube.com/watch?v=iykmsLAfYVQ
Lisboa menina e moça
https://www.youtube.com/watch?v=zOI81d0BMpU
a receita da TERNURA
Retalhos da vida de 1 médico
https://www.youtube.com/watch?v=JkafySbTIQE
os putos
https://www.youtube.com/watch?v=V66wB4aomvI
cacilheiro
https://www.youtube.com/watch?v=mnAojJcUm_Q
O homem das castanhas
https://www.youtube.com/watch?v=1PN0zy0XaOQ
Novo fado alegre
https://www.youtube.com/watch?v=LuIKsA9yZbY
*
O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente

NENHUMA!

A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente

"Um Calculador de Improbabilidades"
(via Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com
http://cristalina.multiply.com
*
Basta Pensar em Sentir

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.
(via Fátima A)
***
2011...face traz-me memórias deste dia:
***
1985
Casamento histórico do meu mano João Paulo com a Ofélia
***
1932...Umberto Eco..."O Homem é o único animal que ri. E é também o único animal que sabe que vai morrer. Uma vez que é o único que sabe que vai morrer, creio que inventou o riso para se libertar do peso da morte. Não podemos levar-nos muito sério."
"Rir é próprio do homem, como mentir. O problema é tão complexo, há tantas razões pelas quais nos podemos rir... Rimos porque estamos felizes. Os soldados japoneses riam-se de vergonha quando eram detidos pelos americanos. Os homens riem-se durante um show de striptease para dominar a timidez. Rir tem a ver, de alguma forma, com o facto de sabermos que vamos morrer. É mais ou menos isto, e é imenso."
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2015/01/93415jan2015717-umberto-eco.html
***
1930...camarada Carlos Aboim Inglez...“AO RETRATO DE CATARINA
Esses teus olhos enxutos
Num fundo cavo de olheiras
Esses lábios resolutos
Boca de falas inteiras
Essa fronte aonde os brutos
Vararam balas certeiras
Contam certa a tua vida
Vida de lida e de luta
De fome tão sem medida
Que os campos todos enluta
Ceifou-te ceifeira a morte
Antes da própria sazão
Quando o teu altivo porte
Fazia sombra ao patrão
Sua lei ditou-te a sorte
Negra bala foi teu pão
E o pão por nós semeado
Com nosso suor colhido
Pelo pobre é amassado
Pelo rico só repartido
Tanta seara continhas
Visível já nas entranhas
Em teu ventre a vida tinhas
Na morte certeza tenhas
Malditas ervas daninhas
Hão-de ter mondas tamanhas
Searas de grã estatura
De raiva surda e vingança
Crescerão da tua esperança
Ceifada sem ser madura
Teus destinos Catarina
Não findaram sem renovo
Tiveram morte assassina
Hão-de ter vida de novo
Na semente que germina
Dos destinos do teu povo
E na noite negra negra
Do teu cabelo revolto
nasce a Manhã do teu rosto
No futuro de olhos posto”

http://uniralcobaca.blogspot.pt/2016/02/474713fev201677-carlos-aboim-inglez.html
***
...e as  pitadinhas da poesia de Joaquim Pessoa:
2012
hj x AQUI +1 daqueles imperdíveis:

Joaquim Pessoa
Sou a tua casa, a tua rua, a tua segurança, o teu destino. Sou
a maçã que comes e a roupa que vestes. Sou o degrau por on-
de sobes, o copo por onde bebes, o teu riso e o teu choro, o
teu frio e a tua lareira.  O pedinte que ajudas, o asilo que te
quer acolher. Sou o teu pensamento, a tua recordação, a tua
vontade. E também o artesão que para ti trabalha, o medo que
te perturba e o cão que te guia quando entras pela noite. Sou
o sítio onde descansas, a árvore que te dá sombra, o vento que
contigo se comove. Sou o teu corpo, o teu espírito, o teu brilho,
a tua dúvida. Sou a tua mãe, o teu amante, o marfim dos teus
dentes. E sou, na luz do outono, o teu olhar. Sou a tua parteira
e a tua lápide.  Os teus vinte anos. O coração sepultado em ti.
Sou as tuas asas, a tua liberdade, e tudo o que se move no teu
interior. Sou a tua ressaca, o teu transtorno, o relógio que me-
de o tempo que te resta. Sou a tua memória, a memória da tua
memória, o teu orgulho, a fecundação das tuas entranhas, a
absolvição dos teus pecados. O teu amuleto e a tua humildade.
Sou a tua cobardia, a tua coragem, a força com que amas. Sou
os teus óculos e a tua leitura. A tua música preferida, a tua cor
preferida, o teu poema preferido. Sou o que significas para mim,
a ternura que desagua nos teus dedos, o tamanho das tuas pu-
pilas antes e depois de fazer amor. Sou o que sou em ti e o que
não podes ser em mim.
Sou uma só coisa. E duas coisas diferentes.
in ANO COMUM, Litexa Editora, 2011 (Introdução de Robert
Simon; Posfácio de Teresa Sá Couto). 
*
2014
Mestre Joaquim Pessoa acabou d' abrir uma nova página...
https://www.facebook.com/obraliterariajoaquimpessoa/?fref=nf
Para quem gosta...
Sou a Tua Casa Sou a tua casa, a tua rua, a tua segurança, o teu destino. Sou a maçã que comes e a roupa que vestes. Sou o degrau por onde sobes, o copo por onde bebes, o teu riso e o teu choro, o teu frio e a tua lareira. O pedinte que ajudas, o asilo que te quer acolher. Sou o teu pensamento, a tua recordação, a tua vontade. E também o artesão que para ti trabalha, o medo que te perturba e o cão que te guia quando entras pela noite. Sou o sítio onde descansas, a árvore que te dá sombra, o vento que contigo se comove. Sou o teu corpo, o teu espírito, o teu brilho, a tua dúvida. Sou a tua mãe, o teu amante, o marfim dos teus dentes. E sou, na luz do outono, o teu olhar. Sou a tua parteira e a tua lápide. Os teus vinte anos. O coração sepultado em ti. Sou as tuas asas, a tua liberdade, e tudo o que se move no teu interior. Sou a tua ressaca, o teu transtorno, o relógio que mede o tempo que te resta. Sou a tua memória, a memória da tua memória, o teu orgulho, a fecundação das tuas entranhas, a absolvição dos teus pecados. O teu amuleto e a tua humildade. Sou a tua cobardia, a tua coragem, a força com que amas. Sou os teus óculos e a tua leitura. A tua música preferida, a tua cor preferida, o teu poema preferido. Sou o que significas para mim, a ternura que desagua nos teus dedos, o tamanho das tuas pupilas antes e depois de fazer amor. Sou o que sou em ti e o que não podes ser em mim. Sou uma só coisa. E duas coisas diferentes.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
*
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=787792184589280&set=gm.866142393427872&type=1&theater
Dia 81.
Acordei no teu sonho. Levantei-me com as mãos encharcadas
de ternura e abri os meus olhos nos teus. Esqueci-me de mim
enquanto olhava entusiasmado para o mundo por aquela janela 
onde vemos nascer o verão e o fogo que há na chuva. O que
é que as tuas mãos têm que ver com o trigo, pergunto-me.
E respondo-me que há terra dentro de ti, há luares que te beijam 
os ombros, há uma imensa sombra povoada de clarões e que o 
sofrimento das espigas te comove.
Liberta-me com um beijo. Uma doçura como só têm os pássaros 
e as amoras. Uma felicidade que, mesmo ao contrário, torne 
semelhantes os nossos corações e a nossa liberdade. Acorda-me 
agora tu, neste momento preciso em que preciso de dignidade e 
de coragem para pensar-me, deixando que as coisas
profundas e redondas, os frutos e os peixes, possam reconhecer 
as minhas mãos que, sendo importantes, são o que mais afastado 
está de mim.
Nesses momentos de sol em que me pedes para sorrir, penso
que nada, afinal, é demasiado importante a não ser o sonho de
cada um de nós. Até o mar, o mar denso, trágico e profundo,
passeia pelas praias como nós andamos, descalços, pelo chão
da nossa casa.


in ANO COMUM 2ª edição
Editora Edições Esgotadas

**
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=785834604817374&set=a.115803568487151.13305.100001725243075&type=1&theater
Dia 146
Era uma vez duas vezes. E como não há duas sem três, algum castigo tens guardado para mim. Não sei se me roubarás os livros, se me esconderás os melros, se me negarás os beijos. Alguma coisa destas tu farás.
Podes roubar-me os livros.
Hei-de recuperá-los, verso a verso, como a aranha que reconstrói a teia, como o pensamento que reconstrói a ideia, como o vento que reconstrói a areia.
Podes esconder-me os melros.
Saberei cantar. Darei asas à minha esperança para a ver poisar em todos os verdes, brilhar em todos os muros, debicar todos os desejos.
Não me negues os beijos.
Morrerei de fome. E de sede. E de saudade.
Morrerei de te ver e não te ter.
Morrerei de não morder a tua boca.
Morrerei de não viver.
Morrerei.

in ANO COMUM, Litexa________
imagem da web: cena do filme "E tudo o vento levou..."

**
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=789280314440467&set=gm.867684366607008&type=1&theater
POEMA DÉCIMO TERCEIRO
Tudo parece vazio quando me lembro
de ti, da tua corajosa existência. É dulcíssima
essa cidade que quiseste oferecer a este povo
que habita na pele e se alimenta de luz.
Da luz limpa das árvores, da palha, do granito.
Da luz emaranhada na infância. Do olhar
atormentado das casas onde morreu alguém.
Da luz que enche a atmosfera de metáforas.
Da luz rente às searas. Das fragas. Dos sinos. E do pão.
Da luz dos livros, dos sábios, das máquinas, do sangue.
Da luz que há nas letras das canções.
Dessa luz que amanhece no coração do pássaro
que canta em liberdade.
in GUARDAR O FOGO
Edições Esgotadas 2013

imagem da web sem autor identificado

***