30/01/2015

9.502.(30jan2015.8.8' ) Paula Rego

Nasceu a 26jan1935
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de 16feVER a 30abril2019...em gAIA
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A Casa-Museu Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo vai receber, de 16 fevereiro a 30 de abril, a exposição “Paula Rego, 1982-2006: Uma seleção”. A exposição mostra 60 obras e centra-se em dois momentos decisivos no percurso artístico de Paula Rego: as décadas de 1980 e de 1990.

60 Obras foram especialmente selecionadas para compor esta mostra em Vila Nova de Gaia, centrando-se em dois dos momentos decisivos no percurso artístico de Paula Rego: as décadas de 1980 e de 1990.

Um capítulo diferenciado é inteiramente dedicado a Peter Pan, servindo de mote para as atividades do Serviço Educativo.

Esta exposição, cuja curadoria está a cargo de Catarina Alfaro (Coordenadora da Programação e Conservação da Casa das Histórias Paula Rego) é o resultado de uma parceria do Pelouro da Cultura e Programação Cultural da Câmara Municipal de Gaia com a Fundação D. Luís I/ Casa das Histórias Paula Rego.
http://estrelaseouricos.sapo.pt/agenda/exposicoes-e-museus/paula-rego-pela-primeira-vez-em-gaia-20106.html?fbclid=IwAR0dTp_Kq0BYSGWplntTAgn-7uSuvpKRiQ1gLNoX5HhWHSRN61_iRo_79w0#.XGEr_yazR94.facebook
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fACE
https://www.facebook.com/paulafigueiroarego/
https://www.facebook.com/paulafigueiroarego/photos/a.135848223117638.11916.110981355604325/306558906046568/?type=3&theater
"Mother", 1997
papel montado em alumínio, 180 x 130 cm

Falta pouco para a "estreia" de Paula Rego em Paris.
Entre 26 de janeiro e 1 de abril, nas novas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian, no Boulevard de La Tour Maubourg, será apresentada uma exposição com cerca de trinta obras que incidem sobre as duas últimas décadas de trabalho da pintora (1988-2009) / There is less to "premiere" of Paula Rego in Paris. Between January 26 and April 1, new premises of the Calouste Gulbenkian, in the Boulevard de La Tour Maubourg will be an exhibition of some thirty works that focus on the last two decades of work of painter (1988-2009).
+ info: www.casadashistoriaspaularego.com/pt/exposições/fora-da-casa/actuais/fondation-gulbenkian.aspx

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“pinto para dar uma face ao medo”
"não temer bruxas e muito menos temer dar o próprio rosto para a evidência de haver bruxas."

https://quatropeixes.wordpress.com/2011/06/01/pinto-para-dar-uma-face-ao-medo-paula-rego-por-roberta-ferraz/

“Dog woman” (1994), a bestialidade escancarada da mulher obrigada a se metamorfosear em cadela, obediente cadelinha que é a gata borralheira.
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Não gosto de pintar ao vivo. Gosto de canalizar imagens naturalistas, abstractas, ornamentais, feiticistas, infantis."
http://kdfrases.com/autor/paula-rego

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A obra de Paula Rego - Paulo Varela Gomes - Ensaio escrito em 1987

https://www.youtube.com/watch?v=d5MxBB9anYY
Este ensaio foi publicado na Revista / Programa da CDL em Julho de 1987
Concerto For Horn & Orchestra No. 2 In E Flat Major: Rondo: Alle-Wolfgang Amadeus Mozart
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1.ªparte
https://www.youtube.com/watch?v=AKlZ4V8ZoRU
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2.ª parte
https://www.youtube.com/watch?v=1E0ZPQO-HZU
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3.ª parte
https://www.youtube.com/watch?v=wr4zo1pUJwk
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4.ª parte
https://www.youtube.com/watch?v=JksRhWy9fAw

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página no facebook

https://www.facebook.com/paulafigueiroarego/photos/a.332937956741996.69482.110981355604325/611173065585149/?type=1&theater
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https://www.facebook.com/paulafigueiroarego/photos/a.135848223117638.11916.110981355604325/798279106874543/?type=1&theater
Este quadro de Paula Rego será logo à noite um dos destaques num leilão de antiguidades e arte moderna e contemporânea realizado pelo Palácio do Correio Velho - Antiguidades e Leilões, Lisboa, com um preço base de licitação de 150 mil euros 
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Fundação Paula Rego
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Extraordinário museu em Cascais
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5ab2017
Via Público

Não, Histórias e Segredos é um filme que leva essa convenção a limites onde a maioria dos documentários geralmente não vai, abrindo verdadeiramente uma gaveta de segredos sobre a vida pessoal de Paula Rego e o modo como a sua educação, a sua história familiar, o seu amor (retribuído) por Victor Willing e a sua vida entre Portugal e o Reino Unido ao longo dos anos se reflectiram na arte que ela foi produzindo ao longo dos anos.

https://www.publico.pt/2017/04/05/culturaipsilon/noticia/a-toca-do-lobo-1767758
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Via DN
5nov2016
Está tudo resumido na última resposta, sobre a insegurança da artista: "Muita. Não sei como é sem isso. É assim que eu sou. Não posso tirar. Se pudesse, tirava logo. O escuro? Ui. Não falemos mais nessas coisas [pega num postal]. Olhe que coisa bonita esta..."
http://www.dn.pt/artes/interior/paula-rego-pintada-por-anabela-mota-ribeiro-5480249.html
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80 anos e muita superstição

80 anos e muita superstição
Fotografia © Jorge Amaral/Global Imagens
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4362225


Em dia de aniversário, a pintora Paula Rego está envolvida em mais uma temática queirosiana. Em simultâneo, duas exposições mostram os paralelismos com outros artistas e a sua obra

Paula Rego pode ser a mais destacada pintora portuguesa da atualidade; homenageada pela rainha Isabel II com a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial pela sua contribuição para as artes; autora do retrato presidencial de Jorge Sampaio, ou pintora de um quadro que foi adquirido por 863 mil euros... Mas não deixa de ser o mais humana no que é possível nos costumes,daí que nas vésperas de fazer 80 anos a última coisa que queria era falar sobre este assunto e evitasse comentar a inevitável data redonda da sua idade.
A razão? Poderiam ser várias, desde o muito trabalho por estar a preparar a nova exposição, que tem como tema a obra O Primo Basílio de Eça de Queiroz. Outras eram invocadas, mas no fim lá se percebeu que há um motivo maior que todos os outros para não falar por antecipação sobre um dia que ainda estava por acontecer: superstição. Ou seja, Paula Rego não queria falar sobre aniversário para não dar azar. Não fosse o diabo tecê-las!
Tanto assim que nem no museu da artista em Cascais, a Casa das Histórias, se fez neste fim de semana grande referência ao dia, sendo tudo transferido para o próximo, momento em que se anunciam várias atividades. Ou seja, comemora-se depois de ter passado a data e não antes.
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3jan2016
«Tudo são histórias. É através delas que descobrimos o mundo e quem somos. As portuguesas são as melhores porque nos fazem perceber o que é ser português. As antigas mostram a natureza humana tal qual ela é. Não foram alteradas pelo sentimentalismo. Estão cheias de crueldade impensada e de atos de bondade. Detestaria que perdêssemos o contacto com as nossas histórias»

Leia mais: A pintora, a filha e as histórias delas http://www.noticiasmagazine.pt/2016/a-pintora-a-filha-e-as-historias-delas/#ixzz4WsiPXsLo
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http://www.noticiasmagazine.pt/2016/a-pintora-a-filha-e-as-historias-delas/
Para a Paula o pai terá tido mais influência do que a mãe. Porquê?
PAULA: Eu gostava mais do meu pai… Ele protegia-me. Mostrou-me o livro com ilustrações do Inferno de Dante, de Gustave Dorre. Levou-me a interessar-me por ópera. Disse-me para ir para Inglaterra e seguir os meus sonhos. «Vai», disse ele. «Isto não é lugar para uma mulher». Era uma pessoa querida, amorosa, divertida, mas também depressiva. Toda a gente gostava dele. Até as enfermeiras no hospital choraram quando ele morreu. A relação com a minha mãe era mais complicada. Os meus pais deixaram-me um ano entregue aos cuidados de parentes quando eu tinha 18 meses. Quando voltaram não sabia quem era a minha mãe, mas sabia que não gostava muito dela. Mas era uma mulher com muito bom gosto. Adorava ir às compras com ela. Falávamos muito sobre roupa. Ela também era pintora.
CAS: Mas ela tinha muito orgulho em ti. E era muito sofisticada. Ela percebia o teu trabalho e nunca tentou desanimar-te. Não a pintaste uma vez como um repolho?
PAULA: Sim, um repolho a chorar. E quando lhe disse ela ficou satisfeita. Disse que a tinha feito parecer mais nova.
É para o seu pai que pinta, Paula?
PAULA: Não. Eu pinto para mim.
CAS: Também pintaste coisas para lhes dar.
PAULA: Sim, se eles iam sair deixava-lhes um desenho na almofada para que eles vissem quando voltassem.
CAS: Como uma magia? Para fazê-los voltar?
PAULA: Como uma recompensa.
CAS: Estavas a treiná-los para voltarem.
PAULA: Sim.


«QUANDO ESTOU A TRABALHAR, ESQUEÇO O MEDO… OU PINTO-O.»
Fala muito do medo. Tem medo de quê?
PAULA: A minha mãe costumava dizer que eu tinha medo de tudo, até das moscas. Tudo me assustava. O meus pais compraram-me um cachorro para me fazer companhia, mas tinha tanto medo que não queria tocar-lhe. Ele acabou por atirar-se da janela e suicidar-se, mas acho que não foi culpa minha. Estava constantemente a ser raptado e resgatado. Ainda estava mais assustado do que eu. Eu durmo com a luz acesa porque tenho medo do escuro, não gosto de aranhas, destesto estar sozinha e ainda tenho dias preenchidos de terror. Medo da morte e do diabo. Eu acredito no diabo. Ele entrou uma vez no meu quarto quando eu era pequena.
CAS: Pensava que tinha sido a morte. Aquela morte que ficou especada à porta.
PAULA: É difícil ver a diferença. Foi tão aterrador.
CAS: Mas não deixas que o medo te paralise. Continuas em frente.
PAULA:Ir para o estúdio ajuda. Quando estou a trabalhar esqueço o medo… ou pinto-o.
E a Cas tem medo de quê?
CAS: Não tenho medo do escuro nem de aranhas. Não vivo aterrorizada, felizmente.
A sua mãe contava-lhe muitas histórias em criança?
CAS: A mãe contava-nos histórias. Dependia de quanto tinha para beber. Às vezes lia-nos poemas do Edgar Alan Poe. Sempre adorou assustar as crianças. Mas o meu avô era o pior. Era um homem amoroso, mas todas as noites nos contava a história do Papão e eu ficava acordada horas, deitada, à espera que o Papão viesse e me pusesse no seu saco. Penso que foi a última vez que senti verdadeiro medo. Se calhar vacinou-me. A minha avó também me contava histórias. De manhã, quando acordava, trepava para a cama dos meus avós e ela contava-me a história da lagartixa. Todos os dias, uma aventura diferente com lagartos que vivam nos muros do jardim. Quem me dera lembrar-me delas… Eram muito divertidas.
«A MINHA MÃE ERA A MAIS “SOSSEGADA”. OU ESTAVA A TRABALHAR NO ESTÚDIO OU A DANÇAR NO TERRAÇO.»
Em que sentido ser filha de Paula Rego determinou o seu percurso?
CAS: É dificil dizer, não tenho outra mãe. Crescemos numa casa enorme com os nossos avós e as criadas. Havia muitas personalidades fortes. A minha avó era pequenina, mas eu tinha a impressão que ela podia ganhar um combate com o Mike Tyson só com um raspanete. A minha mãe era a mais «sossegada» de todos e ou estava a trabalhar no estúdio ou a dançar no terraço. Os meus pais estavam sempre a falar de arte e de artistas, aliás, o meu pai falava e a minha mãe ouvia. Éramos uma família de artistas. Todos nós. O meu irmão e a minha irmã também, mas escolheram áreas diferentes. Nenhum de nós é pintor. Penso que isso teria sido difícil. Não sou como a minha mãe, ela é única, mas talvez partilhemos o mesmo sentido de humor.
A Cas formou-se em Artes, era impossível fugir-lhes?
CAS: O meu pai tinha esperança que os filhos fizessem alguma coisa útil, em vez disso. Alguma coisa académica, como ler os clássicos na universidade de Oxford ou uma profissão que rendesse dinheiro. Ele sabia que a arte significava uma vida de pobreza e queria que fôssemos capazes de nos sustentar. Sobrevivemos graças à generosidade do meu avô, que nos sustentou até à sua morte. Infelizmente, nós crianças éramos tão «tontos» como o meu pai receava e tivemos que ir para artes, desse por onde desse. Foi a única coisa que gostei de fazer. Era aquilo em que éramos bons.
E escolheu como trabalho contar histórias. Em que se inspira?
CAS: Quando deixei a escola de arte, trabalhei muitos anos a fazer monstros para filmes. Só comecei a escrever mais tarde. Ter trabalho inspira-me.
O que pensa de reis e rainhas, príncipes e princesas?
PAULA: Gosto muito.. As histórias populares estão cheias deles. Têm poder e carisma. Não tenho nada contra casar com um príncipe, se se conseguir encontrar um. Embora possa vir a descobrir que ele se transforma num monstro.
Era rebelde e questionadora em criança? 
PAULA: Eu era boa e obediente. Não respondia aos meus pais.
CAS: Mas fazias coisas às escondidas, não fazias?
PAULA: Sempre. Mas eles não sabiam. Até eu aparecer grávida.
CAS: Mas quando eras criança, não fazias asneiras? Não cortaste todas as franjas das cortinas da casa da tia tia-avó?
PAULA: Sim, mas eu não sabia que era uma asneira. Só gostava de cortar. Também cortei os dedos de uma boneca especial. A sensação foi deliciosa. Quem me dera poder fazê-lo agora.
CAS: Eu era dificil? Desafiadora?
PAULA: Tu? Não. Eras uma boa menina. A Vicky era um bocadinho marota

Leia mais: A pintora, a filha e as histórias delas http://www.noticiasmagazine.pt/2016/a-pintora-a-filha-e-as-historias-delas/#ixzz4WsjTDsEz
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