10/03/2015

2.939.(10mar2015.13.31') Rogério Ribeiro

Nasceu a 31mar1930
e morreu a 10mar2008
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 https://uniralcobaca.blogspot.com/2010/12/3931-3-exposicoes-no-armazem-das-artes.html
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Viveu na casa do José Aurélio, em Óbidos...
http://www.cm-obidos.pt/manchete/detalhe.aspx?detail=1&id=9636549
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1 foto especial
os quadros são do Rogério Ribeiro, com certeza...
Álvaro Cunhal, Vasco Gonçalves e José Aurélio
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1044603628888499&set=a.104386952910176.9396.100000166158153&type=1&theater
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Via Tinta Fresca:

Armazém das Artes em Alcobaça...de 27nov2010 até 27fev2011
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=c419a897-f5d5-45bc-b692-00b42cb6feb7&edition=122
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(...) licenciado na Escola Superior de Belas Artes, faculdade onde foi professor e, em 1974, coordenou o grupo de trabalho de reestruturação do currículo escolar na área do Design. No domínio da ilustração de livros, uma das suas obras mais conhecidas é a da ilustração da edição do romance «Até Amanhã Camaradas», de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal. Foi também autor do projecto museológico da Fortaleza de Peniche 1987). 
José Aurélio reconhece que esta ainda não é a grande exposição antológica de Rogério Ribeiro, que gostaria de organizar no Armazém das artes, mas “foi a exposição possível, dados os fracos recursos que nós temos e hoje fazer uma grande exposição custa muito dinheiro e nós vamos fazendo aquilo que podemos.”

   No entanto, como normalmente é apanágio do Armazém, esta é também uma exposição de afectos, construída com base em obras cedidas pelos amigos e camaradas das artes de José Aurélio. “O Rogério foi o meu grande amigo durante toda a vida, foi um homem que conheci logo que cheguei a Lisboa e que sempre me acompanhou toda a vida, era um homem fora de série. Nesta altura, só foi possível fazer esta exposição, que é de facto uma boa exposição, não quero que se pense que os condicionamentos que impendem sobre a nossa capacidade de realização tenham a ver com falta de qualidade, antes pelo contrário, aquela é uma boa exposição do Rogério, mas que foi feita fundamentalmente com a prata da casa”, adiantou o escultor ao Tinta Fresca.(...)

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Via castendo:
6 Serigrafias:
que reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.
I

Ao fim de alguns dias
voltaram a chamá-la

II

A bicicleta deslizou suavemente
como se nenhum peso levasse
III

Trabalhadores, Operários e Camponeses
IV

Estendia a mão larga e espessa aos Recém-vindos
V

Olhou ainda o céu e fez-se de Novo à chuva
VI

O vento soprou mais forte
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Câmara de Almada deu-lhe a medalha de ouro...
Director da Casa da Cerca desde 1993
http://www.m-almada.pt/xportal/xmain?xpid=cmav2&xpgid=genericPage&genericContentPage_qry=BOUI=12937412
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+ obras aqui:
http://galeriaphotomaton.blogspot.pt/2008/03/rogrio-ribeiro-galeria-e-textos-de.html
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Via avante ago 2008
Pavilhão Central
Homenagem ao pintor Rogério Ribeiro
No ano em que deixou de estar entre nós, a Festa do Avante!, no seu Pavilhão Central, acolhe uma exposição evocativa da vida e da obra do artista plástico Rogério Ribeiro, com a presença de mais de 80 obras do autor. Exposição que, aliás, contou com o seu entusiasmo e disponibilidade de colaboração antes do seu súbito falecimento.
Uma visita pela sua magnífica obra enquanto um dos maiores artistas plásticos do nosso país. Na sua actividade sempre ligou a arte à vida, pintando a dureza da luta quotidiana pela sobrevivência e a luta política, cruzando-a com a poética da alegria de viver, de festejar o amor.
Rogério Ribeiro foi um artista do século XX, integrando os movimentos artísticos que lutaram pela modernidade cultural do nosso país. Pintor das narrativas da vida e da transfiguração da vida, ilustrou vários livros e foi fundador da Cooperativa Gravura e da Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea de Almada, relevantes no panorama artístico nacional.
Desempenhou ainda um relevante papel no ensino artístico em Portugal após o 25 de Abril. Foi membro do Comité Central do PCP e um construtor da Festa do Avante!.

Os cinco sentidos
Sentir a vida, transformar o mundo!

O Espaço da Ciência tem abordado, ao longo das várias edições da Festa, temas como a astronomia, a física, a robótica, os materiais e as suas propriedades, a água, a energia, a fome, os recursos geológicos, os transportes terrestres, entre outros. Este ano estará patente uma exposição que tem por base os cinco sentidos.
Como comunicar sem um ou mais sentidos? Será a nossa visão igual à dos outros animais? Podemos saber a idade de uma estrela apenas olhando para ela? Qual a relação entre o nosso equilíbrio e a nossa audição? Porque sentimos calor e frio?
Estas são algumas questões que serão abordadas este ano no Espaço Ciênci@vante!, propondo aos visitantes uma incursão pelos cinco sentidos humanos e embarcando numa viagem pela transformação do nosso mundo. Não podemos esquecer que as nossas acções e interpretações sobre o meio que nos rodeia estão amplamente ligadas à nossa capacidade de percepcionar a informação que nos chega a cada momento.
O Espaço Ciênci@avante! vai contar ainda com módulos de Astronomia e Física, com a colaboração, respectivamente, do astrónomo Máximo Ferreira e do Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico. Nesta área interactiva estarão disponíveis de uma forma lúdica, rigorosa e ao mesmo tempo apelativa, experiências e observações que irão pôr em prática alguns assuntos levantados pela exposição.

Desporto
«O papel das colectividades na formação de atletas de alto rendimento»

Este ano, o tema central do desporto, na Festa do Avante!, será «O papel das colectividades na formação de atletas de alto rendimento». Neste sentido, sábado, às 18 horas, no Pavilhão Central, vai se realizar um debate que contará com a presença de Melo de Carvalho e Miguel Tiago. Estarão ainda presentes um elemento da Federação Portuguesa de Atletismo e outro da Associação de Colectividades do Concelho do Seixal
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Via avante 20mar2008
http://www.avante.pt/pt/1790/assembleiadarepublica/23860/
Homenagem a Rogério Ribeiro
A Assembleia da República prestou homenagem a Rogério Ribeiro, falecido a 10 de Março, cumprindo um minuto de silêncio em sua memória e aprovando um voto de pesar onde é recordado como «figura maior da arte portuguesa».
«Com uma excepcional e multifacetada personalidade criadora, é uma das mais destacadas e originais personalidades criadoras enraizadas no movimento neo-realista», refere o texto aprovado aprovado por unanimidade, onde se pode ler, ainda, que a sua «obra é uma riquíssima e complexa construção e reflexão sobre o devir humano, sobre o seu tempo e sobre uma humanidade em certos aspectos intemporal».
Além das suas qualidades como artista plástico, o voto sublinha na vida de Rogério Ribeiro a sua condição de «destacado professor, dinamizador cultural, dirigente comunista, resistente antifascista, combatente pela liberdade e pela democracia».
«Num dos seus testemunhos mais importantes e também um dos mais comoventes, Rogério Ribeiro falou da importância da Revolução de Abril na sua obra, não como um momento de viragem, mas como um período em que a urgência histórica requeria toda a atenção criadora», lembra o voto apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP, onde a Assembleia da República «manifesta o seu pesar» pelo desaparecimento de Rogério Ribeiro e «expressa sentidas condolências aos seus familiares e amigos».
Realçado na obra deste «trabalhador incansável», como lhe chamam os deputados comunistas, é, por outro lado, a sua «amplitude e riqueza criadora incomparáveis», sobretudo a partir dos anos 70, o que lhe confere «um reconhecimento internacional significativo».
Sobre Rogério Ribeiro, além da sua participação nas lutas do MUD Juvenil e nas lutas estudantis de 1962, bem como da sua prisão pela PIDE em 1958, recordada é também a sua condição de militante do PCP desde 1975, com uma «intensa actividade cívica e política» e três décadas de uma «elevada contribuição para a concepção e realização da Festa do Avante»
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Via avante de 13mar2008
Figura maior da arte, do Alentejo e do PCP
Faleceu Rogério Ribeiro
Faleceu segunda-feira Rogério Ribeiro, artista plástico de renome internacional e empenhado militante comunista.
Rogério Fernando da Silva Ribeiro nasceu em Estremoz, em 1930. A sua mais recente obra foi inaugurada no sábado, em Beja: o Monumento à Mulher Alentejana, no Parque da Cidade. Não pôde estar na cerimónia, porque sexta-feira teve que ser internado no Hospital de Santa Maria. O funeral teria lugar ontem, ao final da tarde, do Palácio Galveias para o cemitério do Alto de São João.

Nota do Secretariado do PCP

Na nota de condolências divulgada no dia 10, o Secretariado do Comité Central do PCP refere que, «destacado professor e artista plástico, Rogério Ribeiro abraçou desde jovem a luta antifascista pela liberdade e a democracia».
«Rogério Ribeiro é uma das figuras maiores da arte portuguesa. Excepcional e multifacetada personalidade criadora, ao legado da sua imensa obra plástica junta-se o do seu incansável trabalho de construtor e dinamizador cultural, o do pedagogo entusiasta, o do combatente político pelas causas da emancipação humana, o do resistente e dirigente comunista. Sendo certamente uma das mais destacadas e originais personalidades criadoras enraizadas no movimento neo-realista, a sua obra é uma riquíssima e complexa construção e reflexão sobre o devir humano, sobre o seu tempo e sobre uma humanidade em certos aspectos intemporal. Nas nossas memórias visuais ficarão para sempre gravadas as suas ilustrações para o livro Até amanhã camaradas, de Manuel Tiago.
«Num dos seus testemunhos mais importantes e também um dos mais comoventes, Rogério Ribeiro falou da importância da Revolução de Abril na sua obra, não como um momento de viragem, mas como período em que a urgência histórica requeria toda a atenção criadora.
«Rogério Ribeiro, que ao longo de toda a vida foi um trabalhador incansável, realiza a partir dos anos 70 uma obra de amplitude e riqueza criadora incomparáveis, atingindo um reconhecimento internacional significativo.
«Destacado participante nas lutas do MUD Juvenil e nas lutas estudantis de 1962, Rogério Ribeiro estabeleceu contactos com o PCP desde 1953, tendo a ele aderido em 1975. Preso pela PIDE em 1958 vê-lhe negada a autorização para exercer o cargo de assistente da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
«Rogério Ribeiro, que foi membro do Comité Central do PCP desde 1983 até Dezembro de 1992, deu durante três décadas uma elevada contribuição para a concepção e realização da Festa do Avante!», de cuja comissão organizadora foi membro, e para muitas outras realizações do Partido, das quais se destaca a exposição comemorativa dos 60 anos de vida do PCP» - conclui o documento.
A Direcção da Organização Regional de Évora do Partido emitiu terça-feira um comunicado de imprensa, destacando que Rogério Ribeiro «nunca esqueceu as suas origens e a sua terra, onde vinha com frequência», e sempre assumiu a sua condição de alentejano, colocando nas suas pinturas e em muitos trabalhos o Alentejo, dando visibilidade à sua maior riqueza - o Homem».
Lembra ainda a DOREV que Rogério Ribeiro «foi um dos artistas plásticos que sempre estiveram com essa conquista ímpar do proletariado agrícola do Sul – a Reforma Agrária» e «sempre o víamos nas conferências da Reforma Agrária e em muitas situações, colaborando em magníficos trabalhos que perpetuarão para sempre esse marco histórico da Revolução de Abril».
«O Alentejo e Estremoz perdem um dos seus filhos mais ilustres, que levou bem longe o nome de Estremoz e do Alentejo», salienta a DOREV.
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 https://www.mutualart.com/Artwork/O-Atelier-do-pintor--o-pintor-e-o-modelo/77BC10815728D94B
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morreu em 10mar2008 - Rogério Ribeiro, artista plástico português (n. 1930).

Rogério Ribeiro, 1930-2008
Rogério Ribeiro nasceu em Estremoz em 1930 e faleceu em Lisboa, 2008. Estudou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde foi docente a partir de 1970. Trabalhou em pintura, desenho, gravura, ilustração, design, painéis de cerâmica e cartões de tapeçaria. Foi fundador da Gravura - Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (1956). Autor dos projectos museológicos da Casa Manuel Ribeiro de Pavia (1985) e da Fortaleza de Peniche (1987). Em 1983, foi co-autor do projecto da Galeria de Desenho do Museu Municipal de Estremoz. Dirigiu, desde 1988, a Galeria Municipal de Arte de Almada e, a partir de 1993 até à sua morte, foi director da Casa da Cerca — Centro de Arte Contemporânea, em Almada. Começou a colaborar com a Manufactura de Tapeçarias de Portalegre em 1961. Expôs os seus trabalhos a partir do ano de 1950.


Páteo, tinta acrílica sobre tela, 1986 - Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, CAMFCG
Encontro com Genovês, óleo sobre tela, 1972 - CAMFCG
Família, óleo sobre cartão, 1951 - CAMFCG
Sem título, tapeçaria, tecelagem manual sobre lã, 1964 - CAMFCG
O Tapete do Pintor, tapeçaria - Manufactura das Tapeçarias de Portalegre
Alentejo, tapeçaria - Manufactura das Tapeçarias de Portalegre
 Sem título, gravura, litografia sobre papel - CAMFCG
Feira, gravura, litografia sobre papel - CAMFCG
Azulejos para Santiago, 1996,  Estação Santa Lucía - Metro de Santiago, Chile
 https://comjeitoearte.blogspot.com/2012/03/hoje-aconteceu_10.html
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terça-feira, março 11, 2008


NA MORTE DO PINTOR ROGÉRIO RIBEIRO




PINTURA DE ROGÉRIO RIBEIRO
uma atmosfera que evocamos no seu sentido humanista


E assim o país se apaga um pouco mais, por cada morte aqui anunciada, por cada perda de personalidades cuja vida e obra constituem valores inestimáveis da nossa identidade. Rogério Ribeiro foi (e será sempre porque nem todo o país amolece de esquecimentos) um grande artista em várias disciplinas do pensamento e da acção criadora, nos últimos tempos senhor de uma obra fascinante, de pureza, de denúncia, de testemunho e espírito humanista. As frentes da actual cultura portuguesa têm dividido a presença na nossa memória de gente desta estirpe, a montante do fio incendiário dos anos oitenta. Contra isso temos lutado, porque não basta lembrar Sousa Cardozo, por exemplo, passando por Paula Rego ou Júlio Pomar, e enfatizando, por fim, tudo o que acabou de aparecer, como se o mundo não tivesse outras verdades e uma remota genética universalizante. Pois aqui se deseja afirmar que o Portugal moderno, para se reconhecer e progredir, tem de homenagear pessoas como Rogério Ribeiro, que nos ajudaram a vencer o tempo e os bloqueios da mediocridade. Aqui fica apenas uma pintura, uma peça que exprime bem o despojamento e a riqueza do homem na trajectória que tem de inventar contra a irremediável e absurda escassez de si mesmo.
 http://rochasousa.blogspot.com/2008/03/na-morte-do-pintor-rogrio-ribeiro.html
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José Saramago. Uma visão apaixonada, sobre o homem que da Estátua descobriu a Pedra.


Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos





sexta-feira, 31 de outubro de 2014


Pintor Rogério Ribeiro referência para Saramago


A entrevista que José Saramago concedeu a Carlos Vez Marques (Junho de 2008, revista Ler), aponta logo no início para a referência a Rogério Ribeiro, pintor e artista plástico, revelando a sua importância referencial no mundo Saramaguiano.

"Mas é uma figura a que tem uma ligação muito forte, como o azulejo na fachada da casa e o quadro que tem nesta sala provam. (nota: referência à figura de Blimunda)
Isto, são duas obras de Rogério Ribeiro. O meu querido Rogério, que já cá não está. Quando ao azulejo, havia um nicho para que o dono da casa pusesse ali o que quisesse e nós decidimos pôr ali uma Blimunda, que ele (Rogério Ribeiro) nos desenhou, pintou e pôs lá."











A propósito do lançamento da obra "Rogério Ribeiro uma monografia", na qual José Saramago elaborou um prefácio muito elogioso, percebemos que o pintor Rogério Ribeiro foi muito importante e um vector referencial. http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=577578


Para homem que se diz "desajeitado" na hora de felicitar, José Saramago até nem se saiu mal "Rogério Ribeiro é o melhor desenhador vivo em Portugal". O elogio foi deixado no Porto, ontem, durante a sessão de lançamento daquela que é a mais completa edição consagrada à obra do pintor Rogério Ribeiro. Trata-se de um livro com cerca de 600 páginas editado pela Cordeiros Galeria, que representa o artista de Estremoz há mais de dez anos.

Dessas quase seis centenas, uma foi escrita por José Saramago. "Uma página só, quando muitas não bastariam", diz o escritor, para quem "a substância da arte de Rogério Ribeiro é o assombro de sermos". Quem sabe se propositadamente lidas só lá para o fim da intervenção, estas palavras fecharam a mensagem que o romancista fez questão de deixar e que se resume desta forma "Na pintura há muito mais do que a obra visualmente consagrada - é condição nossa pensar".

Porque "a pintura pode ser entendida também como uma forma de expressão filosófica", Saramago afirma que "o mais importante é o que é invisível", o que vai para além "da simples cor e do simples desenho". Numa só expressão, "é a vontade de sermos outra coisa, como sermos humanos". "O que este livro necessita é que não nos contentemos com a imagem, por mais bela que ela seja", disse ainda, para acrescentar que as cores na pintura de Rogério Ribeiro, como na de outros artistas, "servem para dizer aquilo que o pintor não saberia dizer de outra forma". E porque considera que as cores, essas sim, é que podem ser belas, diz que "é um insulto chamar 'bonito' a um quadro". Além do prefácio de José Saramago, o livro "Rogério Ribeiro, uma monografia" contém textos de Eduardo Paz Barroso, responsável pela concepção editorial, Mário Cláudio, Ana Isabel Ribeiro e do próprio artista.

No próximo dia 9, chega às livrarias portuguesas o novo livro de José Saramago, intitulado "Pequenas memórias", um projecto que o autor tem vindo a adiar desde há 20 anos.

São relatos de vários momentos da sua vida, memórias "que começam pelos quatro anos e acabam aos 14 ou 15", como o próprio referiu ao JN. "Não fui uma criança feliz, mas também não posso dizer que fui uma criança infeliz", confessou, criticando o facto de os pais, nos dias de hoje, "quererem que as crianças estejam sempre contentes".

Saramago faz a apresentação pública da nova obra a 16 de Novembro, dia em que completa 84 anos.







Via Wikipédia


"Rogério Ribeiro (Estremoz, 31 de Março de 1930 - Lisboa, 10 de Março de 2008) foi um artista plástico português.

Fez a sua formação académica em pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, actual Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Foi sócio-fundador da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (1956), onde desenvolveu intensa actividade como gravador. Trabalhou em cerâmica e em tapeçaria por encomenda de particulares, empresas e organismos oficiais. Em 1961 iniciou a sua actividade de professor de Pintura e Tecnologia na Escola de Artes Decorativas António Arroio (Lisboa). Primeiros trabalhos no âmbito do Design de Equipamento e Gráfico (1964) e colaboração com vários arquitectos nos estudos de cor e integração de materiais e trabalhos artísticos.

Foi professor da ESBAL desde 1970, instituição onde, em 1974, coordenou o grupo de trabalho de reestruturação do currículo escolar na área do Design. Em 1983 foi co-autor do projecto da Galeria de Desenho do Museu Municipal de Estremoz, com Joaquim Vermelho, Armando Alves e José Aurélio, entre outros.

Membro do Partido Comunista Português desde 1975 e do seu Comité Central entre 1983 e 1992, foi fundador da primeira Galeria Municipal de Arte em Almada e também responsável pelo projecto Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, um dos principais pólos culturais do concelho de Almada."
 http://desaramago.blogspot.com/2014/10/pintor-rogerio-ribeiro-referencia-para.html
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sexta-feira, dezembro 01, 2006


Pintura - Rogério Ribeiro


"Repouso de Ícaro"
"Dor"
"Para ele [Rogério Ribeiro], pintar ou desenhar é como penetrar na mais espessa das trevas sabendo de antemão que ela se irá cerrar atrás de si. O seu pintar e o seu desenhar negam-se a pactuar com as persuasões mais ou menos retóricas de quem domina soberanamente as técnicas, antes são projecções ontológicas do seu espaço mental e sensível. Não é somente pintor, é um homem que vem pintando e desenhando a sua própria presença no mundo, não com a afectada complacência de um Narciso mitológico, mas como quem ansiosamente tem procurado encontrar o seu próprio rosto nas caras dos seus semelhantes, essas figuras que lhes aparecem entre sombras ou a plena luz e que ele transporta, ao mesmo tempo que as reinventa em novas formas, para o papel e para a tela , à espera de que venham a reconhecer-se mutuamente algum dia. Ele como elas, elas como ele.. Não creio que me engane demasiado se disser aqui que a vera substância da arte de Rogério Ribeiro é o assombro de sermos. Hoje, por hoje, Goya é o seu companheiro de viagem."

Palavras de José Saramago sobre Rogério Ribeiro in Jornal de Letras Nº 943 (de 22 de Novembro a 5 de Dezembro de 2006)
 http://literaturaemanalise.blogspot.com/2006/12/pintura-rogrio-ribeiro.html
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2004

Mais de 150 desenhos do pintor Rogério Ribeiro vão estar patentes a partir de sábado no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, numa mostra evocativa de 50 anos de trabalho do artista plástico.

Em declarações à agência Lusa, Rogério Ribeiro contou que se trata de trabalhos em aguarela e acrílico sobre papel realizados entre os anos 50 e a actualidade, que retratam a lavoura, a história, a mitologia e a morte, entre outros temas.
Abarcando as fases neo-realista e "poética" do artista, a exposição apresenta desenhos lembrando a ceifa do trigo e a apanha do arroz, no Alentejo, assim como Ícaro, figura mitológica grega, e Fernão Mendes Pinto, autor de "Peregrinação".
Formado em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, Rogério Ribeiro expõe desde 1954, ano em que começou a ilustrar livros de escritores portugueses, dos quais se destacam Fernando Namora, Alves Redol, Manuel Alegre e Manuel Tiago (pseudónimo de Álvaro Cunhal).
O pintor e escultor encontra-se representado em diversas colecções públicas, nomeadamente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no Museu Grão Vasco, em Viseu, e no Museu do Desenho, em Estremoz, de onde é natural.
O artista executou painéis cerâmicos para instituições bancárias, metropolitano de Lisboa e Santiago do Chile, estação de comboios de Sete Rios, Fórum Romeu Correia, em Almada, e Arquivo Histórico Nambam, em Uzuki, no Japão, entre outros equipamentos.
A exposição pode ser visitada até 31 de Janeiro, de terça a quinta-feira, entre as 17:00 e as 19:00, à sexta, das 17:00 às 20:00, e aos fins-de-semana e feriados, entre as 10:00 e as 20:00.
 https://www.rtp.pt/noticias/cultura/desenhos-de-rogerio-ribeiro-em-exposicao-no-barreiro_n152678
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Via Carlos Carvalho:
Rogério Ribeiro destacado professor, artista plástico e militante e dirigente do PCP, abraçou desde jovem a luta antifascista pela liberdade e a democracia!
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=479343675546921&set=pcb.479344745546814&type=1&theater
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