16/12/2015

4.439.(16dez2015.7.7') Domingos Abrantes

Nasceu a 19jan1936
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Domingos Abrantes é o comunista membro do Conselho de Estado, onde também está o antigo ministro do Ultramar, Adriano Moreira. Nesta entrevista fala dessa ironia, mas também do acordo de esquerda.
http://observador.pt/especiais/domingos-abrantes-entrevista-portugal-democratico-varias-ironias-delas-reciclagem-fascistas/
  1. “Eu fui perseguido por um governo do qual ele era ministro”
  2. Somos um partido que rejeita a política partidária espetáculo
  3. “Se [Costa] fosse um líder como o Francisco Assis não havia de certeza absoluta este entendimento”
  4. “Esses nomes, radicais, ortodoxos, conservadores, isso é uma espécie de agarra que é ladrão”
  5. “A geringonça tem um pressuposto de um preconceito político de que há uns que não deviam lá estar”
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Foto de Carlos Carvalho.
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Parabéns ao camarada Domingos Abrantes!
Foi operário, membro do PCP desde 1954 e funcionário do Partido desde 1956. Foi funcionário do MUD Juvenil e pertenceu à sua Comissão Central.
Foi membro do Comité Local de Lisboa, da DOR Setúbal e responsável pela organização do Partido no Sul.
Esteve preso 11 anos nas prisões fascistas. Participou na fuga de Caxias em 1961.
Após o 25 de Abril foi membro da DOR Lisboa do PCP.
Foi deputado à Assembleia da República de 1976 a 1991.
Foi membro do Comité Central do PCP desde 1963, foi membro da Comissão Executiva Nacional de 1990 a 1992 e foi membro do Conselho Nacional. Foi membro do Secretariado e da Comissão Política do CC.
Quando saiu do Comité Central, no XIX Congresso, na altura da discussão e aprovação do novo Comité Central, pediu a palavra para se dirigir ao Congresso e salientar o seu acordo com a sua saída, inserida no contexto da renovação e rejuvenescimento do Comité Central e numa atitude de verdadeiro comunista afirmar “amanhã a LUTA CONTINUA!”.
Actualmente é membro do Conselho de Estado.
Parabéns Domingos!
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20fev2016

" O anticomunismo ressurgiu com enorme virulência. Muita gente tirou a máscara"
http://www.dn.pt/portugal/interior/o-anticomunismo-ressurgiu-com-enorme-virulencia-muita-gente-tirou-a-mascara-5039047.html
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PCP indicou-o para o Conselho de Estado
e tomou posse a 12jan2016

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É um dos mais destacados dirigentes históricos do PCP. Um dos heróis míticos da Resistência comunista ao salazarismo fascista. Após a Revolução de Abril foi eleito pelos seus camaradas para todos os lugares de relevo que o Partido entendeu indicar-lhe.
Nomeado recentemente pelo PCP para o Conselho de Estado, é o primeiro operário a ter lá assento. É com grande orgulho que os seus camaradas se revém neste cidadão tão valioso do património humanista do movimento comunista, de que é uma figura de marcada referência.
Não é menor esta tarefa que o seu Partido lhe dá. Um homem da sua envergadura moral, da sua heroicidade comprovada e do seu conhecimento acumulado, ter por tarefa partidária o dever de se passar a relacionar com “anões” politicamente sem dimensão humana, não é certamente um festim institucional, mas antes um trabalho de classe que o grande dirigente comunista levará mais uma vez a bom termo.
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Via Guilherme Antunes
Foto de Guilherme Antunes.
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FUGAS HERÓICAS

Domingos Abrantes é um dos comunistas portugueses que é apelidado de “histórico”. Esta designação tem pretendido, com justiça, fazer destacar alguns camaradas pela sua firmeza inabalável no combate contra o fascismo, pela sua direcção política de dezenas de anos, mas também pelo heroísmo de algumas das suas tarefas que o PCP lhes incumbiu. 
Outros(as) houve, felizmente, embora menos conhecidos(as), mas não menos “históricos”, pela grandeza da sua dedicação ao Partido e o cumprimento meticuloso das metas que lhes eram atribuídas em cada momento da luta.
Hoje, na Freguesia da Parede (Cascais), o camarada veio explicar como foram as duas grandes fugas de colectivos de comunistas dirigentes das masmorras do fascismo. Tendo o próprio Domingos participado, talvez, na mais notável delas, pelo iminente perigo de vida e, ainda, a emblemática viatura à prova de bala, pertencente à hiena de Santa Comba.
São lutas vitoriosas do PCP muito conhecidas, pelo que não me deterei na sua análise histórico/política. Quero, apenas, recordar peripécias que são inevitáveis nestes momentos em que o Homem se agiganta face ao seu tempo.
A curiosidade de saber que foi José Magro quem teve ideia terrível de sugerir o nome de António Tereso para se fingir “rachado” (traidor ao Partido) e poder, assim, engendrar aquela trama de «malucos», como lhe chamou o próprio Domingos.
Pedir a um camarada de uma firmeza partidária e ideológica muito forte o que lhe foi pedido, teve como primeira reacção a estupefacção do Tereso, mas também a compreensão que aquela tarefa só poderia ser levada a cabo pelos Melhores. Ele era um desses!
Todos os camaradas lhe deixaram de falar, as famílias destes deixaram de falar à sua. A própria mulher, que nada sabia do que se passava, viu as outras mulheres a ignorá-la e não lhe dirigirem palavra. Se a operação falhasse A.T. ficava destruído: com a polícia, que ele havia ganho a sua confiança, mas igualmente com os outros presos a quem não poderia explicar que, afinal, ele não era um “rachado”. Só a Revolução de Abril terminaria com o seu suplício se o golpe tem sido derrotado.
Outra nota exterior à fuga é a cena vivida por Domingos Abrantes e o outro camarada que fez par com ele na desarticulação do grupo fugitivo na casa de apoio previamente combinado com a direcção exterior do Partido.
Dirigiram-se a casa de um casal da burguesia, recém-casado. o realizador Fonseca e Costa, que os aguardava. Os camaradas sabiam que o casal vivia ali sozinho, embora não conhecessem a sua mulher. Entretanto, o casal burguês empregou uma “criada”, que ao ouvir bater à porta (nesse dia) é quem se lhe dirige para a abrir. O camarada que ia com o Domingos (ele não referiu quem) pensando que aquela moça era a amiga, avança para ela e abraça-a efusivamente. A pobre mulher assalariada afastou-o com uma expressão de manifesto desagrado e desconfiança, e nem mesmo o posterior esclarecimento de que aqueles senhores eram engenheiros convenceu a “criada”.
Conclusão a tirar com rapidez. Havia que sair imediatamente dali para fora, para outra casa amiga dos comunistas e da sua luta. O que foi feito. Todos eles retomaram o combate heróico contra o fascismo, até ao dia em que este caiu de podre.
Obrigado, camarada Domingos Abrantes, conselheiro de Estado.
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Via Notícias ao minuto
http://www.noticiasaominuto.com/politica/504262/pcp-escolhe-domingos-abrantes-para-representar-no-conselho-de-estado
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Via Público

abril 2014
fez a quarta classe ("já era bom") e foi trabalhar.
 "Nasci em Vila Franca [de Xira], mas vim muito novo para o Poço do Bispo [em Lisboa]. Uma densidade de fábricas e trabalhadores colossal. Cresci num ambiente antifascista. Éramos cinco irmãos, mas, no meu tempo, já só quatro. Entrei numa fábrica aos 11 anos", contou numa entrevista (dada em conjunto com a mulher) 

http://www.publico.pt/portugal/noticia/resistir-lutar-talvez-sonhar-1630556

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Via DN
1 operário no Conselho de Estado

http://www.dn.pt/portugal/interior/um-operario-no-conselho-de-estado-indicado-pelo-pcp-4931881.html
Álvaro Cunhal e Domingos Abrantes no regresso do exílio, em 1974
Tem 79 anos, é funcionário do PCP desde 1956 e esteve preso 11 anos.
 Membro do Comité Central comunista, casou na prisão.
Um operário vai sentar-se no Conselho de Estado, por indicação do PCP. 
Domingos Abrantes, 79 anos, funcionário do partido desde 1956, esteve preso
 11 anos, primeiro em Caxias, de 1959 a 1961, depois em Peniche, de 1965 a 
1973. Casou com a sua companheira da clandestinidade, Conceição, em 1969, 
estava ele preso. O 25 de Abril apanhou-o no exílio, de onde regressou com 
Álvaro Cunhal - e Conceição.

A notícia chegou ontem à tarde, numa breve nota enviada aos jornalistas pela 
assessoria de imprensa comunista, dando conta de um dos três nomes dos partidos
 da esquerda da lista de representantes da Assembleia da República no Conselho 
de Estado. "O nome proposto para o Conselho do Estado por parte do PCP é 
Domingos Abrantes, membro do Comité Central do PCP", lia-se na nota.