19/01/2016

5.250.(19jan2016.8.33') Almeida Santos

Nasceu a 15fev1926
e morreu a 18jan2016
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 antifascista em Maputo, ministro, deputado, Presidente da Assembleia da República...
apesar de estar contra muita legislação e práticas do PS...
1 vivaaaaaaaaaa à sua obra: «Longa como as estradas da Galileia foi esta digressão pelo estertor do colonialismo e pelo dossier da descolonização. A partir de agora, este livro deixa de ser meu. Não faço a menor ideia de como possa ser acolhido pela opinião pública portuguesa. Talvez agrade a alguns. Desagradará necessariamente a muitos, tão amargas são algumas das recordações que evoca. Mas, quem se põe a remexer na história, não pode satisfazer-se só com uma parte dela. Não pode deixar de tentar ser exaustivo, objectivo e verdadeiro.
Esta é a minha verdade sobre o estertor do colonialismo e sobre o dossier da descolonização; sobre os mais salientes acidentes do processo revolucionário posterior a Abril que lhe determinaram o tempo, o modo e o resultado final.
Deixo ligados a tudo isso inolvidáveis momentos da minha vida. Nem todos agradáveis. Apesar disso, foi reconfortante recordá-los.»

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Canção com lágrimas 

Faixa de abertura de um CD de António de Almeida Santos, com canções de Coimbra (e outras), gravado em ambiente de amizade, simplicidade de processos... e vários jantares.
Voz: António de Almeida Santos
Versos: Manuel Alegre
Música: Adriano Correia de Oliveira
Guitarra nylon 1: Samuel
Guitarra nylon 2: José Niza
Edição: Paco Bandeira (Profisom)
Ano: 2004
https://www.youtube.com/watch?v=pC76SJSGR5A&feature=youtu.be
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membro do Oriente Lusitano?
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o NETO Manuel Magalhães sobre o avô:

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-01-20-Nunca-e-tarde-demais-para-escrever-sobre-quem-se-ama-meu-Avo-Antonio-de-Almeida-Santos
Nasceu num momento dramático, quatro meses apenas depois de Almeida Santos ter perdido uma filha. Ficou uma relação especial entre avô e neto. Cantavam juntos, partilhavam experiências. Em 2009, Manuel Magalhães prestou uma homenagem ao avô, nas páginas do Expresso. Volta agora, já médico cardiologista, para contar em exclusivo o que ficou por dizer. Quando recebeu a notícia da morte do avô, Manuel estava em Angola e escreveu este depoimento durante a viagem de avião para poder estar presente no funeral. A correr, mas sempre a tempo
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biografia
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http://www.ps.pt/partido/orgaos-nacionais/presidente-honorario.html?layout=biografia
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Canta fado de Coimbra
Lá longe
Ao cair da tarde
Vejo as nuvens de oiro
Que são os teus cabelos.

Fico mudo ao vê-los
São o meu tesoiro
Lá longe
Ao cair da tarde.

Lá longe
Ao cair da tarde
Quando a saudade
Se esvai ao sol poente.

Como canção dolente
Duma mocidade
Lá longe
Ao cair da tarde.
https://www.youtube.com/watch?v=msY5uo4p0I0
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para 1 debate sobre o que ele defendia
entrevista
https://www.youtube.com/watch?v=Bq5lK7HUWs0
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Wook.pt - Quase Memórias - 2º Volume
http://www.wook.pt/ficha/quase-memorias-2-volume/a/id/186287
«Longa como as estradas da Galileia foi esta digressão pelo estertor do colonialismo e pelo dossier da descolonização. A partir de agora, este livro deixa de ser meu. Não faço a menor ideia de como possa ser acolhido pela opinião pública portuguesa. Talvez agrade a alguns. Desagradará necessariamente a muitos, tão amargas são algumas das recordações que evoca. Mas, quem se põe a remexer na história, não pode satisfazer-se só com uma parte dela. Não pode deixar de tentar ser exaustivo, objectivo e verdadeiro. 
Esta é a minha verdade sobre o estertor do colonialismo e sobre o dossier da descolonização; sobre os mais salientes acidentes do processo revolucionário posterior a Abril que lhe determinaram o tempo, o modo e o resultado final. 
Deixo ligados a tudo isso inolvidáveis momentos da minha vida. Nem todos agradáveis. Apesar disso, foi reconfortante recordá-los.»
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Wook.pt - Vivos Ou Dinossauros?
http://www.wook.pt/ficha/vivos-ou-dinossauros-/a/id/65249
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Wook.pt - Civismo e Rebelião
http://www.wook.pt/ficha/civismo-e-rebeliao/a/id/65403
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Wook.pt - Até que a Pena Me Doa
http://www.wook.pt/ficha/ate-que-a-pena-me-doa/a/id/65402
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Via DN:
Domingos Abrantes: "Almeida Santos deu um contributo quer à resistência antifascista, quer à
 construção da democracia"
http://www.dn.pt/portugal/interior/domingos-abrantes-destaca-contributo-para-resistencia-antifascista-de-almeida-santos-4987100.html
O dirigente comunista considerou depois que a democracia portuguesa "perdeu
 um dos seus construtores"
O dirigente histórico comunista Domingos Abrantes lamentou hoje a morte do
 presidente honorário do PS, Almeida Santos, classificando-o como "um resistente
 antifascista" que deu um contributo para a institucionalização da democracia 
em Portugal.
Domingos Abrantes, membro do Conselho de Estado, falava aos jornalistas à 
chegada à cidade da Praia, onde na quarta-feira, a convite do Governo de Cabo 
Verde, participará na inauguração do Museu do Campo de Concentração do 
Tarrafal - um ato solene em que também estará presente o primeiro-ministro 
português, António Costa.
"Almeida Santos deu um contributo quer à resistência antifascista, quer à
 construção da democracia", declarou Domingos Abrantes. Para o dirigente histórico comunista, António de Almeida Santos "foi um oposicionista ao Estado Novo e um democrata".
"Naturalmente, lamentamos a perda de um resistente. Com as suas características próprias deu uma contribuição para a institucionalização da democracia portuguesa", referiu.
Domingos Abrantes considerou depois que a democracia portuguesa "perdeu um dos seus construtores".
"Endereço as minhas condolências ao PS, algo que o PCP não deixará de fazer. Como conheci pessoalmente Almeida Santos, aproveito para endereçar as minhas condolências à sua família pela sua morte", acrescentou.
O presidente honorário do PS, António Almeida Santos, morreu na segunda-feira, com 89 anos, disse à agência Lusa fonte da família.
Almeida Santos, que completaria 90 anos a 15 de fevereiro, foi submetido por duas vezes a cirurgias cardiovasculares.
O corpo do fundador do PS deverá estar em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, mas não haverá cerimónia religiosa, a pedido do próprio, adiantou a mesma fonte
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Via Observador:

http://observador.pt/2016/01/19/7-frases-almeida-santos-ficam-historia/
Adorado dentro do PS e profundamente respeitado pelos adversários, António Almeida Santos deixa também na memória de todos algumas frases polémicas.
  • “Sócrates é como Deus nosso Senhor, está em toda a parte”,disse em 2010, quando Sócrates era primeiro-ministro, em entrevista ao Diário Económico.
  • “Não tenho vergonha, tenho orgulho. Não há descolonização má sem colonização má”, afirmou em 2006, em visita a Maputo.
  • ​“Não há condições para mudar o poder político dominante em Angola”declarou em novembro, em entrevista à Rádio Renascença.
  • “O acordo de Alvor foi apenas um pedaço de papel. Sempre soube que aquilo não resultaria”, considerou, em entrevista à Lusa, em 2014.
  • «O sul tem um defeito que é o facto de precisar de pontes para passar para o lado norte. Suponha que é dinamitada uma ponte. Hoje, o terrorismo está na ordem do dia. Quem quiser criar um grande problema em Portugal em, termos de aviação internacional dinamitando uma ponte desliga o norte do sul»,defendeu Almeida Santos, em 2007, quando se discutia a nova localização do novo aeroporto de Lisboa.
  • “Há bons deputados, estão é mal pagos. Se fossem bem pagos, eram mais qualificados. O deputado recebe líquidos 450 contos e arrisca ser devassado”, afirmou em 2002.
  • Fiz dezenas de leis no próprio Conselho de Ministros, eram aprovadas logo ali e publicadas. Posso ter a vaidade de ter sido eu um dos principais artífices. Trazia de Moçambique uma linguagem jurídica e pediram-me para fazer as leis. Dificilmente terá havido um legislador que tenha feito tantas leis e tão rapidamente”, afirmou ao Público em 2014.