19/01/2016

5.833.(19jan2016.8.8') Michel Tournier

Nasceu a 19dez1924
e morreu  a 18jan2016
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Via wikipédia
 Define-se como “contrabandista da filosofia” procurando englobar conceitos e refinadas
 discussões em seus contos e histórias, grande exemplo de seu trabalho é o livro
 "Sexta-feira, ou, Vida Selvagem"[1] em que retrata Robinson Crusoe num embate permanente
 entre sua nova vida como naufrago, distante da sociedade, e sua antiga condição de homem civilizado, ele tenta civilizar a sua ilha Speranza também tenta com que ninguém conheça a
 sua ilha. M. Tournier julga o valor das suas obras em função do inverso das idades dos
 seus leitores. 
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se raconte

https://www.youtube.com/watch?v=rm9vUbQu3uo
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La vie intérieure ne m'intéresse pas
- L'EXPRESS

https://www.youtube.com/watch?v=SsXxOXipMeU
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biografia

http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=1251
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Via público:
“a função da literatura é a de enriquecer o diálogo entre as pessoas”
 “Conto histórias que parecem extremamente realistas, e que o são, mas que têm
 por detrás de si, escondido, todo um arsenal filosófico. E têm de ser histórias muito
 simples: quanto mais os meus livros podem ser lidos por um público jovem, mais eu 
alcancei o meu objectivo.”

https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-o-escritor-frances-michel-tournier-1720679
O escritor Michel Tournier, um dos grandes autores franceses da segunda metade do século XX, Prémio Goncourt  pelo romance O Rei dos Álamos, em 1970,  morreu esta segunda-feira aos 91 anos, em sua casa, perto de Paris, disseram os seus familiares à AFP.
Considerava-se um discípulo de Zola e de Flaubert. Gostava de dizer que escrevia para os seus leitores e para ser lido e acreditava que “a função da literatura é a de enriquecer o diálogo entre as pessoas”, disse-o numa entrevista ao PÚBLICO, em 1991, na sua primeira visita a Portugal onde esteve a fazer conferências, em Lisboa e no Porto, e a visitar escolas.  
Michel Tournier nasceu em Paris em 1924 e estudou filosofia na Sorbonne, onde foi aluno de Gaston Bachelard. Mais tarde, apaixonou-se pela obra de Claude Lévi-Straus, de quem foi também aluno no Musée de l’Homme. Vindo de uma família de germanistas (os seus pais conheceram-se na Sorbonne onde estudavam alemão) partiu para a Alemanha, para a Universidade de Tubingen onde esteve entre 1946 e 1950.  Mas não só na academia foi a sua vida. Antes de se dedicar a tempo inteiro à escrita, foi produtor e realizador na RTF (1949-1954), assessor de imprensa da Europe 1 (1955-1958), chefiou os serviços das edições Plon entre 1958 e 1968 (onde também foi tradutor) e foi produtor da televisão francesa.
Era membro da Academia Goncourt desde 1972 e é autor de uma obra vasta, que vai do conto ao romance, da crónica ao texto autobiográfico, do ensaio aos livros para crianças e uma peça de teatro. Recebeu o grande prémio da Academia Francesa pelo seu primeiro livro Sexta-feira ou os Limbos do Pacífico (Relógio d'Água), em 1967, que demorou dois anos a escrever. Seguiram-se o famoso O Rei dos Álamos (Dom Quixote), O Galo do Mato(Dom Quixote), Gaspard, Melchior e Balthazar (Dom Quixote), Giles & Jeanne (Dom quixote), Os Meteoros (Dom Quixote), A Gota de Ouro (Dom Quixote), Sexta-feira ou a Vida Selvagem (Ed. Presença).
As conferências que deu em Portugal, em 1991, tinham por título "Profession: conteur”, profissão: contador de histórias. Na época, deu também uma entrevista ao Expresso, onde explicava que fazia romances porque tinha falhado na filosofia. E lembrava, com humor, que um crítico, uma vez tinha questionado: “Por quanto tempo é que Tournier nos vai fazer pagar o seu falhanço na filosofia?”
Sobre a sua obra explicava na mesma entrevista :  “Conto histórias que parecem extremamente realistas, e que o são, mas que têm por detrás de si, escondido, todo um arsenal filosófico. E têm de ser histórias muito simples: quanto mais os meus livros podem ser lidos por um público jovem, mais eu alcancei o meu objectivo.”
Com o fotógrafo Lucien Clergue, e o historiador Jean-Maurice Rouquette, o escritor Michel Tournier fundou os Rencontres Internationales de la Photographie d'Arles, mais tarde baptizados apenas como Rencontres d'Arles. Tem textos inspirados por imagens fotográficas (Des Clefs et des Serres, 1979, e Vues de dos, 1981).
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Via pensador:
"Questiono-me se a guerra não é provocada senão pelo único objetivo de permitir ao adulto voltar a ser criança, regredir com alívio à idade das fantasias e dos soldadinhos de chumbo."
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http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-01-18-Morreu-Michel-Tournier
... um dos grandes nomes da literatura francesa da segunda metade do século XX, morreu esta segunda-feira, aos 91 anos, na sua casa, a cerca de 50 quilómetros de Paris.
"Ele morreu às 19h [18h de Lisboa] rodeado pela família", informou um afilhado do escritor, Laurent Feliculis, que Michel Tournier considerava como um filho adotivo.
O falecimento foi confirmado pela câmara municipal de Choisel, a comuna de cerca de 550 habitantes em cuja casa paroquial o escritor vivia há mais de 50 anos.
Nascido a 19 de dezembro de 1924, Michel Tournier estudou em Saint-Germain-en-Laye e diplomou-se em Filosofia pela Sorbonne, tendo escrito romances, contos e ensaios, e conquistado o Prémio Goncourt em 1970 com "O Rei dos Álamos".
Em Portugal, tem publicadas obras como: "Gilles & Jeanne", "Os Meteoros", "A Gota de Ouro", "Gaspar, Belchior & Baltasar", "O Galo do Mato", "O Rei dos Álamos", "Uma Ceia de Amor", "Sexta-Feira ou os Limbos do Pacífico" e "Sexta-feira ou a Vida Selvagem" (uma adaptação do volume anterior).
A 31 de dezembro de 2015 tornou-se Comendador da Legião de Honra de França.