14/03/2016

3.153.(14mar2016.7.7') Abel Manta, João Abel Manta

Abel Manta
Nasceu 29jan1928
e morreu a 9ag1982
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Abel_Manta
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Um problema difícil,1975, tinta-da-china sobre papel, 37 x 62 cm.
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Cidadão da Resistência, João Abel Manta é uma figura emblemática da luta dos intelectuais contra a ditadura fascista.
Autor de uma obra multifacetada, centrada sobretudo na arquitectura, desenho e pintura, afirmou-se no panorama cultural português a partir do final da década de 1940. Nos anos que se seguiram teve importante actividade no domínio da arquitectura, que abandonaria progressivamente em favor das artes, destacando-se como um dos maiores cartoonistas portugueses das décadas de 1960 e 1970. Nos anos anteriores e posteriores ao 25 de Abril publicou regularmente, em jornais de grande tiragem, trabalhos relacionados (criticamente) com a situação político-social portuguesa. A ironia é então a arma fundamental da sua intervenção. 

A. João Abel Manta nasceu em Lisboa em 29 de Janeiro de 1928, filho dos pintores Abel Manta e Maria Clementina Carneiro de Moura Manta. Teve uma infância e adolescência felizes, rodeado pela arte e pela curiosidade do saber. Os pais levaram-no sempre nas suas viagens pela Europa. Desde criança, era uma pessoa interessada e, apoiado por seus pais, com uma educação plástica e intelectual cuidada, com uma visão global da cultura.
A sua vida foi dominada pelas artes, seja no convívio quotidiano com o trabalho pictórico de seus pais e no conhecimento que adquiria nas visitas familiares ao estrangeiro, como também no contacto com amigos que frequentavam a sua casa, ou as tertúlias dos cafés da Brasileira e do Chiado. As tertúlias, na altura, eram os verdadeiros centros culturais (e de liberdade) na troca de ideias, de experiências, de transmissão de dados adquiridos e de revelações ainda desconhecidas. Por vezes, essas conversas tinham que ser feitas à surdina, mas faziam-se.
Num desenho de juventude, nos anos quarenta, João Abel retrata um grupo de amigos que se costumavam reunir com o Abel Manta pai. No painel, o maestro Fernando Lopes Graça dirige o grupo, composto por Abel Manta ao clarinete, Manuel Mendes ao saxofone, José Segurado na flauta, Francisco Keil do Amaral na tuba, Fernando Abranches Ferrão na viola, José Rocha no violoncelo, Albano Costa Lobo no sousafone, Dário Martins nos ferrinhos, Peres de Carvalho no bombo e Mário Novais Género Nadar a fotografar tudo isto. Claro que não é o retrato de um grupo musical, mas uma imagem simbólica da unidade harmónica destes intelectuais e artistas que, perante o ar tenebroso e a afonia que dominavam o país político, encontravam na amizade e na troca de ideias a única porta de liberdade de pensamento. Eram as ilhas de sobrevivência possível, donde por vezes surgia a força para lançar uns arpões contra a ditadura.
João Abel Manta desenvolveu-se nesse meio de arte, de gosto pela liberdade que não havia, de oposição ao regime. A oposição fazia-se por ideias, por atitudes, e nas artes, nessa década de quarenta, ainda dominada pelo modernismo pseudo-cosmopolita apadrinhado por António Ferro, a oposição nascia também no neo-realismo ou no surrealismo. Naturalmente, o jovem artista comungou das mesmas influências de oposição estilística, e participou nas atitudes públicas, e nas Exposições Gerais de artes plásticas do S.N.B.A.
Os anos quarenta/cinquenta, quando João Abel vivia os últimos anos de "teenager", foram de rebelião, do despertar de uma consciência política, herdada dos velhos republicanos com exigências de democracia. Foram anos de intervenção política e cultural, e João Abel lá estava no meio, irreverente e actuante, em actividades múltiplas de arte e cultura. Essa irreverência levá-lo-ia a ser preso pela PIDE e a ficar alguns meses.
Enquanto estas actividades políticas e culturais se desenvolviam na vida do jovem que lutava contra a estagnação do país, o seu ciclo académico prosseguia, passando do Liceu para o curso de Arquitectura na E.S.B.A.L. Fez o curso de 1946 a 1951, seguindo-se um estágio de dois anos num atelier de arquitectura, obtendo dessa forma o diploma, em 1953. De imediato deu início à carreira profissional com projectos arquitectónicos e urbanísticos.
A arquitectura foi durante largo tempo a sua profissão. Porém, a actividade cultural levá-lo-ia à intervenção social através das artes plásticas - o grafismo é uma linguagem privilegiada para a comunicação fácil e directa com as massas. Foi nesse campo estético que desenvolveu o contraponto à arquitectura.
O desenho é a chave mestra, tanto da arquitectura, como das artes gráficas, e esse elemento é a base forte da formação académica de João Abel Manta. Ele diz que sempre desenhou, já que os rabiscos são a expressão mais espontânea de qualquer criança, mas os primeiros trabalhos conhecidos datam do final da década de quarenta.
Como cartoonista político, publicou em jornais e revistas, tais como "Diário de Lisboa", "O Século Ilustrado", "Seara Nova", "Sempre Fixe", Diário de Notícias" ou "Jornal de Artes e Letras"; e tem dois álbuns editados "Cartoons" (1975) e o célebre "Caricaturas Portuguesas dos anos de Salazar" (1978).
A sua obra foi ganhando o reconhecimento público e a atribuição de prémios muito significativos, no país e no estrangeiro. [Em 1961, o Prémio de Desenho na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, e, em 1965, na cidade de Leipzig, a Medalha de Prata na Exposição Internacional de Artes Gráficas]. Esteve presente na II Bienal de São Paulo, em mostras internacionais Di Bianco e Nero em Lugano, assim como nas exposições internacionais de Tóquio e Medellin - Colômbia. Expôs também individualmente em Londres, no I.C.A.

Em 2008, por ocasião do seu 80º aniversário, foi homenageado com uma exposição [de originais seus, cedidos pelo Museu da Cidade de Lisboa, e trabalhos de outros cartoonistas], no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, na Amadora.

B. Segue-se um muito informado e esclarecedor retrato do percurso de artista e político de JAM, da autoria de Júlia Coutinho.

«Foram dois indivíduos extremamente importantes para a minha formação mental, o Zé [Dias] Coelho e o João Abel [Manta]; dois líderes naturais (…) um pela consciência política, o outro pela grande cultura» - Rolando Sá Nogueira

Falar de João Abel Manta é recordar uma geração que, no período após a Segunda Guerra, forjou um combate militante ao «Estado Novo» e aprendeu a resistência dos actos, das palavras e do silêncio. Num tempo em que a cultura subvertia e incomodava.
Fixemo-nos em 1945, ano em que finda a Segunda Guerra Mundial e surge o movimento oposicionista MUD – Movimento de Unidade Democrática, o ano lectivo (45-46) em que o futuro arquitecto ingressa na escola de Belas-Artes de Lisboa, no velho casarão de São Francisco onde o jovem de 17 anos vai encontrar um ensino obsoleto e um ambiente asfixiante, que desprezará, mas onde inicia também um ciclo de encontros, partilhas, lutas e emoções que irão consolidar o homem e o cidadão João Abel Manta.
Um curriculum idêntico ao primeiro ano de pintura, escultura e arquitectura aproxima-o de colegas com cadeiras em atraso[i], como Jorge Vieira, F. Castro Rodrigues, Duarte Castel-Branco, Rolando Sá Nogueira ou José Dias Coelho, criando um grupo de amigos que daria origem a “uma verdadeira tertúlia (…) onde cada indivíduo contribuía com a sua curiosidade e com o seu saber para o conhecimento do grupo inteiro”.[ii]
João Abel já então detinha, pelo berço e pelo convívio[iii], uma enorme cultura nas áreas das artes plásticas, música, cinema e literatura, pelo que a sua preponderância no grupo surge naturalmente. Como nos transmitiu Sá Nogueira, um dos seus grandes amigos: “eu costumo dizer que li o Eça de Queirós por causa do João Abel Manta (…) Em miúdo não lia, mas com os meus amigos, nas nossas tertúlias, li o Eça e muitos outros autores porque eu próprio concluí ser necessário, e passei a ter prazer na leitura (…) O mesmo com a música.” Outra particularidade o distingue: as viagens anuais a Paris e outras cidades europeias, de onde regressa com livros e revistas que os colegas devoram. Será, pois, nestas tertúlias que se vão fomentando gostos e criando hábitos culturais e de convívio, que suprirão, em parte, as lacunas familiares e escolares de alguns deles. 
Assim, enquanto João Abel prevalecia pela cultura, José Dias Coelho impunha-se pela política e teve, nas palavras de Sá Nogueira, “uma importância muito grande na formação do grupo, porque estava sempre a espicaçar”, assumindo a “função de alertar os outros” e levá-los a agir enquanto cidadãos.

O MUD Juvenil surge em 46 e a sua organização logo se estende a Belas-Artes[iv], tendo início as tentativas de revitalização da sua associação académica e a participação na primeira Festa da Queima das Fitas de Lisboa, realizada nesse ano.

O ano de 1947 será paradigmático da resistência a Salazar e, para a História, ficam a repressão da Semana da Juventude (Março) e o assalto pelas polícias à Faculdade de Medicina[v] (Abril), onde os estudantes se reuniam, solidários com os colegas e amigos do MUD Juvenil presos. É neste contexto que João Abel concebe o desenho “Natal de 1947”, editado para angariação de fundos e apoio aos jovens encarcerados.

Ainda nesse ano, participa na II Exposição Geral de Artes Plásticas (EGAP), assistindo à violência da PIDE, que invade a SNBA e apreende doze obras de dez neo-realistas, só as devolvendo com a exigência de não voltarem a ser mostradas em público.[vi]

Hoje as EGAP´s estão esquecidas. E, no entanto, não subsistem dúvidas de que as mesmas configuraram “o primeiro combate organizado pela oposição ao Salazarismo”[vii] precisamente pela “consciência que trouxeram aos artistas da recusa de expor no SNI”[viii] e ainda pela frente cívica que constituíram e as sensibilidades que juntaram. 

À distância, tendo presentes as discussões que se seguiram entre neo-realistas e surrealistas e o desespero aqui evidenciado pelo regime, é legítimo concluir que, por mais ingénua que haja sido a sua formulação, o neo-realismo era a linguagem expressiva correcta para o momento, a mais incomodativa e aquela que, pelo seu sentido pragmático, na feliz expressão de Ernesto de Sousa, melhor atingia os objectivos oposicionistas. Como o reforçou Álvaro Cunhal, num escrito elaborado na Penitenciária, sob o pseudónimo de António Vale, o conteúdo haveria de dominar a forma.

Num período propício à formação de movimentos cívico-culturais, como o campismo e o cineclubismo, é criado em Lisboa, por José Ernesto de Sousa, o Círculo de Cinema. Pelo seu imenso activismo, o clube torna-se suspeito e quando a PIDE assalta a sua sede e prende alguns membros, apreende um Boletim com o nome de todos os dirigentes, incluindo o de João Abel Manta, que co-dirigia essa publicação[ix]. 

Acresce que a sua morada era há muito utilizada para recepção de correspondência e o seu quarto, “que até tinha uma porta que dava directamente para o patim da entrada”, aproveitado para reuniões clandestinas, a pedido de José Dias Coelho.

Pelas 24:30 do dia 1 de Fevereiro de 1948, João Abel é preso pela PIDE na casa dos pais — na Rua Tenente Valadim (actual Infante Santo) 362-2º Esq., Lisboa — e levado para a prisão de Caxias, “por fazer parte de uma organização clandestina”.[x] 
Tinha 20 anos, feitos a 29 de Janeiro desse ano.
Em Caxias, começa por ser colocado em companhia dos homens dos cineclubes “mas eles acabaram por sair primeiro e eu fiquei lá sozinho na cela”. Os interrogatórios na sede da PIDE são de extrema violência psicológica com o famigerado Fernando Gouveia a exigir nomes. Para não colocar em perigo gente ainda não assinalada pela polícia, cita membros do Juvenil que se encontram presos. Fisicamente não foi torturado: os agentes tratariam com alguma deferência uns tantos que consideravam serem filhos-família.

A Direcção [Universitária] Provisória do MUD Juvenil emite um comunicado apelando à unidade e ao protesto, afirmando que “a defesa dos nossos amigos presos é a própria defesa do Movimento”, ao mesmo tempo que um abaixo-assinado de solidariedade para com João Abel é posto a circular na Escola de Belas-Artes, tendo tido um êxito relativo porque “entre os colegas do meu curso [arquitectura] houve uma série de gente que recusou assinar com medo do «Cunha Bruto»”. 

É solto a 14 de Fevereiro de 1948. Sobre a reacção familiar, recorda que o pai Manta, apesar de oposicionista, “não gostou que eu tivesse sido preso, achava um bocado inútil essas coisas (…) mas a minha mãe reagiu extraordinariamente e deu-me todo o apoio” – ou não fosse Clementina Carneiro de Moura uma digna subsidiária da ética republicana.[xi] 

A PIDE não mais o largaria. Mas João Abel Manta nunca deixará de intervir socialmente, sobretudo quando as causas da cultura estão em jogo. 

Quando, em 1959, morre Diogo de Macedo e o regime nomeia o pintor Eduardo Malta para o substituir na direcção do Museu de Arte Contemporânea, João Abel Manta afirma publicamente: “Com Diogo de Macedo sempre trilhámos os caminhos da arte do nosso tempo, mas agora teremos certamente de lutar contra todos os preconceitos e ameaças que nos vão tolher os passos”[xii]. Essa luta contra o conhecido academismo de Malta ficou expressa numa das várias representações então dirigidas ao ministro da Educação Nacional, discordando da nomeação e sugerindo que fosse substituído.[xiii]

Várias obras suas foram censuradas. Já na época marcelista o artista seria acusado de ridicularizar a bandeira portuguesa num cartoon publicado no suplemento A Mosca do Diário de Lisboa do dia 11.11.1972 e, por isso, levado à barra do Tribunal. O desenho apresentava uma bandeira nacional sem a totalidade dos atributos e, no centro, por sobre a esfera armilar, uma cabeça de mulher, supostamente a cantar. Era óbvia a crítica aos nossos festivais da canção de onde os artistas de maior qualidade estavam arredados. 

Viu-se obrigado a pagar uma fiança para aguardar julgamento em liberdade e, quando, em Junho de 73, o processo finalmente se concluiu com a sua absolvição, foi afirmado:

“Este não foi o processo de João Abel Manta – mas o processo dos seus próprios denunciantes, da censura, do fascismo (…) É portanto um processo político, que leva ao extremo do ridículo a farsa da pseudoliberalização marcelista (…) e é também um processo que felizmente chegou até este tribunal (…) cuja única sentença condenatória será, na consciência de nós todos, homens livres, para o regime que trouxe para este banco dos réus um grande artista e um cidadão como João Abel Moura.” [xiv]
O 25 de Abril de 1974 chegaria a tempo do artista João Abel Manta não ser de novo incomodado pela polícia política, desta feita pelos desenhos do livro Dinossauro Excelentíssimo, que produzira com o amigo José Cardoso Pires, e que ficaria sendo para a posteridade, com as Caricaturas Portuguesas do Tempo de Salazar, a mais lúcida e feroz denúncia dos cinquenta anos de obscurantismo vividos no nosso país.

Lisboa, 24 de Março de 2008

[i] João Abel Manta foi dos raríssimos alunos (se não o único) a fazer o curso na Escola de Belas-Artes de Lisboa sem atrasos. As razias eram em Geometria Descritiva ou em Desenho Arquitectónico (1º ano) e Construções (4º ano) de Luís Alexandre da Cunha, o “Cunha Bruto”, que também foi director. Ficaram célebres as debandadas para a Escola de Belas-Artes do Porto, para fazer as cadeiras deste professor. 

[ii] Rolando Sá Nogueira, entrevista à autora, em Março.2001. Todas as citações de RSN são desta fonte.

[iii] A Família Manta convivia com Aquilino Ribeiro, Manuel Mendes, Dordio Gomes, Keil do Amaral, Gualdino Gomes, Lopes-Graça, Bernardo Marques, Bento Jesus Caraça, Pulido Valente, e muitos outros.

[iv] Pertenceram à Comissão do MUD Juvenil da Escola de Belas-Artes de Lisboa, entre 1946-1952, J.Dias Coelho, J.Abel Manta, R.Sá Nogueira, Jorge Vieira, Lima de Freitas, Nuno Craveiro Lopes, Alice Jorge, F. Castro Rodrigues, M.Emília Cabrita, Raul Hestnes Ferreira, Augusto Sobral, António Alfredo, M.Cecília Ferreira Alves, Bartolomeu Cid, A. Sena da Silva, Lia Fernandes, Tomás Xavier de Figueiredo, etc.

[v] Em 29.04.1947 com prisões e agressões indiscriminadas. Na sequência, Salazar demitiu grande número de professores do ensino superior, nomeadamente o director da Faculdade de Medicina.

[vi] Foram 10 as EGAP´s, entre 1946-1956. A invasão da Pide deu-se a 13.05.1947 pelas 13 horas, e as obras apreendidas de Júlio Pomar, Avelino Cunhal, Viana Dionísio (José Viana) José Chaves (Mário Dionísio), Maria Keil, A.Louro de Almeida, Lima de Freitas, Manuel Filipe, Nuno Tavares e Rui Pimentel (Arco).

[vii] António Valdemar, “SNBA: continuidade e ruptura”, DN 18.03.2001

[viii] João Abel Manta, entrevista à autora em 22.08.2002. Todas as citações de JAM são desta fonte.

[ix] A sede funcionava na Rua B às Amoreiras 4-1º Dto – Lisboa, das 21.30 às 24 horas, em casa alugada para o efeito e inaugurada em 10.11.1947. O assalto da PIDE deu-se em 31.01.1948.

[x] Conforme Registo Geral de Presos e Processo ANTT/ PIDE/DGS 214/48 – NT 4956

[xi] Abel Manta (pai) foi muito maltratado pelo regime. Em 1932, concorre à Escola de Belas Artes de Lisboa para professor de Pintura, sendo preterido por Henrique Franco, num processo muito pouco claro, de que recorreu. Um ano depois, Henrique Franco demite-se e, em vez de ser chamado o segundo classificado no concurso, o regime nomeia Varela Aldemira que fora discípulo de Columbano. Já em 1939 Abel Manta e Dordio Gomes são chamados para decorar a escadaria principal do Palácio de S. Bento. Por questões estéticas, são dispensados quando as obras se encontram quase prontas, sendo as mesmas destruídas e ambos substituídos por Lino António.

[xii] Lista da PIDE com declarações públicas dos artistas plásticos e assinalando, de entre eles, quais os que se encontravam representados no Museu de Arte Contemporânea.

[xiii] A acção de Eduardo Malta (1900-1967) à frente do Museu de Arte Contemporânea revelar-se-ia catastrófica, a todos os níveis, como já foi publicamente admitido. Após o incêndio do Chiado seria o edifício objecto de requalificação profunda, reabrindo em 1994 como Museu do Chiado.
[xiv] J. Carlos Vasconcelos, «Cartoons» que abalaram o fascismo e fizeram sorrir a revolução», in O Jornal de 19.12.75, pp. 20-21.

Trabalho de pesquisa da autoria de Júlia Coutinho, publicado por José Pacheco Pereira, em 23/04/2008, in

https://estudossobrecomunismo2.wordpress.com/2008/04/23/julia-coutinho-joao-abel-manta-o-artista-resistente/

HP
http://humorgrafe.blogspot.pt/2008/01/joo-abel-manta-grfica.html

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8seTEMbro2005

João Abel Manta








[Obrigada a todos pelas informações. O painel já está identificado. É da autoria de João Abel Manta - Filho de Abel Manta]
 http://papeisportodolado.blogspot.com/2005/09/quem-ser-o-autor-abel-manta.html
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25seTEMbro2010
 Uma exposição com 37 pinturas de Abel Manta (1888-1982), a maioria provenientes da colecção privada da família, e algumas inéditas, abre terça feira na Casa-Museu da Fundação Medeiros e Almeida, em Lisboa.
"Abel Manta - Um Modernista Esquecido" é o título da exposição que reúne ainda obras provenientes do Museu do Chiado, do Museu da Cidade, do Museu da Figueira da Foz e do Museu Roque Gameiro, disse à agência Lusa fonte da organização.
"Decidimos chamar-lhe modernista esquecido porque justamente desde 1965 que não se realiza uma grande exposição sobre Abel Manta", observou Teresa Vilaça, directora da Casa-Museu da Fundação Medeiros e Almeida.
Nesse ano, a Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, realizou uma retrospectiva sobre Abel Manta.
Além de obras da colecção da família, sobretudo retratos de parentes próximos, de amigos e intelectuais da época, há também vários auto-retratos de Abel Manta, paisagens, pinturas de Lisboa e obras mais conhecidas, provenientes de museus, como "Partida de Damas" e "O Grupo do Consultório".
Abel Manta "foi o maior retratista da sua época logo a seguir ao Columbano Bordalo Pinheiro", destacou a responsável da casa-museu, apontando ainda que a exposição surge por ter sido contemporâneo de Medeiros e Almeida, cuja colecção se mantém na casa-museu.
Nascido em Gouveia, a 12 de Outubro de 1988, o artista estudou pintura na Escola de Belas Artes de Lisboa, e viveu em Paris de 1919 a 1925, período em que viajou muito na Europa, sobretudo na Itália, onde se interessou pelos frescos renascentistas.
Retratou Aquilino Ribeiro, Paiva Couceiro, Bento de Jesus Caraça, entre outras personalidades da cultura portuguesa.
Foi condecorado em 1979 com uma comenda da Ordem de Sant'Iago da Espada. https://www.dn.pt/artes/artes-plasticas/interior/obras-ineditas-do-modernista-esquecido-abel-manta--1671067.html
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Pintores Portugueses do Século XX

ABEL MANTA
Abel Manta nasceu no dia 12 de outubro de 1888 na cidade de Gouveia. Foi pintor e caricaturista. Nos anos de 1904 a 1916 inicia seus estudos na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde terminou o curso de pintura. Também recebeu o premio da Sociedade Nacional de Belas Artes.

No ano de 1935, expos suas obras no primeiro salão de Arte Moderna de Lisboa, na l e ll Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian ganhando assim o premio de pintura. Já em 1958, após aposentar-se, dedicou-se exclusivamente à pintura e ao desenho. Recebeu a condecoração da Comenda da Ordem de Santiago e Espada pelo Presidente da República Portuguesa Antonio Ramalho Eanes. Ganhou um museu com seu nome, o Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta na cidade de Gouveia em Portugal. Teve um filho, João Abel Manta, que foi arquiteto, pintor, designer e cartunista. Sua arte teve por características densidade expressiva, subtileza do cromatismo, onde interpretava as paisagens e os retratos com trechos citadinos.
Faleceu em 09 de agosto de 1982, em Lisboa.
 GALERIA:

Muito Prazer

Nella Maissa

Dama

Rua São Bernardo

Abel Manta
 https://aldaalvesbarbosa.com/2013/03/25/pintores-portugueses-do-seculo-xx-7/

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12ouTUbro1888: Nasce o pintor e professor português Abel Manta Pintor e caricaturista português, João Abel Manta 
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09 de Agosto de 1982: Morre o pintor e caricaturista português Abel Manta

Pintor e caricaturista português, João Abel Manta nasceu a 12 de outubro de 1888, em Gouveia, e morreu a 9 de agosto de 1982, em Lisboa.


Ingressou na Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1908, onde se formou em Pintura, tendo como mestre o pintor Carlos Reis. Após uma estada em Paris entre 1919 e 1926, onde expôs algumas das suas obras nos salons, Abel Manta regressou a Portugal. Paralelamente ao exercício da docência da disciplina de Desenho, consagrou-se como pintor naturalista, particularmente no campo do retrato, da natureza-morta e da paisagem (As Maçãs, Folgosinho e Vistas de Gouveia, de 1925, são alguns dos quadros desta época). Em 1926, realizou uma exposição individual, às quais se seguiram exposições coletivas como o Salão de outono da Academia Nacional de Belas-Artes do mesmo ano e várias exposições no Salão de Arte Moderna do Secretariado da Propaganda Nacional.

Ao longo da sua carreira, foi agraciado com alguns prémios importantes, tendo conquistado, por exemplo, o prémio atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, na categoria de pintura, na I Exposição de Artes Plásticas, em 1957. Em 1979, foi condecorado pelo então Presidente da República, Ramalho Eanes, com a comenda da Ordem de Sant'Iago de Espada.

Abel Manta destaca-se na sua geração pelo conjunto de excelentes retratos de personalidades da época que realizou. A ele se devem igualmente representações de paisagens urbanas, nomeadamente das cidades de Lisboa e do Funchal.

O quadro mais marcante da sua pouco divulgada obra é o Jogo de Damas, de 1927 (Coleção Museu do Chiado). A influência de Cézanne (pintor francês pós-impressionista) manifesta-se no tratamento das superfícies facetadas dos volumes e na acentuação do claro-escuro. A caracterização psicológica das figuras masculina e feminina presentes no quadro é acentuada pela representação dinâmica e quase abstrata do fundo.
Abel Manta. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Manta, Abel, Aurorretrato, c 1939, óleo sobre tela, 65 x 50 cm.jpg
Auto retrato - Abel Manta
Ficheiro:Abel Manta, Jogo de Damas, 1927, óleo sobre tela, 106 x 116 cm .jpg
Jogo de damas - Abel Manta
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/09-de-agosto-de-1982-morre-o-pintor-e.html
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/08/09-de-agosto-de-1982-morre-o-pintor-e.html?spref=fb&fbclid=IwAR32TIG26yFq1KoO1kCwORyFmuDX8Q8pZY8csJg6qV4cCLO2RgZuBkwNSqw
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Há 2 abel manta
o filho é João Abel Manta
nasceu a
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http://papeisportodolado.blogspot.pt/2005/09/quem-ser-o-autor-abel-manta.html

JOÃO ABEL MANTA









[Obrigada a todos pelas informações. O painel já está identificado. É da autoria de João Abel Manta - Filho de Abel Manta]

Ontem vi este fantástico painel na escola primária nº. 110 de Benfica. Fiquei deliciada com estas figuras. Andei à procura da assinatura do autor mas não descobri. Ainda perguntei a uma das professoras da Escola...mas não fazia a ideia...Vim para casa e tentei encontrar alguma informação...e nada... Alguém me sabe dizer de quem são estes painéis de azulejos? Devem datar mais ou menos de 1950. Serão da autoria de Maria Keil?
O autor é João Abel Manta (obrigada)
Entretanto voaram mais umas borboletas até à Holanda. Ficaram lindas em casa da Sónia
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Via Helena Pato

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