10/10/2016

6.357.(10uTUbro2016.7.7') Orson Welles

Nasceu a 6maio1915
e morreu a 10ouTUbro1985
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 "Muitas pessoas são demasiado educadas para falar com a boca cheia, mas não lhes importa fazê-lo com a cabeça vazia."
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Via Citador:
"Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos."
"É preciso ter dúvidas. Só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos."
"Mesmo quando não havia nenhuma esperança, sempre procurei dar o melhor de mim."
"O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho."
"A incompetência deixa-me completamente fora de mim. Nunca repito nada e quero tudo para ontem."
"Qualquer carreira no mundo artístico é uma montanha-russa, e muitos sucessos resultam da combinação de várias circunstâncias felizes. Mas deve existir algo mais também."
http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/orson-welles
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Avance: Orson Welles. Entrevista en París - Canal Encuentro
https://www.youtube.com/watch?v=ZypVXX3T7Dw
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"War of the Worlds" 1938 Radio Broadcast
https://www.youtube.com/watch?v=OzC3Fg_rRJM
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https://www.youtube.com/watch?v=sd4mMmrpIB0
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30 de Outubro de 1938: Pânico após a transmissão radiofónica da "Guerra dos mundos", por Orson Welles

Parecia uma noite normal naquele 30 de Outubro de 1938, até que a rede de rádio CBS (Columbia Broadcasting System) interrompeu a sua programação musical para noticiar uma suposta invasão de marcianos. A "notícia em edição extraordinária", na verdade, era o começo de uma peça de teatro radiofónico, que não só ajudou a CBS a bater a emissora concorrente (NBC), como também desencadeou pânico em várias cidades norte-americanas. "A invasão dos marcianos" durou apenas uma hora, mas marcou definitivamente a história da rádio.

Dramatizando o livro de ficção científica A Guerra dos Mundos, do escritor inglês Herbert George Wells, o programa relatou a chegada de centenas de marcianos a bordo de naves extraterrestres à cidade de Grover's Mill, no estado de Nova Jersey. Os méritos da genial adaptação, produção e direcção da peça eram do então jovem e quase desconhecido actor e realizador de cinema norte-americano Orson Welles. O jornal Daily News resumiu na manchete do dia seguinte a reacção ao programa: "Guerra falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos".

Pânico colectivo

A dramatização, transmitida nas vésperas do Halloween em forma de programa jornalístico, tinha todas as características do rádio jornalismo da época, às quais os ouvintes estavam acostumados. Reportagens externas, entrevistas com testemunhas que estariam a vivenciar o acontecimento, opiniões de peritos e autoridades, efeitos sonoros, sons ambientes, gritos, a emoção dos supostos repórteres e comentaristas. Tudo dava a impressão de o facto estar a ser transmitido ao vivo. Era o 17º programa da série semanal de adaptações radiofónicas realizadas no Radio teatro Mercury por Orson Welles.

A CBS calculou, na época, que o programa foi ouvido por cerca de seis milhões de pessoas, das quais metade o sintonizou quando já havia começado, perdendo a introdução que informava tratar-se do  teatro radiofónico semanal. Pelo menos 1,2 milhão de pessoas acreditou ser um facto real. Dessas, meio milhão teve certeza de que o perigo era iminente, entrando em pânico, sobrecarregando linhas telefónicas, com aglomerações nas ruas e congestionamentos causados por ouvintes apavorados tentando fugir do perigo.

O medo paralisou três cidades e houve pânico principalmente em localidades próximas a Nova Jersey, de onde a CBS emitia e onde Welles ambientou sua história. Houve fuga em massa e reacções desesperadas de moradores também em Newark e Nova Iorque. A peça radiofónica, de autoria de Howard Koch, com a colaboração de Paul Stewart e baseada na obra de Wells (1866-1946), ficou conhecida também como "rádio do pânico".


Precursor da ficção científica moderna

O guião fora reescrito pelo próprio Welles (1915-1985). Na peça, ele fazia o papel de professor da Universidade de Princeton, que liderava a resistência à invasão marciana. Orson Welles combinou elementos específicos do teatro radiofónico com os dos noticiários da época (a realidade convertida em relato).

Herbert George Wells, por sua vez, foi um dos precursores da literatura de ficção científica. O livro A Guerra dos Mundos, publicado em 1898, era uma das suas obras mais conhecidas, tendo Londres como cenário. Ele escreveu num estilo bastante jornalístico e actualizado para a sua época. A transmissão de A Guerra dos Mundos foi também um alerta para o próprio meio de comunicação "rádio".

Ficou evidente que a sua influência era tão forte a ponto de poder causar reacções imprevisíveis nos ouvintes. A invasão dos marcianos não só tornou Orson Welles mundialmente famoso como é, segundo cientistas de comunicação, "o programa que mais marcou a história dos média no século XX".
Fontes: DW
wikipedia (Imagens)
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/30-de-outubro-de-1938-panico-apos.html?fbclid=IwAR23uVWe6M6up6bSVo5Rb2FCsXyFIR2PL8kYb2rhMjXSN1sI7-EC6FkRfLA
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http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2016/10/10-de-outubro-de-1985-morre-o.html

10 de Outubro de 1985: Morre o Realizador e Actor de Cinema norte-americano, Orson Welles

Nasceu em Kenosha, no Estado de Wisconsin a 6 de maio de 1915 e faleceu em Hollywood a 10 de outubro de 1985, vítima de enfarte do miocárdio. Filho de uma pianista e de um inventor, já em criança "devorava" Literatura, especialmente obras de William Shakespeare e de Cervantes. Aos 12 anos, assistiu à morte quase simultânea de seus pais que lhe deixaram uma herança considerável. Depois de ter passado por diversos colégios internos e de ter viajado pela Europa, resolveu seguir uma carreira de ator. Em 1931, juntou-se ao grupo teatral Dublin's Gate Players, tendo atuado na Broadway. Em 1936, juntamente com John Houseman, fundou o grupo Mercury Theater que atuaria muitas vezes em radionovelas. Numa delas, em 1938, protagonizou um momento histórico: na noite de Halloween, Welles representou aos microfones da rádio a peça A Guerra dos Mundos de H. G. Wells. Um pouco por todo o país, houve momentos de pânico porque os ouvintes convenceram-se de que os marcianos tinham invadido a Terra. Em 1941, Hollywood convidou o elenco do Mercury Theater para participar num filme. Orson Welles tomou as rédeas do projeto, escrevendo, produzindo, realizando e protagonizando aquele que viria a ser considerado como o maior filme da História do Cinema: Citizen Kane (O Mundo a Seus Pés, 1941). Welles imprimiu uma nova linguagem fílmica, mas viu o seu trabalho boicotado pelo magnata William Randolph Hearst que achava que a personagem principal era baseada na sua figura. Daí para a frente, Hearst procurou não poupar esforços para fechar as portas de Hollywood a Welles. Dado que Citizen Kane não fora um sucesso, os produtores propuseram a Welles contratos onde lhe era retirado todo e qualquer controlo criativo. Contudo, tal não impediu que Welles continuasse a produzir obras de grande qualidade: seguiram-se The Magnificent Ambersons (O Quarto Mandamento, 1942) um drama centrado num conflito entre duas famílias, The Stranger (O Estrangeiro, 1946) sobre um criminoso de guerra nazi que se esconde numa pequena cidade americana e o film noir The Lady From Shangai (A Dama de Xangai, 1947) protagonizado por si e por Rita Hayworth. Após o fracasso deMacBeth (1948), decidiu ir para a Europa, fechadas que lhe estavam as portas em Hollywood. Aí marcou presença em diversos filmes de aventuras e pepluns, não se importando de protagonizar filmes de qualidade duvidosa para angariar dinheiro para realizar projetos pessoais. Um deles, o famoso Don Quijote, ficou inacabado e só seria lançado em 1992, sete anos após a sua morte. Regressou a Hollywood para realizar outro clássico: Touch of Evil (A Sede do Mal, 1958), um policial em que também participou como ator secundário, no papel de um obeso polícia corrupto. Voltou à Europa, onde assinou mais trabalhos de qualidade: Le Procès (O Processo, 1962), Falstaff (As Badaladas da Meia-Noite, 1966) e The Immortal Story (História Imortal, 1968). Como ator, associou-se a A Man For All Seasons (Um Homem Para a Eternidade, 1966), Casino Royale(1967) e The Kremlin Letter (A Carta do Kremlin, 1970). Os seus últimos trabalhos foram feitos para televisão e para anúncios publicitários, onde emprestou a sua voz característica.
Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)

Orson Welles fotografado por Carl Van Vechten, Março de 1937.
Orson Welles em "Citizen Kane"
https://www.youtube.com/watch?v=YXIr1P9Fm5A
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nasce a 6mAIo1905
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/05/06-de-maio-de-1905-nasce-o-realizador-e.html?spref=fb&fbclid=IwAR11yNUfIKKcWmZiS2zpo_RgPcg7dgw33GbdIWlQrUQic4pkcVv8kb-4sDA
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