05/01/2017

4.406.(5jan2017.7.7') George Michael

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Nasceu a 25jun1963
e morreu a 25dez2016
Last Chrismas!!!
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O que eu partilhei na sua morte:
 25dez2016...morre George Michael...dos Wham...e a solo...53 aninhos...dizem de ataque cardíaco...foi o seu último natal...
ouvi-lo é a melhor forma de o homenagear...
 https://www.youtube.com/watch?v=E8gmARGvPlI&list=RDE8gmARGvPlI
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 https://www.noticiasaominuto.com/mundo/711258/george-michael-morreu-apos-paragem-cardiaca
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O que eu partILHAva em cada 25junho
https://www.youtube.com/watch?v=3V726_HShyY&list=PLCA39576B8F4C5587
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http://www.jn.pt/artes/interior/morreu-o-cantor-george-michael-5571564.html
Não foram fornecidas informações sobre as circunstâncias da sua morte. Segundo a BBC, os serviços de emergência foram a sua casa esta tarde. A polícia não encontrou nada de suspeito no local.
Em comunicado, o seu agente disse que é "com grande tristeza que podemos confirmar que o nosso filho, irmão e amigo morreu em paz em sua casa, durante o Natal"."A família pede que a sua privacidade seja respeitada", acrescentou, dizendo ainda que não será feito para já mais nenhum comentário.

Em 2011, Michael sobreviveu por pouco a uma grave pneumonia.
George Michael nasceu Georgios Kyriacos Panayiotou em Londres. Durante a sua carreira, que iniciou nos anos 80 com os Wham, vendeu mais de 100 milhões de discos.
Com os Wham é o intérprete de canções como "Careless Whisper", "Wake me up before you go-go" e "Freedom. É, ironicamente, também o cantor de uma de uma das mais conhecidas músicas pop de Natal, o "Last Christmas".
O músico, que chegou a ser notícia também pelos problemas com consumo de droga, atuou a solo apenas uma vez em Portugal, em 2007 no Estádio Municipal de Coimbra, por ocasião dos 25 anos de carreira.
A solo, George Michael editou seis álbuns, o último dos quais "Symphonica", em 2014, e que é um registo ao vivo.
Vencedor de dois prémios Grammy, George Michael fica ainda conhecido pelos temas "I want you sex", retirado do premiado álbum de estreia "Faith", "Jesus to a child" e "Freeek!".
Em 2011, George Michael adiou uma série de concertos depois de lhe ter sido diagnosticada uma pneumonia.
Com Lusa


Leia mais: Morreu o cantor George Michael http://www.jn.pt/artes/interior/morreu-o-cantor-george-michael-5571564.html#ixzz4Ut4kC5MR 
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26dez2016
BBC portuguesa
5 momentos polémicos:
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38435461

5. A música de protesto contra Blair e Bush

Michael compôs Shoot the Dog (Atire no Cachorro, em inglês), canção em que critica a relação entre o então primeiro-ministro britânico Tony Blair e o então presidente americano George W. Bush.
O videoclipe, uma sátira feita com desenhos animados divulgada em 2002 - pouco antes da invasão do Iraque -, mostrava Bush como um comandante supremo das Forças Armadas dos EUA que não entendia nada sobre conflitos internacionais.




George Michael eImage copyrightPA
Image captionA carreira musical de George Michael (dir.) durou quase 40 anos

Tony Blair aparece em seguida como o cachorrinho de Bush no jardim da Casa Branca.
O videoclipe causou revolta e muitos acusaram o cantor de "antiamericano".
Michael disse em uma entrevista que "temia viajar para os EUA" por causa dos ataques que recebera e negou ser contra o governo americano.
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2. A polêmica de 'I Want Your Sex'

O primeiro título do álbum Faith (1987) era, na verdade, I Want Your Sex (Quero seu sexo, em inglês).
O título da canção, sobre um homem tentando convencer uma mulher a ter relações sexuais, causou controvérsia principalmente nas rádios dos Estados Unidos.



George Michael em foto P&BImage copyrightPA
Image captionGeorge Michael vendeu mais de 100 millhões de discos em toda a sua carreira

Muitas estações se recusaram a tocar a música, enquanto outras mudaram a palavra sexo por amor e editaram uma nova versão da música.
Ainda assim, a canção foi a número 1 nas paradas de sucesso da Inglaterra e dos EUA.
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26dez2016
Blitz
http://blitz.sapo.pt/videos/2016-12-27-George-Michael-como-ainda-nao-o-tinha-visto-seis-videos-incontornaveis
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Uma série de videos interessantes:
Veja-o, enquanto produtor, na mesa de mistura.
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A entrevista que deu à apresentadora Oprah Winfrey, depois de assumir a sua homossexualidade.
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A última entrevista de George Michael, dada no início da sua última digressão, Symphonica Tour, em 2011.
https://www.youtube.com/watch?v=LTCHSptmnA0
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A conferência de imprensa que deu depois de sair do hospital em Viena para ser tratado devido a uma pneumonia que quase o matou, em 2011.
https://www.youtube.com/watch?v=GBLhaFrUchw
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Ouça-o a cantar, em português, com Astrud Gilberto, o clássico "Desafinado", incluído no disco Red Hot + Rio.
https://www.youtube.com/watch?v=5EJIyxPheOA
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via avante
http://avante.pt/pt/2249/argumentos/143494/
opinião de Nuno Gomes dos Santos
5jan2017
Last Christmas (*)
Nos finais de ano o que mais se ouve, se escreve e se lê são balanços. E todos os anos se descobre que os 365 dias que nos envelheceram foram «os mais», nisto ou naquilo, pela positiva ou pela negativa, que é preciso não dizer nunca que o ano que findou foi, apenas, mais um ano, com vitórias, derrotas, empates, prolongamentos, erros de arbitragem, como sempre acontece num jogo qualquer, não sendo o jogo da vida excepção.

É claro que não deveremos deixar passar em claro que, em 2016, Portugal foi campeão europeu de futebol nos crescidos, coisa rara e nunca vista a não ser em miúdos; que o Benfica ganhou o campeonato outra vez; que Trump venceu as eleições nos EUA; que Dylan foi Prémio Nobel por escrever cantigas; que o Reino Unido (?) saiu da União Europeia; que o Daesh persiste em ser uma aberração assassina; que os problemas do clima são uma equação que dificilmente se resolve se outros «valore$» mai$ alto$ se levantarem e coisas que tais, apenas diferentes nos nomes ou nos protagonistas, o futuro dirá se a diferença nos afecta e como, «p'ra melhor está bem está bem, p'ra pior já basta assim».

E lembramo-nos dos que partiram, deixando, de uma maneira menor ou maior, a sua marca depois do adeus. No caso dos cantores cantautores e músicos o ano foi pródigo na ceifa: Bowie, Prince, Gato Barbieri, Cauby Peixoto, Leonard Cohen e, ao cair do pano, George Michael. O comum dos mortais lembrar-se-á de todos, ou de quase todos, embora, por vezes, a recordação que nos fica seja a que os media nos impingiram, tantas e tantas vezes parcial, clubista, maquilhada.

David Bowie foi um camaleão, mudou de rumo vezes sem conta e, dizem, tinha muito talento (e muitíssimo dinheiro). Dizem, quero dizer: alguns, nem todos. Adiante. Prince foi um grande artista e todos sabemos entoar Purple Rain. Barbieri era um óptimo saxofonista que passou pelo free jazz e virou para um jazz de raízes musicais latinas. Cauby Peixoto teve uma carreira feliz no Brasil. Leonard Cohen foi uma grande poeta-cantor-compositor.

Dito isto, que é o que dirá muita gente, muita coisa ficará por dizer. De George Michael, por exemplo, o que nos surge logo é aquele dueto antigo que entornava pop'amoroso no nosso Natal, já bem servido de cantigas e sem precisão de uma estopada daquelas (nem sempre o que é diferente é melhor. Antes Rudolph que Wham...). Depois ficam as recordações de um percurso de vida(s) conturbado, de uma postura mais exigente perante as canções, de lutas inglórias contra as editoras, de muitos discos vendidos e de variadíssimas estórias de revistas mexeriqueiras, como é uso no mundo das «estrelas», por menos ou mais cadentes que sejam.

Porém, eu, que apreciava a voz e algumas canções suas sem nunca ter sido propriamente presidente do clube dos seus fãs, vou lembrar-me de George Michael (que teve, agora sim, o seu Last Christmas) com o respeito que nutro por qualquer trabalhador que leva a sério o seu trabalho (e ele levava-o), recordando meia dúzia de cantigas e mais «uma coisinha»: Michael foi, frontalmente, contra as políticas de Margaret Tatcher e, mais tarde, contra as de Tony Blair, nomeadamente no que dizia respeito à guerra no Iraque. E essas são razões mais do que suficientes para subir uns degraus na minha consideração.

Vale a pena dizer isto agora. A tempo ainda de focarmos melhor a imagem parcialmente desfocada que nos deram dele.

(*) Último Natal