02/04/2018

5.946.(2abril2018.8.8') Ilha de Páscoa

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5abril1722
Jakob Roggeveen (holandês) descobre a Ilha de Páscoa
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25aGOSTO2019
 Conhecer melhor a ilha de Páscoa
 https://www.facebook.com/watch/?v=305165910034257
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11jan2019

Desvendada a razão da localização das estátuas da ilha de Páscoa

Proximidade de água fresca e outros recursos são a razão para a escolha da posição das estátuas.
 
 São um dos grandes mistérios da ciência. As estátuas gigantes em pedra da Ilha de Páscoa há séculos que intrigam os investigadores. Mas agora já sabemos um pouco mais sobre elas: os cientistas analisaram a localização das plataformas megalíticas, ou ahu, nas quais muitas das estátuas, conhecidas como moai, se sentam, e concluíram que geralmente estão perto de fontes de água doce. Esta descoberta reforça a ideia de que a localização das estátuas está relacionada com a existência de recursos naturais, tais como água potável e alimentos.
"O que é importante é que isto prova que os locais das estátuas não são um lugar ritual estranho - representam um ritual no sentido em que têm um significado simbólico mas estão integradas na vida da comunidade", explicou Carl Lipo, da Universidade Binghamton, em Nova Iorque, coautor da pesquisa.
A Ilha de Páscoa tem mais de 300 plataformas megalíticas e cada uma delas pode ter sido feita por uma comunidade separada. Acredita-se que a primeira pode ter sido construída no século XIII. Esta investigação focou-se no leste da ilha e analisou a distribuição de 93 plataformas megalíticas construídas antes da chegada dos europeus no século XVIII. Concluíram, assim, que os monumentos estão situados perto de locais onde se cultivava batata-doce, lugares ligados à pesca e onde existiam fontes de água doce. O resultado foi publicado no jornal científico Plos One.
Para além de demonstrar a importância da água potável, o estudo também dá peso à teoria de que as comunidades competiam através da construção de monumentos e de que estas criações contribuíam para a união de cada grupo. A comunidade e a cooperação, explica Carl Lipo, foram cruciais na construção dos monumentos: "Qualquer coisa que os une vai torná-los mais fortes e permitir que sobrevivam", diz. "Acho que esse é o segredo da Ilha de Páscoa."

https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/desvendada-a-razao-da-localizacao-das-estatuas-da-ilha-de-pascoa-10425354.html?fbclid=IwAR22IVMNigmd-hhNKejWN47RE8E2-6idldRQXTTdiKZJeMqp0R7WYNXTpkY
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Os mistérios da ilha descoberta no domingo de Páscoa de 1722

“As estátuas andavam”, dizem os habitantes da ilha da Páscoa. Os arqueólogos tentam descobrir como o faziam e se a sua história é um relato preventivo sobre catástrofes ambientais ou uma exaltação do engenho humano.
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Turistas mergulham nos recifes da ilha da Páscoa junto de um moai falso, construído em 1994 para um filme de Hollywood e, de seguida, afundado ao largo. O recife apresenta-se saudável, embora sujeito a sobrepesca. O atum e o salmão são importados, principalmente para turistas.
Em Junho de 2012, durante uma noite de Inverno, o artista José Antonio Tuki, de 30 anos e morador na ilha da Páscoa, partiu da sua casa de uma só assoalhada, na costa sudoeste, e atravessou a ilha a pé até à praia de Anakena. Segundo reza a lenda, os primitivos colonos polinésios puxaram as suas canoas até à praia de Anakena, há cerca de mil anos, depois de navegarem mais de dois mil quilómetros através do oceano Pacífico, em mar aberto. José Antonio sentou-se na areia e fixou o olhar directamente nas colossais estátuas humanas que avistava à sua frente: os moai. Esculpidas há muitos séculos em tufo vulcânico, incorporavam, segundo a crença local, os espíritos deificados dos antepassados.
Em Anakena, sete moai de ventre protuberante erguem-se, vigilantes, sobre uma plataforma rochosa.
José Antonio é um rapanui, ou seja, um polinésio indígena morador em Rapa Nui, o nome dado pelos habitantes locais à ilha da Páscoa. Os seus antepassados ajudaram provavelmente a esculpir algumas das centenas de estátuas que cravejam colinas verdejantes e costas denteadas da ilha. Em Anakena, sete moai de ventre protuberante erguem-se, vigilantes, sobre uma plataforma rochosa com 16 metros de comprimento, de costas voltadas ao Pacífico, braços ao longo do corpo e cabeças cobertas com altos pukao de escória avermelhada, outra rocha vulcânica. Quando José Antonio os fita no rosto, sente uma ligação. “É algo estranho”, diz. “É gerado pela minha cultura. É rapanui.” Abana a cabeça. “Como fizeram eles isto?”
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O Almirante holandês, Jacob Roggeveen, foi o primeiro europeu a visitar a ilha da Páscoa em 1722 e ao chegar encontrou vestígios de uma estranha sociedade. Desde então muito se escreveu sobre a misteriosa cultura que foi capaz de construir, mover e montar os famosos moai.
A ilha da Páscoa tem apenas 164 quilómetros quadrados. Localiza-se 3.500 quilómetros a oeste da América do Sul e dois mil quilómetros a leste da ilha Pitcairn, a sua vizinha habitada mais próxima. Depois de ser colonizada, manteve-se isolada durante muitos séculos. Toda a energia e recursos afectos aos moai (com 1 a 10 metros de altura e chegando a pesar mais de 80 toneladas) vieram da própria ilha. E contudo, quando os exploradores holandeses ali chegaram, no domingo de Páscoa de 1722, encontraram uma cultura do Paleolítico. Os moai foram esculpidos com ferramentas líticas, na sua maioria numa única pedreira, e foram depois transportados, sem apoio de animais ou de rodas, para cima de plataformas maciças de pedra, ou ahu, por vezes situadas a 18 quilómetros de distância. Como fizeram eles isto? A pergunta tem intrigado hordas de visitantes nos últimos 50 anos.
https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/grandes-reportagens/1263-ilha-pascoa-ago2012
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