17/04/2018

7.209.(17abril2018.8.8') Espiões...Espionagem

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16abril2018
O CASO SKRIPAL DESENCADEIA UMA GUERRA DE PALAVRAS ENTRE JOHNSON E CORBYN
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, envolveu-se numa guerra de palavras com o dirigente trabalhista, Jeremy Corbyn, após a revelação das análises britânicas não terem descoberto a proveniência do agente nervoso usado em Salisbury contra o agente duplo Serguei Skripal e a sua filha

No dia 8 de Abril, Johnson voltou aos insultos, acusando Corbyn de ser um “idiota útil do Kremlin” que se recusa a apoiar “inequivocamente” o Executivo conservador do Reino Unido na sua acusação sobre a autoria do ataque.

Para o dirigente trabalhista é o chefe da diplomacia britânica que está "a fazer um papel ridículo e a prejudicar o governo, distorcendo seriamente o que disseram os especialistas em armas químicas" do laboratório militar de Porton Down, localizado a uma curta distância de Salisbury.

"Estes insultos ridículos não vão desviar a atenção do facto de que (Johnson) enganou o público em questões vitais de segurança nacional", disse um porta-voz de Corbyn à imprensa.

O Ministério alega que Johnson foi mal interpretado quando declarou a uma cadeia de televisão alemã que o “tipo” de Porton Down lhe tinha garantido “categoricamente” que o agente nervoso era produzido na Rússia.

O Ministério apagou uma mensagem na sua conta no Twitter que repetia essa afirmação sobre os resultados do suposto Novichok quando a sua falsidade foi confirmada.
Fonte: Sputnik
https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/2053228111371411/?type=3&theater
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13ab2018
 Skrypal...a paranóia da expulsão de diplomatas...o submundo dos espiões...Onde estão as Provas que foram os russos??? Porque se calaram?? O que fez o espião nos últimos tempos?

EX-ESPIÃ BRITÂNICA PEDE PARA SE INVESTIGAR AS ACTIVIDADES DE SKRIPAL NO REINO UNIDO
A Rússia não tinha motivos para assassinar Serguei Skripal, afirmou Annie Machon (na foto), ex-agente de espionagem britânica, que pediu ao Reino Unido que investigasse os últimos oito anos do agente duplo em território britânico.
“Considero que um possível motivo para o que aconteceu a Skripal se esconda nas actividades em que esteve envolvido durante os últimos oito anos. Com quem estava a trabalhar? Quais eram os seus contactos? O que andava a fazer?, disse Machon numa entrevista ao canal de televisão Zvezda, a que teve acesso a EFE.
Machon, conhecida pelas suas denúncias dos excessos das agências de espionagem britânicas, disse que era a isso que neste momento se deveriam dedicar a polícia e os serviços secretos do seu país.
Há que “obter permissão para examinar os seus computadores, a sua agenda telefónica (…), para estabelecer um motivo”, comentou.
Na opinião da antiga agente do MI5, à Rússia “não lhe convinha levar a cabo uma operação tão tortuosa” em vésperas de eleições e do Mundial de futebol.
Annie Machon, recordou que Skripal fez amizade com Pablo Miller, um ex-agente britânico que reside também em Salisbury e que, supostamente, trabalha na empresa de outro antigo espião, Christopher Steele.
Contratado pelos democratas, Steele escreveu em 2016 um dossier cheio de detalhes sórdidos sobre o então candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, incluindo as suas alegadas ligações à Rússia.
“Eu recomendaria seguir essa pista e verificar se Skripal também tem algo que ver com o ‘dossier Steele’, sugeriu.
Por tudo isso, considerou “precipitada” a decisão da primeira-ministra britânica em expulsar 23 diplomatas russos sem dispor de provas inequívocas sobre a culpabilidade de Moscovo. “Agora a situação diplomática é muito perigosa e delicada”, opinou, considerando ao mesmo tempo difícil de imaginar May a desculpar-se “sem perder a cara” a confirmar-se a precipitação na adopção de sanções contra a Rússia.
“É uma moda global culpar a Rússia por tudo o que se passa”. Recordou que a Rússia também foi culpada por ter interferido nas eleições norte-americanas, sabendo-se agora que quem influenciou essas eleições foi a consultora britânica Cambridge Analytica. "Os americanos dizem: 'a Rússia fez isso, foram os russos'. Mas, na realidade, era uma empresa britânica", disse ela.
Fonte: EFE
https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656/2048816011812621/?type=3&theater
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Irlanda do Norte/Inglaterra...
A HISTÓRIA NÃO TÃO REMOTA DOS CRIMES PRATICADOS NO REINO UNIDO PELO REINO UNIDO

Depois do envenenamento dos Skripal, a primeira-ministra May disse na Câmara dos Comuns que o Kremlin estava envolvido no incidente devido ao “historial de assassinatos patrocinados pela Rússia”.

O seu tom hipócrita não é de estranhar: ninguém mais que o Reino Unido tem um historial tão negro de assassinatos patrocinados pelo Estado. May sugeria que o seu país estava no Eixo do Bem em comparação com a Rússia e que nunca iriam tão longe para assassinar opositores políticos em solo estrangeiro.

Alguém que tenha um conhecimento básico da política inglesa sabe que é mentira, mas para quem não tenha, digamos, reparado, é conveniente informar sobre o terrorismo de Estado “made in England”, por exemplo, contra a Irlanda.

Em 1989 a Irlanda do Norte encontrava-se no apogeu de uma sangrenta guerra na qual os militantes republicanos irlandeses estavam a realizar uma campanha de guerrilha contra as forças britânicas para por fim à dominação inglesa.

Para combater a ameaça representado pelo IRA e outros grupos semelhantes, Westminster decidiu que qualquer pessoa acusada de actividade republicana nos seis condados ocupados seria levada a tribunal sem jurados (“Diplock”), para garantir condenações e encarceramentos.

No entanto, Pat Finucane, um advogado de Belfast, começou a destacar-se na defesa dos republicanos irlandeses perante este tipo de tribunais. Finucane atraiu a atenção pública pela primeira vez com a sua campanha em favor dos presos políticos republicanos durante a greve de fome de 1981 nos blocos H ou módulos de isolamento dos prisioneiros irlandeses.

Ao longo dos anos oitenta, o advogado tornou-se uma espinha cravada na garganta da classe dominante britânica ao defender os republicanos em vários processos bem conhecidos. Em Novembro de 1988, a gota d’ água que verteu o copo foi quando defendeu com sucesso, um voluntário do IRA num caso relacionado com a morte de dois soldados britânicos.

Em 12 de Fevereiro de 1989, um comando de assassinos unionistas da Associação de Defesa do Ulster (UDA) irrompeu pela casa de Finucane e disparou 14 vezes quando ele jantava com a sua esposa e filhos.

A Associação de Defesa do Ulster era uma organização legal sob o controlo da FRU (Force Research Unit), uma unidade militar secreta britânica encarregada de transformar a UDA numa organização mais "profissional".

A participação do Estado britânico no assassinato foi ainda mais importante que a do exército. Nas semanas que antecederam a morte de Finucane, o então ministro Douglas Hogg deplorou o facto de que houvesse advogados na Irlanda do Norte que simpatizavam "indevidamente com a causa do IRA".

No entanto, o assassinato de Pat Finucane não foi um caso isolado, nem sequer uma táctica confinada pelos britânicos a períodos de guerra intensa na Irlanda, como aconteceu nos anos oitenta. Dez anos depois daquele assassinato, a escalada da guerra havia diminuído consideravelmente depois da capitulação do IRA Provisório em 1998. A “paz” foi e continua a ser mantida pela ameaça terrorista do Estado britânico que, no caso de algo sair mal, interromperá o satus quo.

Foi isso que levou ao assassinato de Rosemary Nelson, outra advogada. Nelson também construiu um nome ao defender com êxito os republicanos nos Estados Unidos. Uma das suas defesas mais conhecidas foi a dos familiares de Robert Hamill, um jovem irlandês que foi enforcado por uma multidão unionista em 1977 sob a presença da RUC, a polícia unionista da Irlanda do Norte.

Em 15 de Março de 1999, Rosemary Nelson foi assassinada por um carro-bomba fora de sua casa em Armagh, na Irlanda ocupada. O ataque foi reivindicado pelos Red Hand Defenders (RHD), uma facção da UDA.

Nos dias seguintes ao seu assassinato, tornou-se evidente que os membros da Divisão Secreta Especial da RUC haviam participado numa operação de vigilância próximo da casa de Nelson no dia antes da sua morte, com a desculpa de seguir a pista dos membros do IRA.

Apesar da intensa vigilância da área que rodeia a casa de Nelson, nenhum polícia viu os membros da RHD que cometeram o atentado. Da mesma forma que Pat Finucane, Rosemary Nelson tornou-se noutra vítima do sangrento historial de terrorismo de Estado do Reino Unido.

Em matéria de assassinatos patrocinados pelo Estado, o governo de Londres não tem paralelo. Seria preferível que May calasse a sua boca suja, para não continuarmos a lembrar de histórias não tão distantes que elas não gostariam de lembrar.

https://www.mintpressnews.com/britains-not-so-distant-history-of-state-sponsored-assassinations/238974/
Fonte: Resistencia Popular


https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/2053292178031671/?type=3&theater
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07 de Agosto de 1876: Nasce Mata Hari, a espia mais famosa do mundo 

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13 de Fevereiro de 1917: Mata Hari é presa em Paris

A certidão de nascimento: Margueretha Gertruida Zelle; nome artístico: Mata Hari. No dia 13 de Fevereiro de 1917, a famosa e exótica dançarina holandesa é presa num hotel na avenida Champs-Élisées, em Paris, acusada pelos serviços secretos franceses de espionagem durante a I Guerra Mundial.

Mata Hari era filha de um empresário holandês e de uma descendente de javaneses – provável origem da sua beleza exótica. Casou com um funcionário da Companhia das Índias Orientais, Rudolph McLeod.
Admirou-se com a cultura oriental quando morou na Indonésia, mas o seu casamento ia de mal a pior: McLeod era alcoólico, tinha acessos de fúria e mantinha um caso com uma concubina.

Divorciada, Margaretha decidiu viver independentemente em Paris após McLeod não pagar pensões e ela ser forçada a entregar-lhe a filha. O outro filho havia morrido no Oriente, vítima de sífilis contraída dos pais – ou, segundo boatos, de envenenamento de uma criada.

Assim, passou a exercer a profissão de dançarina na capital francesa. Era 1903, tinha 26 anos de idade, e percebeu que que os parisienses da Belle Époque adoravam ver espetáculos com alusões estéticas à distante cultura oriental. Assim nascia Mata Hari, que afirmava ter sido criada num templo sagrado indiano e recebido aulas de antigas danças do país de uma sacerdotisa, quem havia mudado o seu nome para a tradução de “visão do amanhecer”.


Obteve popularidade em toda a Europa, principalmente por dançar e posar quase inteiramente nua diante do público. Cortesã e bailarina, Mata Hari coleccionou vários militares e figuras políticas francesas e alemãs como amantes.

Na década de 1910, imitadores haviam aparecido e críticos diziam que o seu sucesso se devia ao exibicionismo barato e falta de talento artístico. A sua carreira como dançarina entrava em declínio e já se iniciava a I Guerra Mundial.

As movimentações daquela mulher que esbanjava relacionamentos amorosos começaram a levantar suspeitas. As circunstâncias da sua prisão não são consensuais – assim como, aliás, muitos factos de sua vida.

Algumas fontes afirmam que a França exigiu que ela servisse como espia a partir de casos premeditados com oficiais alemães em Espanha. Por fim, mostrou-se inabilidosa, com informações pouco relevantes. Outras afirmam que os franceses interceptaram mensagens de rádio entre alemães em que eram descritas as actividades de um espião alemão, com codinome H21. A partir das informações, os franceses teriam identificado a sigla como Mata Hari.
                                                                                                                                   
Após ser presa no hotel Elisée Palace e interrogada, Mata Hari  foi acusada de servir como espia da Alemanha (ou como agente duplo, dependendo da história). Ela teria escrito várias cartas ao cônsul holandês em Paris, clamando a sua inocência e dizendo que as  suas conexões internacionais eram fruto do seu trabalho como dançarina.

Por um lado, a autora da biografia Femme fatale, Pat Shipman, defende que Mata Hari nunca foi agente duplo e que foi usada para bode expiatório para distrair a opinião pública das grandes perdas sofridas pelo exército francês. Por outro, detalhados documentos alemães comprovariam a entrada de Mata Hari como agente na Alemanha e na Espanha e confirmariam o nome de código H21.

As circunstâncias das suas alegadas actividades de espionagem durante a Guerra eram – e permanecem ainda – pouco claras. De qualquer modo, em 25 de Julho de 1917, Mata Hari foi julgada por um tribunal militar e sentenciada à pena de morte.

O seu processo foi tendencioso, cheio de falhas e montado sobre evidências circunstanciais. Não ficou provado que nenhuma informação relevante ou secreta tivesse sido passada para os exércitos inimigos da França, mas nem ela nem o seu advogado tão pouco conseguiram sustentar a defesa.
Tendo o presidente francês negado o apelo final de clemência, um pelotão de fuzilamento francês executou-a  em 15 de Outubro do mesmo ano em Vincennes, nos arredores de Paris. Mata Hari não foi amarrada e recusou-se a vendar os olhos, recebendo as balas de cabeça erguida, segundo relato de Henry Wales, jornalista britânico que cobriu a execução.

Ainda que envolta em vários mitos e incertezas sobre a sua história, Mata Hari permanece como uma das figuras com mais glamour do sombrio mundo da espionagem, símbolo da ousadia feminina e arquétipo de mulher espião.
Fontes:Opera Mundi
wikipedia(imagens)


File:Mata Hari on the day of her arrest 13-2-1917.jpg

Mata Hari no dia da sua prisão

 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/02/13-de-fevereiro-de-1917-mata-hari-e.html?fbclid=IwAR2GwCmWPRgO2dZ1zILIU8-kVqF6V3hDfQ4yjmJryKXGg3Nyo-NcD_WmQw4

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15 de Outubro de 1917: Mata Hari é executada em Paris, por espionagem

Dançarina profissional, de seu nome verdadeiro Margarette Geertruide Zelle, nasceu a 7 de agosto de 1876, na Holanda, na cidade de Leeuwarden. Era filha de um pobre chapeleiro, antes rico mas caído na ruína, tendo contraído matrimónio com um oficial da marinha holandesa em 1895, pelo que acrescentou o apelido do marido, MacLeod. Entre 1897 e 1902, devido a comissão de serviço do marido, foi viver para Java e para Sumatra, na Indonésia, então uma colónia holandesa. Porém, com o regresso à Europa, MacLeod separou-se de Margarette, levando a filha do casal.Ruma depois para Paris, onde em 1905 se torna dançarina profissional, sendo conhecida como Lady MacLeod. Mas não demorou muito a alterar o nome por que era conhecida na noite parisiense, vindo a adotar aquele que a tornou célebre, Mata Hari, e que terá sido o elemento biográfico mais perene da sua curta vida. Mata Hari era uma expressão que remontava à sua passagem pela Indonésia, dizendo a dançarina que significava, em malaio (língua de onde deriva o atual idioma oficial da Indonésia, o bahasa), Sol ou, num sentido literal, "olho do dia". Ali aprendera também os mimetismos principais das danças orientais que lhe vieram a servir de repertório para as suas atuações futuras nos cabarets europeus.

De porte atlético, talhado num corpo esbelto e de elevada estatura, potencializava ao máximo todos os seus atributos físicos no seu estilo de dançar, oriental e bastante sensual, não descurando nunca a nudez. O seu estilo oriental era realçado pelo seu fino e decotadíssimo sari indiano e pelos véus ondulantes que lhe caíam sobre os ombros despidos. Apresentava-se como bailarina oriental, dizendo ser filha de uma bailarina malaia, que morrera no parto, declamando hinos a Shiva, deus hindu da destruição. O final dos seus shows era sempre reservado à narração da sua própria vida pela dançarina, com pormenores irreais, arrebatando ainda mais as plateias.

Esta forma de atuar nos cabarets parisienses e de outras cidades incendiou as plateias masculinas, onde pontificavam com bastante frequência personalidades importantes dos meios políticos e económicos da Europa. Muitos foram os seus amantes, em boa parte altas patentes militares ou oficiais. Estes contactos de alcova permitiram-lhe aceder a fontes de informações militares e estratégicas de grande importância no xadrez político da Europa de meados do século XX, ainda que os factos relativos às suas atividades de espionagem estejam ainda envoltos em mistério e alimentem lendas e enigmas.

Perante as acusações que os franceses lhe fizeram de espionagem na Primeira Guerra Mundial, por denúncia dos britânicos, Mata Hari defendeu-se inicialmente alegando ter desempenhado essas atividades a favor do governo de Paris enquanto esteve na Bélgica, então sob ocupação alemã. Mas as suspeitas francesas incidiam sobre uma eventual duplicidade. Provavelmente, Mata Hari terá sido um joguete nas mãos dos alemães, que a terão recrutado em 1916, depois de conhecerem as suas potencialidades ao serviço da espionagem através da sua longa lista de amantes, principalmente altas patentes do exército francês. Por isso, foi presa em Paris e julgada em tribunal marcial em julho de 1917, acusada de ser responsável moral por mais de 50 000 mortes em combate, tendo sido condenada à morte, pena esta que se cumpriu por fuzilamento em 15 de outubro desse ano em Vincennes, nos arredores de Paris. A sua morte foi também mais uma grande encenação: toda vestida de negro, de botas altas e um chapéu da abas largas, Margarette ergueu um dos seus esguios braços em jeito de despedida em grande estilo ao pelotão de carrascos, a sua última plateia. A mais exótica das bailarinas do século XX terminava assim uma nebulosa existência, vivida entre o romance e a traição, encarnando a figura maléfica e provocadora de Shiva.Atualmente procedem-se a pesquisas sobre as verdadeiras causas da sua condenação à morte. Os arquivos ingleses abriram-se à investigação, ainda que até agora não tenham ainda surgido novos dados que alterem a biografia por fazer da mais fantasiosa e enigmática das figuras femininas do nosso tempo.

Mata Hari. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
Wikipedia (Imagens)

Arquivo: Mata-Hari 1910.jpg

Ficheiro:Mata Hari 6.jpg

Mata Hari (1905)
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15 de Outubro de 1917: Mata Hari é executada em Paris, por espionagem

Dançarina profissional, de seu nome verdadeiro Margarette Geertruide Zelle, nasceu a 7 de agosto de 1876, na Holanda, na cidade de Leeuwarden. Era filha de um pobre chapeleiro, antes rico mas caído na ruína, tendo contraído matrimónio com um oficial da marinha holandesa em 1895, pelo que acrescentou o apelido do marido, MacLeod. Entre 1897 e 1902, devido a comissão de serviço do marido, foi viver para Java e para Sumatra, na Indonésia, então uma colónia holandesa. Porém, com o regresso à Europa, MacLeod separou-se de Margarette, levando a filha do casal.Ruma depois para Paris, onde em 1905 se torna dançarina profissional, sendo conhecida como Lady MacLeod. Mas não demorou muito a alterar o nome por que era conhecida na noite parisiense, vindo a adotar aquele que a tornou célebre, Mata Hari, e que terá sido o elemento biográfico mais perene da sua curta vida. Mata Hari era uma expressão que remontava à sua passagem pela Indonésia, dizendo a dançarina que significava, em malaio (língua de onde deriva o atual idioma oficial da Indonésia, o bahasa), Sol ou, num sentido literal, "olho do dia". Ali aprendera também os mimetismos principais das danças orientais que lhe vieram a servir de repertório para as suas atuações futuras nos cabarets europeus.

De porte atlético, talhado num corpo esbelto e de elevada estatura, potencializava ao máximo todos os seus atributos físicos no seu estilo de dançar, oriental e bastante sensual, não descurando nunca a nudez. O seu estilo oriental era realçado pelo seu fino e decotadíssimo sari indiano e pelos véus ondulantes que lhe caíam sobre os ombros despidos. Apresentava-se como bailarina oriental, dizendo ser filha de uma bailarina malaia, que morrera no parto, declamando hinos a Shiva, deus hindu da destruição. O final dos seus shows era sempre reservado à narração da sua própria vida pela dançarina, com pormenores irreais, arrebatando ainda mais as plateias.

Esta forma de atuar nos cabarets parisienses e de outras cidades incendiou as plateias masculinas, onde pontificavam com bastante frequência personalidades importantes dos meios políticos e económicos da Europa. Muitos foram os seus amantes, em boa parte altas patentes militares ou oficiais. Estes contactos de alcova permitiram-lhe aceder a fontes de informações militares e estratégicas de grande importância no xadrez político da Europa de meados do século XX, ainda que os factos relativos às suas atividades de espionagem estejam ainda envoltos em mistério e alimentem lendas e enigmas.

Perante as acusações que os franceses lhe fizeram de espionagem na Primeira Guerra Mundial, por denúncia dos britânicos, Mata Hari defendeu-se inicialmente alegando ter desempenhado essas atividades a favor do governo de Paris enquanto esteve na Bélgica, então sob ocupação alemã. Mas as suspeitas francesas incidiam sobre uma eventual duplicidade. Provavelmente, Mata Hari terá sido um joguete nas mãos dos alemães, que a terão recrutado em 1916, depois de conhecerem as suas potencialidades ao serviço da espionagem através da sua longa lista de amantes, principalmente altas patentes do exército francês. Por isso, foi presa em Paris e julgada em tribunal marcial em julho de 1917, acusada de ser responsável moral por mais de 50 000 mortes em combate, tendo sido condenada à morte, pena esta que se cumpriu por fuzilamento em 15 de outubro desse ano em Vincennes, nos arredores de Paris. A sua morte foi também mais uma grande encenação: toda vestida de negro, de botas altas e um chapéu da abas largas, Margarette ergueu um dos seus esguios braços em jeito de despedida em grande estilo ao pelotão de carrascos, a sua última plateia. A mais exótica das bailarinas do século XX terminava assim uma nebulosa existência, vivida entre o romance e a traição, encarnando a figura maléfica e provocadora de Shiva.Atualmente procedem-se a pesquisas sobre as verdadeiras causas da sua condenação à morte. Os arquivos ingleses abriram-se à investigação, ainda que até agora não tenham ainda surgido novos dados que alterem a biografia por fazer da mais fantasiosa e enigmática das figuras femininas do nosso tempo.

Mata Hari. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
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Mata Hari no dia em que foi presa, 13 de Fevereiro de 1917
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7 de Agosto de 1876: Nasce Mata Hari, a espia mais famosa do mundo

Dançarina profissional, de seu nome verdadeiro Margarette Geertruide Zelle, nasceu a 7 de agosto de 1876, na Holanda, na cidade de Leeuwarden. Era filha de um pobre chapeleiro, antes rico mas caído na ruína, tendo contraído matrimónio com um oficial da marinha holandesa em 1895, pelo que acrescentou o apelido do marido, MacLeod. Entre 1897 e 1902, devido a comissão de serviço do marido, foi viver para Java e para Sumatra, na Indonésia, então uma colónia holandesa. Porém, com o regresso à Europa, MacLeod separou-se de Margarette, levando a filha do casal.Ruma depois para Paris, onde em 1905 se torna dançarina profissional, sendo conhecida como Lady MacLeod. Mas não demorou muito a alterar o nome por que era conhecida na noite parisiense, vindo a adotar aquele que a tornou célebre, Mata Hari, e que terá sido o elemento biográfico mais perene da sua curta vida. Mata Hari era uma expressão que remontava à sua passagem pela Indonésia, dizendo a dançarina que significava, em malaio (língua de onde deriva o atual idioma oficial da Indonésia, o bahasa), Sol ou, num sentido literal, "olho do dia". Ali aprendera também os mimetismos principais das danças orientais que lhe vieram a servir de repertório para as suas atuações futuras nos cabarets europeus.
De porte atlético, talhado num corpo esbelto e de elevada estatura, potencializava ao máximo todos os seus atributos físicos no seu estilo de dançar, oriental e bastante sensual, não descurando nunca a nudez. O seu estilo oriental era realçado pelo seu fino e decotadíssimo sari indiano e pelos véus ondulantes que lhe caíam sobre os ombros despidos. Apresentava-se como bailarina oriental, dizendo ser filha de uma bailarina malaia, que morrera no parto, declamando hinos a Shiva, deus hindu da destruição. O final dos seus shows era sempre reservado à narração da sua própria vida pela dançarina, com pormenores irreais, arrebatando ainda mais as plateias.
Esta forma de atuar nos cabarets parisienses e de outras cidades incendiou as plateias masculinas, onde pontificavam com bastante frequência personalidades importantes dos meios políticos e económicos da Europa. Muitos foram os seus amantes, em boa parte altas patentes militares ou oficiais. Estes contactos de alcova permitiram-lhe aceder a fontes de informações militares e estratégicas de grande importância no xadrez político da Europa de meados do século XX, ainda que os factos relativos às suas atividades de espionagem estejam ainda envoltos em mistério e alimentem lendas e enigmas.
Perante as acusações que os franceses lhe fizeram de espionagem na Primeira Guerra Mundial, por denúncia dos britânicos, Mata Hari defendeu-se inicialmente alegando ter desempenhado essas atividades a favor do governo de Paris enquanto esteve na Bélgica, então sob ocupação alemã. Mas as suspeitas francesas incidiam sobre uma eventual duplicidade. Provavelmente, Mata Hari terá sido um joguete nas mãos dos alemães, que a terão recrutado em 1916, depois de conhecerem as suas potencialidades ao serviço da espionagem através da sua longa lista de amantes, principalmente altas patentes do exército francês. Por isso, foi presa em Paris e julgada em tribunal marcial em julho de 1917, acusada de ser responsável moral por mais de 50 000 mortes em combate, tendo sido condenada à morte, pena esta que se cumpriu por fuzilamento em 15 de outubro desse ano em Vincennes, nos arredores de Paris. A sua morte foi também mais uma grande encenação: toda vestida de negro, de botas altas e um chapéu da abas largas, Margarette ergueu um dos seus esguios braços em jeito de despedida em grande estilo ao pelotão de carrascos, a sua última plateia. A mais exótica das bailarinas do século XX terminava assim uma nebulosa existência, vivida entre o romance e a traição, encarnando a figura maléfica e provocadora de Shiva.Atualmente procedem-se a pesquisas sobre as verdadeiras causas da sua condenação à morte. Os arquivos ingleses abriram-se à investigação, ainda que até agora não tenham ainda surgido novos dados que alterem a biografia por fazer da mais fantasiosa e enigmática das figuras femininas do nosso tempo.


Mata Hari. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
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Mata Hari (1905)
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