22/05/2018

4.561.(21mAIo2018.18.18') Germano Almeida

Nasceu a 31jul1945, Ilha da Boavista/ Cabo Verde
***
21mAIo 2018
 
https://sondisantiagu.blogspot.pt/2018/05/germano-premiocamoes2018.html
*
Prémio Camões 2018
ainda não tem nada aqui:
 http://www.instituto-camoes.pt/
*
 afirmou-se hoje "surpreendido", mas "muito feliz" por constatar que o seu trabalho é apreciado a ponto de receber o galardão maior da língua portuguesa.
"Estou contente, muito feliz por saber que o que escrevo é apreciado ao ponto de me darem um prémio tão prestigiado como o Camões", disse Germano Almeida em declarações à agência Lusa, por telefone, a partir da sua residência, na cidade cabo-verdiana do Mindelo.
O escritor mostrou-se surpreendido com a distinção por considerar que "existem muitos escritores que merecem o prémio tanto ou mais" do que ele.
Para Germano Almeida, o segundo cabo-verdiano a receber o Prémio Camões, depois do poeta Arménio Vieira, este galardão representa "o reconhecimento do esforço e do trabalho" que vem desenvolvendo há anos como escritor.
O autor de livros como "Eva", "O Testamento do Sr. Napomuceno da Silva Araújo" ou "Do Monte Cara vê-se o Mundo" considerou ainda importante a componente financeira do prémio "para um escritor que publica em Cabo Verde e em Portugal, onde os livros são mal vendidos e os escritores dolorosamente mal pagos".
 https://www.msn.com/pt-pt/news/other/pr-c3-a9mio-cam-c3-b5es-germano-almeida-e2-80-9csurpreendido-e2-80-9d-e-e2-80-9cmuito-feliz-e2-80-9d/ar-AAxARJn
*
 https://www.rtp.pt/noticias/cultura/germano-almeida-distinguido-com-premio-camoes-de-2018_n1077121
*
Via face DRCultura do Algarve:
Germano Almeida 
 Licenciou-se em Direito em Lisboa e exerce advocacia. Estreou-se como contista no início da década de 80, colaborando na revista Ponto & Vírgula. A sua obra de ficção representa uma nova etapa na história literária de Cabo Verde. Está publicada em Portugal pela Caminho. O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo, do qual vários países compraram os direitos, encontrando-se já publicado no Brasil, em Itália, em França, na Alemanha, na Suécia, na Noruega e na Dinamarca. O filme de baseado nesta obra (O Testamento do Senhor Napumoceno) foi premiado no Brasil e no Paraguai.

Entre as suas obras, distinguem-se O dia das calcas roladas (1982); O Meu Poeta (1989); O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo (1991); A morte do meu poeta (1998); A Família Trago (1998); Estórias contadas (1998); Estórias de dentro de Casa; Dona Pura e os Camaradas de Abril (1999); As memórias de um espírito (2001); Cabo Verde – Viagem pela história das ilhas (2003); O mar na Lajinha (2004); Eva (2006); A morte do ouvidor (2010); De Monte Cara vê-se o mundo (2014)

O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa.

O júri da 30ª edição do Prémio Camões foi constituído por Maria João Reynaud, Professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal); Manuel Frias Martins, Professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Brasil); José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil); pelos PALOP, Ana Paula Tavares, poeta e Professora de Literaturas Africanas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Angola); José Luís Tavares, poeta (Cabo Verde).

 Foto de Direcção Regional de Cultura do Algarve.
 https://www.facebook.com/DRCAlg/photos/basw.AbpbS5077Eah8bX4hMg5efj3Nm1XMOdZdGxNZejZkPvE6k0YHaogRmLRgoZQqMsJTewKHYaBl08Jl3aT0UbD3SNNRCGxAXh25VZ68Lv0Z3YU9qXzkXlFXMYfkveytiFZOQTpk5tuJuFnA3nw_fHwtodWwRVSb23OCFE2n8ZotS0ueA.10211718268652356.1812729788749125.1050177331796411.1890640390955334.996939923813503.1778736272164612/1890640390955334/?type=1&theater
*
  é o escritor cabo-verdiano Germano Almeida. O escritor, que nasceu na ilha da Boavista em 1945, tem a sua obra publicada em Portugal pela editora Caminho, que em breve editará o seu mais recente romance, O Fiel Defunto. Estreou-se como contista no início da década de 80 e o seu primeiro romance, O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo, teve os direitos vendidos para vários países e foi adaptado ao cinema por Francisco Manso. 





O prémio, que chegou este ano à sua 30.ª edição, foi anunciado esta tarde, após reunião do júri, no Hotel Tivoli, em Lisboa. O júri desta edição foi composto por Maria João Reynaud, professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal); Manuel Frias Martins, professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Brasil); José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil); pelos PALOP, Ana Paula Tavares, poeta e Professora de Literaturas Africanas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Angola); José Luís Tavares, poeta (Cabo Verde).
Criado por Portugal e pelo Brasil em 1989, o Prémio Camões tem um valor de 100 mil euros e é a mais importante consagração literária da língua portuguesa. No ano passado foi entregue ao poeta e romancista Manuel Alegre, o autor de Praça da Canção que, aos 81 anos, se tornou no 12.º português premiado.
https://www.publico.pt/2018/05/21/culturaipsilon/noticia/e-o-premio-camoes-vai-para-1830809
***
22mAIo2018

“A ideia da escrita não é a conquista, mas o prazer da sedução”





O escritor confessa que é um contador de histórias e quando conta uma delas pensa numa mulher concreta. É neste diálogo que cria, mesmo quando fala nos “poetas” dos vários regimes. Nuno Ramos de Almeida falou com o autor  de “Do Monte Cara Vê-se o Mundo” e Rodrigo Cabrita tirou-lhe as medidas
Escrevo pelo prazer de escrever, nunca consegui forçar-me”, confessa Germano Almeida. O escritor cabo-verdiano tem uma obra rica, os seus livros preocupam-se em contar a história das pessoas. Uma arte de contador de histórias em que a realidade e a imaginação se misturam.
Conheceu muitos contadores de histórias?
Bastantes. Quando eu era jovem pagávamos para nos contarem histórias à boca da noite. Não havia internet, não havia televisão e havia poucos divertimentos. Um dos grandes divertimentos era ouvir histórias. Acho que as pessoas que sabiam muitas histórias inventavam muito. Essa era a parte mais interessante. Lembro-me que ouvi contar a vida de Carlos Magno e dos reis de França contada tantas vezes que eu sabia aquilo praticamente de cor. A piada é que em adulto comprei o livro e não o achei tão interessante como a versão que tinha escutado anos antes.  
Começou a escrever aos 16 anos depois de assistir a um naufrágio. A escrita espanta a morte?
Um forma de afugentar os medos. Eu naquela altura já lia muito. Acho que tinha lido quase todos os livros que encontrei na Boa Vista. Quando aconteceu esse desastre fiquei com medo dos defuntos. Isso porque eu em miúdo estive para ficar no mar e fiquei com receio das pessoas que morriam no mar. Nesse dia lembrei-me: se eu contar e escrever sobre eles, sou capaz de me libertar. Como não sabia de que maneira tinham morrido, comecei a imaginá-los – isso é a vantagem da literatura, as pessoas fazem aquilo que a gente quer, como pô-los a gritar por serem engolidos pelos tubarões. No fim de escrever já estava liberto do medo.
Quais eram os livros que encontrava?
Lembro-me que li os 12 volumes de uma viagem ao mundo de aventureiros. Havia imensos livros de cowboys e da Corín Tellado, também os devorei. Depois fui para a Praia, e um dia fui a uma loja que vendia livros. A primeira vez comprei uns romancinhos de cowboys, no dia seguinte fui comprar outros, e o homem da livraria disse-me: “Você não está interessado em ler livros melhores?” Mostrou-me a “Colecção Civilização”. Foi aí que comecei a entrar na literatura séria. A minha aprendizagem foi feita ao acaso.   
No seu romance há uma personagem que a certa altura diz que “em todos os livros inúteis há conhecimentos úteis”.
Até hoje não acredito que haja conhecimentos inúteis [risos]. Todos os conhecimentos são úteis. Ainda hoje defendo que o que importa é ler, seja lá o que for. Vais lendo livros maus e acabar por conhecer livros bons.
Vem para Lisboa em 72. Notava-se o fim do regime?
Estávamos no tempo do Caetano, com a sua ideia de evolução na continuidade. Para nós não era evidente, apesar da contestação e dos gorilas na faculdade, que o regime estivesse a acabar.
Qual era a sua posição política?
Estive várias vezes para fugir, mas acabei por não o fazer. Convivi com um dirigente do PAIGC e estive para ir com ele para a Guiné. Já estava politizado e quando cheguei a Portugal fiquei mais perto do pessoal do MRPP.
É primeiro maoista da Boa Vista...
Calhou. Arranjei mais amigos entre eles, mas do ponto de vista político sentia-me muito mais próximo do Partido Comunista que dos maoistas, que eu achava um bocadinho folclóricos, mas os amigos que eu tinha eram do MRPP.
Volta a Cabo Verde logo depois da independência?
Já em 1973 fui desafiado para ir para a luta, mas disse-lhes: “Agora deu-me tanto trabalho chegar cá que acabo o curso.” Entretanto dá-se o 25 de Abril. Acabo o curso em 1976 e vou imediatamente para Cabo Verde.
E foi para o Ministério Público?
Fui para o Ministério da Justiça. Depois de lá estar tive de ir para procurador da República, porque tínhamos imensos problemas de quadros, e com ou sem experiência, desde que um fulano tivesse formação, tinha de aceitar desempenhar certos lugares, estando ou não preparado para aquilo.
Usou as suas experiências como procurador em romances seus, mas as suas opiniões como escritor foram bastante diferentes dos seus despachos...
No caso dos dois irmãos sempre tive dúvidas. Absolvê-lo, no caso real, não era possível, mas condená-lo era complicado, porque implicava condenar toda uma população. Daí eu ter defendido que ele devia ter sido julgado pelos seus pares. Ele foi julgado segundo os nossos valores, não segundo os valores da sua comunidade. Aquele livro ficou-me na cabeça durante muitos anos: eu sentia que tinha de escrever. Não sabia é como. Só quando li “A Crónica de Uma Morte Anunciada”, do Gabriel García Márquez , disse: “Já sei como escrever o meu livro”, e depois foi muito rápido.
É no fundo a ideia de que toda a gente sabia...
Mais que isso, toda a gente fazia para que acontecesse. No caso dele, quase fugia da situação, e toda a gente lhe dizia: “Tens que, tens que, é a tua honra que está em causa...” Já passaram décadas, as coisas podem ter mudado. Eu não estava habituado, na Boa Vista não era assim. Se houvesse uma traição, podiam ser trocados uns sopapos, mas em Santiago era preciso correr sangue.
O que o levou a querer escrever?
O facto de ter sido o acusador do homem. Acusei-o diante de toda aquela gente, que o absolvia e o tratava como um herói. Foi uma coisa que me impressionou: “Alguém está errado e não me parece que sejam eles”, pensei eu muitas vezes.
A ideia que perpassa em muitos dos seus livros é que do ponto de vista da moral católica, apostólica e romana, Cabo Verde, para bem dos cabo-verdianos, deixa muito a desejar.
[Risos] É mesmo assim. Isso não é contraditório com essa noção de honra. Enquanto no barlavento a coisa é mais ligeira, a pessoa zanga-se e dá eventualmente dois socos, a traição, que é uma coisa pessoalíssima, é muito séria em Santiago. Aquilo implica com a própria personalidade da pessoa: se esse indivíduo não reage fica eternamente corno.
Um dos seus primeiro livros é “O Meu Poeta”. Foi difícil de publicar?
Foi um livro que eu demorei muitos anos a escrever, terei levado uns quatro anos a escrever. Naquela altura estávamos em regime de partido único, e eu achava que se publicasse o livro me iam proibir e chatear, de modo que ia colocar tudo o que eu achasse conveniente. Por isso é que o livro é excessivo e demasiado longo.
Há uma passagem deliciosa do livro, em que perante as acusações de que é alvo, de ter ganho a eleição mais suja de sempre, o candidato reage indignado e diz: “Que exagero, como é que sabem se não há termo de comparação, porque não houve eleições antes”...
O meu poeta é o protótipo do hipócrita, é um fulano oportunista. Aliás, isso verificou-se muito no regime do PAICV, mas também se está a verificar no regime do MPD. As pessoas gravitam à volta do poder. Eu sempre achei que devia haver pluripartidarismo, e tive por isso uma passagem episódica pelo MPD no início, embora esteja muito mais próximo das ideias do PAICV. As pessoas têm o direito de escolher. O PAICV e o MPD estão cheios de poetas. Sempre achei que a política devia ser um sacerdócio, mas a verdade é que nem os sacerdotes se comportam como deve ser.
O seu último romance é um bocadinho a história de alguém que apesar de estar velho continua a poder amar...
É uma história de amor que em certa medida eu? conheci. A minha personagem Pepe é baseada em várias pessoas, mas sobretudo numa pessoa que eu conheço. É de facto um homem que tem 80 anos, mas ninguém diz que tem essa idade, continua com um perfil jovem, encanta as mulheres e as moças.
Ele reconheceu-se no livro?
Ainda não o leu, mas acho que não se vai reconhecer: o livro está longe dele. Curiosamente, coloquei-lhe uma frase que se ele ler, vai-se reconhecer.
Escreve por prazer, esse prazer é similar ao dos contadores de histórias?
Exactamente, a ideia de escrever é a ideia de contar histórias. Quando escrevo tenho sempre alguém em mente, a quem estou a contar uma história. Não estou a escrever abstractamente, visualizo uma pessoa.
É uma forma de sedução?
De certa forma, normalmente são mulheres. A ideia não é conquistá-las. É só o prazer da sedução e não da conquista.
 https://ionline.sapo.pt/271002
***


Germano Almeida

KONICA MINOLTA DIGITAL CAMERA
 nasceu na ilha da Boa Vista em 1945, tendo-a deixado aos 18 anos. Licenciou-se em Direito na Universidade Clássica de Lisboa. Vive em S. Vicente onde, desde 1979, exerce a profissão de advogado.
Publica as primeiras Estóreas na Revista Ponto & Vírgula, assinadas com o pseudónimo de Romualdo Cruz. Estas estóreas, depois de revistas e re-escritas, às quais se acrescentaram algumas inéditas, foram publicadas em 1994 com o título A Ilha Fantástica que juntamente com A Família Trago, 1998, recriam os anos de infância e o ambiente social e familiar na ilha da Boa Vista. Mas o primeiro romance publicado por G. A. foi O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, em 1989, que marca a ruptura não só com os tradicionais temas cabo-verdianos da fome, da emigração, e do eterno dilema dos ilhéus, dilacerados entre o partir e o ficar, mas também com uma narrativa excessivamente descritiva, linear e sisuda.
O Meu Poeta, 1990, Estóreas de dentro de Casa, 1996, A Morte do Meu Poeta, 1998 e As Memórias de um Espírito, 2001 formam o que se pode considerar o ciclo mindelense da obra do autor. Em traços gerais, podemos dizer que o primeiro e segundo títulos retratam a vida pública e política de Mindelo, enquanto que as Estóreas nos remetam para a esfera do doméstico e as Memórias para a esfera da vida íntima. A ideia de ciclo é ainda reforçada pelo facto de, muitas das personagens, circularem com o maior à-vontade por estes quatro livros.
O Dia das Calças Roladas, 1992 e Os Dois Irmãos, 1995, são estóreas que têm por base histórias realmente acontecidas, no ambiente rural de Stº Antão e S. Tiago, respectivamente, e em que, na qualidade de advogado, tomou parte. Estóreas Contadas, 1998, (55 Crónicas seleccionadas de entre as publicadas no jornal Público) e Dona Pura e os Camaradas de Abril, 1999, o mais pícaro dos seus romances, Viagem pela História das ilhas – 2003, o O mar na Lajinha – 2004, EVA – 2006, A morte do Ouvidor – 2010, completam a obra publicada por G. A até o momento e todas elas confirmam o título que desde sempre reclamou, o de contador de estóreas. De facto, a presença activa e manipuladora do narrador, é uma das características mais marcante da sua escrita. Irónico e trocista, é capaz de manter o tom coloquial de quem conta uma estórea, domina perfeitamente o tempo narrativo, mesmo quando os acontecimentos são contadas do fim para o princípio em permanentes e inesperados saltos. Antecipa-se para nos surpreeender, outras vezes recua para nos fornecer detalhes necessários à compreensão dos factos. Manipula a realidade e a ficção, como se de infindável jogo de espelhos se tratasse, fundindo, distorcendo, recriando.
Tal como na pintura impressionista, G.A. cria as personagens e lugares dos seus romances, sem desenhar pormenores ou detalhes, mas criando nos leitores as impressões necessárias à construção psicológica e até física desses personagens e lugares. Para as personagens secundárias, sem tempo nem espaço para nos impressionar, usa então um traço quase caricatural, fazendo sobressair o detalhe isolado e a distorção de linhas. A autenticidade da linguagem completa o desenho das personagens. E porque é um discurso vivo a presença do crioulo é extremamente forte. É verdade que G.A. escreve em português, mas também é verdade que há personagens que julgamos ouvir falar em crioulo, mais pela construção da frase que por uma ou outra palavra que o autor vai buscar ao crioulo, com a mesma sem-cerimónia e naturalidade com que isso se faz no dia-a-dia de Cabo Verde, numa útil, económica e criativa mistura de línguas.
G.A. foi fundador e co-director da Revista «Ponto & Vírgula» (Março de 1983 a Dezembro de 1987), co-proprietário e director do jornal «Agaviva» Março de 1991 a Junho de 1992). É sócio da «Ilhéu Editora» (1989) que em Cabo Verde tem publicado as suas obras. Em Portugal é editado pela Editorial Caminho e tem também obras publicadas no Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega e Dinamarca, Cuba, Estados Unidos, Bulgária.
Bibliografia
Mª Manuela Guerreiro, Germano Almeida e a Nova Escrita Cabo-Verdiana. Um estudo de O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, Praia, Centro Cultural Português,1998.
Ana Cordeiro
 http://dasletras.com/germano-almeida/
***