24/10/2018

5.049.(24ouTUbro2018.9.9') Arqueologia Marítima...Achados Submersos

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24seTEMbro2018
 Câmara de Cascais apresenta esta segunda-feira os vestígios da Nau da Carreira da Índia que terá naufragado na foz do Tejo nos finais do século XVI.
 
 
Os responsáveis pela descoberta da Nau da Carreira da Índia ao largo de Cascais consideram que este é "um dos mais importantes achados das últimas décadas em Portugal".
A equipa de arqueólogos da Câmara de Cascais localizou a Nau junto ao ilhéu do Bugio, no Rio Tejo, "em perfeito estado de conservação", como explica à TSF o diretor científico do Projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais.
"É um achado importantíssimo para a arqueologia subaquática nacional. Estamos a falar de uma Nau da Carreira da Índia porque tem restos de pimenta e tem canhões em bronze", disse Jorge Freire que espera que o achado fique em Cascais.
Sobre essa possibilidade, a autarquia vai trabalhar em conjunto com os especialistas, como garante o presidente da Câmara.
Na TSF, Carlos Carreiras revela ainda a criação de uma escola de arqueologia subaquática, que terá como objetivo formar os novos especialistas na área.
https://www.tsf.pt/sociedade/interior/descoberta-da-nau-em-cascais-e-um-dos-achados-mais-importantes-das-ultimas-decadas-9898698.html
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Descoberta Nau da Carreira da Índia naufragada ao largo de Cascais

Uma equipa de arqueólogos da Câmara Municipal de Cascais, do Projeto Municipal da Carta Arqueológica Subaquática do Litoral, descobriu uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625, e que é considerada a "descoberta do século", segundo o município.

 

Uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625 foi agora descoberta por uma equipa de arqueólogos da Câmara Municipal de Cascais. A descoberta, feita num mergulho junto ao ilhéu do Bugio, no rio Tejo, no passado dia 3 de Setembro, resultou do Projecto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais (ProCASC), aprovado pelo município em 2005, e que tem por objectivo recolher todo o tipo de informação histórica, numa campanha de investigação subaquática. Em declarações à agência Lusa, o director científico do ProCASC, Jorge Freire, explicou que os vestígios da nau foram encontrados a uma profundidade média de 12 metros, junto ao Bugio, e abrangem uma área aproximada de 100 metros de comprimento por 50 metros de largura.



“Vê-se o escudo de Portugal, a esfera armilar, portanto, por aí, estamos seguramente a falar de um achado de desígnio nacional muito semelhante àquilo que foi a Nossa Senhora dos Mártires [uma nau portuguesa também do Caminho das Índias, descoberta em 1994], utilizada como motivo da Expo98, só com uma diferença, porque esta está em melhor estado de conservação, daquilo que nos é possível ver à superfície. A área também é muito maior do que foi exumado na Nossa Senhora dos Mártires”, afirmou o director e mergulhador do projecto.

Alguns dos artefactos, que estavam em perigo de ser perdidos, foram recolhidos e colocados em água nas reservas municipais, informou a autarquia. Entre eles é possível encontrar faiança, pimenta da Índia e uma tampa em bronze.
Segundo Jorge Freire, esta descoberta é “diferente das outras”, uma vez que foi feita em “ambiente científico”.
“A maior parte das descobertas no país foram feitas por achado fortuito. A maior parte das descobertas em Cascais, e esta em particular, foram feitas em ambiente científico. O que estamos a fazer neste momento é mapear todos os achados que estão à superfície, para termos um diagnóstico daquilo que está visível, para ver qual a evolução do sítio em termos de sedimentação, e perceber a própria dinâmica do sítio”, esclareceu.

Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), em declarações à agência Lusa, esta é “uma das descobertas arqueológicas mais significativas da última década”: “O reconhecimento feito pela própria comunidade científica de que se trata da descoberta da década, do século, em termos de arqueologia marítima, é para nós uma grande satisfação. [Assim como] a possibilidade de a termos feito também em conjunto, num programa que não envolve só a Marinha Portuguesa como a Direcção-Geral do Património Cultural, a Câmara Municipal de Cascais e os técnicos da Câmara Municipal de Cascais, assim como a Universidade Nova de Lisboa”, afirmou Carlos Carreiras.

Segundo o director do ProCASC “brevemente” a nau irá transformar-se num campo-escola, para a formação académica de alunos das universidades. “Temos uma ausência de campos para formar arqueólogos e ela [nau] vai ser transformada, nesse sentido [num campo-escola], porque está lá a nau e um conjunto de navios de outras cronologias muito perto deste sítio, que também necessitam de ser intervencionados, e vamos juntar-nos num planeamento. Temos um programa pré-definido para isto, que terá subjacente este campus universitário. Em breve estará em funcionamento”, acrescentou.
De acordo com Jorge Freire, o campo-escola será criado através da Cátedra UNESCO “O Património Cultural dos Oceanos”, tutelada pelo Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com a Marinha Portuguesa e a Direcção-Geral do Património Cultural.
FONTE LUSA/PUBLICO.PT
https://aggm.pt/descoberta-nau-da-carreira-da-india-naufragada-ao-largo-de-cascais/
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23ouTUbro2018

Navio mais antigo do mundo descoberto intacto no fundo do Mar Negro

Uma equipa de investigadores encontrou o navio intacto mais antigo do mundo, protegido do tempo a dois quilómetros da superfície da água. A embarcação, que parece ser de comércio e grega, permaneceu intocada durante mais de 2.400 anos.

Tem 23 metros de comprimento e conserva o mastro, o leme e os bancos em que sentavam os remadores. Estava a 1,6 quilómetros do nível do mar, e a falta de oxigénio a essa profundidade impediu que se deteriorasse. A descoberta foi feita ao largo da costa da Bulgária.
"Um navio do mundo clássico que sobreviveu intacto, protegido a dois quilómetros do nível da água, é algo que eu nunca pensei que fosse possível", afirmou Jon Adams, o investigador principal do Projecto de Arqueologia Marítima do Mar Negro (Black Sea Maritime Archaeology Project), que permitiu a descoberta. "Isto vai mudar o nosso entendimento da construção de navios e da navegação no mundo antigo."
Antes desta descoberta, só se tinha visto um navio destes em "cerâmica antiga grega como o Vaso das Sereias no Museu Britânico". Nesse objecto, vê-se Ulisses numa embarcação a passar pelas sereias, a que só consegue resistir por estar preso ao mastro.

Vaso de Ulisses
Os investigadores tencionam deixar o navio onde foi encontrado, mas retiraram-lhe um pequeno pedaço que foi sujeito a datação por carbono pela Universidade de Southampton. Os resultados revelaram que é "o mais antigo navio intacto conhecido pela Humanidade".
Todos os dados acerca da descoberta serão revelados numa conferência em Londres ainda esta semana. A embarcação é uma entre 60 encontradas pela equipa internacional de arqueólogos marítimos, cientistas e investigadores do Projecto de Arqueologia Marítima do Mar Negro, que há três anos investigam as profundezas do Mar Negro.



http://www.sabado.pt/vida/detalhe/navio-mais-antigo-do-mundo-descoberto-intacto-no-fundo-do-mar-negro?fbclid=IwAR0rEXYGLvSVOUVJdpSNIqB5-cRgR1hTLSpHtQkqkx2ajT26ZQOhIpQ_xpc
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